30.12.21

+Filmes e Séries

 O último apanhado de filmes e séries de 2021.


Filmes

Don't Look Up - filme do Adam McKay que deixou a internet pegando fogo nos últimos dias. Não sou fã do Adam McKay, acho ele overrated. Os filmes dele tentam ser sarcásticos mas acabam no campo do pretensioso mesmo. Nesse um cometa está vindo diretamente para a Terra e em seis meses tudo vai acabar. Leo DiCaprio e J.Law são os cientistas que tentam alertar o mundo mas não são levados a sério. Não é que o filme é ruim, inclusive o tema principal e os paralelos são válidos e importantes, mas a proposta de fazer uma sátira nada sutil é que ficou estranho. No fim só a piada da J.Law indignada como general trambiqueiro é que foi engraçada. E a música a Ariana Grande. (NETFLIX)

Flee - Um documentário em forma de animação que conta a história de um garoto e sua família e como saíram do Afeganistão na época da guerra e o caminho tortuoso para conseguirem ir para Europa. É muito bom.

C'mon C'mon - Filme lindo sobre um tio e seu sobrinho. O tio passa um tempo com seu sobrinho enquanto a mãe cuida do pai. E o tio é um documentarista que está entrevistando crianças e suas percepções sobre o mundo. É isso, sobre família, a vida, o universo e tudo mais.

Madres Paralelas - O filme mais recente do Almodovar, com Penelope Cruz, é sobre duas mulheres que dão a luz no mesmo dia e dividem um quarto no hospital. É sobre maternidade e história de família. (NETFLIX)


Séries

The Silent Sea - Coreanos na lua. Apenas. No futuro a terra não tem quase água, os rios secaram e os mares estão quase lá. Um grupo de astronautas (com médica, bióloga, engenheiros, etc) tem que ir até a estação lunar para recuperar uma capsula e trazer de volta a terra. A Dra. Song é a responsável técnica, não dizem para ela o que tem na capsula mas como a irmã dela morreu no acidente que teve nessa base, ela quer tentar descobrir o que aconteceu. O chefe da missão é o Capitão Han (Gong Yoo -crush!) e ele sabe mais do que o resto do grupo. Achei muito boa essa série, poderia ter sido em 6 episódios mas os coreanos gostam de usar o tempo. É tensa. (NETFLIX)

Emily in Paris - Na segunda temporada a Emily finalmente faz aulas de francês, usa sapatos sem salto (ela até usa um tênis) mas continua sem entender os franceses direito e ainda veste roupas cafonas. Emily passa a temporada tentando recuperar a amizade com a namorada do Gabriel depois que essa descobre que Emily e Gabriel ficaram juntos. Emily até arranja um boy britânico. Achei essa segunda temporada melhor que a primeira. (NETFLIX)

29.12.21

Matrix Resurrections

Antes de ver esse quarto filme da série Matrix revi os outros três.

O primeiro Matrix continua muito bom, um ou outro efeito ficou datado mas a história do Neo e da Trinity continua ótima. É um filme que na época deixou todo mundo impressionado e discutia a vida num mundo virtual e no mundo real muito antes das redes sociais.

O segundo filme, o Reloaded, tem cenas de ação muito boas, mas só. Sabe quando tentam explicar demais e vai esticando a coisa até perder o sentido? É isso.

O terceiro filme, o Revolutions, é apenas ruim. Nem os efeitos visuais salvam, nem as cenas de ação. (Só o Keanu Reeves mesmo)

Fui para esse quarto filme sem muitas expectativas e sem nem saber o que iriam fazer porque Neo e Trinity morrem no fim do terceiro filme.

Então, no Resurrections o Neo, que é Thomas Anderson, é um designer de jogos na casa dos 50 anos. Ele está deprimido e aparentemente tem episódios de alucinações. Ele tem um crush na Tiffany (aka Trinity), uma mulher que frequenta o mesmo café que ele, mas ela é casada com dois filhos.


Thomas Anderson tem um sócio na empresa que aceitou fazer uma quarta parte para a série de jogos. Thomas resiste mas seu terapeuta o convence que ele precisa continuar.

