30.12.21

+Filmes e Séries

 O último apanhado de filmes e séries de 2021.


Filmes

Don't Look Up - filme do Adam McKay que deixou a internet pegando fogo nos últimos dias. Não sou fã do Adam McKay, acho ele overrated. Os filmes dele tentam ser sarcásticos mas acabam no campo do pretensioso mesmo. Nesse um cometa está vindo diretamente para a Terra e em seis meses tudo vai acabar. Leo DiCaprio e J.Law são os cientistas que tentam alertar o mundo mas não são levados a sério. Não é que o filme é ruim, inclusive o tema principal e os paralelos são válidos e importantes, mas a proposta de fazer uma sátira nada sutil é que ficou estranho. No fim só a piada da J.Law indignada como general trambiqueiro é que foi engraçada. E a música a Ariana Grande. (NETFLIX)

Flee - Um documentário em forma de animação que conta a história de um garoto e sua família e como saíram do Afeganistão na época da guerra e o caminho tortuoso para conseguirem ir para Europa. É muito bom.

C'mon C'mon - Filme lindo sobre um tio e seu sobrinho. O tio passa um tempo com seu sobrinho enquanto a mãe cuida do pai. E o tio é um documentarista que está entrevistando crianças e suas percepções sobre o mundo. É isso, sobre família, a vida, o universo e tudo mais.

Madres Paralelas - O filme mais recente do Almodovar, com Penelope Cruz, é sobre duas mulheres que dão a luz no mesmo dia e dividem um quarto no hospital. É sobre maternidade e história de família. (NETFLIX)


Séries

The Silent Sea - Coreanos na lua. Apenas. No futuro a terra não tem quase água, os rios secaram e os mares estão quase lá. Um grupo de astronautas (com médica, bióloga, engenheiros, etc) tem que ir até a estação lunar para recuperar uma capsula e trazer de volta a terra. A Dra. Song é a responsável técnica, não dizem para ela o que tem na capsula mas como a irmã dela morreu no acidente que teve nessa base, ela quer tentar descobrir o que aconteceu. O chefe da missão é o Capitão Han (Gong Yoo -crush!) e ele sabe mais do que o resto do grupo. Achei muito boa essa série, poderia ter sido em 6 episódios mas os coreanos gostam de usar o tempo. É tensa. (NETFLIX)

Emily in Paris - Na segunda temporada a Emily finalmente faz aulas de francês, usa sapatos sem salto (ela até usa um tênis) mas continua sem entender os franceses direito e ainda veste roupas cafonas. Emily passa a temporada tentando recuperar a amizade com a namorada do Gabriel depois que essa descobre que Emily e Gabriel ficaram juntos. Emily até arranja um boy britânico. Achei essa segunda temporada melhor que a primeira. (NETFLIX)

29.12.21

Matrix Resurrections

Antes de ver esse quarto filme da série Matrix revi os outros três.

O primeiro Matrix continua muito bom, um ou outro efeito ficou datado mas a história do Neo e da Trinity continua ótima. É um filme que na época deixou todo mundo impressionado e discutia a vida num mundo virtual e no mundo real muito antes das redes sociais.

O segundo filme, o Reloaded, tem cenas de ação muito boas, mas só. Sabe quando tentam explicar demais e vai esticando a coisa até perder o sentido? É isso.

O terceiro filme, o Revolutions, é apenas ruim. Nem os efeitos visuais salvam, nem as cenas de ação. (Só o Keanu Reeves mesmo)

Fui para esse quarto filme sem muitas expectativas e sem nem saber o que iriam fazer porque Neo e Trinity morrem no fim do terceiro filme.

Então, no Resurrections o Neo, que é Thomas Anderson, é um designer de jogos na casa dos 50 anos. Ele está deprimido e aparentemente tem episódios de alucinações. Ele tem um crush na Tiffany (aka Trinity), uma mulher que frequenta o mesmo café que ele, mas ela é casada com dois filhos.


Thomas Anderson tem um sócio na empresa que aceitou fazer uma quarta parte para a série de jogos. Thomas resiste mas seu terapeuta o convence que ele precisa continuar.

Sem dar spoilers é isso que posso contar. Inclusive achei essa parte do filme muito boa, nota 10 para a montagem de cenas com a música White Rabbit do Jefferson Airplane.

Achei o Morpheus desse filme muito mais cool do que o do filme original. Yahya Abdul-Mateen II tem muito carisma. O Jonathan Groff faz o sócio do Thomas Anderson e também está ótimo.

Keanu Reeeves (crush eterno) e Carrie-Ann Moss ainda tem muita química e a personagem nova Bugs é muito boa.

Esse filme tem quase todo o elenco de Sense 8.

Gostei desse filme. Só algumas cenas de lutas não achei tão boas, mas até o poder de escudo do Neo que é pura galhofa achei divertido. 

Tia Helô viraria o meme da Nazaré Tedesco só de tentar entender o que é a Matrix, ela tomaria a pilula azul com certeza. 426 "Ai, Jesus!" para todos os bots.


24.12.21

Momento TOC livros 15 (parte 5)

Terminei o ano com 91 livros. 

O resumo das leituras ficou assim:

Dos 91 livros lidos esse ano: 64 foram de de escritoras e 27 de escritores. Li mais em inglês, 51 livros, em português foram 40.

Me dediquei a histórias de autores asiáticos ou de histórias passadas na Asia, foram 23 livros. 

Li autores dos seguintes países: Japão, Coréia do Sul, China, Vietnam, Suécia, EUA, Reino Unido, Irlanda, Brasil, Suíça, México, França, Itália, Argentina, Russia e Polônia.

Foram 7 HQs em 2021. Gosto do formato e gostaria de ler mais ano que vem.

Li muita chick lit para relaxar e acho divertido. Foram 14 livros. Gosto que o estilo está mudando, as autoras contemporâneas escrevem personagens que sabem dizer o que querem.

Geralmente leio só ficção mas de vez em quando pego um livro de memórias, autobiografia ou biografia. Esse ano li 6 desses.

Além dos asiáticos também li sobre mitologia grega, foram 4 sobre o assunto.

Livros de 2021: 


Vamos aos últimos livros de 2021

- Fault Lines - Emily Itami - Mizuki é um mulher casada com dois filhos, ela é dona de casa mas as vezes dá aulas de cultura japonesa para estrangeiros e os ajuda a se adaptarem. Mizuki fez intercâmbio de um ano em NYC quando adolescente, depois foi outra vez para se tornar cantora mas depois de 3 anos sentiu muita saudade do Japão e resolveu voltar. Ela foi morar em Tóquio e trabalhava como cantora até conhecer seu marido, se apaixonar e casar. Quinze anos depois eles tem dois filhos, moram num apartamento grande (com varanda), num bairro bom, mas Mizuki se sente num mix de tédio com cansaço da vida doméstica. Ela está num ponto que prefere se jogar da varanda a ter que passar mais uma noite sendo ignorada pelo marido e pendurando roupa. Acontece que numa noite de chuva ela conhece o Kiyoshi e com ele vem liberdade, amizade e o redescobrimento de uma Tóquio que ela ama. Mas ela passa a viver uma vida dupla e no fim tem que fazer uma escolha. Gostei desse livro. O título da edição italiana resume muito bem: A Balada Melancólica de uma Vida Perfeita.

- History Is All You Left Me - Adam Silvera - (em português: História é Tudo Que Me Deixou) - Griffin fica arrasado quando Theo, seu ex-namorado (e primeiro namorado) morre num acidente. Theo tinha ido de NY para California para fazer faculdade mas Griffin sempre achou que os dois ficariam juntos outra vez. Para piorar as coisas, Theo estava namorando Jackson que agora é a única pessoa que entende o que Griffin está passando. E Griffin tem TOC, que dificulta (e limita) sua vida. É um livro sobre luto e cada um passa pelo luto como consegue. O livro é contado em partes no passado (a história dos dois) e no presente. Não simpatizei muito com o Griffin, entendo os problemas dele mas personagens extremamente dramáticos não funcionam pra mim, e esse menino tem drama saindo no suor (ou nas lágrimas já que ele chora um bocado). A abordagem do TOC dele é interessante e o Wade é o melhor personagem. Só não sei se garotos de 17 anos são tão maduros assim. O outro livro do Adam Silvera que os dois morrem no final é melhor.

- The Storyteller: Tales Of Life and Music - Dave Grohl - Ainda não tem em português mas deve sair em janeiro 2022. Dave Grohl é um ótimo contador de histórias e nesse livro ele conta sua história em contos. Tem uma certa ordem cronológica mas dentro dos contos ele mistura coisas mais recentes e passado. O que gostei de ler esse livro é que não sabia que tinha tantas coisas em comum com o Dave Grohl. Ele é só dois anos mais velho do que eu, morei 2 anos numa cidadezinha da Virginia que ficava 5km de onde Dave Grohl cresceu (na verdade acho que eram bairros da mesma cidadezinha). Dave Grohl é um fã de música, várias de suas histórias são sobre seus ídolos que ele teve o privilégio de conhecer e de tocar com. Dave Grohl e Sir Paul McCartney são BFFs. E claro que ele conta dos tempos do Nirvana (o antes e o depois).

- Hamnet - Maggie O'Farrell - Esse livro é sobre a esposa e os filhos do William Shakespeare. Aqui Anne é Agnes (segundo a autora era como o pai a chamava), ela era mais velha que o escritor e tiveram 3 filhos. A primeira metade do livro se alterna entre a filha Judith ficando doente e o filho Hamnet atrás de ajuda e a história de Agnes e seu marido. O malabarismo que a autora faz para não usar o nome William Shakespeare é impressionante, ele virou: pai, marido, filho, irmão, tutor de latim, "o jovem", escritor de peças e até "aquele homem". Ela quis colocar o holofote na Agnes e nos filhos mas teria sido melhor apenas chamá-lo de Will. A segunda metade do livro é muito arrastada, tem detalhes em excesso, mas a história da pulga que levou a peste até a casa dos Shakespeare é boa.

