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1.1.24

Reveillonpallooza de Fortaleza

Feliz Ano Novo!

A prefeitura de Fortaleza vem há alguns anos investindo na festa de ano novo da cidade com shows no dia 31/12 até a virada e muitos fogos.

Ano passado a prefeitura resolveu que um dia era pouco e fez 3 dias de shows com pouquíssimos fogos (porém silenciosos). Esse ano repetiu a dose e ainda teve show de drones.

Os shows começaram dia 29/12 e antes disso a rede hoteleira da cidade já estava com 96% de ocupação.

Chegar no Aterro foi fácil (pra mim). De casa andei 2km pelo calçadão da Beira Mar até a parte atras do palco. Aí no primeiro dia fui pela rua principal que fica muito cheia e as ruas perpendiculares com muitas barraquinhas, andei até a metade do Aterro e fui para areia.

No outro dia que fui, dia 31, achei melhor ir pelo lado da praia. Andei na areia fofa até a metade do Aterro e fui para o meio - foi a melhor decisão, tanto para chegar quanto para ir embora.

Começou com Roberto Carlos, dia 29 foi só dele. Quem lê o blog sabe que não sou fã da voz dele mas gosto de algumas músicas (cantadas por outras pessoas). Achei que seria um evento interessante de participar. E foi. Milhares de pessoas compareceram no Aterro da Praia de Iracema para cantar Emoções, Outra Vez, Como é grande o meu amor, Amigo de fé irmão camarada, Calhambeque, Evidências, e muitas outras músicas que todo mundo canta porque ocupam um bom espaço do consciente coletivo e memória afetiva dos brasileiros. Tinha muita gente emocionada.

O som dos shows estava muito bom, mas tinha que ficar na areia entre as torres com caixas de som. 

No segundo dia eu estava muito cansada e não fui mas todo mundo disse que Marisa Monte fez um showzaço. Ela trouxe o Waldonys, sanfoneiro cearense, para tocar com ela.

No dia 31 assim que a prefeitura divulgou os horários e ordem dos shows (coisa que só fizeram no último dia) e vi que Ney Matogrosso tocaria as 20:00 e na sequencia seria os Titãs fui logo para o Aterro. Cheguei com tranquilidade. Show do Ney Matogrosso foi ótimo. 

Os Titãs trouxeram sua última turnê com todos os integrantes e todos os hits. Show maravilhoso que me fez cavar um buraco na areia de tanto dançar e pular.

Assim que terminou o show dos Titãs eu tinha meia hora para andar até em casa e passar o ano com a família. Sair do meio do Aterro demorou um pouco porque já tinha muito mais gente, muitas pessoas com isopores na areia e algumas pessoas acharam que fazer um cercadinho (com tubos de pvc e fita de cena de crime) era uma boa idéia (não é, dificulta a circulação além de antipático). Mas consegui chegar faltando 5 minutos.

Teve fogos, poucos e silenciosos (os bichinhos agradecem). Eu queria muito ter visto o show de drones mas não quis ficar no Aterro. Ainda bem que não fiquei porque o show dos drones não foi na virada, foi uma hora e meia depois, no show do Alok. Acho que a prefeitura poderia ter divulgado melhor essa informação.

Eram 200 drones que fizeram desenhos e frases. Vi depois no instagram da prefeitura

E foi assim que a cidade deu oi para o ano novo.

Bem-vindo 2024!


1.12.23

Sir Paul McCartney in Brasília


Ano passado participei de um book club onde lemos a biografia dos Beatles do Bob Spitz. Foram meses de leitura, encontros e fofocas. Então quando Sir Paul anunciou os shows no Brasil comprei logo o ingresso. E comprei para ir em Brasilia porque 3 das amigas do clube do livro moram lá e achei que seria mais divertido ir com elas e foi ótimo!

Paul McCartney esteve no Brasil várias vezes, inclusive já tocou em Fortaleza, mas eu nunca tinha ido num show dele.

