31.7.21

A medalha do tênis

E temos a primeira medalha olímpica do tênis! Luisa Stefani e Laura Pigosi nas duplas femininas. Vi o jogo delas da semifinal onde elas perderam as suíças. Perdi a final porque foi de madrugada, na hora do soninho, a vitória foi num tie break por 11x9. Estão de parabéns!

girl power

Essa é a olimpiada das provas mistas. São ótimas. Mulheres e homens competindo juntos. O tênis sempre teve duplas mistas mas agora teve 4x400m medley na natação (britânicos ganharam), no triathlon (os britanicos também ganharam essa), no judô (franceses ganharam) e no atletismo teve 4x400m (os poloneses ganharam).



Na final dos 100m feminino a Jamaica manteve sua tradição e foi ouro, prata e bronze. Elaine Thompson-Herah, Shelley-Ann Fraser-Price e Shericka Jackson. Com recorde olímpico que ainda era de 1988 da Florence Griffith-Joyner.



No volei de praia as 4 duplas brasileiras se classificaram para as oitavas de final. As mulheres podem se enfrentar na semifinal e os homens nas quartas de final.

O futebol feminino foi eliminado nos penaltis pela canadenses.

No salto com vara o campeão olimpico Tiago Braz está na final.

29.7.21

A medalha da ginástica

Luiza Parente foi sozinha para Seul 1988 e Barcelona 1992. Depois teve a Daniele Hypolito e Camila Comin que foram para Sydney 2000. Aí decidiram investir numa equipe de ginástica artística e em Atenas 2004 tinha uma equipe completa com Daniele Hypolito, Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Laís Sousa, Camila Comin, Caroline Molonari, que mudando uma atleta ou outra foi assim até Londres 2012. No Rio 2016 tinha uma equipe completa por ser o país sede mas agora em Toquio foram só duas atletas: Rebeca Andrade e Flávia Saraiva.

Até hoje a ginástica artística feminina não tinha uma medalha olímpica. Rebeca Andrade foi medalha de prata no INDIVIDUAL GERAL com apresentações impecáveis nos 4 aparelhos. Deixou o país prendendo a respiração enquanto fazia suas acrobacias. E ela ainda está em mais finais por aparelho, pode ser que venha outra medalha.


O judô ganhou mais uma medalha de bronze com Mayra Aguiar.

A dupla feminina do tênis, Luisa e Laura, perderam a semifinal para as suíças (de virada) mas ainda tem chance de uma medalha de bronze contra as atletas do Comite Olimpico Russo.

Assisti a eliminatória do bicicross (BMX) e achei bem divertida, parece um video game e toda vez que as bicicletas saltam eu acho que alguém apertou o botão do controle.

27.7.21

+Surf and Skate

Outra vez o Skate deixou todos acordados para ver Rayssa Leal, aos 13 anos, cheia de estilo ganhar a medalha de prata.

Essa final do skate foi muito boa, a japonesa campeã (também com 13 anos) era rápida e leve, a holandesa liderou mas no fim ficou em 5, tinha uma americana de 34 anos sem medo de cair e a filipina Didal que era só alegria, melhor pessoa.


No surf feminino não deu para Silvana Lima que ficou nas quartas de final perdeu para a americana Carissa Moore que depois ganhou a medalha de ouro com seu surf elegante.

No surf masculino Gabriel Medina perdeu a semifinal para o Kanoa Igarashi. Nos últimos 5 minutos o japonês conseguiu uma nota muito boa com um aereo de frontside e o brasileiro que fez 545679 aereos antes não conseguiu uma última onda boa para melhorar sua nota. Foi polemico, já até fizeram um comparativo de manobras e notas.

kanoa iragashi que tirou gabriel medina da final
gostei do surf dele

Italo Ferreira, maravilhoso, ganhou a semifinal do australiano Owen Wright, foi tenso porque passaram mais da metade da bateria empatados. Medalha garantida!



Não vi a disputa do bronze nem a final porque em algum momento preciso dormir, e Gabriel Medina perdeu para o australiano Owen Wright.

MAS acordei com a medalha de ouro do Italo Ferreira!



Na natação o revezamento 4x100m livre do Brasil ficou em último na final e os americanos, como sempre (e sem Phelps), venceram. Mas finalmente tivemos uma medalha! Foi de bronze com Fernando Scheffer nos 200m livre. 



Na natação Leo de Deus vai nadar a final dos 200m borboleta e ele se classificou com o segundo melhor tempo.


25.7.21

Surf and Skate

Nessa Olimpiada do Japão foi a estréia desses dois esportes muito populares e que eu gosto muito: Surfe e Skate.


De surfe eu entendo, de skate não sei nada mas acho bacana.

O surf começou com as baterias masculinas, num mar com ondas pequenas os surfistas tiveram que se esforçar para conseguir manobras. Ondas tão pequenas que um dos surfistas australianos era alto e a onda batia na canela dele quando em pé na prancha.