- A Pediatra - Andrea Del Fuego - Cecilia é uma pediatra que não gosta muito de crianças, tem menos paciência ainda para os pais, mas é profissional bem sucedida e trabalha no neonatal e atendendo no consultório. Seu marido tem depressão, o casamento vai mal, ela conhece o Celso e os dois começam um caso. Acontece que Celso também é casado e sua mulher está grávida. Celso quer que Cecilia seja a pediatra no parto do seu filho. Cecilia também vai investigar um outro pediatra que faz a linha gratidão natureba que, junto com uma doula, tem um grupo de mães que é quase um culto. Eu diria que as coisas nesse livro vão de 0 a 100km/h em 160 páginas.

- Uma Separação - Katie Kitamura - da série Comprei pela capa. Uma mulher já esta separada do marido há meses, inclusive já tem outro namorado e saiu de casa, mas ninguém sabe porque ele pediu para não contar. Um dia a sogra liga e pede para ela ir até a Grécia atrás do marido porque há dias ele não dá notícia para a mãe. A mulher nem sabia que ele estava na Grécia. Ela vai e quando chega lá ele sumiu. Ela fica no hotel esperando ele aparecer (as coisas dele ainda estão no hotel) e enquanto isso fica filosofando sobre sua vida, sobre seu casamento e separação, se ela deveria estar ali e se não deveria ter contado para sogra sobre a separação. A narradora é muito chata e tenta manter um suspense inútil do que acontece com o marido porque quando agente descobre o que acontece a narração dela fica pior ainda. Achei chato pacas.

- A Extinção da Abelhas - Natália Borges Polesso - Regina é uma mulher de 40 anos, diabética, que mora sozinha e trabalha de babá e de revisora (e depois se exibindo na internet). A história se passa num futuro muito próximo, nada otimista, e ela nos conta o que aconteceu depois da pandemia de 2020 (inclusive fala das próximas eleições). Os capítulos são alternados entre a Regina e a mãe dela que largou a família para seguir o circo. A primeira parte tem uma coisa interessante que é a última palavra de um capítulo é o título do próximo. 

- Constance - Matthew FitzSimmons - Constance é uma cantora (roqueira) que entrou num programa de clones. Nesse mundo as pessoas com (muito) dinheiro mantém um clone e vão armazenando e atualizando sua consciência para, quando morrerem, o clone assumir e assim atingem uma "imortalidade". Constance não tem dinheiro mas está nessa porque sua tia é dona da empresa de clones. Um dia Constance vai fazer sua atualização só que, quando acorda, ela é o clone e se passaram 18 meses dos quais ela não tem lembrança porque parou de fazer as atualizações. Aí vamos, junto com Constance Clone tentar descobrir o que aconteceu. Se tivesse mais questionamentos sobre fazer clonagem, ser clone, ter um clone, ou até nos fanáticos contra a clonagem teria sido melhor mas o livro se prendeu num mistério de assassinato e briga de poder que virou só um livro policial com clonagem de pano de fundo.

- O Sonho De Um Homem Ridículo - Fiodor Dostoiévski - Na verdade é um conto, uma fábula sobre um homem niilista que, no dia que decide se matar, ele cai no sono e tem um sonho sobre seu funeral, seu enterro e como ele foi levado ao pós-vida. Nesse lugar as pessoas vivem em paz, se ajudam e são felizes mas ele as corrompe. O conto é muito bom, mas essa edição que peguei da Antofágica me irritou um pouco. Eu não sabia que era um conto e ocupa só 35% do livro (com letras enormes), o resto do livro é ilustração e análises sobre o conto. Haja blá, blá, blá.

- Crossroads - Jonathan Franzen - É um novelão. Comecei curiosa com a história da familia Hildebrandt achando que ia ter alguma coisa relacionada a culto/seita mas não, é só a história de uma familia no início dos anos 1970. O pai é pastor e está na crise da meia idade, a mãe idem, o filho mais velho querendo lutar na guerra do Vietnã, a filha do meio parece ser sensata pero no mucho, outro filho é viciado e traficante de drogas e o filho mais novo nem ganha um capítulo. Como Jonathan Franzen escreve bem, a leitura flui, me deixou curiosa mas ele não economiza palavras nem detalhes. O passado detalhado do pai só foi contado depois da metade do livro (de 600 páginas) e naquele ponto eu já queria que tivesse 50 páginas a menos. Depois descobri que é o primeiro livro de uma trilogia que não sei se quero saber o que acontece nos próximos dois.

- Beasts Of A Little Land - Juhea Kim - Comecei o ano com um livro japonês e terminei com um coreano. A colonização japonesa na Coréia foi brutal e esse livro passa boa parte nesse perído (de 1917 até 1967). São vários personagens interligados de alguma forma mas a personagem principal é Jade. Ela vai, ainda criança, morar  e treinar com uma cortesã em Pyongyang e depois vai para Seul. Tem o JungHo que, depois que o pai morre, vai para Seul e vira um gangsterzinho e depois ativista comunista, e ele é apaixonado pela Jade porém não correspondido. E para completar o triangulo tem o HanChol que é de família tradicional mas é do lado pobre, ele tem que sustentar mãe e irmã enquanto tenta estudar. Esse livro também mostra como as cortesãs financiaram o movimento de independência da Coreia, como os japoneses tratavam os coreanos, como os coreanos ricos se comportavam durante a ocupação japonesa. Gostei desse livro, acho que complementa a primeira metade de Pachinko. Só acho que poderia ter mais tigres nessa história.


Para 2022 vou colocar a meta de 40 livros.




Momento TOC Livros dos outros anos: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13), (14)

22.12.21

+ Filmes e Séries (e uma novela coreana)

Filmes

Drive My Car - filme japonês baseado num conto do Haruki Murakami. É sobre um dramaturgo e ator que, depois de alguns acontecimentos, vai até Hiroshima montar uma peça do Tchekov com elenco internacional e lá os produtores dizem que ele tem que ter um motorista. Ele acaba aceitando a motorista e os dois passam um bocado de tempo no carro. É um filme cheio de camadas e tem 3 horas. Tem que respeitar um diretor que só mostra os créditos inicias com 40 minutos de filme. Gostei muito desse filme, mas tenho que dizer que me lembrou muito a novela coreana abaixo (My Mister). Esse filme certamente estará no Oscar 2022.

West Side Story - Steven Spielberg fez sua versão para o filme dos anos 1960. Um Romeu e Julieta no West Side de Manhattan. A versão do Spielberg é bem parecida com a original, não tem músicas novas, passa na mesma época mas é bem melhor. É mais colorido, tem mais energia. O ator que faz o Riff e a atriz que faz a Anita são excelentes, eles são 70% da energia do filme. O Baby Driver que faz o Tony canta bem, é bonito e achei que ele deu conta do recado. A Maria é boa, mas a voz soprano aguda dela me incomodou demais. Não sou dos musicais, vi o dos anos 1960 há muitos anos e não lembrava de nada mas me diverti vendo esse. Vi no cinema que fez os números de dança ficarem melhores ainda.

Power of the Dog - Jane Campion voltou a dirigir um filme depois de sei lá quantos anos e voltou com tudo. A fotografia desse filme é linda e quanto menos souber sobre a história melhor porque você vai descobrindo aos poucos. É um western sobre dois irmãos cowboys, mas sem tiros e duelos no por do sol. Um dia um deles casa com a dona de uma pousada e a leva para casa. O outro irmão não gosta da idéia. Benedict Cumberbatch está ótimo. NETFLIX (mas merecia a tela do cinema).

Titane - filme francês vencedor da palma de ouro em Cannes. Conta a história de Alexia que sofre um acidente de carro quando criança e tem uma placa de titânio colocada na cabeça. A médica diz para o pai ficar de olho em qualquer mudança neurológica. Os anos passam e Alexia é dançarina em uma espécie de show para carros, ela gosta muito de carros. Aí não conto mais nada, no fundo é um filme sobre família e que as pessoas precisam das outras. É muito doido mas é bom.

The Humans - um filme bem teatral sobre uma familia que se encontra para o Thanksgiving no apartamento recém alugado (e ainda vazio) de uma das filhas. O apartamento tem muitos barulhos estranhos que serve só para dar um suspense nas conversas. É uma família onde ninguém está bem e a gente vai sabendo o problema de cada um ao longo do jantar. Achei bom, o pai da família tem umas falas ótimas. E tem o Steven Yeun (crush!).

Jagged - Documentário sobre o album Jagged Little Pill da Alanis Morissette, esse disco que foi um fenômeno no final dos anos 1990. Já analisei You Oughta Know aqui no blog e contei um pouco da história da Alanis, mas esse documentário dá muito mais detalhes que eu desconhecia. A. própria Alanis dá depoimentos e ela conta tudo mesmo. Achei muito bom. HBO MAX

Annette - um filme musical com Adam Driver e Marion Cotillard. Eles são um casal celebridade: ela é uma cantora e ele um comediante stand up. As apresentações dele são polêmicas. Eles se apaixonam, se casam e ela engravida. Ele ele vai enlouquecendo a medida que o sucesso dela continua mas o dele começa a cair. Annette é a filha dos dois e é a bebê de filme mais bizarra ever (é mais estranha que a Renesmee de Crepusculo). O filme é quase todo cantado, acho chato isso. Só gostei da primeira música e por isso decidi ver o resto. As perucas desse filme são péssimas. MUBI

Spencer - Kristen Stewart faz a Princesa Diana nesse filme dirigido pelo chileno Pablo Larrain (que dirigiu Jackie com a Natalie Portman). Aqui a Princesa Diana vai para o natal da família real quando ela e Principe Charles já tinham decidido se separar mas a Betinha ainda não sabe. Achei a Kristen Stewart muito afetada (mas ela é linda), não me importo muito com a história da Diana, revirei os olhos com a comparação com a Ana Bolena mas a cenografia é excelente e teve uma sequencia com ela dançando que achei boa.

