28.1.22

+Filme e Séries

Janeiro é o mês que aparece um bocado de filme que vai estar no Oscar.

Filmes

The Tragedy Of Macbeth - A história de Lord e Lady Macbeth pelas lentes de Joel Coen. É um filme bem teatral com o texto original de Shakespeare. Os cenários são minimalistas, é tudo em preto e branco, me lembrou alguns desenhos do Escher. A história é: Lord Macbeth está voltando de um batalha e encontra uma bruxa (que as vezes são 3) que faz uma profecia que envolve ele se tornar Rei. A Lady Macbeth fica sabendo dessa profecia e faz de tudo para que se torne realidade. Tem muita intriga nessa história. A estrela desse filme é Denzel Washington que consegue dizer as falas escritas por Shakespeare com uma naturalidade impressionante. Já pode colocar o nome dele no Oscar. (Apple TV+)

The Lost Daughter - filme adaptado do livro da Elena Ferrante (não li). Olivia Coleman faz Leda, uma acadêmica de férias numa ilha e lá ela fica meio que obcecada por uma mãe jovem e sua filha que fazem parte de uma família. grande e barulhenta. Leda tem seus fantasmas do passado, suas relações presentes, duvidas, certezas, e talvez ela tenha perdido uma filha ou ela seja a filha perdida. Maggie Gyllenhaal está de parabéns pela direção desse filme. (NETFLIX)

The Worst Person In The World - filme norueguês sobre uma moça que muda muito de idéia, muda cabelo, muda curso na universidade, muda de namorado. Ela se encontra num relacionamento com um cara mais velho que pensa em ter filhos mas ela não. Tem um momento nesse filme que ela corre enquanto os outros estão congelados em cena que é ótima. Está na shortlist dos possíveis candidatos aos Oscar de filme internacional.

The Wheel of Fortune and Fantasy - filme japonês do Ryusuke Hamaguchi, mesmo diretor de Drive My Car. São 3 histórias sobre encontros e possibilidades. No primeiro duas amigas falam sobre o crush de uma delas sem saber que é ex-namorado da outra. No segundo uma aluna tenta seduzir um professor de literatura lendo uma passagem do livro dele. O terceiro são duas mulheres que se encontram achando que uma é colega da escola da outra. As 3 são boas mas a segunda é a melhor.

King Richard - filme sobre o pai das irmãs Williams e como ele fez das filhas campeãs do tênis. Will Smith está sendo cotado para premiações por esse papel. Eu tenho preguiça do Will Smith. Pronto falei. O filme é ok. Óbvio que o mérito não é todo do pai como esse filme quer empurrar goela abaixo. As duas meninas que fazem as irmãs Williams realmente jogam tênis muito bem e deixam as cenas de jogo muito mais interessantes. (HBO Max)

Red Rocket - filme do Sean Baker que também dirigiu Tangerine (com um iPhone) e Florida Project, ele mostra um EUA decadente como poucos. Nesse filme Mikey, um ator pornô, está voltando para sua cidade (fim do mundo) no Texas com uma mão na frente e a outra atrás. Ele saiu de lá para fazer filmes adultos, fez sucesso mas agora está numa pindaíba. Acontece que Mikey é bom de conversa (e é bonito) então consegue convencer sua ex-mulher a deixá-lo ficar em sua casa. Ele tenta arranjar emprego mas ninguém quer dar trabalho para um ator pornô conhecido então ele vira traficante. No meio de tudo isso ele se interessa por uma garota de 17 anos que ele vê potencial. Mikey não é um cara legal, se aproveita das pessoas e das situações e de vez em quando se dá mal. Bye, bye, bye do N'Sync é o tema desse filme.

The Tender Bar - Dirigido pelo George Clooney com Ben Affleck fazendo um tio que é a figura paterna de seu sobrinho quando esse vai morar com a mãe na casa do avô. Ben Affleck é dono de um bar e com seus amigos ensinam tudo sobre a vida, o universo e tudo mais para o garoto. O menino cresce, vai para universidade e talvez ainda tenha que aprender mais algumas lições. (Amazon Prime Video)

Eternals - mais um filme da Marvel, dirigido pela oscarizada Chloe Zhao, com heróis que eu nunca soube que existiam. Na verdade são ETs com super poderes que estão na terra há milênios só observando. Vieram para cá para lutar contra uns monstros que comiam humanos, acabaram com os monstros e ficaram vivendo a vida humana. Acontece que os monstros voltaram. Os Eternos tem todos nomes parecidos com os deuses/heróis gregos dando entender que os gregos se basearam neles. Tem aquela vibe "Eram os deuses astronautas?". Eu esperava que fosse ruim, mas gostei desse filme. Inclusive gostei da Angelina Jolie nesse filme, ela fez o melhor par com o Don Lee. (Disney +)


Séries

Cobra Kai - Daniel San e Johnny Lawrence se juntaram para ensinar os adolescentes um caratê combinado que possa derrotar o Creese e a galera do Cobra Kai no campeonato. Mas não dá muito certo porque Johnny e Daniel são Johnny e Daniel. Creese vai atrás do Terry (o vilão do filme 3) para ajudar no treinamento dos teens. Nessa temporada também tem a trama do filho do Daniel que é um bully (Sr. Miyagi revirando no túmulo). As lutas melhoraram e a série continua trabalhando a nostalgia como poucas. (NETFLIX)

Queer Eye - nessa sexta temporada os rapazes estão no Texas mudando a vida das pessoas. Antoni melhor pessoa e Jonathan Van Ness diverte como sempre. (NETFLIX)