Sem dar spoilers é isso que posso contar. Inclusive achei essa parte do filme muito boa, nota 10 para a montagem de cenas com a música White Rabbit do Jefferson Airplane.

Achei o Morpheus desse filme muito mais cool do que o do filme original. Yahya Abdul-Mateen II tem muito carisma. O Jonathan Groff faz o sócio do Thomas Anderson e também está ótimo.

Keanu Reeeves (crush eterno) e Carrie-Ann Moss ainda tem muita química e a personagem nova Bugs é muito boa.

Esse filme tem quase todo o elenco de Sense 8.

Gostei desse filme. Só algumas cenas de lutas não achei tão boas, mas até o poder de escudo do Neo que é pura galhofa achei divertido. 

Tia Helô viraria o meme da Nazaré Tedesco só de tentar entender o que é a Matrix, ela tomaria a pilula azul com certeza. 426 "Ai, Jesus!" para todos os bots.


24.12.21

Momento TOC livros 15 (parte 5)

Terminei o ano com 91 livros. 

O resumo das leituras ficou assim:

Dos 91 livros lidos esse ano: 64 foram de de escritoras e 27 de escritores. Li mais em inglês, 51 livros, em português foram 40.

Me dediquei a histórias de autores asiáticos ou de histórias passadas na Asia, foram 23 livros. 

Li autores dos seguintes países: Japão, Coréia do Sul, China, Vietnam, Suécia, EUA, Reino Unido, Irlanda, Brasil, Suíça, México, França, Itália, Argentina, Russia e Polônia.

Foram 7 HQs em 2021. Gosto do formato e gostaria de ler mais ano que vem.

Li muita chick lit para relaxar e acho divertido. Foram 14 livros. Gosto que o estilo está mudando, as autoras contemporâneas escrevem personagens que sabem dizer o que querem.

Geralmente leio só ficção mas de vez em quando pego um livro de memórias, autobiografia ou biografia. Esse ano li 6 desses.

Além dos asiáticos também li sobre mitologia grega, foram 4 sobre o assunto.

Livros de 2021: 


Vamos aos últimos livros de 2021

- Fault Lines - Emily Itami - Mizuki é um mulher casada com dois filhos, ela é dona de casa mas as vezes dá aulas de cultura japonesa para estrangeiros e os ajuda a se adaptarem. Mizuki fez intercâmbio de um ano em NYC quando adolescente, depois foi outra vez para se tornar cantora mas depois de 3 anos sentiu muita saudade do Japão e resolveu voltar. Ela foi morar em Tóquio e trabalhava como cantora até conhecer seu marido, se apaixonar e casar. Quinze anos depois eles tem dois filhos, moram num apartamento grande (com varanda), num bairro bom, mas Mizuki se sente num mix de tédio com cansaço da vida doméstica. Ela está num ponto que prefere se jogar da varanda a ter que passar mais uma noite sendo ignorada pelo marido e pendurando roupa. Acontece que numa noite de chuva ela conhece o Kiyoshi e com ele vem liberdade, amizade e o redescobrimento de uma Tóquio que ela ama. Mas ela passa a viver uma vida dupla e no fim tem que fazer uma escolha. Gostei desse livro. O título da edição italiana resume muito bem: A Balada Melancólica de uma Vida Perfeita.

- History Is All You Left Me - Adam Silvera - (em português: História é Tudo Que Me Deixou) - Griffin fica arrasado quando Theo, seu ex-namorado (e primeiro namorado) morre num acidente. Theo tinha ido de NY para California para fazer faculdade mas Griffin sempre achou que os dois ficariam juntos outra vez. Para piorar as coisas, Theo estava namorando Jackson que agora é a única pessoa que entende o que Griffin está passando. E Griffin tem TOC, que dificulta (e limita) sua vida. É um livro sobre luto e cada um passa pelo luto como consegue. O livro é contado em partes no passado (a história dos dois) e no presente. Não simpatizei muito com o Griffin, entendo os problemas dele mas personagens extremamente dramáticos não funcionam pra mim, e esse menino tem drama saindo no suor (ou nas lágrimas já que ele chora um bocado). A abordagem do TOC dele é interessante e o Wade é o melhor personagem. Só não sei se garotos de 17 anos são tão maduros assim. O outro livro do Adam Silvera que os dois morrem no final é melhor.