Being The Ricardos - a história de Lucille Ball e Desi Arnaz casal na vida real que faziam um casal fictício em I Love Lucy, programa de TV de maior sucesso nos anos 1950. Esse filme mistura estilo documentário com um vai e vem no tempo que as vezes é confuso. Não achei que Nicole Kidman e Javier Bardem tiveram química e dormi algumas vezes no meio desse filme. AMAZON PRIME

Belfast - Kenneth Brannagh fez um filme sobre a sua infância em Belfast, em 1969, quando os troubles começaram. O pai trabalhava em Londres e vinha a cada duas semanas ver a esposa, os filhos e os pais. Quando as confusões começam o pai quer levar a familia para Inglaterra. O filme é todo no olhar do menino e é em preto e branco. O trailer é melhor que o filme (que achei só ok), mas o filme tem seus momentos bons.

Your Eyes Tell - filme japonês que é um remake de um filme coreano. É um romance de um rapaz lutador de kickbox e uma moça cega. Eles se conhecem, ficam amigos, mas ele tem um passado de gangue. Fiquei curiosa para ver o original coreano porque os coreanos fazem melodrama (e plot twist) melhor que o japoneses. O menino é lindo, mesmo com o cabelo na cara o tempo todo. NETFLIX



Séries

Get Back - o BBBeatles. Apenas o melhor documetário de música e banda feito. Peter Jackson tinha sei lá quantas horas de material que estava guardado há mais de 50 anos e fez 3 episódios de 2 horas e meia. O ano é 1969 e o documentário é basicamente os Beatles compondo músicas e tentando organizar uma última apresentação (tinham parado de fazer shows em 1966). Tem fofoca, tem intriga, tem Paul McCartney barbado com cabelo cheio de brilho, John Lennon sendo palhaço, Ringo sendo Ringo, George Harrison trazendo os solos de guitarra, Yoko sendo sombra e George Martin sendo elegante. Mostra como as músicas surgiam, como eles faziam covers enquanto esperavam inspiração (ou estavam entediados) e a química excepcional entre John Lennon e Paul McCartney. DISNEY + (como disse alguém no Letterboxd: "A Disney não merece esse documentário.")

Arcane - Série de animação baseada em um jogo. A animação é linda e a história passa num mundo meio que steampunk, que parece uma cidade européia no fim do século 19 mas com engrenagens tecnologicas e um pouco de magia. É a história de duas irmãs, de uma cidade dividida, corrupção e pessoas que tentam melhorar a situação. É boa, só achei a trilha sonora muito ruim. NETFLIX


Novela Coreana

My Mister - A segunda/terceira melhor novela coreana que vi esse ano (está na disputa com Hometown Cha Cha Cha), é de 2018. Me acabei de chorar. Essa novela é preferida de 9 em 10 dorameiras e demorei para ver porque achava que ia ser mais do mesmo (ainda mais com esse título cafona), mas até arrisco dizer que é tipo Ted Lasso só que sem aquela empolgação toda, sem Roy Kent, e cheia de drama coreano. É uma novela contemplativa, acontece muita coisa, mas acontece lentamente. É sobre um homem de 40 anos que está estagnado e uma jovem de 20 que enfrenta muitas dificuldades. Adianto que não é um romance, eles não formam um casal, se tem alguma coisa ali é platônica. Tem intriga dentro da empresa, politicagem de cargos e tem muito drama de familia. Pulei toda a trama do irmão mais novo com a atriz porque não me importei com eles. É um sofrimento atrás do outro mas no fim o coração fica quentinho. NETFLIX

21.12.21

Spiderteen 3

 De volta ao cinema pipoca, com gente fantasiada de Homem-Aranha e muitos gritos e palmas no meio do filme. E vamos para mais um filme da Marvel (já perdi a conta).

Spiderteen apareceu no meio do filme do Capitão America Guerra Civil e depois ganhou 3 filmes. O primeiro é bom, vilão gente como a gente. O segundo acho o melhor, a história é na Europa, o que tira o Spiderteen de sua vizinhança (porque esse é um herói tradicionalmente bairrista), o vilão é bom, tem plot twist e termina com um gancho que leva direto a esse terceiro filme.

Spiderteen está passeando com MJ pelos prédios de Manhattan quando o JJ Jameson aparece nas telas dizendo que Peter Parker é o Spiderteen, e que ele é um terrorista. Aí o FBI bate na porta dele e Spiderteen, MJ, Ned e Tia May vão presos. Logo depois são soltos mas as chances dos três entrarem para o MIT foi por água abaixo porque a universidade acha que tem muito problema em volta do Peter Parker e seus amigos.

Spiderteen fica #chateado e vai atrás do Dr. Strange para que um feitiço seja feito e as pessoas esqueçam que Peter Parker é o Spiderteen para que tudo volte a ser como antes. Dr. Strange diz que todo mundo vai esquecer, inclusive MJ, Tia May e Ned. Spiderteen, que é um adolescente, faz tanta confusão para que Dr. Strange coloque filtros no feitiço que dá merda e o multiverso é aberto.

Os vilões dos outros Spidermans (dos filmes) começam a pipocar pela cidade, começando pelo Dr. Octavius. Dr. Strange criou uma prisão temporária e diz para Spiderteen ir atrás do resto dos vilões e juntar todos que ele vai mandar de volta para seus respectivos universos.

Se fosse só isso teria sido um filme bem divertido, acho até que perderam a oportunidade de fazer mais coisas do multiverso como foi feito na excelente animação Homem Aranha no Aranhaverso. Mas decidiram que o Spiderteen algum dia ia ter crescer e virar o Spiderman e tem um drama que achei desnecessário.

Não sou público alvo do Spiderman (muito menos do Spiderteen) mas acho os filmes divertidos. Na escala diversão, dos filmes do Spiderteen, esse foi que menos achei divertido, e olha que reuniu os 3 Spidermans do cinema, era para ser triplamente divertido.

Como não é spoiler, todo mundo já sabe, vou logo dizer que a melhor coisa desse filme é o Andrew Garfield. Os filmes do Spiderman dele são ok, mas aqui ele conseguiu até roubar a cena do super carismático Tom Holland.

A Tia Helô ia logo gritar "Que bruxaria é essa?" junto com os 317 "Ai, Jesus!" para o multiverso.

18.12.21

Momento TOC: Top 10 frases de músicas (parte 2)

Comecei o Analisando a Música em outubro de 2011 com a musica Down Under do Men at Work, de lá para cá fiz 92 músicas. Em 2015, quando tinha feito pouco mais de 50 músicas, fiz um top 10 de frases que me chamaram atenção e que gostei muito nas músicas que tinha analisado. Frases que se sustentam sozinhas, fora do contexto da música.

Ia esperar chegar a 100 músicas para fazer essa parte 2 das frases, mas já tem 6 anos (tempo voa) e acho que dá para escolher mais 10 frases.


1. I guess I needed a minute, to live a life without you in it. (Heavy - Orla Gartland) - essa frase rima e é muito boa, é preciso ver as coisas por outra perspectiva para saber como é.

2. I love you but I leave you, I don't want you but I need you. (Colder Weather - Zac Brown Band) - uma frase com sentimentos conflitantes.

3. Listen carefully to the sound of your loneliness. (Dreams - Fleetwood Mac) - gosto dessa frase que é um tapa na cara para um fim de relacionamento.

4. Pay your surgeon very well to break the spell of aging. (Californication - RHCP) - o que gosto nessa frase é que o envelhecimento é um feitiço que o cirurgião bem pago pode neutralizar (mas sabemos que não)

5. 'Til my room is filled with shit I couldn't live without. (Everything Now - Arcade Fire) - uma frase sobre acumuladores.

6. She's got a smile that, it seems to me, reminds me of childhood memories. (Sweet Child of Mine - Guns n' Roses) - uma frase fofa, nostálgica, romântica.

7. Welcome to your life, there's no turning back. (Everybody Wants To Rule The Wolrd - Tears for Fears) - é isso aí, só tem essa vida mesmo, aproveita.

8. It was a slap in the face how quickly I was replaced. (You Oughta Know - Alanis Morissette) - frase cheia de raiva e sentimento numa música que é para socar almofadas.

9. People change, even though some people never do. (Seasons - Future Islands) - FATO.

10. There is one thing I can never give you, my heart will never be your home. (Stand By Me - Oasis) - uma frase sincera dita de forma poética.



Momento TOC: Top 10 Frases de musicas (parte 1)

27.11.21

+Series e Filmes (e uma novela coreana)

Séries

Dr. Brain - A Apple TV+ entrou na onda coreana e lançou essa série ficção científica sobre um médico que desenvolve uma técnica de transferencia de memória mas só funciona com cadáveres. Tem um mistério envolvendo o filho e a esposa dele e um detetive particular aparece para investigar. Está bem feita, ainda estou curiosa depois de 3 episódios e como todas as coisas coreanas tem plot twist carpado para todos os lados.

Hellbound - Série coreana do mesmo diretor de Train to Busan. Existe um fenomeno onde a pessoa recebe um recado dizendo o dia e a hora que uns monstros vem buscá-la para o inferno. Sabendo disso, um homem cria uma espécie de seita partindo do principio onde só recebe o recado quem é pecador e estabelece uma série de diretrizes para as pessoas seguirem (e chama a seita de Nova Verdade). Junta isso com redes sociais e pessoas com medo e nem precisa dos monstros para a coisa ficar tensa. Achei muito boa. NETFLIX

The Wheel Of Time - uma série fantasia jovem adulto. Não é teen porque os jovens candidatos a próximo escolhido já tem 20 anos. É baseada na segunda série de livros mais vendida no mundo (a primeira é Senhor dos Anéis). A história começa com a feiticeira (não sei como definir as mulheres dessa religião/seita que tem uns poderes mágicos) Moiraine (Rosamund Pike) chegando numa vila com seu escudeiro, guardião e protetor Lan (Daniel Henney - crush!) a procura da reencarnção de um ser poderoso que vai trazer o equilíbrio para esse mundo. Chegando lá ela tem 4 opções, uma moça e três rapazes. Acontece que ela não é a única procurando, tem uns monstros que também querem o jovem premiado. Até agora vi 3 episódios, está bem feita, fiquei curiosa, mas confesso que estou aqui só pelo Daniel Henney que já mostrou toda sua saúde na cena do ofurô. Amazon Prime Video.