Já vou deixar isso dito logo no início porque é impressionante que esse senhor com mais de 80 anos faça um show com mais de 2 horas com tanta energia. Ele se movimenta por todo o palco, toca diversos instrumentos, faz um rock mais pesado em alguns momentos do show, faz voz e violão, falou em português, dançou e no fim até deu um pulinho. Quando você acha que ele vai acabar o show ele volta para mais e quando vai embora deixa a sensação que poderia ter tocado mais 3 horas.

O esquema de show no Estádio Mané Garrincha é muito organizado, foi tranquilo chegar e sair. Do hotel que estava dava para ir a pé e para quem vai de carro tem estacionamento lá dentro. O estádio lotou e teve zero confusão, o público estava bem tranquilo.

No show Sir Paul McCartney tocou de tudo: musicas novas, hits da carreira solo, algumas menos conhecidas, e muitas músicas dos Beatles.

A banda que o acompanha é maravilhosa. Fiquei impressionada com o que acontece no palco porque tem muitas mudanças de configuração: tem plataforma que sobe, tem momento íntimo que os músicos ficam mais juntos, tem pirotecnia, entrada e saída de pianos (sim, 2 pianos), coordenação com projeções no telão (ele canta uma música com John Lennon). É  tudo feito com uma fluidez que fica imperceptível, quando você olha lá está Sir Paul numa plataforma pra todo mundo ver.

Do meu top 5 músicas da carreira solo dele só não tocou Only Mamma knows. Teve Let 'Em In, teve Maybe I'm Amazed, teve Band On The Run com Sir Paul dando pulinhos e mostrando que os joelhos estão em dia, e teve Live And Let Die com um show pirotécnico digno do James Bond.

Dos Beatles teve: Love Me Do, Blackbird, I've Got a Feeling, Can't Buy Me Love, Ob-la-di Ob-la-da, Let It Be, Magical Mystery Tour, Helter Skelter, Lady Madonna, Get Back, I've Just Seen a Face, Golden Slumbers, Got to Get You Into My life, Something, Mr. Kite, Birthday, Sgt. Peppers e Carry That Weight.

Claro que teve Hey Jude e é um momento maravilhoso que tem o maior clima de fim de show mas aí Sir Paul ainda volta para mais umas 6 músicas.

E termina com The End porque the love you take is equal to the love you make.

5.11.23

RHCP in Rio


Red Hot Chili Peppers é uma banda que sou fã, basta dar uma procurada aqui no blog que tem analisando a música de Californication, tem lista dos 10 videos que mais gosto, tem book report dos livros do Anthony Kiedis e do Flea e tem a última vez que fui num show deles no Lollapalooza de 2018.

Então quando eles anunciaram os shows no sudeste e sul do Brasil (porque os rapazes da California ainda tem que conhecer o nordeste) comprei logo o ingresso para o show no Rio.

Antes de falar do show preciso dizer que ontem foi um dia de muitos eventos na cidade inclusive a final da Libertadores com um jogo entre Fluminense e Boca Juniors da Argentina (Fluminense ganhou). Sim, potencial grande de confusão que felizmente não teve (onde passei). Achei a cidade muito organizada e foi muito fácil ir e voltar do Engenhão via metrô e trem. Quando tem show colocam um trem que vai direto da Central do Brasil até o estádio que deixa tudo mais tranquilo.

Mas vamos ao que interessa.

Foi a primeira vez que fui no Engenhão (ou formalmente conhecido como Estadio Nilton Santos) que é a casa do Botafogo e foi o estádio das Olimpíadas 2016 onde teve as provas de atletismo. O gramado é coberto com uma proteção mas bom mesmo é andar na pista de corrida que é muito macia. Como é um estádio menor tem uma parte da arquibancada aberta que não faz eco como faz no Maracanã se não lotar. Gostei de ver show lá.