Italo Ferreira se classificou na primeira bateria do dia e Gabriel Medina na última. O havaiano John John Florence ficou vendo o tempo passar e foi para repescagem.

Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb conseguiram se classificar para as oitavas.

O Skate foi uma sensação. O parque do skate ficou muito bacana e os meninos se esforçaram para acertar suas manobras. Teve muita queda e eles andam sem capacete e sem cotoveleiras (a Tia aqui fica preocupada). Na final o brasileiro Kelvin Hoefler deixou todo mundo acordado até de madrugada torcendo por tombos dos outros. Valeu a pena porque Kelvin ganhou a medalha de prata, a primeira medalha do Brasil nessa Olimpiada. Brasil, o país do Skate.

Na natação teve a final dos 400m medley masculino e feminino e os americanos começaram sua coleção de medalhas. O melhor momento foi a final dos 400m livre, o tunisiano Ahmed Hafnaoui que nadava na raia 8 deu o gás logo depois dos 300m e venceu a prova deixando o australiano que liderou desde o início em segundo. E o revezamento 4x100m livre das australianas ganhou o ouro AND bateu recorde mundial. Girl Power.


O Japão levou sua primeira meldalha de ouro na natação nessa olimpiada. Digo primeira porque se eles continuaram o programa de nadadores depois das Olimpiadas do Rio deve render mais medalhas. Antes das Olimpiadas do Rio eles não tinham muitos nadadores, só me lembro do que nadava peito, mas no Rio eles chegaram com força na natação e levaram várias medalhas.

O Brasil parece que tem menos nadadores a cada olimpiada que passa, até agora só se classificou para uma final, a do revezamento masculino 4x100m livre.

Vi volêi de praia e de quadra. Na praia, as canadenses campeãs mundiais são realmente muito boas e as brasileiras Agatha e Duda venceram o primeiro jogo contra as argentinas. Na quadra o time masculino Brasil ganhou da Tunisia, o Irã foi a zebra ganhando da Polonia e o time dos EUA veio com um dos melhores levantadores que vi até agora (e estão muito coordenados).

Não consigo ver o judô, é muita troca de suor e respiração de pertinho, mas continua a tradição de trazer medalhas e o Brasil já tem uma de bronze com Daniel Cargnin.


Na ginástica artística a Rebeca Andrade se classificou para a final, e o medalhista olimpico Arthus Zanetti se classificou para a final nas argolas. 


No basquete o sempre forte time dos EUA perdeu para França.

No futebol feminino o Brasil ganhou da China um e empatou com a Holanda. Seguimos. 

Nessa Olimpiada, por causa do horário, estou perdendo vários esportes que sempre acompanho a cada 4 anos: tiro com arco, hóquei de grama, remo, saltos ornamentais e vela.




23.7.21

Tokyo 2020 em 2021

 Olímpiadas mode: ON

Liguei o modo olimpíadas do blog, não sei se farei posts tão frequentes quanto das outras vezes mas vou tentar acompanhar os esportes que gosto.

Tenho sentimentos conflitantes com essa Olimpiada porque, devido a situação mundial atual, não acho que deveria ter acontecido, mas como vai acontecer vou assistir.

Já teve jogo de futebol, baterias do remo, eliminatórias do tiro com arco mas a abertura oficial foi hoje.

Quando Mario saiu daquele cano no Maracanã as expectativas para essa Olimpiada no Japão aumentaram, mas depois do adiamento, e no meio da pandemia, acho que não dava para esperar muito.

Começou exatamente falando de tempo, passado e presente, tempo esperado e tempo gasto. Tinha uma atleta correndo numa esteira sozinha que depois foi acompanhada de outras pessoas. Teve uma apresentação de dança moderna. Logo depois foi a apresentação dos anéis olímpicos feitos de árvores que foram plantadas nas Olimpíadas de 1964 e vieram abraçados por lanternas japonesas. A construção do símbolo olímpico foi acompanhada de uma coreografia de sapateado (coisa que não associo ao Japão).

A entrada dos atletas, tirando Grécia que sempre entra primeiro e Japão - país sede- por último, foi uma surpresa porque foi na ordem do alfabeto japonês. As músicas tocadas eram de video games. O estádio estava vazio, só poucos cartolas, alguns representantes dos países e o Imperador Naruhito.

O Brasil foi um dos últimos e veio só com 4 pessoas: 2 atletas e 2 da comissão. Gostei do uniforme brasileiro que incluía chinelos nos pés, nada mais representativo.

O Besuntado de Tonga apareceu, de máscara é claro. Pita Taufatofua fez sucesso no Rio 2016, em PyeongChang 2018 e é engenheiro. Se teve uma coisa que todo o twitter concordou foi quando ele apareceu. E esse ano teve concorrência, Vanuatu trouxe seu próprio besuntado.