Cowboy Bebop - anime e live action - Antes da estréia da série live action vi os 26 episódios (curtos de 20min) do anime. Preciso dizer que não gosto de anime, esse tipo de animação me irrita um pouco, MAS gostei muito de Cowboy Bebop. A trilha sonora é maravilhosa e vale cada minuto. A história é sobre um grupo de caçadores de recompensas interplanetários. Tem um tal de sindicato que é como se fosse a mafia interplanetária, e o Spike Spiegel tem um passado misterioso. Os cowboys caçando fugitivos é divertido, o babado do sindicato é chato.
A série live action é quase a mesma história mas tem algumas mudanças. Tem menos episódios, mais longos, e deixa gancho para uma 2a temporada. Está bem feita, tem muitos frames que vem direto do anime, o trio principal é ótimo, mas a história do sindicato ficou pior. NETFLIX (as duas)

The Shrink Next Door - Uma série com Paul Rudd e Will Ferrell que não é bem uma comédia. Passa nos anos 1980 e Will Ferrell é um dono de fabrica de tecidos em NYC, ele é um cara tímido, introspectivo, e sua irmã o manda para uma sessão de terapia. O Paul Rudd faz o Dr. Ike, o psicanalista que também é um picareta egocêntrico. A excelente Katherine Hahn faz a irmã do Will Ferrell. Apple TV+

Dexter New Blood - oito anos depois, Dexter está tranquilão numa cidadezinha cheia de neve, trabalhando numa loja de artigos de caça, namorando a policial local e não mata ninguém desde que sumiu de Miami num furacão no meio do mar. Acontece que aparece um rapaz babacão, com sede de atirar em coisas que não deve e acorda o passageiro escuro do Dexter. Até agora está boa. Paramount TV.

Tiger King 2 - Quando você acha que não poderia ter mais babado nessa história do Tiger King, a NETFLIX joga 5 episódios na nossa cara com as piores pessoas possíveis. E não acaba aí, pode esperar uma terceira temporada.

The Sex Life Of College Girls - Série da Mindy Kaling (que também criou a divertida Never Have I Ever) sobre quatro garotas que acabaram de entrar na universidade e vão explorar todas as suas opções. É mais inocente do que o título sugere e é girl power. HBO Max


Filmes

Long Weekend - Um rapaz na fossa conhece uma moça no cinema e os dois passam o dia juntos. Ela está visitando a cidade e tem algumas coisas que o deixam desconfiado (ela não tem telefone, só paga as coisas em dinheiro), mas ele decide ficar com ela mesmo assim. Aí ela conta o que está fazendo na cidade e eu fiquei WTF? mas no fim achei fofo. HBO Max

The Harder They Fall - Foi o western mais colorido que já vi, os cenários tem as cores bem definidas (amarelos, vermelhos, verdes) e a trilha sonora vai do reggae ao hip hop. E não é que western e reggae combinam. É sobre um rapaz que tem os pais assassinados por um bandido e cresce para ser ladrão em um bando que rouba outros ladrões. E um dia ele vai atrás do bandido que matou seus pais, que acabou de fugir da prisão. Tem: Idris Elba, Jonathan Majors, Regina King, Zazie Beetz, LaKeith Stanfield, Damon Wayans Jr e Danielle Deadwyler num papel maravilhoso. Só faltou a música do Jimmy Cliff. NETFLIX

Love Hard - Dando início a temporada de filmes ruins de Natal a NETFLIX lançou esse que tem Nina Dobrev fazendo uma moça que só vai em dates ruins. Um dia ela conhece um rapaz num aplicativo, eles conversam, mandam fotos (MAS não fazem facetime), e ele acaba dizendo que gostaria que ela estivesse com ele no Natal. E o que ela faz? Chega de surpresa na casa dele só para descobrir que ele não é o cara da foto. No fim achei fofo. 

Finch - Tom Hanks em mais uma situação onde ele está sozinho. Dessa vez num mundo pós aquecimento global onde a radiação solar e calor estão em níveis máximos. Tom Hanks tem um cachorro e cria um robô para cuidar do seu cachorro. Não sei se tenho mais medo do aquecimento global ou de inteligência artificial ganhando personalidade. De todo jeito é um filme bacana. Apple TV+

We Could Become Adults - filme japonês sobre um homem que entra numa onda nostálgica quando ele encontra um amigo do passado e relembra sua namorada. Tem uma estrutura interessante para contar a história. É incrível que o mesmo ator faz o personagem dos 18 aos 40 anos. NETFLIX

Passing - é a história de duas amigas negras de pele clara: Clare escolheu passar por branca e se casou com um homem branco racista e Irene, casada com um médico negro, vive o agito do Harlem e só passa por branca quando é conveniente. Quando elas se encontram, depois de anos, Clare quer conviver com os amigos da Irene, mas esta resiste. A direção tem uma mão pesada, o preto e branco do filme é estranho. Não li o livro que deu origem a esse filme, mas imagino que seja melhor porque o filme é só ok. NETFLIX

Red Notice - The Rock, Gal Gadot e Ryan Reynolds nessa bagunça sem graça. Ryan Reynolds faz um ladrão de arte que rouba um ovo dourado e o The Rock é tipo policial que o está perseguindo. A Gal Gadot é a ladra rival. Fiquei com preguiça só de escrever esse resumo. Dormi no meio do filme e não perdi nada. Nem as piadas do Ryan Reynolds são boas. Gal Gadot é linda. NETFLIX rasgou dinheiro com esse filme.

Shang Chi - Mais um filme da Marvel, dessa vez com um herói asiático. Shang Chi é filho do cara dos dez anéis com uma mulher que vem de uma vila que também tem magia. Pai do Shang Chi é o maravilhoso Tony Leung que faz uma luta/dança do acasalamento no bambuzal que já vale ver esse filme. A mãe do Shang Chi morre, ele é treinado pelo pai para ser um assassino mas decide fugir dessa vida e ser manobrista em San Francisco. Sua melhor amiga é a ótima Awkawfina. Aí um dia os capangas do pai do Shang Chi aparecem para levá-lo de volta. Do início do filme até a parte que Shang Chi reencontra o pai é muito boa. As cenas de luta são muito bem feitas e no melhor estilo de luta asiática. O filme perde muito no final fantasioso ao extremo e desnecessário, mas até lá é pura diversão. Disney +

Man In Love - filme chinês que é um remake de um filme coreano. Um coletor de dividas se apaixona por uma moça que cuida do pai devedor. Ele bola um plano onde ela paga a sua dívida através de encontros (não sexuais) com ele. Ela resiste mas acaba cedendo. Eu achava que ia ser uma comédia romântica mas o melodrama bate forte da metade para o fim do filme, fiquei com pena da moça. NETFLIX

Last Night In Soho - Uma garota que vê dead people vai para faculdade de moda em Londres. Chegando lá ela sofre bullying das garotas mais moderninhas e decide alugar um quarto para morar só. Acontece que quando ela dorme no quarto novo ela é transportada para os anos 1960 e se vê como a Gambito da Rainha que está tentando a carreira de cantora no Soho. O começo do filme é muito bom mas tem um momento que a coisa desanda um pouco. A trilha sonora é ótima e Anya Taylor Joy vale assistir.

House of Gucci - Esse ano descobri que não me importo com a mundo da moda para me interessar por histórias do meio. Foi assim com Halston e agora com a Gucci. Esse filme é sobre Patrizia e Maurizio Gucci. Maurizio Gucci foi assassinado e ela foi condenada por ser a mandante. Ela faz a stalker depois de o conhecer numa festa e acaba o conquistando. Acontece que Rodolfo Gucci (pai de Maurizio) vê que Patrizia é interesseira e deserda Maurizio (mas depois deixa 50% da empresa para ele). Aí vemos o babado de família entre Maurizio, seu tio Aldo e seu primo Paolo (Jared Leto que gostei porque me fez rir). Lady Gaga está bem, é ela que faz o melhor sotaque italiano. Já Adam Driver não me convenceu. Tem uma trilha sonora interessante com hits dos anos 80 em inglês e italiano. E a música final, na hora do julgamento, me arrancou risadas. 


Novela Coreana

Search WWW - essa novela coreana é de 2019 e conta a história de Ta Mi, uma mulher que trabalha num site de busca da internet. Ela é responsável por verificar as buscas e sua chefe a pede para manipular a lista de assuntos mais procurados do dia. Aí vem toda uma trama de uso do poder (inclusive público) para manipular a opinião pública. Em um determinado momento a Ta Mi vai trabalhar para o site concorrente e aí mostra a diferença da filosofia nas empresas. A parte do romance é a Ta Mi conhecendo o Morgan num fliperama e eles tem um one night stand (casal transando logo no primeiro capítulo de novela coreana é raridade). Logo depois o Morgan (que é coreano mas foi adotado por um casal australiano) aparece na empresa da Ta Mi porque ele faz trilha sonora de games, torta de climão mas o romance desenvolve. A parte das empresas é boa, tem uma personagem, a Scarlet (na empresa os coreanos todos tem nomes em inglês), muito boa, ela arrasa. Pulei a trama do casal com casamento fachada e da sogra corrupta. Achei o Park Morgan bonitão e essa é uma novela coreana totalmente girl power. NETFLIX

 

22.11.21

The French Dispatch

 Wes Anderson voltou. Gosto muito dos filmes dele, Os Excêntricos Tenenbaums é um dos meus preferidos, O Grande Hotel Budapeste também. Vale a ida ao cinema.

The French Dispatch tem um elenco enorme, cheio de estrelas fazendo papéis principais e pontas. O filme é sobre uma revista que é parte de um jornal americano do Kansas. Acontece que a revista é sediada na França numa cidade chada Ennui na margem do rio Blasé. O criador da revista é filho do dono do jornal que decidiu morar na França e contar par os moradores do Kansas o que acontecia pelo mundo.

A revista conta com escritores excêntricos que escrevem suas histórias sobre diversos assuntos.

No início do filme sabemos que o editor (e criador) da revista morreu mas antes ele aprova uma última edição. O filme é dividido em partes que são os artigos dessa última revista.

Tem Owen Wilson fazendo uma reportagem sobre a cidadezinha na bicicleta. Tem Tilda Swinton escrevendo a ótima história do pintor-prisioneiro e sua musa. Tem Frances McDormand contando a história do revolucionário Timotê Chalamet. E tem o Jeffrey Wright fazendo o James Baldwin contando uma história divertida sobre um cozinheiro de delegacia.

