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26.3.23

Mendoza

A Argentina é sempre uma boa idéia, então quando um amigo disse que iria estar em Mendoza por alguns dias fui também. Não conhecia a cidade mas estava na minha lista de lugares que queria ir na Argentina.

Mendoza fica mais perto de Santiago, no Chile, do que de Buenos Aires e está no meio do deserto no pé da cordilheira dos Andes. 

Mendoza é uma cidade projetada em malha quadrada o que facilita muito andar para todos os lados. 

Tem a praça central, a Plaza Independencia, e quatro praças adjacentes: San Martin, Chile, Espanha e Itália.

a fonte  da plaza independencia iluminada
e tem show com musica

Tem a rua Sarmiento que é de pedestres de um lado da Plaza Independência e do outro vai até o Parque General San Martin. A rua Sarmiento tem muitos restaurantes, bares, cafés e lojas.

rua sarmiento

Outra rua animada é a Aristides Villanueva. É cheia de bares e restaurantes descolados, charmosos, e sempre cheia de gente (muitos jovens) a noite. 

Os argentinos de Mendoza praticam a siesta por isso muita coisa fica fechada no meio da tarde, e também a noite saem de casa mais tarde então os bares e restaurantes começam a ficar cheios depois das 8 da noite.

Fiz dois passeios nos arredores de Mendoza: o passeio das montanhas e o das vinícolas.

O passeio das montanhas é praticamente um dia inteiro no carro vendo a paisagem lindíssima dos Andes que vai mudando de cor conforme vamos subindo e chegando perto do Aconcágua. O tour fez uma parada no Lago Potrerillos, que é um lago artificial feito na barragem do Rio Mendoza e é de lá que toda a cidade é abastecida.

Mendoza está no meio do deserto mas tem um sistema de canaletas que são abastecidas por essa água que vem do lago e mantém a cidade irrigada. Por isso Mendoza é super arborizada.

as canaletas pela cidade 
tem que andar com atenção

O passeio segue e paramos numa cidadezinha chamada Uspatalla onde fizemos um lanche na ida e almoçamos na volta. Quando saímos de Mendoza estava chovendo e cheio de nuvens. Segunda a guia, chover em Mendoza é uma raridade. Mas conforme íamos subindo pelas montanhas o tempo foi abrindo e tivemos um céu azul lindo.

mendoza com chuva: raro.

Depois paramos na Ponte do Inca que é uma ponte natural onde tinha um hotel que foi desativado nos anos 1960. É um lugar de águas termais mas hoje é só para olhar.

Seguimos para o Parque Provincial Aconcagua onde fizemos uma caminhada de 50 minutos (ida e volta) em mais de 3000 metros de altitude com uma paisagem belíssima para ver a ponta da montanha mais alta das Américas.


O passeio das vinícolas é isso: beber vinho. Fomos em 4 vinícolas em todas experimentamos 4 vinhos. Na primeira a moça explicou todo o processo de como fazem vinho, na segunda o rapaz deu mais informações sobre as plantas, na terceira almoçamos e na quarta só bebemos.


Tem três áreas de vinícolas perto de Mendoza e fui em Lujan del Cuyo. Um dia de vinicolas pra mim foi mais do que suficiente mas para quem gosta tem várias, inclusive tem umas tão disputadas que precisa reservar com meses de antecedência.

Em um dos dias aluguei uma bicicleta de dei uma volta pelo belíssimo Parque General San Martin com suas ruas arborizadas. Tem um pequeno morrinho no parque, o Cerro da Gloria, que no alto tem um monumento ao Exército dos Andes (foi de Mendoza que o General San Martin saiu para cruzar os Andes e se juntar com o pessoal dos outros países e lutar para ficarem independentes da Espanha).




E essa foi minha passagem por Mendoza. Gostei.

6.5.17

Colonia del Sacramento

calle de los suspiros

De Montevidéu fomos até Colonia del Sacramento, uma cidadezinha que foi colônia portuguesa e hoje é patrimônio da UNESCO. Fica a 2 horas e meia de ônibus da capital uruguaia e nós passamos a noite lá.

flores de outono
plaza mayor
casa histórica portuguesa

Colonia é cidade fofa, com ruas arborizadas que no outono estavam douradas e com um centro histórico pequeno mas charmoso.



São ruas de pedras, algumas praças, um farol, algumas ruínas e mais um calçadão beira rio com um por do sol muito bonito.