Aí veio o que, pra mim, foi o melhor momento da abertura: o ballet de drones que primeiro formaram a logo de Tokyo 2020 e depois se transformaram em um globo. Ainda não sei se o controle de tantos drones é poético ou perigoso mas no contexto ficou bonito.

Essa cena dos drones, infelizmente, veio acompanhada de Imagine do John Lennon cantada por artistas (via video) dos 5 continentes. Digo infelizmente porque abusei dessa música e o chatinho do John Legend representou as Américas.

Depois dos discursos intermináveis teve uma apresentação sobre os Pictogramas que foram criados justamente para a Olimpiada de 1964 e teve uns mímicos fazendo um live action dos pictogramas.

Teve uma apresentação de tearto classico japonês ao som de uma pianista moderna de jazz.

E veio a tocha olímpica que passou por vários atletas japoneses e terminou nas mãos da tenista Naomi Osaka. O Monte Fuji (que parecia de papel) se abriu e tinha uma escada até a pira.



Pira acesa, Olimpiada oficialmente iniciada.


A noite já tem Remo e volêi masculino.







20.7.21

Momento TOC livros 15 (parte 3)

Em abril eu aumentei a meta de 30 para 40 livros, mas já cheguei nos 60. E ainda falta um tempo para o fim do ano.

Muitos livros desse ano foram leituras leves, as conhecidas chick lit, o equivalente a assistir uma comédia romântica com mais detalhes, e por isso acabo lendo mais.

Meus caderninhos de anotação de livros que duravam 5 anos agora não duram nem dois anos. O caderninho que comecei em 2018 acabou no meio de 2020 e o que comprei em 2020 acabou agora no meio de 2021. Já tenho um caderninho novo.

Mas vamos a mais 20 livros que li em 2021.


- The Road Trip - Beth O'Leary - ano passado li dois livros da Beth O'Leary e foram ótimos passatempos. Esse The Road Trip (que ainda não tem em português) é também uma leitura beira de piscina sobre uma moça que se vê tendo que dar carona para o ex-namorado (e outras 3 pessoas), que ela não via há 2 anos, para o casamento de uma amiga em comum. Os capítulos são alternados entre os dois e, entre muitos acontecimentos numa viagem que era para ser de 6 horas e acabou em mais de 24 horas, ficamos sabendo tudo sobre esse relacionamento, começo, meio e fim.

- O Corpo Em Que Nasci - Guadalupe Nettel - A narradora da história nasceu com uma mancha no olho que a fez ter que se adaptar a enxergar o mundo de forma diferente e ela nos conta a história de sua infância e adolescência na Cidade do México e depois na Provence. A forma como ela conta sua história é interessante e cheia de observações boas. Achei a parte da infância muito boa, já a adolescência foi corrida.

- We Were Liars - E. Lockhart- (Mentirosos)- Um livro young adult sobre a Cady, uma adolescente de 17 anos que, dois anos antes,  sofreu um acidente na ilha particular da família. Sim, a familia dela tem uma ilha na costa dos EUA onde passam os verões. Na ilha tem 4 casas, uma para os avós e uma cada filha e suas familias. Cady não lembra do acidente, nem o que levou acontecer. No verão dos seus 17 anos Cady volta a ilha e vamos descobrindo junto com ela o mistério desse acidente. Achei um bom livro de mistério, tem bastante fofoca de família.

- Já Não Me Sinto Só - Maria Flor - uma atriz que terminou um relacionamento de seis anos aceita um trabalho no Jalapão. Ela mergulha no trabalho, na paisagem e na falta de conectividade com o resto do mundo para filosofar sobre o amor, a vida, o universo e tudo mais. Gostei da leitura. Saudades Jalapão.

- O Impulso - Ashley Audrain - Peguei esse livro porque estava na lista dos mais vendidos e gostei da capa. Não sabia sobre o que era e quase me arrependi no começo porque vi que seria sobre materninade, um assunto não me interessa muito. Ainda bem que continuei, que suspense tenso do cacete! Sim, é sobre maternidade, mas também sobre mães e filhas e repetições familiares. Achei esse livro muito bom.

- Malibu Rising - Taylor Jenkins Reid - (Malibu Renasce) - Gosto dos livros da Taylor Jenkins Reid, já li 3 e esse foi o lançamento mais recente. É a história de 4 irmãos, surfistas, nascidos e criados em Malibu, que organizam uma festa concorrida uma vez por ano. Durante 24 horas (em agosto de 1983), começando na manhã do dia da festa até a manhã seguinte com o fim da baderna, ficamos sabendo tudo sobre essa família. Os 4 são filhos de Mick Riva, cantor famoso (e marido número 3 da Evelyn Hugo para quem leu o livro dela), que abandonou a esposa e os 4 filhos para se virarem nos 30. Em 1983, a filha mais velha é modelo famosa casada com um tenista campeão, um filho é surfista profissional, o outro é fotógrafo de surf profissional e a mais nova ainda está se descobrindo. A primeira metade do livro é a história da família alternada com os preparativos da festa. A segunda metade do livro que é a festa é ótima! Tem de tu-do nessa festa. Sdds de uma boa festa.