O design de produção é incrível e o Wes Anderson mistura cenas em cor e em preto e branco (e até animação) muito bem.

A Tia Helô ficaria horrorizada com Benicio Del Toro mas acho que ela gostaria de comer algo feito pelo Nescaffier. 315 "Ai, Jesus!" para Lea Seydoux fazendo pose.

No fim do filme tem uma sequencia mostrando as capas da revista, tipo The New Yorker, as ilustrações são lindas - feitas pelo Javi Aznarez

29.10.21

+Filmes e Séries (e novelas coreanas)

Filmes

The Guilty - Jake Gyllenahaal é um policial afastado das atividades na rua e tem que atender os chamados de emergência. Em uma das ligações ele percebe que uma mulher está em apuros e faz de tudo para ajudá-la de dentro do escritório. O filme é só a cara do Jake Gyllenhaal falando no telefone. A cara dele é bonita, mas o personagem é arrogante demais não dá muita vontade de torcer por ele. O filme tem uma tensão mas eu diria que é só ok. NETFLIX

The Last Duel - Ridley Scott trabalha um bocado, esse ano ele tem dois filmes: esse The Last Duel e o filme da Gucci. Gosto dos filmes dele. The Last Duel é baseado numa história real que aconteceu na França medieval. Um homem (Jean) desafia outro (Jaques) a um duelo porque Jaques estuprou Marguerite, a esposa do Jean. A história é contada por 3 pontos de vista: Jean, Jaques e Marguerite. O filme é muito bom e a cena do duelo vale cada centavo do ingresso no cinema, é brutal e bem feita. Tem Matt Damon, Adam Driver, Ben Affleck e a ótima Jodie Comer.

The Velvet Underground - Documentário sobre a banda que fez parte da fábrica do Andy Warhol. Sons experimentais, drogas, distorções, poesia. Não conheço muito do Velvet Underground e esse filme não acrescentou muita coisa, mas é bem feito, tem muitas imagens de arquivo e uns tiozinhos contando as histórias da época. Achei que para ser um filme sobre uma banda teve muito pouca música da banda (acho que só 3 músicas o filme inteiro). Apple TV+


Séries

Maid - Série baseada no livro autobiográfico da Stephanie Land. É sobre a Alex, uma moça que sai de um relacionamento abusivo mas ela não tem com quem contar. Sua mãe é bipolar e seu pai não é uma opção (ele oferece ajuda mas depois sabemos porque ela não aceita). Alex começa trabalhar como faxineira e descobre que pode ficar com sua filha por um tempo num abrigo para mulheres. É então que ela começa aprender a se virar e tentar sair do fundo do poço. Enquanto isso seu namorado abusador a processa pela guarda da filha. É uma série ótima, mostra que não basta força de vontade, que o sistema não coopera e que as vezes precisa mesmo é de ajuda. NETFLIX

Threesome - Uma série sueca mas que passa em Londres. Um dia um casal jovem, Siri e David, juntos há 7 anos, conhece uma francesa e acabam numa festinha na casa dela. Na festinha, Siri decide que quer fazer um menage com a francesa e David. Ele não quer muito mas acaba fazendo. Acontece que no dia seguinte, Siri fica insegura quando acorda e vê David ao seu lado de conchinha com a francesa. Siri passa a questionar esse relacionamento, busca outras opções, David não entende nada porque para ele está tudo bem, a conchinha foi um acidente, ele achava que era a Siri. São jovens que estão juntos há muito tempo e essas duvidas acontecem.

Scenes From A Marriage - Já essa série foi uma eterna revirada de olhos para mim. Não aguentei 5 episódios de DR constante, usei muito o botão de FF, por mais que eu goste do Oscar Isaac. Dois CHATOS discutindo a relação. Não consegui acreditar que essas duas pessoas algum dia estiveram juntas, senti zero química. E achei a metalinguagem dos atores entrarem e sairem de cena boba. HBO Max.

My Name - Série coreana (não é novela, ainda faço um post explicando a diferença) de 8 episódios sobre uma garota que vê o pai ser assassinado e quer vingança. O pai dela era da máfia e ela vai atrás do chefe que a acolhe, a treina e depois a infiltra na polícia (porque o chefe diz que quem matou o pai dela foi um policial). O chefe mafioso mereceu um emoji coração nos olhos, o policial Pildo tem um shirtless super digno, as cenas de ação são muito bem feitas mas boa mesmo é a Han So-Hee que chuta muitas bundas. NETFLIX

You - Na terceira temporada o Joe está casado com a Love, morando numa casa com cerca branca, e cuidando do filho recém nascido. Eles tentam se adaptar a nova vizinhança mas Love é impulsiva e Joe obsessivo e isso é receita para explosão. A narração do Joe me da muito sono, dormi em vários episódios mas no fim achei a temporada ok. NETFLIX

The Morning Show - voltou para segunda temporada que aborda a pandemia. Billy Crudup fazendo valer o Emmy que ele ganhou em 2020 pelo papel. Apple TV+

Acapulco - uma série bobinha que passa num resort em Acapulco nos anos 1980 mas tem uma trilha sonora mais do que divertida com hits pop da época en español. Karma Camaleon é ótimaa! Tem a playlist no spotify.


Novelas coreanas

Crash Landing On You ou Pousando no Amor - A Netflix vem me oferecendo essa novela há muito tempo, mas eu resistia porque vi que os episódios tinham uma hora e meia cada. É muito longa e é arrastada, exageram na câmera lenta. A premissa é ótima: uma empresária rica da Coréia do Sul voa de parapente e é pega por um tufão que a joga para a Coréia do Norte. Ela cai numa árvore, fica presa um tempo, e consegue se soltar quando um Capitão e seus soldados, que fazem a patrulha da fronteira, aparecem. O Capitão mostra para ela como voltar para Coréia do Sul mas ela se perde a acaba na vila onde o Capitão mora. O Capitão primeiro a esconde, mas depois diz que ela é sua noiva enquanto arranja um jeito de mandá-la de volta para Seul. O único motivo pelo qual assisti essa novela foi o casal principal, que tem a maior química, e pelo pai do Capitão, um vôzinho coreano que passou a novela inteira bebendo chá mas no fim mostrou porque era alto escalão na Coréia do Norte. Achei que romantizaram demais as coisas da Coréia do Norte, o Capitão ficou devendo um shirtless, pulei várias tramas, mataram um personagem sem necessidade e as cenas de ação são péssimas. NETFLIX.

Hometown Cha Cha Cha - Essa novela é um romance mas poderia facilmente se transformar em uma história de horror e por isso continuei vendo. A Hye Jin é dentista em Seul mas se demite por não concordar com a dona da clínica. Ela vai para uma cidadezinha de praia que foi o último lugar que ela esteve com a mãe (que morreu quando ela era criança). Hye Jin vai andar na praia mas deixa os sapatos (caros) na areia e são levados pelo mar. Um surfista, o Du Sik, traz um pé do sapato para ela e oferece seu chinelo. Hye Jin descobre que seu carro está sem bateria e com o pneu furado mas ela não consegue sinal de celular porque teve um incendio e a cidade inteira não tem energia. Hye Jin não tem dinheiro (porque ela só usa cartão) e Du Sik (que é um faz tudo da cidade e está em todos os lugares e é conhecido como Chefe Hong) diz para ela ajudar as velhinhas a limpar as lulas e ganhar um dinheiro para comer e passar a noite. No dia seguinte Hye Jin descobre que a cidadezinha não tem dentista e decide se mudar de mala e cuia. Aí temos altas confusões com idosas fofoqueiras. NETFLIX. (Update: Estou achando essa novela muito boa, mesmo com vários clichês é o romance se modernizando nas novelas coreanas.)

22.10.21

Dune

De volta ao cinema pela terceira vez no mês (a segunda foi para ver O Ultimo Duelo que é muito bom) para ver Duna, filme que também foi adiado tantas vezes que já poderiam ter feito a parte dois.


Sim, esse filme é a parte um, inclusive está escrito logo nos créditos iniciais do filme.

Nunca li o livro do Frank Herbert e nunca tive curiosidade. Assisti o filme de 1984 dirigido pelo David Lynch com Sting e Kyle MacLachlan, na época entendi pouco do que acontecia e quando vi outra vez apenas achei ruim. 

Aí o Denis Villeneuve resolveu fazer a sua versão da história com um elenco de peso, tem Oscar Isaac, Josh Brolin, Rebecca Ferguson, Stelan Skarsgard, Javier Bardem, Jason Mamoa e os jovens mais cobiçados de Hollywood: Timothée Chalamet e Zendaya.

(Timothée que chamarei de Timotê)

O Denis Villeneuve faz uns filmes bons, vide o Prisioners, Blade Runner 2049, Sicario e até de A Chegada eu gostei. Pelo que entendi não é só um livro, Duna é uma série de livros com uma história interplanetária que se extende por milênios (ainda assim não quis ler o primeiro livro). Denis Villeneuve é fã dos livros e se dedicou a essa adaptação.

E sobre o que é Duna? Eu conto. Sem spoilers, até porque os spoilers são mais sobre o visual do filme do que da história em si.

Então, tem um planeta deserto chamado Arrakis que tem uma purpurina na areia que eles chamam de Spice. Essa especiaria é a coisa mais valiosa das galáxias e serve para várias coisas (inclusive para saúde) mas o que o pessoal do império intergaláctico quer é fazer a colheita, refinar e usar como uma espécie de combustível nas viagens entre planetas.

Arrakis era administrado por uns bullies chamados Harkonnen mas o Imperador (que não aparece) os trocou pelo pessoal da casa Atreides. O planeta tem seu próprio povo, os Fremen, que vive entocado em túneis nas dunas, usam tanto Spice que tem os olhos azuis, é um povo tecnológico que desenvolveu uma roupa que absorve e aproveita o suor e ainda sabem lidar com as minhocas gigantescas que nadam no mar de areia.

