28.9.18

Namibia (4)

Acordamos ainda escuro, a lua ainda estava lá, para ir ver o deserto de dunas vermelhas.

bom dia namíbia

O portão do parque abre as 6 da manhã e quando chegamos na Duna 45 (as dunas são numeradas) já tinha claridade. Tinha uma neblina incrível que deixava tudo mais dramático (nunca tinha visto dunas com neblina) e também mais frio.

neblina
sol nascendo

A vantagem de ficar dentro do parque é que as 6 da manhã já pode ir em direção a Duna 45, e tem fila de carros. Os carros de quem fica fora do parque só podem entrar uma hora depois do sol nascer.


Começamos a subir os 110m da Duna 45 com o sol nascendo atrás da nuvens. Tinha neblina e não tinha vento. Chegando no alto é só sentar e admirar o visual. Em algum ponto da subida tem que manter o foco nas pegadas no chão porque se olhar para os lados dá uma certa vertigem. Mas aí é só lembrar que é tudo areia.


Descer pela lateral da duna é uma delícia, mas como a areia estava muito fria, e tinha que estar calçada, cheguei na base com uma duna dentro do tênis. Tomamos café da manhã na base da duna e seguimos para a próxima parada.


A próxima parada é onde ficam estacionados os carros e ônibus de quem vai ver Sossusvlei e Deadvlei. Do estacionamento pode andar (pela areia) uns 5km até esses lugares ou pegar um shuttle que chega bem mais rápido.


Que lugar in-crí-vel! As dunas são altissimas! Em Sossusvlei tem a Big Mama e em Deadvlei tem a Big Daddy com seus 325 metros.

big mama no fundo

Deadvlei é a estrela. É onde tem a base de argila com os troncos de árvores mortas que dá um ar surreal ao lugar.

chegando em deadvlei

Subir a Big Daddy é uma das atividades e para quem tem preparo físico leva uma hora, quem não tem leva uma hora e meia. Não subi a Big Daddy porque já tinha subido a duna do snowbard algumas vezes e tinha subido a Duna 45 naquele mesmo dia. Minha pernas dispensaram a Big Daddy. Mas ficar um bom tempo ali em Deadvlei é uma experiência e tanto.

big daddy e seus 325 metros

Chegamos lá com a neblina cobrindo a Big Daddy e garantindo um tempo fresco e uma sensação mais apocalíptica. Quando já estavamos indo embora o tempo abriu e o contraste do céu azul (ainda com algumas nuvens) com as dunas vermelhas é lindo.

chão de deadvlei é argila
nosso grupo

Não chegou a esquentar enquanto estavamos lá, mas acredito que num dia sem neblina o calor chega rapidinho.


Voltamos para almoçar no camping e no fim da tarde fomos ver o canion de Sesriem (a parte que vimos era pequena).


A noite esperava ver um céu muito estrelado, e tinha muitas estrelas, mas a lua cheia iluminava mais. No dia seguinte amanheceu com um vento muito frio mas com um céu azul e sem nuvens. Quem foi no parque das dunas teve um dia lindo (e provavelmente calor), mas nós já estavamos indo de volta a Windhoek. Mais alguns quilômetros de african massage até chegar no asfalto.


Ainda vimos girafas na saída do parque.



Um beijo Namíbia.



Namibia (1), (2) e (3)

25.9.18

Namibia (3)

De Swakopmund e Walvis Bay fomos para o deserto.

De um pouco de umidade e friozinho para o clima seco, calor e muita poeira. Em pouco tempo a paisagem foi de mar e dunas para Mad Max: Fury Road.


Foi um dia inteiro de african massage: apelido carinhoso do sacolejo das estradas de terra.