Esse foi um dos shows mais tranquilos que fui. Tinha espaço onde estava no meio, depois fui para lateral porque pular na pista de corrida macia era melhor. 

Antes do RHCP tocou uma banda da California chamada Irontom que não conhecia e gostei. O vocalista era muito animado e as músicas tinham uma batida mais pesada. Eles até fizeram um cover de uma musica do Gorillaz.

RHCP entrou no palco pontualmente as 20:30 e eles sempre começam com uma jam session entre Flea, Chad e dessa fez John Frusciante que voltou a tocar com a banda. O Frusciante foi o guitarrista do RHCP nos discos que mais gosto.

Começaram com Can't Stop do album By The Way (que deve ser o disco do RHCP que mais escuto) e desse mesmo disco também tocaram Zephyr Song e By The Way que sempre coloca a galera pra pular. Dos albuns novos (lançaram dois) tocaram Here Ever Never, Tippa My Tongue, Eddie, The Heavy Wing e Black Summer, dessas só conhecia três porque escutei pouco das musicas novas. De Californication teve a música título, claro, Right On Time e Otherside. Teve Havana Affair, um cover dos Ramones que eu nunca tinha escutado eles tocando, e Soul to Squeeze que é uma delícia. Tocaram Snow e essa música estava na minha cabeça há dias.

Do album clássico Blood Sugar Sex Magik tocaram Suck My Kiss e terminaram o show com Under the Bridge e Give it Away.

A banda dosa bem os hits com as músicas novas. Gostei muito das animações nos telões. Nesse show acho que eles tiveram alguns problemas técnicos mas nada que tirasse a energia incrível que a banda tem. Fico impressionada que Flea, Anthony Kiedis, que já passaram dos 60 anos, ainda pulam como se fossem adolescentes (o Flea mais que AK). O baterista Chad Smith também sessentão toca com muita disposição. O Frusciante é o caçula, ainda cinquentão, voltou a guitarra inspirado.

Claro que Anthony Kiedis cantou as 4 últimas músicas shirtless, não seria um show do RHCP sem um shirtless digno.



RHCP gosta muito de tocar aqui no Brasil e pela reação da platéia espero que voltem muitas vezes.

22.5.22

Festival MITA

A última vez que fui num festival de música foi no MADA em 2018, aí um amigo me disse que ia ter o MITA no Rio exatamente quando estaria aqui. 

Apesar de ainda não querer estar em aglomerações queria ver as bandas que viriam para o festival e por ser no Jockey Club num espaço aberto decidi ir.

Aliás, só vi vantagens em ser no Jockey Club. É perto de casa e começou e acabou cedo. O espaço é bom, tinha dois palcos, estava organizado e os shows começaram pontualmente. Ainda bem que fez um dia bonito com temperaturas agradáveis e não choveu porque já tinha muita lama no chão. O MITA não é um festival grande, estava cheio mas não lotado, dava para ficar bem a vontade.

Cheguei para o show da Liniker que foi muito bom. Depois teve o funk carioca do Heavy Baile que foi animado. Os norte irlandeses da Two Door Cinema Club tocaram no por do sol com o corcovado de fundo e mesmo com um vocalista alternativo (o original ficou doente) o show foi bom.

O show do Kooks estava com o som muito baixo e ruim para quem estava mais afastado do palco. Uma pena porque o vocalista da banda estava empolgado. Na verdade o som estava muito baixo para todos os shows, no show da Two Door mais longe do palco o som estava melhor do que perto. (O som baixo talvez foi por causa dos cavalos)

E a noite terminou com o ótimo show do Gorillaz. Gostei mais deles ao vivo do que no disco. As animações no telão são muito boas.

No fim já estava fazendo um friozinho (inverno carioca) e a saída foi tranquila.

18.4.20

Global Citizen Together at Home

Com o coronavirus solto pelo mundo quem pode ficar em casa deve ficar. O Global Citizen já faz um festival todo ano no Central Park com famosos para arrecadar doações.