No começo do filme O Duque Atreides (Oscar Isaac com a melhor barba de 2021), que parece ser um cara justo, está recebendo a papelada da transferencia para Arrakis. O Duque mora com a Jessica (não são casados) e eles tem um filho chamado Paul (Timotê). Jessica vem de uma linhagem de bruxas intergalácticas e ensinou alguns truques para Paul que tem sonhos muito estranhos, vívidos e, depois, premonitórios. Paul faz um teste com a Madre Bruxa para saber se ele é especial (e deve ser) mas a Madre Bruxa diz que tem outros candidatos.

A família se muda de mala, cuia, quadro do vô, exercito e tocadores de gaita escocesa para Arrakis para tentar fazer a colheita do Spice e manter a ordem. 

Acontece que o Chefão Harkonnen não quer lagar o osso e quer Arrakis de volta, e tem o povo local que é pura resistência. (Tem toda uma trama política e briga por poder que envolve o Spice, para mais detalhes só vendo o filme, ou lendo o livro.)

É isso.

Timotê preenche a tela do IMAX como poucos. Ele vai do frágil ao autoconfiante num pulo. Paul ainda está em treinamento mas ele tem mais certezas que muita gente no filme.

Oscar Isaac está bem e Rebecca Ferguson aprendeu uns truques com Tom Cruise nos filmes do Missão Impossível. O Jason Mamoa foi a melhor surpresa, adorei o personagem dele (um piloto do exercito Atreides). O Josh Brolin merecia mais tempo de tela, Stelan Skarsgard me deu medo daquele homem balão que fica flutuando, Javier Bardem aparece pouco mas acho que terá mais o que fazer no filme 2, assim como a Zendaya.

É um filme de cinema, para ser visto num cinema bom com tela bem grande. Tem uma voz que as Bruxas fazem que tremia as cadeiras do cinema e não sei se em casa terá esse efeito.

A trilha sonora do Hans Zimmer é ótima, dá ritmo ao filme e as cenas de ação que são muito bem feitas

A Tia Helô iria gostar muito do Timotê, ele é muito bom menino, mas acho que ela se assustaria com o tanto de areia que tem nesse filme. 613 "Ai, Jesus!" todos para o minhocão com cara de capa de disco do Tom Zé.

Esse filme realmente precisa de uma parte dois, a parte um foi apenas uma introdução. Que façam logo a parte dois. 

7.10.21

007 Sem Tempo Para Morrer

Depois de um ano e meio, duas doses da vacina, com uma máscara PFF2 e a sala vazia com lugares em volta bloqueados, voltei ao cinema. E que saudades de ver as coisas numa tela grande com som excelente. Achei que o novo filme do 007 merecia uma ida ao IMAX e assim fui ver o James Bond.

Esse filme era para ter sido lançado em 2020 e foi adiado tantas vezes que teria dado para fazer outro. É o quinto, e último, filme do Daniel Craig como o 007. Cassino Royale é ótimo, Quantum of Solace é ok, Skyfall é excelente (e arrisco dizer que é o MELHOR filme de todos do 007, tudo nesse filme é um acerto) e Spectre é bom.

E chegamos a Sem Tempo Para Morrer. Eu achava que o Daniel Craig ia encerrar a carreira como James Bond no Spectre mas ele aceitou voltar para esse.

James Bond está com Madeleine (Lea Seydoux), sua namorada em Spectre, e eles estão curtindo umas férias na Itália. James Bond quer visitar o túmulo de Vesper Lynd (sua namorada em Cassino Royale), mas a Spectre deixou uma surpresinha para ele no cemitério e aí temos a primeira cena de ação bem bondiana pelas ruas estreitas de uma vila italiana. 

James Bond se separa de Madeleine porque achou que ela tinha dedurado a localização dele para a Spectre.

Passa 5 anos e James Bond agora está aposentado, na Jamaica, curtindo um velejo e uma pescaria quando Felix aparece oferecendo um job de resgatar um cientista que está em Cuba. James Bond diz que não, mas quando ele descobre que tem uma nova 00 na jogada a mando do M, ele decide que vai.

Em Cuba ele encontra a Paloma (a ótima Ana de Armas, literalmente com armas) e os dois vão penetrar uma festinha do Spectre comandada pelo Blofeld (via zoom) que está numa prisão de segurança máxima na Inglaterra. E pelo jeito a segurança não é tão máxima assim.

James Bond e Paloma

Coisas explodem, pessoas morrem, e James Bond tem que voltar a Londres para saber o que está acontecendo. Que arma biológica é essa? Quem é o vilão megalomaníaco da parada? Onde ele está? E quem é que tem algumas respostas para James Bond? Sim, Blofeld e a Madeleine. Torta de climão.

Até Skyfall o James Bond era um cara mais sombrio, ainda fazia suas piadinhas mas sofria. Os vilões estavam deixando de ter ambições farônicas e o tom era mais pessoal. Mas, em Spectre teve a volta do vilão que quer destruir o mundo que continua nesse filme e ainda traz mais referências aos filmes anteriores a era Daniel Craig.

Achei Sem Tempo Para Morrer bom, ainda mais vendo as cenas de ação no IMAX. A sequencia inicial na Italia é muito boa (tirando o terno do James Bond que não caiu bem, mas depois, em Londres, ele volta aos ternos bem cortados e looks impecáveis), toda a parte em Cuba é excelente (aliás, volta Paloma!), gostei de alguns apetrechos que lembram os filmes dos anos 1960 e a galera do MI6 é toda boa (Q, Moneypenny, M e a nova 00). São mais de 2 horas de filme que passa rápido.

Dito isso, o vilão é péssimo, nem lembro o nome dele, o plano dele não é dos mais fáceis de entender mas no fim não importa. Não acho que James Bond e Madeleine tem muita química (sdds Eva Green) e música de abertura da Billie EilishZzzzzzzzzz é sonolenta. Também não sei se precisava daquele final (não darei spoilers).

Sean Connery é James Bond Classic, mas o 007 da minha geração é o divertido Roger Moore. Gosto muito do Pierce Brosnan, os filmes do Timothy Dalton são bons e George Lazenby nem lembro direito. 

Daniel Craig chegou de mansinho, meio desacreditado, mas já em Cassino Royale mostrou todo seu potencial ao sair do mar azul do Caribe e depois entrar num terno. Segurou o papel por 15 anos e 5 filmes. Skyfall é o meu filme favorito do James Bond, é o que já vi mais vezes e verei mais.

Um beijo shaken AND stirred para o Daniel Craig, um James Bond que sabe usar o dedinho. Né, Vesper Lynd? 

Que venha o/a/e próximo/a/e 007.

Faz tanto tempo que não tem uma cotação de filmes da Tia Helo que acho que esse filme do 007 merece. Tia Helo diria 521 "Ai, Jesus!" para Sem Tempo para Morrer, ainda mais naquela cena que James Bond toma um banho na natureza.



4.10.21

Momento TOC livros 15 (parte 4)

Aconteceu. Cheguei nos 80 livros. Dei uma desacelerada durante as Olimpiadas mas assim que acabou voltei ao ritmo. E ainda faltam mais de dois meses para o fim do ano. Não chego a 100 livros, mas vou deixar os últimos livros do ano e o resumo das leituras para o próximo post (no fim do ano).

Os outros livros de 2021: Parte 1 (do 1 ao 20), Parte 2 (21 ao 40), Parte 3 (41 ao 60)

Vamos a mais 20 livros que li em 2021.

- The Inheritance Games - Jennifer Lynn Barnes - (em português: Jogos de Herança) - sobre Avery, uma garota de 17 anos, orfã de mãe e abandonada pelo pai, que mora com a irmã e tem que se virar para trabalhar e estudar (ela é ótima aluna). Um dia Avery é chamada na sala da diretora para ser informada que precisa comparecer a leitura do testamento de um bilionário. Esse senhor rico tem duas filhas e 4 netos mas deixou muito pouco de sua fortuna para eles, os 42 bilhões foram todos para Avery que nunca viu esse senhor na vida. A primeira coisa a ser descartada é parentesco porque fizeram o DNA. Ele também deixou cartas para os  netos que leva a um jogo onde vão descobrir porque Avery é a herdeira. Quando peguei esse livro para ler não sabia que era juvenil, e como tal é um mistério bem divertido. Tem uma continuação mas não fiquei tão curiosa assim para saber o que acontece.

- Romantic Outlaws - Charlotte Gordon - (em português: Mulheres Extraodinárias - Criadoras e Criatura) - em capitulos alternados temos a história de Mary Wollstonecraft e de sua filha Mary Shelley. Ambas foram escritoras revolucionárias, tiveram filhos fora do casamento, viveram temporadas fora da Inglaterra e casaram com homens que também escreviam. Mary Wollstonecraft escreveu seu manifesto feminista, que influenciou muitas escritoras que vieram a seguir (de Jane Austen a Virginia Woolf), e outros livros, inclusive um guia de viagem, no fim do século 18 e Mary Shelly escreveu Frankenstein no início do século 19. A autora fez uma pesquisa extensiva das cartas e diários que ambas deixaram e dá uma excelente dimensão dessas duas mulheres a frente de seu tempo.

- Beach Read - Emily Henry - Gostei tanto do outro livro dessa autora que peguei esse. January é uma escritora de romances que acreditava no "felizes para sempre", tinha um namorado perfeito, até que seu pai faleceu e ela descobriu que ele tinha traído sua mãe. O pai deixou uma casa de praia para ela com uma carta e como January acabou o namoro, teve que sair do apartamento, está sem dinheiro e precisa escrever um livro, ela vai para essa casa. Chegando lá ela descobre que seu vizinho é Gus, um colega da faculdade que agora é escritor de sucesso de livros de ficção. Os dois estão meio sem inspiração para escrever seus livros e decidem fazer uma aposta: ele tem que escrever uma história com um final feliz e ela uma que não tenha um final feliz. E, para que consigam escrever no genero oposto, um tem que ensinar para o outro como faz. É um romance chick lit. Achei ok, as partes que falam sobre o processo da escrita são bons, o romance deles engata mas tem uns detalhes que achei que forçou a amizade.