- The Storyteller: Tales Of Life and Music - Dave Grohl - Ainda não tem em português mas deve sair em janeiro 2022. Dave Grohl é um ótimo contador de histórias e nesse livro ele conta sua história em contos. Tem uma certa ordem cronológica mas dentro dos contos ele mistura coisas mais recentes e passado. O que gostei de ler esse livro é que não sabia que tinha tantas coisas em comum com o Dave Grohl. Ele é só dois anos mais velho do que eu, morei 2 anos numa cidadezinha da Virginia que ficava 5km de onde Dave Grohl cresceu (na verdade acho que eram bairros da mesma cidadezinha). Dave Grohl é um fã de música, várias de suas histórias são sobre seus ídolos que ele teve o privilégio de conhecer e de tocar com. Dave Grohl e Sir Paul McCartney são BFFs. E claro que ele conta dos tempos do Nirvana (o antes e o depois).

- Hamnet - Maggie O'Farrell - Esse livro é sobre a esposa e os filhos do William Shakespeare. Aqui Anne é Agnes (segundo a autora era como o pai a chamava), ela era mais velha que o escritor e tiveram 3 filhos. A primeira metade do livro se alterna entre a filha Judith ficando doente e o filho Hamnet atrás de ajuda e a história de Agnes e seu marido. O malabarismo que a autora faz para não usar o nome William Shakespeare é impressionante, ele virou: pai, marido, filho, irmão, tutor de latim, "o jovem", escritor de peças e até "aquele homem". Ela quis colocar o holofote na Agnes e nos filhos mas teria sido melhor apenas chamá-lo de Will. A segunda metade do livro é muito arrastada, tem detalhes em excesso, mas a história da pulga que levou a peste até a casa dos Shakespeare é boa.

- A Pediatra - Andrea Del Fuego - Cecilia é uma pediatra que não gosta muito de crianças, tem menos paciência ainda para os pais, mas é profissional bem sucedida e trabalha no neonatal e atendendo no consultório. Seu marido tem depressão, o casamento vai mal, ela conhece o Celso e os dois começam um caso. Acontece que Celso também é casado e sua mulher está grávida. Celso quer que Cecilia seja a pediatra no parto do seu filho. Cecilia também vai investigar um outro pediatra que faz a linha gratidão natureba que, junto com uma doula, tem um grupo de mães que é quase um culto. Eu diria que as coisas nesse livro vão de 0 a 100km/h em 160 páginas.

- Uma Separação - Katie Kitamura - da série Comprei pela capa. Uma mulher já esta separada do marido há meses, inclusive já tem outro namorado e saiu de casa, mas ninguém sabe porque ele pediu para não contar. Um dia a sogra liga e pede para ela ir até a Grécia atrás do marido porque há dias ele não dá notícia para a mãe. A mulher nem sabia que ele estava na Grécia. Ela vai e quando chega lá ele sumiu. Ela fica no hotel esperando ele aparecer (as coisas dele ainda estão no hotel) e enquanto isso fica filosofando sobre sua vida, sobre seu casamento e separação, se ela deveria estar ali e se não deveria ter contado para sogra sobre a separação. A narradora é muito chata e tenta manter um suspense inútil do que acontece com o marido porque quando agente descobre o que acontece a narração dela fica pior ainda. Achei chato pacas.

- A Extinção da Abelhas - Natália Borges Polesso - Regina é uma mulher de 40 anos, diabética, que mora sozinha e trabalha de babá e de revisora (e depois se exibindo na internet). A história se passa num futuro muito próximo, nada otimista, e ela nos conta o que aconteceu depois da pandemia de 2020 (inclusive fala das próximas eleições). Os capítulos são alternados entre a Regina e a mãe dela que largou a família para seguir o circo. A primeira parte tem uma coisa interessante que é a última palavra de um capítulo é o título do próximo. 