Foram surgindo algumas árvores secas e algumas montanhas no fundo. Fizemos uma parada para o banheiro. Pausa para falar dos banheiros. Nas estradas da Namíbia existem 3 tipos de banheiro: flush toilet (banheiro com descarga, geralmente no posto de gasolina, sempre limpos e custa 2 dinheiros); o one drop toilet (uma espécie de vaso mas que é só um buraco cavado embaixo) e o bush toilet (atras de arbustos e árvores). Usei todos.

onde drop toilet

Outra coisa interessante foi o tanto de mulheres que vimos viajando. Só no nosso grupo eram 7 (duas espanholas se juntaram a nós em Swakopmund). Também vários grupos de mulheres (de duas ou quatro) que alugaram carros com barracas e foram desbravar a Namibia. Girl power.

Seguimos por um canion que em teoria tem um rio quando chove mas estava bem seco. Ficamos pouco ali porque a notícia era que tinha um leopardo rondando a área.



Passamos e paramos na placa do Trópico de Capricórnio para uma foto clássica.


Paramos em outra árvore para almoçar e seguimos para um lugar chamado Solitaire onde o Kennedy nos disse que tinha a melhor torta de maçã da Namibia. Solitaire é uma espécie de parada com um hotel, um posto de gasolina e um café onde vende a tal torta. E tem vários carros abandonados fazendo uma decoração. (Achei a maçã da torta ótima, mas a massa só ok)



De Solitaire fomos até o nosso camping em Sesriem na entrada do Namib Naukluft National Park. Armamos as barracas e fomos ver o por do sol em uma das dunas ali perto. Foi o primeiro contato com as dunas de areias vermelhas da Namíbia.

se deixar a janela da barraca aberta entra uma duna de areia
encontramos um orix
Namibia (1), (2) e (4)

23.9.18

Namibia (2)

Do Etosha pegamos a estrada rumo Swakopmund.



Na Namibia se passa muito tempo dentro do carro e nas estradas. As estradas são todas boas, tanto as de asfalto quanto as de terra. As de asfalto são tapetes e bem sinalizadas, algumas com trechos duplificados. As estradas de terra são muito largas e tão boas que o limite de velocidade nelas é de 100km/h, o problema é a poeira que levanta.



Para o Etosha fomos em estrada asfaltada, mas o resto da viagem foi quase todo em estradas de terra. Para Swakopmund passamos por uma área árida, depois montanhas e depois muita areia até chegar na Costa dos Esqueletos.

No meio do caminho passamos por vilas locais e almoçamos embaixo de uma árvore no meio do nada.

as mulheres herero se vestem assim
artesanato


A Costa dos Esqueletos é um lugar peculiar. Muitos naufrágios aconteceram ali. É beira mar mas também é só areia e dunas. O nome do lugar não é a toa.



Swakopmund é uma cidade de praia de veraneio. É muito alemã, especialmente nas construções e no paisagismo caprichado. As ruas e avenidas são largas mas a cidade não é muito grande. No verão deve ser agitadíssima, mas na primavera parecia cidade fantasma. Só tinha gente dentro dos cafés e dos restaurantes. Em Swakopmund dormimos num hotel e fomos em dois restaurantes: um de comida local que tinha que comer com as mãos e outro que era um pub que servia tudo mas com especialidade em frutos do mar.

ruas largas com as dunas no fundo

Swakopmund é o lugar dos esportes radicais da Namibia. Lá oferecem desde salto de paraquedas, caiaque no mar agitado e sandboard nas dunas enormes. As dunas são lindas! É uma imensidão de areia.



Fiz o sandboard e depois o bodyboard (que é uma tábua de compensado que desce deitado). O sandboard não foi melhor porque tinha que usar aquelas botas de esqui/snowboard e eram pesadas para subir a duna. Pensava que era como o sandboard aqui no Brasil que a gente só enfia o pé na prancha e vai. Era emoção porque a duna era altíssima mas só consegui descer 2 vezes e meia. Na terceira descida eu parei na metade da duna e subi de volta para fazer o bodyboard que foi muito mais divertido.



Dormimos duas noites em Swakopmund e na saída passamos por Walvis Bay, a cidade vizinha. Walvis Bay é cidade portuária, é bem maior que Swakopmund mas sem o mesmo charme. O que tem em Walvis Bay de especial são os flamingos e os pelicanos.



Namibia (1), (3) e (4)