- Dupla Falta - Lionel Shriver - Um livro sobre um casal de pessoas competitivas cheio de referências ao tênis. Willy é uma tenista profissional que joga desde os 5 anos. Ela é obcecada pelo tênis, é a vida dela, é ela. Aos 23 anos ela está um pouco atrás das outras porque não teve apoio da família, teve que ir para faculdade e perdeu alguns anos de campeonatos que poderia ter lhe dado mais posições no ranking. Mas ela tem muita vontade de vencer e é viciada no jogo. Eric é um rapaz de 22 anos que começou a jogar tênis aos 18 e ele tem tudo que Willy não tem: talento, dinheiro, um diploma, e se importa menos com o jogo o que faz dele extremamente eficiente em quadra. Quando se conhecem, e se apaixonam, ela é 370 do ranking, ele é 970 e não consegue ganhar dela. Eles se casam e a medida que ele vai melhorando seu jogo, ganhando mais torneios, ela vai ficando insegura, paranóica, e mais competitiva com ele. O relacionamento é radioativo, cheio de provocações (dela) e até agressivo. Willy foi uma das personagens mais irritantes que li esse ano, e por isso o livro é bom.

- Vista Chinesa - Tatiana Salem Levy - um livro sobre um tema pesado mas que o aborda sensações e sentimentos com muita sinceridade. Julia é uma arquiteta carioca que um dia, antes de uma reunião, ela decide fazer uma corrida na estrada que leva até a Vista Chinesa. No meio do caminho um homem a aborda com uma arma em sua cabeça, a leva para a floresta e a estupra. Julia relata sua história em detalhes mas por partes que são alternadas com passado antes do acontecimento e o presente. Um livro curto, pesado e muito bom.

- Qual o Problema das Mulheres? - Jacky Fleming - Uma HQ onde a autora, através de desenhos e de um texto extremamente sarcástico e irônico, tenta entender por que as mulheres não constam na história das ciências e da literatura. Por que só conhecemos Marie Curie? Os desenhos são bacanas e no fim ela lista várias mulheres médicas, botaninstas, matemáticas, poetisas, que foram ignoradas. Só achei o texto sarcástico demais, as vezes perde o sentido.

- Luzes de Emergência Se Acenderão Automaticamente - Luisa Geisler - Henrique é um rapaz de 23 anos que estuda e trabalha. Seu melhor amigo caiu da rede, bateu a cabeça e está em coma. Perto do Natal de 2011, Gabriel já está em coma há 3 meses e Henrique começa escrever cartas para o amigo contando os acontecimentos para que quando o amigo acorde possa ler tudo que aconteceu. Henrique conta da namorada Manu, do irmão do Gabriel, e do seu novo amigo Dante. Em algum ponto os relatórios se transformam em reflexões sobre a vida, o universo e tudo mais. 

- Em Ondas - AJ Dungo - uma HQ com desenhos lindos que conta a história do surf desde os tempos dos povos polinésios alternada com a história da Kristen, a namorada do autor. Como o surf foi uma coisa que Kristen ensinou ao autor e foi o que o ajudou em seu luto, ele decide contar a história do esporte e duas lendas: Duke Kahanamoku e Tom Blake. A parte sobre a Kristen é triste, tem poucas partes fofas mas ele a faz quase uma musa/santa, uma manic pixie dream girl. O que importa é que ele chega a mesma conclusão que Lulu Santos: a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito.

- Kentukis - Samanta Schweblin - Kentukis são bichos de pelúcia em vários formatos (panda, corvo, topeira, dragão) que tem rodinhas nos pés e cameras nos olhos. Acontece que quem tem um Kentuki não é quem o controla, o bicho é controlado por outra pessoa aleatória. Tem quem compre o bicho e quem compre o controle de um bicho. Quem compra o controle não sabe onde vai estar o bicho que vai controlar, e quem compra o bicho não sabe quem vai controlar. E aí tem várias histórias de pessoas que compraram o bicho e de pessoas que escolheram controlar e como se dá essa interação de diferentes maneiras (e também como pode dar errado). O ser humano é muito estranho.

- Correntes - Olga TokarczukNo início parece um livro com pequenos contos ou anotações mas existe um fio que vai costurando. É como uma conversa que os assuntos vão surgindo, as vezes se aprofunda e em outras parece que foram esquecidos para voltar no fim da conversa. É um livro sobre viagem, pessoas viajando e manter-se em movimento que não dá vontade de viajar. Tem muito sobre anatomia e técnicas de preservação do corpo (e partes) humano. 

- The Heart Principle -Helen Hoang - saiu o terceiro livro da série com o melhor personagem secundário dos outros dois livros: o Quan. Como a autora está no espectro autista, nos livros, um dos personagens também está. O primeiro livro, The Kiss Quotient, é a história de Michael (primo bonitão do Quan) e Stella (uma economista com Aspergers). O segundo livro, The Bride Test, é sobre Esme e Khai (irmão bonitão e autista do Quan). Nesse terceiro livro temos a história da Anna, uma vilonista, que tem um burn out depois de uma turnê e se descobre no espectro autista depois de anos mimicando emoções e expressões para ser socialmente aceita e não decepcionar as expectativas de sua família. Seu namorado Julian quer abrir o relacionamento para sair com outras pessoas e Anna fica arrasada mas decide que ela também pode explorar as oportunidades e se inscreve num app para encontros de uma noite. O Quan, por sua vez, está recuperado de uma doença que o deixou com a confiança abalada e Michael o convence que está na hora de voltar a sair. Quan e Anna deram match. Achei que ia ser um romance leve mas é um livro mais melancólico, a autora aborda uns assuntos mais pesados além do autismo e depressão, como cuidar de um familiar em seus últimos dias. É menos steamy que o primeiro livro e mais steamy do que o segundo. Só achei o final corrido e o Quan merecia mais páginas.

- A Estrangeira - Claudia Durastanti - A narradora é filha de pais surdos e todas as partes desse livro que ela fala deles, de sua relação com eles e a deles com o mundo, são muito boas. Ela conta a história de toda a sua familia, fala de trabalho, saúde e amor. Ela vive uma eterna sensação de ser estrangeira: ela escuta numa família de surdos, nasceu em um país e depois cresceu em outro, fala com imperfeição devido crescer com pais surdos, adulta mora em um terceiro país. Não falta drama na história dela. A melhor frase do livro que define a relação dos pais é: "A vida deles juntos era marcada por conversas alegres que se transformavam em cacos de vidro no chão.".

- Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa - Uma HQ com roteiro de Eloar Guazzelli Filho e arte de Rodrigo Rosa - Clássico da literatura brasileira que conta a história de Riobaldo e Diadorim no sertão brasileiro. É um faroeste nacional com as disputas de grupos de jagunços (muito tiroteio), criticas sociais, vida no sertão e Riobaldo não sabendo lidar com seus sentimentos por Diadorim. Não li a versão tradicional, mas gostei dessa HQ, os desenhos são bonitos. O texto da HQ é o mesmo do original e confesso que, muitas vezes, achei confuso, mas também encontrei frases belíssimas e poéticas.

- Beautiful World, Where Are You - Sally Rooney - (em português: Belo Mundo, Onde Você Está) - O livro novo da autora de Normal People (livro que achei ok mas amei a série). Aqui temos a história de Alice e Eileen que são melhores amigas desde a faculdade, foram roommates, mas agora Alice (que é escritora famosa) está em uma cidade pequena e Eileen (que trabalha numa revista) em Dublin. Os capítulos são alternados entre Alice, Eileen, e os emails de uma para a outra. As duas se comunicam através de e-mails longos, filosóficos, quase dissertações com assuntos variados: consumo, mudanças climáticas, religião, beleza, sexualidade e sexo, marxismo, e, claro, suas vidas profissionais e amorosas. O capitulo 23 é lindo. Os capitulos das duas tem uma narração em terceira pessoa que na, minha cabeça, era o narrador dos filmes do Wes Anderson.

- Tudo é Rio - Carla Madeira - Conta a histtória de Dalva, Venâncio e Lucy, três pessoas que tem suas vidas entrelaçadas. Mas também conta as histórias das outras pessoas na periferia da vida desses três. É um livro de apenas 200 páginas com prosa fluída e as vezes poética. É sobre a vida, o universo e tudo mais com plot twist.

- With You Forever - Chloe Liese - quarto livro numa série (da qual só li o segundo e esse) e também tem uma playlist no spotify. A autora é autista e nos dois livros que li tem personagens neurodivergentes, nesse é o Axel, um artista (pintor) que precisa reformar a casa de campo da familia mas quer fazer sem que os outros saibam. Ele emprestou dinheiro para um dos irmãos e está meio sem grana para a reforma, mas um tio deixou uma herança. Acontece que para pegar o dinheiro da herança ele tem que casar (e ficar casado um ano). A Rooney é melhor amiga da cunhada dele e os dois tem um crush mutuo há dois anos mas ele a evita. Rooney tem uma doença crônica, precisa de um tempo da vida e do trabalho, e sua amiga oferece a casa de campo da familia. Ronney chega na casa e rola torta de climão porque não sabia que ele estaria lá. Depois ela fica sabendo do babado da herança e oferece para casar porque ela pode, quer fazer algo pela familia dele que a acolheu mesmo que fique em segredo. Aí eles vão descobrindo que podem confiar um no outro, que se sentem confortáveis e claro que o crush fala mais alto. É um livro ok, a playlist é melhor, tem muitas músicas do Harry Styles. 

- Dias Bárbaros - William Finnegan - O subtítulo desse livro é Uma Vida No Surfe e é uma autobiografia, ou melhor, um livro de memórias do surfista amador e jornalista Bill Finnegan. Surfista amador mas surfista obcecado pelo surf e por buscar ondas. O surf para Bill é mais do que um esporte, é um estilo de vida e ele começou muito cedo nas ondas da California, depois cresceu no Hawaii, passou 3 anos surfando ondas no sudoeste asiático, Australia e Africa. Seu trabalho era ser jornalista político em áreas de conflito mas mesmo nesse lugares ele arranjava um tempo para surfar. Ele é daqueles surfistas que uma vez encontrada uma onda quer voltar a ela sempre. MAS esse livro poderia ter umas 150 páginas a menos, descobri que tem um limite para o tanto de ondas e caldos que uma pessoa pode ler. Achei também que, para ele, as únicas pessoas interessantes eram seus brothers surfistas tão obcecados quanto ele. As melhores partes são algumas ondas que ele pegou, a parte que ele viaja pela Asia, e os anos dele na ilha da Madeira.