- Constance - Matthew FitzSimmons - Constance é uma cantora (roqueira) que entrou num programa de clones. Nesse mundo as pessoas com (muito) dinheiro mantém um clone e vão armazenando e atualizando sua consciência para, quando morrerem, o clone assumir e assim atingem uma "imortalidade". Constance não tem dinheiro mas está nessa porque sua tia é dona da empresa de clones. Um dia Constance vai fazer sua atualização só que, quando acorda, ela é o clone e se passaram 18 meses dos quais ela não tem lembrança porque parou de fazer as atualizações. Aí vamos, junto com Constance Clone tentar descobrir o que aconteceu. Se tivesse mais questionamentos sobre fazer clonagem, ser clone, ter um clone, ou até nos fanáticos contra a clonagem teria sido melhor mas o livro se prendeu num mistério de assassinato e briga de poder que virou só um livro policial com clonagem de pano de fundo.

- O Sonho De Um Homem Ridículo - Fiodor Dostoiévski - Na verdade é um conto, uma fábula sobre um homem niilista que, no dia que decide se matar, ele cai no sono e tem um sonho sobre seu funeral, seu enterro e como ele foi levado ao pós-vida. Nesse lugar as pessoas vivem em paz, se ajudam e são felizes mas ele as corrompe. O conto é muito bom, mas essa edição que peguei da Antofágica me irritou um pouco. Eu não sabia que era um conto e ocupa só 35% do livro (com letras enormes), o resto do livro é ilustração e análises sobre o conto. Haja blá, blá, blá.

- Crossroads - Jonathan Franzen - É um novelão. Comecei curiosa com a história da familia Hildebrandt achando que ia ter alguma coisa relacionada a culto/seita mas não, é só a história de uma familia no início dos anos 1970. O pai é pastor e está na crise da meia idade, a mãe idem, o filho mais velho querendo lutar na guerra do Vietnã, a filha do meio parece ser sensata pero no mucho, outro filho é viciado e traficante de drogas e o filho mais novo nem ganha um capítulo. Como Jonathan Franzen escreve bem, a leitura flui, me deixou curiosa mas ele não economiza palavras nem detalhes. O passado detalhado do pai só foi contado depois da metade do livro (de 600 páginas) e naquele ponto eu já queria que tivesse 50 páginas a menos. Depois descobri que é o primeiro livro de uma trilogia que não sei se quero saber o que acontece nos próximos dois.

- Beasts Of A Little Land - Juhea Kim - Comecei o ano com um livro japonês e terminei com um coreano. A colonização japonesa na Coréia foi brutal e esse livro passa boa parte nesse perído (de 1917 até 1967). São vários personagens interligados de alguma forma mas a personagem principal é Jade. Ela vai, ainda criança, morar  e treinar com uma cortesã em Pyongyang e depois vai para Seul. Tem o JungHo que, depois que o pai morre, vai para Seul e vira um gangsterzinho e depois ativista comunista, e ele é apaixonado pela Jade porém não correspondido. E para completar o triangulo tem o HanChol que é de família tradicional mas é do lado pobre, ele tem que sustentar mãe e irmã enquanto tenta estudar. Esse livro também mostra como as cortesãs financiaram o movimento de independência da Coreia, como os japoneses tratavam os coreanos, como os coreanos ricos se comportavam durante a ocupação japonesa. Gostei desse livro, acho que complementa a primeira metade de Pachinko. Só acho que poderia ter mais tigres nessa história.


Para 2022 vou colocar a meta de 40 livros.




Momento TOC Livros dos outros anos: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13), (14)

22.12.21

+ Filmes e Séries (e uma novela coreana)

Filmes

Drive My Car - filme japonês baseado num conto do Haruki Murakami. É sobre um dramaturgo e ator que, depois de alguns acontecimentos, vai até Hiroshima montar uma peça do Tchekov com elenco internacional e lá os produtores dizem que ele tem que ter um motorista. Ele acaba aceitando a motorista e os dois passam um bocado de tempo no carro. É um filme cheio de camadas e tem 3 horas. Tem que respeitar um diretor que só mostra os créditos inicias com 40 minutos de filme. Gostei muito desse filme, mas tenho que dizer que me lembrou muito a novela coreana abaixo (My Mister). Esse filme certamente estará no Oscar 2022.