Esse ano resolveram fazer um festival de lives, ou melhor, a live das lives do ano. Oito horas de lives de cantores, bandas, apresentadores e celebridades mostrando suas casas e dando o recado.

Uma espécie de Live Aid só que todo mundo em casa.

Começou 3 da tarde aqui no Brasil.

Teve um pouco de tudo.

Invejei o quintal da casa do Jack Black que tem trampolim, pista de skate e piscina. The Killers tinha uma camera ótima filmando, ficaram ótimos. Jennifer Hudson cantou Memory de Cats e não gritou, ficou bonito, e depois cantou Hallelluya com mais 3 pessoas fazendo coro. Hozier fez uma live chique, artistica e cantou Take Me To Church.

Os músicos clássicos, incluindo Yo Yo Ma, fizeram uma apresentação belíssima, cada um na sua casa.

Jessie J tem uma voz linda mas, como disse o Luiz, poderia ter músicas melhores.

Adam Lambert fez uma versão linda de Mad World do Tears for Fears.

O Tiger King lançou moda e vários artistas estavam com estampa de tigre.

E live com plantas é tendência.

O menino Charlie Puth tocou para milhões com o quarto desarrumado. Voz bonita mas aquela pilha de roupa em cima da cama desfeita tirou toda minha atenção.

Algumas bandas que não conhecia me deixaram curiosa, Picture This foi uma.

As nove da noite foi a vez dos headliners. Os apresentadores eram: Jimmy Kimmel, Jimmy Fallon e Stephen Colbert.

Lady Gaga começou cantando Smile, depois veio Stevie Wonder cantando Lean on Me. Sir Paul McCartney fez video na vertical e Sir Elton John is Still Standing.

Entre uma apresentação e outra alguns atores, artistas, celebridades e médicos falavam conscientizando, lembrando de lavar as mãos. As pessoas que trabalham na linha de frente eram mostradas, e todos os trabalhos voluntários.

O fofo do Shawn Mendes fez um dueto com Camila Cabello de It's a Wonderful World e ficou bem bonito. Na sequencia entrou Eddie Vedder cheio de velas e intensidade, acho que ele merecia duas musicas.

O Billie Joe Armstrong apareceu para cantar Wake Me Up When September Ends. Previsão?

Os Rolling Stones estavam cada um no seu quadrado, tocaram You Can't Always Get What You Want e ficou divertido.

John Legend tocou com seus grammys, emmys, tonys e oscar no fundo, cantou Stand By Me com o Sam Smith.

Teve Billie EilishZzzzzz e Taylor SwiftZzzzzzz e fechou com um quarteto de Lady Gaga, Celine Dion, Andrea Bocelli e um pianista que não lembro quem é.

No meio da live comecei um drinking game que a cada fundo com planta ou roupa com animal print valia um gole, se tivesse as duas tinha que beber tudo. O animal print foi dando lugar as velas mas planta teve até o fim.




4.4.19

Arctic Monkeys

Quando soube que Arctic Monkeys viria para o Lollapalooza cruzei os dedinhos para que eles também fizessem um show no Rio. Deu certo. Ontem fiz a viagem até o Parque Olímpico para ver essa banda inglesa que gosto muito e nunca tinha visto ao vivo.

Graças a Santa Olimpíada, o metrô até a Barra deixa tudo mais rápido e o BRT é quase um carro de F1 no transito intenso do bairro. Chegar na Jeunesse Arena foi fácil e rápido (já a volta foi uma novela mas falo disso depois).

A Arena é um espaço agradável, tem um ar condicionado tão potente que quase não suei pulando num show de rock. Tem muitos banheiros, lugares para comer e beber. E de qualquer lugar da pista você consegue ver muito bem o palco (se não tiver um cara de 2m na sua frente).