- A Polícia da Memória - Yoko Ogawa - A história passa numa ilha do Japão, num mundo distópico, onde as coisas somem e as pessoas esquecem. Demorei opara entender o conceito, mas é assim: um dia os habitantes da ilha acordam e sentem que algo sumiu (pode ser um objeto, um animal, comida), a coisa de fato não desaparece mas como ninguém lembra o que é, ou para o que serve, se desfazem da coisa. Acontece que existem pessoas que lembram mas elas são perseguidas por uma polícia secreta (não tão secreta assim) e levadas embora. A protagonista é uma escritora de romances que um dia decide esconder seu editor que é uma pessoa que lembra. As conversas entre eles sobre memória, lembrança, não lembrar, e o esquecimento inevitável são ótimas.

- Tsugumi - Banana Yoshimoto - Comprei esse livro pelo nome da autora: Banana. E não me arrependi. É um livro sobre a amizade entre primas. Maria e Tsugumi são primas,  crescem juntas morando na pousada da família da Tsugumi. Tsugumi é uma menina doente e muito frágil fisicamente, mas ela tem personalidade e sabe manipular as pessoas. Maria vai morar em Tóquio mas Tsugumi a chama para um último verão na ilha porque a família vai se mudar. As vezes dá raiva da Tsugumi, mas ler esse livro é como um passeio na beira da praia.

- Always Only You - Chloe Liese - Esse livro não tem em português. Um chick lit sobre a Frankie e o Ren. Frankie é uma moça que trabalha administrando as redes sociais de um time de hóquei do gelo e Ren é um dos jogadores (ruivão, bonitão, perfeitão demais). Eles trabalham juntos há 3 anos, ele tem um crush nela, ela o acha hot hot hot, mas como relacionamento entre funcionários é proíbido pelo time um não sabe do interesse do outro. E Frankie é autista, o que faz com que ela não perceba reações alheias e nem consiga passar muita emoção. Frankie também tem artrite reumática e usa uma bengala. Algumas coisas vão acontecendo e os dois vão ficando mais amigos e mais íntimos. O relacionamento deles é bacana porque não tem joguinhos, quando percebem o que está acontecendo eles se resolvem. O que esse livro tem de bom é a playlist que a autora fez no spotify com uma música para cada capítulo. A playlist é melhor que o livro, e agora acho que todos os livros deveriam ter uma playlist.

- Stoner - John Williams - Que livro maravilhoso. É uma história simples escrita lindamente. É sobre William Stoner, um professor universitário no centro dos EUA entre 1910 e 1954. A vida dele não tem grandes eventos mas como é contada e suas observações sobre a vida, o universo e tudo mais são tocantes. Me apeguei ao Stoner.

- Evidence of the Affair - Taylor Jenkins Reid - É mais uma short story do que um livro porque tudo acontece em pouco menos de 100 páginas. Carrie descobre cartas de Janet para seu marido Ken e decide escrever para David, marido da Janet, contando tudo. Carrie pede a David mandar as cartas do Ken para Janet. David a princípio não as acha mas começa uma correspondência com Carrie onde os dois falam de seus relacionamentos e tentam decidir se vão ou não contar para seus conjuges que sabem do caso. É tudo em cartas (se passa em 1977), inclusive lemos também as cartas de Janet e Ken. Se fosse hoje em dia seria um conto com mensagens do zap zap e prints.

- Amor(es) Verdadeiro(s) - Taylor Jenkins Reid - Gosto dos livros da Taylor porque me prendem, as histórias são boas, e a leitura flui. Chick Lit dos bons. Aumentei minha lista de livros dela que li de 3 para 5. Daisy Jones é o que mais gostei seguido da Evelyn Hugo e seus 7 maridos. Amor(es) Verdadeiro(s) conta a história de Emma que se apaixonou e se casou com Jesse mas ele sumiu num acidente de helicóptero. Três anos depois do sumiço (e considerado morto) Emma se recuperou, se apaixonou outra vez, e está noiva de Sam. Acontece que Jesse é encontrado, volta para vida de Emma e ela se vê numa situação em que ama os dois e tem que decidir. Percebi desde o começo com quem ela ia ficar mas ainda assim fiquei muito curiosa conforme Emma ia contando sua história. 

- My Lovely Wife - Samantha Downing - (Minha Adorável Esposa)- Sobre um casal que assassina mulheres. A história é narrada pelo marido e o esquema do casal é: ele seduz as mulheres fingindo ser surdo e ela toma conta do resto. Os dois estão casados há 15 anos e acharam essa forma de apimentar a relação. Acontece que um dia encontram o corpo de uma das vítimas e o marido fica preocupado. Os dois decidem fazer parecer o modus operandi de um outro serial killer da área (que foi preso, depois solto e sumiu). Até certo ponto achei esse livro interessante, a leitura fluiu bem mas o finalzinho foi ridículo.