A Calle de Los Suspiros é a atração do centro histórico com as casas mais antigas e a rua clássica de pedras (pé-de-moleque, mas as pedras não são tão grandes como em Paraty ou Tiradentes).


Do outro lado do Rio de la Plata dá para ver os prédios de Buenos Aires, tanto que para capital argentina é só uma hora de barco.

olha buenos aires ali do outro lado!


No centro histórico tem muitos restaurantes e a noite, depois que a maioria dos turistas que passam o dia vão embora, a cidade fica tranquila e dá para aproveitar melhor.

las chicas e um carro antigo (tem vários pela cidade)

4.5.17

Montevidéu


céu azul celeste igual a bandeira

Como não conhecia o Uruguai (mas estava na minha lista) aproveitei que as amigas me chamaram e fui.


Primeiro fomos para Montevidéu. Cidade tranquila, com ruas e avenidas largas e tem um beira rio urbanizado muito bonito.

Esse calçadão a beira do Rio de la Plata, os locais chamam de Rambla, vai de Carrasco até a Cidade Velha deve ter uns 20 km. Andei a pé e de bicicleta por lá e é uma delícia. Os uruguaios andam, se exercitam e bebem (muito) mate a beira rio.

por do sol no rio de la plata

de bike na rambla

Fui no Estádio Centenário, que foi estádio da primeira copa do mundo em 1930. O estádio é todo em art deco e dentro tem um museu do futebol. A maior parte do museu é dedicada as conquistas do Uruguai e claro que tem uma área dedicada a copa de 1950.

uma réplica da jules rimet

Andei pelo Parque Batlle, que é o parque onde fica o estádio e outras instalações esportivas (pista de corrida, velódromo). É onde muitos dog walkers (passeadores de cachorros?) levam seus clientes para passear e também onde as auto escolas fazem aulas. Gostaria de ter aproveitado mais o parque mas pegamos uma infestação de mosquitos na cidade que era impossível ficar perto de grama ou árvore.

mosquitos não incomodam os cachorros

Eu ia andar do Parque Batlle até a Plaza da Independência pela Av. 18 de Julho, que é bem conhecida pelo comércio. Ainda bem que desisti porque essa avenida é enorme (eram quase 4km de caminhada), mas acabei vendo tudo do taxi.

A Plaza Independencia é o ponto de entrada da Cidade Velha, lá fica a estátua do General Artigas, embaixo tem o masoléu dele, em volta tem alguns prédios do governo e o famoso Palácio Salvo, que até 1935 foi o edifício mais alto da America do Sul.

general artigas e palácio salvo
las chicas

A Cidade Velha tem uma porta de entrada que é o que resta da muralha. Existem 2 ruas de pedestres, a Sarandi e a Perez Castellano com várias lojas, livrarias, restaurantes, museus (eu vi 2 de arte e o Museu dos Andes que é sobre o acidente de avião dos jogadores de rugby) e algumas praças bonitinhas no caminho.

livraria mas puro verso

O Mercado do Porto é onde todos os turistas vão para comer carne, então fomos lá também. Carne excelente, mas a gente sai cheirando a churrasco.

dá para ver a fumaça do churrasco

No meio do caminho achei uma loja de chocolates com o nome sugestivo de Volveras a Mi. O chocolate era tão bom que voltei com as amigas lá para mais (elas disseram que o alfajor era maravilhoso).

chocolate gostoso e embalagem bonita

Nós fizemos um walking tour grátis pela cidade velha e foi bacana saber um pouco da história do país e como as coisas funcionam por lá.

Ficamos em Punta Carretas e em Pocitos. Ambos bairros perto da Rambla (beira rio), residenciais mas com muitos restaurantes, lojas e shoppings. O shopping de Punta Carretas inclusive foi um presídio e foi lá que o Mojica ficou preso.

parque rodó
punta carretas
pelas ruas de punta carretas
pocitos do alto

A cidade é muito boa, organizada, calma (nem o transito é intenso), bons restaurantes, tem ciclovias, as pessoas são educadas e os taxistas são honestos. Não andei de transporte público, me pareceu que cobre a cidade toda mas é só ônibus, não tem metrô.



PS. O que mais me impressionou foi a relação dos uruguaios com o mate. Eles não largam a garrafa térmica nem a cuia por nada. É o tempo todo, andando na Rambla, sentados na praça, fazendo compras no shopping.... e por aí vai. Os braços deles nem devem mais esticar. (Provavelmente no sul do Brasil deve ser assim também.)