Mas vamos ao show de Alex Turner e cia.



O palco era bem simples e de acordo com o tema do disco novo: Tranquility Base Hotel and Casino, parecia um lobby de hotel hipster.

Alguns músicos com ternos bem cortados, o Alex Turner estava pronto para um tapete vermelho.

O show começou com uma das músicas que mais gosto do disco anterior, AM (2013) e já fiz um analisando dela: Do I Wanna Know. Ao vivo ficou ótima!

Tocaram várias desse disco (que é um dos meus favoritos): Snap Out Of It e R U Mine?, Why'd You Only call Me When you're High, Knee Socks e Arabella.

Também teve Library Pictures, Crying Lightning, Cornestone, Pretty Visitors,  505, Teddy Picker e Brainstorm, Dancing Shoes e o primeiro hit deles: I Bet You Look Good On The Dance Floor.

Do disco novo tocaram: One Point Perspective, Star Treatment, Four Stars Out Of Five, Tranquility Base Hotel + Casino e The Ultracheese.

O disco novo é bem diferente dos outros, a banda inovou no som. Sempre acho interessante quando fazem isso, pode dar certo ou não. No caso da Arctic Monkeys ao vivo deu muito certo, digo isso porque as vezes que escutei o disco achei um pouco lounge music mas ao vivo foi outra história, gostei bem mais.

A voz do Alex Turner é grave e gostosa e muito limpa. Ao vivo é impressionante.

Só senti falta de Fluorescent Adolescent, Fake Tales of San Francisco, Mardy Bum e When The Sun Goes Down.

Pela primeira vez fui num show que as pessoas não ficavam andando para lá e para cá no meio da apresentação, nada de empurra-empurra o tempo todo. Em compensação teve um grupinho que resolveu pular empurrando para formar uma roda e ter mais espaço, mas só durou uma música e os xóvens se acalmaram.

Na saída as coisas não foram tão suaves quanto na chegada. O BRT não passava mais, o metrô já estava fechado e a quantidade de pessoas pedindo uber era tão grande que os preços estavam exorbitantes. Então a solução foi ter calma, esperar e depois de mais de uma hora conseguimos voltar para casa por um preço razoável.

Ainda assim cheguei em casa com adrenalina do show. Valeu Arctic Monkeys!

15.11.18

MGMT no Circo Voador

Antes de vir para o Rio sempre olho que shows vão acontecer no Circo Voador porque quase sempre tem banda boa do projeto Queremos.

Já vi Alabama Shakes, Edward Sharpe and The Magnetic Zeros e Courtney Barnett. As vezes conheço bem a banda (Alabama Shakes), as vezes só conheço uma ou duas músicas da banda (Edward Sharpe) e acontece de não conhecer nada da banda ou artista se apresentando (foi o caso da Courtney Barnett) mas sempre acho ótimo conhecer sons novos, e ao vivo é a melhor maneira.

Dessa vez foi a MGMT, banda americana, da qual eu só conhecia o primeiro disco Oracular Spectacular, que gosto bastante, e fez sucesso nas rodas indies e hipsters em 2007/2008 com Kids e Eletric Feel.

O som deles é considerado pop psicodélico, whatever that means. Antes do show até escutei um pouco do disco novo Little Dark Age.

O engraçado é que a minha imagem deles sempre foi a da capa do Oracular Spectacular:


Então eu esperava um visual mais psicodélico e menos pop, mas o que vi no palco foram rapazes fofos e simpáticos que poderiam ser uma banda de garagem de adolescentes (estão todos na casa dos 30 com mais de 10 anos de estrada).


O show é bom. Os efeitos visuais nos telões eram muito bons e teve até um momento que colocaram uma bicicleta ergométrica para o vocalista pedalar e cantar, mas ele só cantou sentado nela (acho que a bicicleta não funcionou).