West Side Story - Steven Spielberg fez sua versão para o filme dos anos 1960. Um Romeu e Julieta no West Side de Manhattan. A versão do Spielberg é bem parecida com a original, não tem músicas novas, passa na mesma época mas é bem melhor. É mais colorido, tem mais energia. O ator que faz o Riff e a atriz que faz a Anita são excelentes, eles são 70% da energia do filme. O Baby Driver que faz o Tony canta bem, é bonito e achei que ele deu conta do recado. A Maria é boa, mas a voz soprano aguda dela me incomodou demais. Não sou dos musicais, vi o dos anos 1960 há muitos anos e não lembrava de nada mas me diverti vendo esse. Vi no cinema que fez os números de dança ficarem melhores ainda.

Power of the Dog - Jane Campion voltou a dirigir um filme depois de sei lá quantos anos e voltou com tudo. A fotografia desse filme é linda e quanto menos souber sobre a história melhor porque você vai descobrindo aos poucos. É um western sobre dois irmãos cowboys, mas sem tiros e duelos no por do sol. Um dia um deles casa com a dona de uma pousada e a leva para casa. O outro irmão não gosta da idéia. Benedict Cumberbatch está ótimo. NETFLIX (mas merecia a tela do cinema).

Titane - filme francês vencedor da palma de ouro em Cannes. Conta a história de Alexia que sofre um acidente de carro quando criança e tem uma placa de titânio colocada na cabeça. A médica diz para o pai ficar de olho em qualquer mudança neurológica. Os anos passam e Alexia é dançarina em uma espécie de show para carros, ela gosta muito de carros. Aí não conto mais nada, no fundo é um filme sobre família e que as pessoas precisam das outras. É muito doido mas é bom.

The Humans - um filme bem teatral sobre uma familia que se encontra para o Thanksgiving no apartamento recém alugado (e ainda vazio) de uma das filhas. O apartamento tem muitos barulhos estranhos que serve só para dar um suspense nas conversas. É uma família onde ninguém está bem e a gente vai sabendo o problema de cada um ao longo do jantar. Achei bom, o pai da família tem umas falas ótimas. E tem o Steven Yeun (crush!).

Jagged - Documentário sobre o album Jagged Little Pill da Alanis Morissette, esse disco que foi um fenômeno no final dos anos 1990. Já analisei You Oughta Know aqui no blog e contei um pouco da história da Alanis, mas esse documentário dá muito mais detalhes que eu desconhecia. A. própria Alanis dá depoimentos e ela conta tudo mesmo. Achei muito bom. HBO MAX

Annette - um filme musical com Adam Driver e Marion Cotillard. Eles são um casal celebridade: ela é uma cantora e ele um comediante stand up. As apresentações dele são polêmicas. Eles se apaixonam, se casam e ela engravida. Ele ele vai enlouquecendo a medida que o sucesso dela continua mas o dele começa a cair. Annette é a filha dos dois e é a bebê de filme mais bizarra ever (é mais estranha que a Renesmee de Crepusculo). O filme é quase todo cantado, acho chato isso. Só gostei da primeira música e por isso decidi ver o resto. As perucas desse filme são péssimas. MUBI

Spencer - Kristen Stewart faz a Princesa Diana nesse filme dirigido pelo chileno Pablo Larrain (que dirigiu Jackie com a Natalie Portman). Aqui a Princesa Diana vai para o natal da família real quando ela e Principe Charles já tinham decidido se separar mas a Betinha ainda não sabe. Achei a Kristen Stewart muito afetada (mas ela é linda), não me importo muito com a história da Diana, revirei os olhos com a comparação com a Ana Bolena mas a cenografia é excelente e teve uma sequencia com ela dançando que achei boa.