- Silent Child - Sarah A. Denzil - Quando Aiden tem 6 anos ele some numa enchente, sua mãe Emma fica desesperada mas só encontram sua capa de chuva. Sete anos depois Aiden foi declarado morto. Dez anos depois do dia da enchente, Emma conseguiu recuperar sua vida, se casou e está grávida de 8 meses quando Aiden é encontrado. Ele estava numa estrada na beira de uma floresta, sem camisa, sem sapatos, só de calça jeans. Ele está mal nutrido, é pequeno para um rapaz de 16 anos e não está falando. O livro é Emma nos contando tudo que aconteceu. 

- Pequena Coreografia do Adeus - Aline Bei - Julia nos conta sua vida, ela é filha de pais separados, de uma mãe que não se conforma em ter sido abandonada e um pai que nunca teria ter sido casado. Sua mãe é violenta e Julia leva essa violência para escola. Adulta, ela consegue sair de casa e quem sabe seguir com a vida apesar da bola de ferro de culpa que as vezes a segura. É um livro poético, na escrita e na formatação, porque os significados não estão só nas palavras e sim onde elas estão no texto e que tamanho elas tem. Só achei que o fim foi como acabar um telefonema sem dar um tchau.

- O Homem Que Viu Tudo - Deborah Levy - Saul Adler sofre um leve acidente ao atravessar Abbey Road para tirar uma foto igual a capa do disco dos Beatles. Ele está indo para Berlim Oriental fazer uma pesquisa sobre a vida na RDA e a irmã de seu tradutor é muito fã dos Beatles. Quem tira a foto é sua namorada Jennifer Moreau que acabou de receber um convite para morar nos EUA. Não sei nem como resumir esse livro que é um quebra-cabeça que você vai juntando as peças aos poucos. Saul é egocêntrico, mas essa é a história dele. Tem referência aos Beatles, especialmente Penny Lane que escutei com atenção depois de ler, achei que tem tudo a ver com esse livro e fiz um post sobre essa referência.

- Apague a Luz se for Chorar - Fabiane Guimarães - Esse livro conta a história de duas pessoas: Cecília e João. Cecília está chegando em Pirenópolis onde seus pais acabaram de falecer, juntos, em casa. Ela tem que cuidar do enterro e das coisas deixadas por eles. João é um veterinário em Brasília que trabalha no departamento de controle de zoonoses. Ele tem um filho que tem paralisia cerebral e foi abandonado pela mãe. João quer juntar dinheiro para um tratamento na China. E assim vamos lendo a história dessas duas pessoas, e mais algumas que vão aparecendo. Achei esse livro muito bom, mas alerta sacrifício de animais.

- Before The Coffee Gets Cold - Toshikazu Kawaguchi- um café, com mais de 100 anos, num porão em um beco em Tokyo oferece a seus clientes a chance de voltar ao passado (ou ir ao futuro) mas tem algumas regras: se for ao passado encontrar alguém essa pessoa tem que ter estado no café, para voltar no tempo tem que sentar em um lugar específico mas tem uma mulher (uma espécie de fantasma) que senta lá e tem que esperar ela ir ao banheiro, uma vez no passado não pode sair do lugar e a visita dura o tempo do café esfriar, tem que beber o café todo antes de esfriar para voltar. E, por fim, NADA do que você faça ou fale no passado vai alterar o presente. Com isso temos 4 histórias interligadas dos frequentadores e funcionários do café. É sobre a vida, o universo e tudo mais. Só não gostei mais porque a escrita é muito teatral.

- Tokyo Ueno Station - Miri Yu - Kazu é um fantasma que ronda a estação e o parque Ueno. Kazu nasceu em 1933, mesmo ano que o imperador, ele foi para Tokyo em 1960 para trabalhar nas obras das instalações das Olimpíadas. Em algum ponto da vida Kazu virou um dos sem teto que mora no Ueno Park e morreu. Como fantasma ele fica no entorno da estação e parque, ele relata a vida dos sem teto, conta um pouco de sua própria história e escuta muita conversa alheia. Achei esse livro com uma narrativa meio sem propósito. As partes sobre a vida sem teto e a vida do Kazu são boas, mas as conversas que ele escuta e o amigo homeless que dá aula de história do Japão não curti.