Tocaram todos os hits, as músicas do disco novo e voltaram para o bis. Algumas músicas ao vivo são bem melhores do que no disco (ficam mais animadas) e os fãs cantaram todas.

15.10.18

Franz Ferdinand no MADA

Quando analisei The Dark Of The Matinee da banda escocesa Franz Ferdinand disse que ia vê-los em um festival de música em Natal, o MADA.

O MADA acontece há 20 anos e essa foi a primeira vez que fui. Como disse no outro post, é raro uma banda como Franz Ferdinand vir tocar por essas bandas do nordeste, então eu e as amigas aproveitamos a oportunidade de vê-los e ainda ver outros shows de banda muito boas e conhecer algumas bandas e artistas novos.

Fomos para Natal. Na verdade fomos para Ponta Negra, que é uma das praias urbanas de Natal, e só saímos de lá para o estádio onde acontecia o festival.


Ponta Negra é bacana porque é quase que uma cidade de veraneio dentro de outra cidade. E é praia de surf. A variação da maré é tão grande que quando está alta não tem faixa de areia, mas quando está baixa e a areia aparece fica cheia de barracas.

alta
baixa
alta outra vez

Mas vamos ao festival e ao show.

Não é um festival grande mas estava cheio. Era dentro da Arena Dunas, o estádio da Copa 2014 de Natal, e os dois palcos mais a área para o público ocupavam só metade do campo. Foram dois dias de festival, mas só fomos no segundo.


Os palcos eram lado a lado que, acredito, facilitava a logistica já que as atrações eram alternadas, acabava uma e quase que instantaneamente começava a outra. O único porém foi que nos shows mais cheios o público aglomerava na frente do palco que tinha atração ficava um pouco apertado.

Chegamos e a banda tocando era Luisa e os Alquimistas que tinha músicas boas, eles fizeram uma versão reggae de Take My Breath Away. Depois no palco do lado entrou a Larissa Luz que fez uma apresentação performática boa. A seguir teve o Rincon Sapiência que era meio rap meio reggae meio funk meio samba, não sei definir, mas estava divertido.

Essas três bandas tinham uma coisa em comum: cantores, dois instrumentistas (guitarra ou percussão) e um computador que fazia o som base ou a bateria ou back vocals ou os efeitos especias da música. Talvez a tendência da música seja essa, mas sinto falta de todos os instrumentos no palco, acho que faz muita diferença.

Digo isso porque a próxima banda foi Francisco Del Hombre que veio com todos os instrumentos e uma energia que abalou estruturas. Para começar, quatro dos cinco integrantes entraram completamente nus com letras pintadas no peito formando a palavra LUTE. Vestiram suas cuecas e soutien (tem uma mulher na banda) e fizeram um show ótimo! O público pulou, cantou, gritou, fez roda, fez corredor, o guitarrista foi para a galera, e o suor foi coletivo.

O Franz Ferdinand veio nesse embalo e não deixou ninguém parado. Ô banda boa! Esse foi o terceiro show deles que fui e certamente irei a mais. Tocaram hits como Take Me Out, The Dark Of The Matinee, No You Girls, Do You Want To, Walk Away, Ulysses, Michael, Love Illumination, Stand on The Horizon e várias do disco novo: Always Ascending, Feel The Love Go, Paper Cages, Finally e Glimpse of Love. Terminou com This Fire que fez todo mundo pular e burn this city, burn this city!

o baixista bob hardy (que faltou na foto abaixo)

Quando acabou o show do Franz Ferdinand entrou BaianaSystem. Até queria gostar dessa banda mas foi um balde de água fria na animação deixada pelas outras duas. É outra banda que tem DJs, computadores, guitarristas e o cantor. As músicas são boas, é uma banda com atitude, mas fomos embora na metade do show querendo mais Franz Ferdinand e Francisco Del Hombre.