After Life - a série do Ricky Gervais sobre um viúvo que tenta sobreviver numa cidade pequena voltou para terceira e última temporada. É engraçada e tem seus momentos pega o lencinho. (NETFLIX)

Anxious People - Série sueca baseada no livro de mesmo nome. Li o livro em 2020, não achei ruim, mas humor sueco não é comigo, não acho engraçado. Um grupo de pessoas visitando um apartamento a venda é mantido refém de um assaltante de banco. Os acontecimentos da série são iguais ao livro só que muito do que acontece dentro do apartamento no livro na série acontece depois do resgate. (NETFLIX)

Stay Close - minissérie baseada num livro do Harlen Coben, sobre Megan, uma mãe de familia que se vê envolvida num desaparecimento de um rapaz. Ela tem muitos esqueletos no armário, inclusive o desaparecimento de um homem no passado que aparentemente está de volta. Mantém os mistério até o fim. (NETFLIX)


24.1.22

Eduardo e Mônica

Em 1986 Eduardo e Mônica tocava em todas as rádios, várias vezes por dia. Decorei a letra antes mesmo de ver o encarte do disco Dois da Legião Urbana (o que mais gosto). É a história de amor mais conhecida do rock nacional.

Assim como Faroeste Caboclo (do disco Que País é esse?) Eduardo e Mônica também virou filme dirigido pelo René Sampaio. Duas músicas que são praticamente um roteiro pronto.

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar, ficou deitado e viu que horas eram, enquanto Mônica tomava um conhaque no outro canto da cidade. 

E assim começa o filme.

A história passa no meio dos anos 1980, em Brasília que é praticamente outro personagem do filme. O que o filme nos dá além da música é uma história mais aprofundada para Eduardo e Mônica. Eduardo mora com o avô e quer fazer vestibular para Engenharia Civil, Mônica está de luto pela morte do pai e tem uma irmã.

Os dois se conhecem numa festa que o amigo do Eduardo disse que ia ser legal. (Esse amigo do Eduardo é ótimoooo)

Festa estranha com gente esquisita. (Minha frase favorita da música que uso muito na vida)

A maior diferença da música para o filme é que a Mônica do filme é mais velha, ela já se formou e é médica, mas os dois se completam que nem feijão com arroz. Afinal o que importa é que quem um dia irá dizer que existe (ou não) razão nas coisas feitas pelo coração.

Alice Braga e Gabriel Leone estão ótimos. O Eduardo é um fofo.

A trilha sonora é ótima, puro suco dos anos 1980: tem Pretenders, B-52's, A-Ha, The Clash, Titãs, Soft Cell, Caetano, Tim Maia e Legião Urbana, claro. Tem um momento maravilhoso com Total Eclipse of The Heart.

Fiquei totalmente imersa na nostalgia anos 1980 + Brasilia. A Mônica até queria ver o filme do Godard no Cine Karim, primeiro cinema que fui na vida (mas para ver a Branca de Neve) que ficava do lado da quadra que morei. Tem até mochila da Company.

O filme é mais melancólico do que a música mas o coração fica quentinho do mesmo jeito.
 
A Tia Helô diria 28 "Ai, Jesus!" pro tanto de jujuba que Eduardo come.


12.1.22

Reality Shows Asiáticos

Feliz 2022! 

Vou começar o ano explorando os reality shows asiáticos da Netflix.

- Singles Inferno - Um reality de namoro coreano. Funciona assim: os rapazes e moças vão para uma ilha "deserta" que chamam de inferno (mas é melhor do que muito lugar que já paguei para ficar). Eles vão se conhecendo e tem uns jogos para formar casais. Quando o casal é formado vai para um resort de luxo que chamam de paraíso. O interessante aqui é observar as diferenças culturais não só na abordagem do namoro e interesse no outro mas também como se comportam na praia (sempre muito vestidos e as meninas carregam bolsas). É cheio de plot twist e tem 4 comentaristas que as vezes ajudam a entender as escolhas dos participantes do ponto de vista coreano.


- The Future Diary - Depois do reality de namoro coreano, a Netflix me ofereceu um reality de namoro japonês. Aqui são só duas pessoas, um rapaz e uma moça, que nunca se viram antes e tem que seguir tudo que está escrito num diário (que diz o que vai acontecer). Eles não podem se falar fora das cameras, não podem trocar contatos, e ela não pode dizer se gosta ou não dele até o fim do programa. O objetivo é ver se os dois realmente se interessam um pelo outro. Fiquei muito envolvida com o relacionamento do Takuto e da Maai, quero que dê certo. O diário do futuro as vezes é muito escroto. Também tem 4 comentaristas. Takuto é um fofo. Esse reality é quase como um daqueles filmes ruins de natal que você assiste e torce pro casal. Okinawa entrou na lista de lugares que quero conhecer.

takuto e maai 


The Hungry and The Hairy - Ano passado fiquei obcecada com a série do Ewan McGregor, Long Way Up, que ele viajou de moto de Ushuaia até Los Angeles com seu amigo Charlie Boorman (e depois vi Long Way Round e Long Way Down - todas ótimas). Então decidi ver a versão coreana de dois caras viajando de moto. Rain e Hong Chul Ro rodaram só pela Coréia do Sul. A série coreana é mais focada na comida, e como comem, comem MUITO! Rain inclusive é excelente cozinheiro (e quando decide malhar tem um shirtless super digno). Em cada lugar eles usam motos diferentes (tem até vespa) e visitam uns lugares bem bonitos na Coréia do Sul. A única coisa chata dessa série é a empolgação do Hong Chul com a Netflix e ele grita demais. Nessa série abusam do uso do drone.