- People We Meet On Vacation - Emily Henry - comprei pelo título que é a minha cara, eu sou essa pessoa que viaja e conhece várias outras pessoas. Esse livro é uma chick lit das boas, conta a história de Poppy e Alex, eles se conhecem no primeiro dia da faculdade mas a conversa não flui e a única coisa em comum é que eles vem de cidades vizinhas. Quando Alex dá uma carona para Poppy até sua cidade natal os dois se conhecem melhor, decidem que querem conhecer outros lugares e ali se inicia uma amizade. Os dois levam vidas bem diferentes, ele se torna professor de inglês e ela é blogueira de viagem, mas combinam de todo verão fazerem uma viagem juntos, e isso dá certo por 8 verões até que na Croácia algo acontece e eles ficam sem se falar por 2 anos. No presente Poppy tem o emprego dos sonhos, mora em NYC, mas não está feliz. Ela lembra que seus melhores momentos foram com Alex e manda uma mensagem para ele perguntando se ele topa uma viagem e juntos vão para Palm Springs reaquecer a amizade. A narrativa vai e vem no tempo alternando todas essa viagens que eles fizeram com a viagem atual. O suspense para saber o que aconteceu na Croácia me deixou muito curiosa. Do 60 livros que li esse ano até agora, esse foi o único que me deu saudade e vontade de viajar.


Façam suas apostas: Chego nos 80 livros? Passo de 80? 

O hábito da leitura se instalou de um jeito que as vezes prefiro reler pedaços de livros que gostei do que rever algum filme na TV.

Os primeiros 20 livros de 2021.

Os 20 livros seguintes. 

Momento TOC Livros dos outros anos: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13), (14)

18.7.21

Analisando a música feat. Book Report - Penny Lane (The Beatles) e O Homem que viu tudo (Deborah Levy)

Muitas músicas são inspiradas por livros, inclusive fiz um post com 5 dessas músicas. Até fiz um Analisando a música especialmente para Wuthering Heights da Kate Bush usando passagens do livro (O Morro Dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë).

O contrário não acontece muito. Tentei lembrar de livros que li que foram inspirados por alguma música e só lembrei de Norwegian Wood do Haruki Murakami, inspirado na música de mesmo nome dos Beatles, High Fidelity do Nick Hornby que usa várias músicas em sua história e Os Tais Caquinhos da Natércia Pontes que usa a música da Marina Lima. 

Gosto quando autores mencionam músicas nos livros mesmo que não tenham sido a inspiração principal mas que servem a história. Li um livro que a autora fez uma lista especial no Spotify com uma música para cada capítulo, a playlist era melhor que o livro mas adorei a idéia.

Semana passada terminei de ler O Homem Que Viu Tudo da Deborah Levy. Comprei esse livro pela capa que tem uma promessa de fofoca e não me arrependi, gostei da história do Saul Adler.

Berlim na capa


O livro faz várias referências ao disco Abbey Road dos Beatles (de 1969) e também a música Penny Lane (que foi lançada em 1967 como um single junto com Strawberry Fields Forever). O livro é um quebra cabeça que faz você juntar as peças para entender (ou não) o que aconteceu com Saul Adler e muitas peças vem da música dos Beatles.

do lado de dentro da capa tem
essa foto da Abbey Road


Para fazer esse Analisando a música feat. Book Report vou dar alguns SPOILERS do livro. Avisei.

É um livro que tem muitas ambiguidades e a história de Saul se passa na fronteira delas pisando lá e cá: oriente/ocidente, feminino/masculino, passado/presente, capitalismo/comunismo, realidade/fantasia, amor/abandono, vida/morte.

O livro tem duas partes, uma em 1988 e outra em 2016. A parte de 2016 tem momentos de 1988 e vice versa. A autora disse que queria que uma parte fosse um espelho da outra.

É sobre como os outros nos vêem e a imagem que temos de nós mesmos, sobre memória, o que guardamos e como lembramos e sobre alguns fantasmas.

Em 1988 Saul Adler vai fazer uma pesquisa em Berlim Oriental, ele é um historiador, mas, antes de ir, sua namorada, Jennifer, teve a ideia de tirar uma foto dele atravessando a Abbey Road e levar para irmã do seu tradutor que é fã dos Beatles. Antes de Jennifer chegar, Saul atravessa Abbey Road e é atropelado de leve por um homem chamado Wolfgang. Jennifer chega com uma escadinha para tirar a foto (igual o fotografo original da capa do disco) e Saul Adler vestido com um terno branco igual John Lennon atravessa a rua para a foto.

Aqui tem várias referencias diretas a capa do disco Abbey Road. Inclusive tem várias músicas desse disco que podem ser usadas em momentos do livro: Oh, Darling, Come Together, Because, She Came Through the Bathroom Window, The End e I Want You. 
Quanto a capa do disco, tem uma teoria que Paul McCartney está descalço porque ele estaria morto (aos 28 anos, que é a idade do Saul Adler em 1988), então, na ordem, John Lennon de terno branco é o anjo, Ringo de terno preto é o agente funerário, Paul descalço (e com cigarro) é o defunto e George Harrison é o coveiro. Essa teoria cabe na história do livro.