- They Both Die At The End - Adam Silvera - (em português: Os Dois Morrem No Final) - Mateo o Rufus são dois rapazes de 18 anos que, a meia noite de 05/09, recebem a temida ligação do Death-Cast dizendo que "Nas próximas 24 horas você vai morrer". Mateo é um rapaz recluso que quase não sai de casa, seu pai está em coma há duas semanas e sua mãe morreu no parto. Rufus é rebelde com causa, sua familia toda morreu num acidente e na hora que ele recebe a ligação está batendo no namorado da sua ex-namorada. Mateo e Rufus se conhecem via Last Friend, uma app que junta pessoas que querem um amigo para o último dia (e ambos tem seus motivos para não querer passar com os amigos que já tem). O livro segue o dia de Mateo e Rufus e, as vezes, de outras pessoas que receberam ou não a ligação (algumas dessas outras pessoas até achei mais interessante). Sim, eles morrem no fim, mas antes tem muito de A vida, O universo e Tudo mais. É ok, os meninos são fofos, gostaria de saber mais sobre o Death cast mas já li o ótimo Crônica de Uma Morte Anunciada do Gabriel Garcia Marquez que aborda os temas filosóficos muito melhor. 

- Harlem Shuffle - Colson Whitehead - (em português: Trapaça no Harlem) - Ray Carney é um vendedor de móveis novos e usados e nas horas vagas ele é recebe coisas adquiridas de forma não tão legal e as passa a diante. Um dia seu primo Freddie diz que tem um "trabalho" para ele mas Carney diz que não quer participar e não participa, mas o primo Freddie o mete na roubada de qualquer jeito. Carney consegue se safar dar situações de um jeito que as vezes fica difícil de acreditar. Ele está sempre a margem da ação e até quando ele é o agente da ação, são outros que executam a parte difícil. Carney é ambicioso e de vez em quando vingativo. Tem muito sobre o Harlem nos anos 60 e tem personagens secundários interessantes. Muitas partes são boas mas me frustrava quando, no meio de uma ação, aparecia um flashback explicando alguma coisa. Se Barry Jenkins ou Spike Lee fizerem esse filme acho que vai ficar melhor que o livro.

- The People We Keep - Allison Larkin - April é uma garota de 16 anos que mora numa cidadezinha de NY. A mãe a abandonou e o pai (viciado em jogo) passa mais tempo com a nova namorada do que em casa. April gosta de tocar violão, compõe músicas, passa o tempo com seu namorado Matty, trabalha no restaurante da Margot e não é muito boa na escola. Um dia ela briga com o pai (e a namorada do pai), ele quebra seu violão, ela decide ir embora da cidade sem olhar para trás e buscar uma vida diferente. Ela passa por vários lugares, conhece várias pessoas, algumas muito importantes que marcam sua vida e que ela tem vontade de manter, que a fazem se sentir em casa. "It's amazing how much you can miss people you only got to be with for one tiny little perfect bit of time; how a place where you barely got to live can be the closest thing you've ever had to home". April cita muitas músicas, muito Bob Dylan, vou procurar uma playlist porque certamente alguém já fez. Achei bom (mesmo com alguns momentos, que sei lá, estranhos).


Momento TOC Livros dos outros anos: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13), (14)


30.9.21

+ Filmes e Séries

Séries

Ted Lasso - a segunda temporada dessa série que deixa o coração quentinho trouxe uma psicóloga para o time de futebol que deixou Ted Lasso abalado, afinal ele é um coach e não acredita no poder de Freud. Roy Kent continua sendo a melhor pessoa dessa série. Sim, essa série merece todos os prêmios que ganhou. Apple TV+

Mr. Corman - Joseph Gordon-Levitt criou essa série sobre um rapaz que era músico e agora é professor da quinta série de uma escola. Ele é ansioso, mora com um amigo, no início ele acabou de levar um fora da namorada (e ex-parceira de banda) e tem alguns problemas com a mãe, o pai e a irmã. Os episódios são meio que temáticos e com algumas cenas experimentais (o segundo episódio que foca na ansiedade dele é muito bom). Tem até episódio na pandemia. Apple TV+

What We Do In The Shadows - os melhores vampiros da TV estão de volta para a terceira temporada e agora o Guillermo foi promovido a segurança (mas continua sendo empregado). Risadas garantidas. 

Only Murders in The Building- Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez moram no mesmo prédio e são fãs de um podcast de crimes. Quando um vizinho aparentemente se mata eles desconfiam e passam a investigar o crime ao mesmo tempo que criam seu próprio podcast. Tem o Sting em dois episódios. Star+ 

Sex Education - Na terceira temporada a escola ganha uma nova diretora, jovem, que parece moderninha mas impõe métodos antigos achando que vai acabar com o fogo dos alunos. Adam tem o melhor arco de personagem da temporada e gostei do fim. NETFLIX.

The Squid Game (ou Round 6) - série coreana (não é novela) de 9 episodios sobre pessoas que tem dívidas (e estão desesperadas) que vão parar em um jogo que tem 6 etapas e o vencedor terá seus problemas financeiros resolvidos. Em cada etapa pessoas vão sendo eliminadas e aí os grupos vão se formando e escolhas vão sendo feitas. Existe livre arbítrio ou estão todos sempre num jogo (dentro ou fora do ambiente da série)? É violenta mas tem um design muito interessante e surpreende. NETFLIX

On The Verge - Série RUIM sobre 4 mulheres entre 45 e 50 anos. Parece que a Celine de Antes do Por do Sol largou o Jesse, se casou com um francês péssimo e arranjou 4 amigas sem noção.

My Holo Love - A Netflix estava me empurrando essa novela coreana faz tempo e resolvi assistir. Não é das melhores MAS a idéia de um óculos com inteligência artificial em forma de holograma é interessante. E também o fato da mocinha ter aquela síndrome que a pessoa não reconhece rostos. É um romance bobo mas o questionamento do uso da tecnologia é válido, ainda mais quando não é tão ficção assim, afinal o Zucka lançou um óculos desses junto com a Ray Ban. NETFLIX

Midnight Mass - terceira série de terror do Mike Flanagan. As outras duas são: a ótima A Maldição da Residência Hill e a só ok Maldição da Mansão Bly. Nessa A Missa da Meia-Noite temos uma ilha com 127 habitantes e acompanhamos a chegada de Riley, um rapaz que esteve 4 anos preso por dirigir embriagado e matar uma pessoa, e do novo padre da vila. O novo padre traz algumas novidades e as missas que estavam vazias começam a encher mais. A beata local é a PIOR pessoa mas é a melhor personagem. Religião e terror quando andam juntas rendem ótimas histórias, essa série é boa. NETFLIX


Filmes

The Card Counter - Filme do Paul Schrader (roteirista de Taxi Driver e diretor do ótimo First Reformed) sobre um ex-militar treinado em torturar que, depois de alguns anos preso, passa a jogar cartas em cassinos para ganhar dinheiro. Oscar Isaac acerta muito no tom do personagem sozinho, que quer apenas passar os dias. Achei o filme um pouco chato porque não me importo com jogos de cartas em cassinos mas a cena do Oscar Isaac seduzindo Tiffany Haddish valeu a pena.

The Mad Woman's Ball - Filmde dirigido pela Melanie Laurent (a Shosana de Bastardos Inglórios). Conta a história de Eugenie, uma moça da sociedade parisiense (em 1840) que vê e fala com espíritos. Seu pai decide interná-la em um hospital psiquiátrico e lá ela mostra seus "talentos" para a enfermeira Genevieve que decide ajudá-la. Também mostra os tratos dados as mulheres nesses lugares e como as mulheres se unem. Amazon Prime Video.

Stillwater - Matt Damon faz um cara simplão do Oklahoma que vai até Marselha visitar sua filha que está presa (já há 5 anos) por ter assassinado sua namorada. Ele faz essa viagem algumas vezes por ano e nessa vez a filha diz que precisa encontrar o cara que realmente deu a facada na menina. Ele decide ficar na França e passa a investigar sozinho com a ajuda de uma moça francesa e sua filha. O filme é menos sobre o crime da filha e mais sobre a integração do Matt Damon com as duas francesas, a cidade e uma nova realidade. 

Kate - Mary Elizabeth Winstead faz uma mercenária que, no Japão, é envenenada e tem menos de 24 horas para achar que mandou matá-la e se vingar. É isso. Ela chuta muitas bundas e o visual estilo anime/mangá é bacana. NETFLIX

The Voyeurs - um casal se muda para um apartamento com janelas enormes que dá para ver toda a vizinhança. Um dia ele ficam entretidos com o casal do outro lado da rua e passam a "assistir" todas as noites. Um dia eles veem que o marido vizinho trai a esposa e a moça observadora quer de algum jeito contar para a esposa vizinha. O plot twist é previsível mas o que acontece no final nem tanto. Amazon Prime Video.

Fuimos Canciones - comédia romântica espanhola onde Maca (de Macarena) trabalha para uma influencer mas não gosta muito desse trabalho. Ela está estagnada e descobre que seu ex-namorado, que fez um ghosting nela indo morar em Boston sem avisar, voltou a morar em Madrid. O ex-namorado agora namora uma outra influencer que quer ajudar Maca a trocar de emprego. As amigas da Maca também estão passando por algumas mudanças. É divertido. NETFLIX

Free Guy - filme com Ryan Reynolds, Jodie Comer, e vários cameos divertidos. Ryan Reynolds faz o Guy, um NPC (Non Playable Character, um personagem de jogo que não é controlado por um jogador) de um jogo chamado Free City. Ele tem uma rotina até o dia que ele vê uma jogadora e aí ele passa a pensar por si próprio. OU seja, inteligência artificial ganhando personalidade. Acontece que a moça está no jogo para descobrir onde seu código roubado foi escondido. Tem toda uma trama fora e dentro do jogo. É um filme muito divertido até para que nunca jogou esses jogos online.