24.1.22

Eduardo e Mônica

Em 1986 Eduardo e Mônica tocava em todas as rádios, várias vezes por dia. Decorei a letra antes mesmo de ver o encarte do disco Dois da Legião Urbana (o que mais gosto). É a história de amor mais conhecida do rock nacional.

Assim como Faroeste Caboclo (do disco Que País é esse?) Eduardo e Mônica também virou filme dirigido pelo René Sampaio. Duas músicas que são praticamente um roteiro pronto.

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar, ficou deitado e viu que horas eram, enquanto Mônica tomava um conhaque no outro canto da cidade. 

E assim começa o filme.

A história passa no meio dos anos 1980, em Brasília que é praticamente outro personagem do filme. O que o filme nos dá além da música é uma história mais aprofundada para Eduardo e Mônica. Eduardo mora com o avô e quer fazer vestibular para Engenharia Civil, Mônica está de luto pela morte do pai e tem uma irmã.

Os dois se conhecem numa festa que o amigo do Eduardo disse que ia ser legal. (Esse amigo do Eduardo é ótimoooo)

Festa estranha com gente esquisita. (Minha frase favorita da música que uso muito na vida)

A maior diferença da música para o filme é que a Mônica do filme é mais velha, ela já se formou e é médica, mas os dois se completam que nem feijão com arroz. Afinal o que importa é que quem um dia irá dizer que existe (ou não) razão nas coisas feitas pelo coração.

Alice Braga e Gabriel Leone estão ótimos. O Eduardo é um fofo.

A trilha sonora é ótima, puro suco dos anos 1980: tem Pretenders, B-52's, A-Ha, The Clash, Titãs, Soft Cell, Caetano, Tim Maia e Legião Urbana, claro. Tem um momento maravilhoso com Total Eclipse of The Heart.

Fiquei totalmente imersa na nostalgia anos 1980 + Brasilia. A Mônica até queria ver o filme do Godard no Cine Karim, primeiro cinema que fui na vida (mas para ver a Branca de Neve) que ficava do lado da quadra que morei. Tem até mochila da Company.

O filme é mais melancólico do que a música mas o coração fica quentinho do mesmo jeito.
 
A Tia Helô diria 28 "Ai, Jesus!" pro tanto de jujuba que Eduardo come.


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