Saul Adler é o narrador de toda a história e não devemos confiar nele, mas ele nos diz que é muito bonito e que Jennifer sempre o observa através das lentes de sua câmera. Jennifer faz uma arte com colagens das fotos dele. Saul usa um colar de pérolas que foi de sua mãe, que faleceu num acidente de carro, e que seu pai e seu irmão o sacaneavam por usar o colar. O pai de Saul era um comunista raiz e Saul quer levar um pouco de suas cinzas para enterrar na Alemanha Oriental.

Saul Adler pede Jennifer em casamento mas ela recusa e diz que recebeu uma oferta para estudar e expor suas fotos nos EUA. Saul vai embora arrasado (Jennifer tira uma foto dele saindo), vai até os estúdios da Abbey Road e senta no muro. Chega uma moça de vestido azul (referência ao verso capa do disco Abbey Road) eles tem uma conversa, se beijam e ela vai embora, mas nas costas dela diz que ela é uma enfermeira.



Saul recebe as fotos e vê que está descalço igual Paul McCartney mas não lembra de tirar os sapatos, depois ele vai até o supermercado e na volta dizem que seu prédio está pegando fogo mas ele não vê fumaça. Ele liga para Jennifer para dizer que os bombeiros estão em greve.

Chegando em Berlim Oriental, Saul conhece seu tradutor, Walter Muller, e ficam amigos. A irmã beatlemaníaca de Walter se chama Luna, ela é enfermeira, e Saul tem todo um pensamento de como os oficiais da Stasi deixam as músicas dos Beatles passarem na censura. Saul é apresentado a Rainer, um conhecido de Walter que consegue as coisas do ocidente.

Saul e Walter vão passar um fim de semana na casa de campo e ficam juntos. Saul se apaixona por Walter e escreve uma carta se declarando. Depois fica preocupado da Stasi ter lido, ele sente que é observado.

Luna convida Saul para a casa de campo, ele vai, e os dois se divertem escutando Abbey Road. Luna diz que seu sonho é conhecer Penny Lane, e canta a música para Saul. Luna quer fugir da Alemanha Oriental e ser enfermeira em Liverpool. Saul conta para Luna que em novembro de 1989 o muro vai cair. Os dois acabam transando e Luna diz que agora Saul tem que casar com ela e a levar para Londres, mas ele quer levar Walter. Saul quebra o disco Abbey Road de Luna.

Saul dá dinheiro para Rainer poder passar Walter para o lado ocidental e decide ir embora. Quando ele vai se despedir de Walter, o tradutor diz que não quer sair da Alemanha Oriental, que é feliz lá, diz que é casado e tem uma filha e que Rainer é agente da Stasi. A última imagem que Saul tem de Walter é de uma kombi da Stasi o levando.

Pula para 2016. Saul Adler é atropelado por um homem chamado Wolfgang ao atravessar a Abbey Road. Wolfgang pergunta a Saul quantos anos ele tem e Saul diz "28." no que Wolfgang faz uma cara alarmada. Saul cai sobre o quadril, perde os sapatos no impacto e é levado de ambulância para um hospital.

Em 2016 o pai de Saul está vivo e o visitando no hospital. Jennifer agora tem 51 anos, é uma fotografa famosa e também está ao seu lado. Saul acha que acabou de voltar da Alemanha Oriental mas se passaram 28 anos e ele teve uma hemorragia interna, tiraram parte do baço dele numa cirurgia e está em processo de septicemia. E seu médico se chama Rainer.

O Saul de 2016 tem delírios que está em 1988 e também momentos de lucidez onde ele consegue lembrar das pessoas e eventos nos anos entre 1988 e 2016. 

Cabe a nós, leitores, usarmos as informações de Saul para entendermos o que aconteceu entre 1988 e 2016.

Agora vamos ao que interessa: a música e o livro.

Penny Lane é uma música que já nasceu nostálgica. Fala de uma rua em Liverpool onde Paul McCartney, George Harrison e John Lennon passavam com frequência. John e Paul compuseram essa música em 1967, depois de muito famosos, usando lembranças que tinham da rua.

A música é como se fosse uma pessoa contando como era a rua, inclusive usa a palavra "meanwhile" algumas vezes que significa: Enquanto isso em Penny Lane... 
A música também tem suas ambiguidades, tem sol, tem chuva, é verão mas é perto do inverno. É uma memória de um lugar e de um tempo, pode vir acompanhada de sonhos, de cores e misturada a outras lembranças.


Penny Lane there is a barber showing photographs
Of every head he's had the pleasure to know
And all the people that come and go
Stop and say "Hello"

A música não tem uma introdução e já começa nos contando que em Penny Lane tem um barbeiro que gosta de mostrar fotos das cabeças que conheceu e que todos que passam, param e dizem "Oi".

No livro claro que Saul Adler vai num barbeiro. Ele vai fazer a barba e lavar o cabelo para encontrar Walter em Berlim. 
Todas as pessoas que ele conheceu estão passando por sua memória e no hospital todos que passam (as enfermeiras, a moça da comida, o médico, familiares e amigos) param para falar com ele.