Para terminar essa ida a Natal da melhor maneira possível, no dia seguinte quando estavamos passando no raio-x do aeroporto os integrantes da Franz Ferdinand estavam na fila atrás de nós. Esperamos eles passarem pelo raio-x e fomos tietar, porque se não for para pedir foto no aeroporto eu nem vou.

Eles são muito simpáticos! Foi rápido mas falamos do show, eles acharam engraçado a banda antes tocar de cuecas, e foram uns queridos. Minha amiga disse que estava com dores nas pernas de tanto pular e Alex Kapranos disse que também estava quebrado. E cada uma tirou uma foto com a banda.

dino bardot, julien corrie, eu, alex kapranos e paul thomson
(faltou o baixista Bob Hardy)

Aguardo o line up do MADA 2019.


25.3.18

Red Hot Chili Peppers no Lollapalooza

Quando anunciaram as atrações do Lollapalooza ano passado e vi que teria Red Hot Chili Peppers decidi que não ia perder esse show de jeito nenhum. Anthony Kiedis é crush antigo.


O festival é muito bem organizado. É fácil de entrar, de sair, de ir ao banheiro, de comer e de beber (especialmente beber, tem vendedores de bebidas por todo o gramado). O sistema de pagar usando a pulseira é eficiente. É tudo montado dentro do autódromo de Interlagos e como o terreno é irregular fica até bom para ver os shows porque tem alguns morrinhos que dão uma boa vista para os palcos.

Tem atividades alternativas como uma roda gigante, tem espaço para descansar e até para brincar (tinha uns balanços espalhados).



Chegar lá foi uma viagem, 2 horas de trânsito, mas chegamos (São Paulo né gente?).

A única coisa que achei ruim foi como os palcos foram organizados e os horários dos shows. Eu queria ter visto o LCD Soundsystem que tocou em um dos palcos menores mas teria sido impossivel chegar a tempo de ver o RHCP desde o início, e como tinha prioridades fiquei logo na área do palco maior.

Consegui ver metade do show do Chance the Rapper e gostei.

Mas vamos ao que interessa: o show do RHCP.



O show foi parecido com o do Rock in Rio, que vi pela TV, com algumas músicas diferentes. A energia deles é incrível! Tocam como se não houvesse amanhã, tem pouquíssimas pausas e muitos jams entre Flea, Josh e Chad. Anthony Kiedis pula e dança direto, o Flea parece um adolescente em ebulição, Chad Smith arrasa na bateria e o guitarrista Josh Klinghoffer até cantou em português uma música do Jorge Ben Jor.

O set list foi maravilhoso, teve os maiores hits da banda (Californication, Under The Bridge, Otherside, By The Way, Can't Stop, Give It Away), músicas do disco mais recente (Dark Necessities, Goodbye Angels e Sick Love), tocaram Blood Sugar Sex Magik, Nevermind, Aeroplane, Snow, Rain Dance Maggie, Hump de Bump, e até a versão deles de Higher Ground do Stevie Wonder.

Do Top 10 que fiz dos videos da banda só não tocaram Dani California e Scar Tissue.

Fiz um amigo na platéia que sabia todas as músicas, cantamos e pulamos juntos o show inteiro.

Anthony Kiedis está inteiraço. Sustenta aquele bigodão como poucos, o shirtless foi só na última música e continua ótimo. (insira aqui uns 10 emojis com corações nos olhos)



Quando o show terminou queria ver tudo outra vez.

Volta logo Anthony Kiedis e cia! 

22.3.18

Pearl Jam


dessa vez fui na pista


Quando anunciaram as atrações do Lollapalooza em SP e vi que teria Red Hot Chili Peppers num dia AND Pearl Jam no outro eu já quis comprar os ingressos. Acontece que decidi esperar na esperança que os dois fizessem shows solo no Rio.

Gosto de festival, mas show só da banda é muito melhor.

O Red Hot Chili Peppers vai fazer só o Lolla, mas o Pearl Jam escutou os fãs e arranjou um espaço na agenda para fazer um show no Maracanã. Um beijo para Eddie Vedder e cia que vieram aqui e fizeram um show maravilhoso.

