23.1.19

+ Filmes

Um muito bom, um médio e um ruim.

Spider-man Into The Spider-verse

Não sou público alvo do Homem Aranha, tanto que o chamo de Spiderteen, porque para mim ele é um adolescente. E como tal é o herói preferido de 90% dos nerds do sexo masculino (crianças, adolescentes, adultos ou até já mais perto da meia idade).

 De todos os heróis é o Spiderteen que veste o uniforme mais cedo e é ele que aprende logo no início que "grandes poderes trazem grandes responsabilidades".

Nessa animação o Spiderteen já está no batente há 10 anos e posso finalmente chamá-lo de Spiderman. Na mesma cidade mora Miles, um garoto que é mordido por uma aranha radioativa (aqui vou citar o Choque de Cultura: ninguém tinha um chinelo?) e começa a sentir os efeitos de se tornar o Spiderkid.

Acontece que um dia o King Pin (o vilão do Demolidor) quer mexer com as realidades alternativas, acaba matando o Spiderman dessa realidade mas nessa mixagem de realidades ele acaba importando o Spiderbucho (um Homem Aranha na casa dos 40 anos) de outra realidade.

SpiderBucho, SpiderKid se juntam a SpiderGirl (sim! temos uma menina, finalmente! Na realidade alternativa foi ela quem foi picada pela aranha) e vão atrás de acabar com essa palhaçada de ficar mexendo com as realidades. Vão na casa da Tia May e lá ainda tem o SpiderPorco, o SpiderNoir (veria um filme só dele) e a SpiderMangá.

O King Pin abusou da máquina de realidades alternativas.

Aqui é que a animação é maravilhosa, cada SpiderPessoa é representada por seu estilo de animação. A SpiderMangá vem no estilo japonês de quadrinhos, o SpiderNoir é em preto e branco, o SpiderPorco é um 2D do Pernalonga, e o SpiderKid um quadrinho tradicional (que quando bate sol na cara dele dá para ver aquela textura de tinta no papel).

E sim, é um ótimo filme de ação e de super heróis com uma mensagem bacana no fim. Canditado fortíssimo ao Oscar de melhor animação.

A Tia Helô iria gostar de ver Tia May cheia de bossa. 14 "Ai, Jesus!" para tanto balanço com teias.


Suspiria

Esse é um remake de um filme do mesmo nome de 1977.

É sobre uma escola de dança na Alemanha comandada por uma sociedade de bruxas que fazem ensaios de coreografias bizarras que parecem rituais.

Uma das alunas foi encontrar um psicólogo (um senhor idoso) e contou todo o babado mas ele desconfia que seja verdade.

Um dia chega na escola uma aluna americana. No primeiro dia de aula dela a dancarina principal do espetáculo vai mal e desiste dizendo que vai embora. A americana diz que sabe toda a coreô, ninguém acredita mas a professora deixa ela tentar. Ela arrasa, MAS enquanto ela dança a outra que queria ir embora é torturada através da dança e some. Foi uma das cenas mais impactantes e bizarras que vi esse ano, e eu vi Hereditário.

Com isso a americana ganha o papel e sua colega começa a desconfiar do sumiço da outra.

É um filme pesado, estranho, longo demais, mas as cenas coreografadas são óitmas e a Tilda Swinton está maravilhosa.

Tilda Swinton faz vários papéis nesse filme, inclusive o velho psicólogo. Queria dizer que foi uma baita esnobada do Oscar esse filme não ser indicado a melhor maquiagem.

A Tia Helô iria ficar horrorizada com essas mulheres. 924 "Ai, Jesus!" acompanhados de 521 "Que bruxaria é essa?".


Vice

Um filme sobre o Dick Cheney que foi o vice presidente do George W Bush. Ele é uma pessoa muito privada e no início do filme logo dizem que o que vamos ver é quase uma adivinhação do que aconteceu mesmo. Provavelmente era para ser uma sátira.

E aí é um vai e vem no tempo para contar a história de vida do Dick Cheney e sua esposa Lynne.

O diretor do filme, Adam McKay, acreditou no sucesso do seu outro filme The Big Short (que é bom, é quase um "especulação financeira for dummies") e quis ser mais diferentão ainda nesse filme.

Para mim não deu certo, achei o filme chatérrimo. Ele tinha uma ótima história nas mãos para contar, mas quis ser cineasta hipster e abusou das gracinhas. O filme tem falas de MacBeth do Shakespeare em um pedaço que o casal conversa na cama e com 30 minutos de filme ele rola os créditos como se "a vida política do Dick Cheney acaba aqui e ele foi feliz para sempre" só para logo depois receber a ligação do George Filho. Sem contar que tinha um narrador contando tudo. Não funcionou, não teve graça.

O Christian Bale engordou, colocaram uma maquiagem pesada nele e ele ficou parecido, desaparece no papel e entendo todas as indicações para ele. O Sam Rockwell de George W Bush é bom. Amy Adams também está bem e a personagem dela joga muitas cartas na mesa.

Dito isso achei mais do que um exagero indicarem esse filme a tantos prêmios. Não achei criativo e as vezes beirava o óbvio (usar cenas de pesca quando Dick Cheney está "jogando isca" para conseguir o que quer com George filho. Really?), tinha momentos que eu só queria que ele contasse a história direito.

Ou então não entendi nada.

Tia Helô sairia depois que visse os créditos rolando a primeira vez. 2 "Ai, Jesus!" para o primeiro de 4 infartos do Dick Cheney.


Nenhum comentário:

Postar um comentário