On the corner is a banker with a motorcar
The little children laugh at him behind his back
And the banker never wears a mac
In the pouring rain, very strange

Seguimos com o banqueiro que tem um carro, as criancinhas riem dele. O banqueiro nunca usa uma capa de chuva enquanto chove. Muito estranho. 

Wolfgang, o homem que atropela Saul Adler é o banqueiro com o carro. Quando visita Saul no hospital, Wolfgang diz que trabalha com fundo de investimentos. E, segundo Saul, Wolfgang sabe que tem culpa pelo acidente mas quer que Saul diga que não foi culpa dele. 
O negócio é o seguinte Saul Adler: é tudo muito estranho mesmo.

Penny Lane is in my ears and in my eyes
There beneath the blue suburban skies
I sit, and meanwhile back

Penny Lane está em todos os lugares. Assim como a Stasi em Berlim Oriental era os olhos e ouvidos que controlava a população. 

Penny Lane também está em todas as lembranças que ate em um dia de céu azul o narrador senta e lembra que Enquanto isso em Penny Lane....

In Penny Lane there is a fireman with an hourglass
And in his pocket is a portrait of the Queen
He likes to keep his fire engine clean
It's a clean machine

...Tem um bombeiro com uma ampulheta e no seu bolso uma foto da Rainha. Ele gosta de manter seu motor limpo, é uma máquina limpa. Palmas para a rima com piadinha tio do pavê de John e Paul.

Quanto a Saul Adler, no livro tem um incêndio falso e bombeiros que nunca aparecem para apagar o fogo porque Saul acha que eles estão em greve.
E tem a ampulheta que indica o tempo restante. Saul Adler, o tempo está acabando.

Curiosidade: Depois dessa estrofe tem um solo de trompete piccolo que Paul McCartney disse que foi uma exigência dele ter esse instrumento na música depois que ele viu numa apresentação de uma música do Bach. Sir George Martin deu um jeito.

Penny Lane is in my ears and in my eyes
A four of fish and finger pies
In summer, meanwhile back

Penny Lane continua habitando todas as lembranças. O narrador da música está comendo um fish and chips e fazendo mais sei lá o que no verão, mas Enquanto isso em Penny Lane...

Behind the shelter in the middle of the roundabout
The pretty nurse is selling poppies from a tray
And though she feels as if she is in a play
She is anyway

Atrás do abrigo no meio da rotunda tem uma enfermeira bonita vendendo botões de papoula em uma bandeja. Ela acha que está em uma peça de teatro e está mesmo.

Se o narrador no refrão estava no verão, em Penny Lane essa enfermeira está perto do inverno porque as papoulas geralmente são de papel e vendidas em novembro perto do Armistice Day e estão ligadas aos soldados feridos e mortos na Primeira Guerra.

No livro temos a enfermeira de vestido azul que ele encontra no muro dos estúdios de Abbey Road e Luna, irmã de Walter, que também é enfermeira e quer fugir da RDA para Liverpool. Luna odeia a RDA, ela se sente controlada (como numa peça?) e com medo o tempo todo. 

In Penny Lane the barber shaves another customer
We see the banker sitting waiting for a trim
And then the fireman rushes in
From the pouring rain
Very strange

E voltamos para o barbeiro que está fazendo a barba de um cliente. O banqueiro também está lá esperando e o bombeiro entra afobado porque chove muito lá fora. Very Strange. Muito estranho mesmo.

Aqui a música volta lugar de início, como o livro que volta ao lugar do acidente anos depois. Três dos quatro personagens da música estão reunidos: barbeiro, banqueiro e bombeiro. A enfermeira continua dentro da peça de teatro, ela fica ausente dessa reuniãozinha.

No hospital Saul tem a visita de Jennifer, de seu pai, seu irmão e Jack (um amigo/amante). Walter ainda está na Alemanha e Luna desapareceu.

Penny Lane is in my ears and in my eyes
There beneath the blue suburban skies

Penny Lane

Mas Penny Lane continua lá, nos olhos e nos ouvidos, ocupando a memória, a nostalgia, o passado e presente misturados.

No fim Saul Adler quer tirar outra foto atravessando Abbey Road. "And in the end, the love you take is equal to the love you make"





Gosto muito dessa música. Já estive em Liverpool e fui a Penny Lane com um tour que apontava todos os lugares da música.

Também já estive em Abbey Road, mas estava só e não consegui uma foto minha atravessando a rua.

Quando terminei o livro escutei a música com mais atenção. De primeira o que me pegou foi o "Very strange" da música porque as coisas acontecem e o próprio narrador acha estranho, como no livro, depois foi isso de passado e presente. Dei uma relida rápida no livro, vi que tinha mais coisas relacionadas e rendeu esse post.

Gostei do livro. Não foi um 5 estrelas, dei 4 e entrei no jogo das referencias dos Beatles.