Being The Ricardos - a história de Lucille Ball e Desi Arnaz casal na vida real que faziam um casal fictício em I Love Lucy, programa de TV de maior sucesso nos anos 1950. Esse filme mistura estilo documentário com um vai e vem no tempo que as vezes é confuso. Não achei que Nicole Kidman e Javier Bardem tiveram química e dormi algumas vezes no meio desse filme. AMAZON PRIME

Belfast - Kenneth Brannagh fez um filme sobre a sua infância em Belfast, em 1969, quando os troubles começaram. O pai trabalhava em Londres e vinha a cada duas semanas ver a esposa, os filhos e os pais. Quando as confusões começam o pai quer levar a familia para Inglaterra. O filme é todo no olhar do menino e é em preto e branco. O trailer é melhor que o filme (que achei só ok), mas o filme tem seus momentos bons.

Your Eyes Tell - filme japonês que é um remake de um filme coreano. É um romance de um rapaz lutador de kickbox e uma moça cega. Eles se conhecem, ficam amigos, mas ele tem um passado de gangue. Fiquei curiosa para ver o original coreano porque os coreanos fazem melodrama (e plot twist) melhor que o japoneses. O menino é lindo, mesmo com o cabelo na cara o tempo todo. NETFLIX



Séries

Get Back - o BBBeatles. Apenas o melhor documetário de música e banda feito. Peter Jackson tinha sei lá quantas horas de material que estava guardado há mais de 50 anos e fez 3 episódios de 2 horas e meia. O ano é 1969 e o documentário é basicamente os Beatles compondo músicas e tentando organizar uma última apresentação (tinham parado de fazer shows em 1966). Tem fofoca, tem intriga, tem Paul McCartney barbado com cabelo cheio de brilho, John Lennon sendo palhaço, Ringo sendo Ringo, George Harrison trazendo os solos de guitarra, Yoko sendo sombra e George Martin sendo elegante. Mostra como as músicas surgiam, como eles faziam covers enquanto esperavam inspiração (ou estavam entediados) e a química excepcional entre John Lennon e Paul McCartney. DISNEY + (como disse alguém no Letterboxd: "A Disney não merece esse documentário.")

Arcane - Série de animação baseada em um jogo. A animação é linda e a história passa num mundo meio que steampunk, que parece uma cidade européia no fim do século 19 mas com engrenagens tecnologicas e um pouco de magia. É a história de duas irmãs, de uma cidade dividida, corrupção e pessoas que tentam melhorar a situação. É boa, só achei a trilha sonora muito ruim. NETFLIX


Novela Coreana

My Mister - A segunda/terceira melhor novela coreana que vi esse ano (está na disputa com Hometown Cha Cha Cha), é de 2018. Me acabei de chorar. Essa novela é preferida de 9 em 10 dorameiras e demorei para ver porque achava que ia ser mais do mesmo (ainda mais com esse título cafona), mas até arrisco dizer que é tipo Ted Lasso só que sem aquela empolgação toda, sem Roy Kent, e cheia de drama coreano. É uma novela contemplativa, acontece muita coisa, mas acontece lentamente. É sobre um homem de 40 anos que está estagnado e uma jovem de 20 que enfrenta muitas dificuldades. Adianto que não é um romance, eles não formam um casal, se tem alguma coisa ali é platônica. Tem intriga dentro da empresa, politicagem de cargos e tem muito drama de familia. Pulei toda a trama do irmão mais novo com a atriz porque não me importei com eles. É um sofrimento atrás do outro mas no fim o coração fica quentinho. NETFLIX

21.12.21

Spiderteen 3

 De volta ao cinema pipoca, com gente fantasiada de Homem-Aranha e muitos gritos e palmas no meio do filme. E vamos para mais um filme da Marvel (já perdi a conta).

Spiderteen apareceu no meio do filme do Capitão America Guerra Civil e depois ganhou 3 filmes. O primeiro é bom, vilão gente como a gente. O segundo acho o melhor, a história é na Europa, o que tira o Spiderteen de sua vizinhança (porque esse é um herói tradicionalmente bairrista), o vilão é bom, tem plot twist e termina com um gancho que leva direto a esse terceiro filme.

Spiderteen está passeando com MJ pelos prédios de Manhattan quando o JJ Jameson aparece nas telas dizendo que Peter Parker é o Spiderteen, e que ele é um terrorista. Aí o FBI bate na porta dele e Spiderteen, MJ, Ned e Tia May vão presos. Logo depois são soltos mas as chances dos três entrarem para o MIT foi por água abaixo porque a universidade acha que tem muito problema em volta do Peter Parker e seus amigos.

Spiderteen fica #chateado e vai atrás do Dr. Strange para que um feitiço seja feito e as pessoas esqueçam que Peter Parker é o Spiderteen para que tudo volte a ser como antes. Dr. Strange diz que todo mundo vai esquecer, inclusive MJ, Tia May e Ned. Spiderteen, que é um adolescente, faz tanta confusão para que Dr. Strange coloque filtros no feitiço que dá merda e o multiverso é aberto.

Os vilões dos outros Spidermans (dos filmes) começam a pipocar pela cidade, começando pelo Dr. Octavius. Dr. Strange criou uma prisão temporária e diz para Spiderteen ir atrás do resto dos vilões e juntar todos que ele vai mandar de volta para seus respectivos universos.

Se fosse só isso teria sido um filme bem divertido, acho até que perderam a oportunidade de fazer mais coisas do multiverso como foi feito na excelente animação Homem Aranha no Aranhaverso. Mas decidiram que o Spiderteen algum dia ia ter crescer e virar o Spiderman e tem um drama que achei desnecessário.

Não sou público alvo do Spiderman (muito menos do Spiderteen) mas acho os filmes divertidos. Na escala diversão, dos filmes do Spiderteen, esse foi que menos achei divertido, e olha que reuniu os 3 Spidermans do cinema, era para ser triplamente divertido.

Como não é spoiler, todo mundo já sabe, vou logo dizer que a melhor coisa desse filme é o Andrew Garfield. Os filmes do Spiderman dele são ok, mas aqui ele conseguiu até roubar a cena do super carismático Tom Holland.

A Tia Helô ia logo gritar "Que bruxaria é essa?" junto com os 317 "Ai, Jesus!" para o multiverso.

18.12.21

Momento TOC: Top 10 frases de músicas (parte 2)

Comecei o Analisando a Música em outubro de 2011 com a musica Down Under do Men at Work, de lá para cá fiz 92 músicas. Em 2015, quando tinha feito pouco mais de 50 músicas, fiz um top 10 de frases que me chamaram atenção e que gostei muito nas músicas que tinha analisado. Frases que se sustentam sozinhas, fora do contexto da música.

Ia esperar chegar a 100 músicas para fazer essa parte 2 das frases, mas já tem 6 anos (tempo voa) e acho que dá para escolher mais 10 frases.


1. I guess I needed a minute, to live a life without you in it. (Heavy - Orla Gartland) - essa frase rima e é muito boa, é preciso ver as coisas por outra perspectiva para saber como é.

2. I love you but I leave you, I don't want you but I need you. (Colder Weather - Zac Brown Band) - uma frase com sentimentos conflitantes.

3. Listen carefully to the sound of your loneliness. (Dreams - Fleetwood Mac) - gosto dessa frase que é um tapa na cara para um fim de relacionamento.

4. Pay your surgeon very well to break the spell of aging. (Californication - RHCP) - o que gosto nessa frase é que o envelhecimento é um feitiço que o cirurgião bem pago pode neutralizar (mas sabemos que não)

5. 'Til my room is filled with shit I couldn't live without. (Everything Now - Arcade Fire) - uma frase sobre acumuladores.

6. She's got a smile that, it seems to me, reminds me of childhood memories. (Sweet Child of Mine - Guns n' Roses) - uma frase fofa, nostálgica, romântica.

7. Welcome to your life, there's no turning back. (Everybody Wants To Rule The Wolrd - Tears for Fears) - é isso aí, só tem essa vida mesmo, aproveita.

8. It was a slap in the face how quickly I was replaced. (You Oughta Know - Alanis Morissette) - frase cheia de raiva e sentimento numa música que é para socar almofadas.

9. People change, even though some people never do. (Seasons - Future Islands) - FATO.

10. There is one thing I can never give you, my heart will never be your home. (Stand By Me - Oasis) - uma frase sincera dita de forma poética.



Momento TOC: Top 10 Frases de musicas (parte 1)