Verei Red Hot Chili Peppers no Lolla, mas isso fica para outro post.

Esse foi o terceiro show do Pearl Jam que fui e cada um é bem diferente. Eles sempre mudam o set list de um show para o outro e tem sempre músicas e covers variados.

No show de ontem a noite até tocaram In Hiding que eu nunca tinha escutado ao vivo (e já analisei essa música aqui no blog).

Já disse várias vezes que a voz do Eddie Vedder é mel nos meus ouvidos. Ele ainda tem muita energia e potência naquela voz. E ele é um dos melhores frontman de banda de todos os tempos. Falou português (lendo do papel, mas ele se esforça), chamou a platéia de linda e bebeu vinho. Fez menos estripulias do que no show de 2015 mas foi divertido e é sempre muito carismático.

a platéia participa


O show do Maracanã teve quase 3 horas de duração. Muita música boa, e quase todos os hits da banda. Começou com Release, teve Animal, Alive, Given To Fly, Better Man, Daughter, Wishlist (outra que nunca tinha escutado ao vivo), Even Flow, Jeremy, Courdroy, Porch, Do The Evolution, Elderly Woman e muitas outras. Acho que foram 30 músicas, sem exagero.

Acenderam as luzes mas eles continuaram tocando Rocking in the Free World do Neil Young. Teve até participação especial de Chad Smith e Josh Klinghoffer (baterista e guitarrista do Red Hot Chili Peppers). Chad Smith e Matt Cameron juntos na bateria: aí, sim!

(Matt Cameron estava com uma camisa homenageando Chris Cornell que faleceu ano passado)

Terminou com Yellow Ledbetter, como sempre.

Só faltou o Anthony Kiedis aparecer no palco junto com Eddie Vedder. Só de pensar nesses dois juntos....voz de um, shirtless do outro....deixa pra lá.

Volta logo Pearl Jam!

26.2.18

Foo Fighters e Queens of the Stone Age

As duas bandas se apresentaram ontem no Maracanã e, como nunca tinha visto nenhuma das duas ao vivo antes, fui.

Antes das duas teve uma banda nacional de São Paulo chamada Ego Kill Talent que tocava um rock pesado que deu para aquecer o público.



QOTSA (para facilitar) veio logo com uma música do disco novo deles, Villains, que tem uma pegada mais dançante (foi produzido pelo Mark Ronson e ficou ótimo).

Logo depois entraram nas guitarras pesadas e muita bateria. O Josh Homme é menos simpático ao vivo mas ele comanda bem o show. Gostei do baterista. Achava que não ia conhecer muitas música mas acabou que conhecia até bastante, e muitas do disco novo.

Só achei o fim do show meio abrupto: acabou a música e eles nem disseram tchau. E não teve volta no palco.



A Foo Fighters entrou por último com mais gente no estádio.

(Pausa para dizer que não encheu o Maracanã. Boa parte das arquibancadas superiores estava vazias -inclusive cobertas por plástico- foi onde fiquei quando fui no show do Pearl Jam lotado em 2015. Quando a arquibancada fica vazia faz um eco na parte de trás da pista que fica ruim de ver show ali, mas fiquei no meio da pista.)

Uma coisa vou dizer sobre essa banda: eles tem muita energia! Não é qualquer banda de quase cinquentões (ok, tem uns mais novos) que consegue tocar rock por 2 horas daquele jeito, naquela intensidade. E são divertidos.

Gosto muito do Dave Grohl, acho ele ótimo baterista, e hoje ele é um showman. Confesso que as vezes me pareceu que ele ensaiou para não parecer ensaiado mas parecia ensaiado. Deu para entender? De todo jeito ele comanda muito bem o show, faz gracinha, careta, balança a cabeça e tudo mais que tem direito.

Foi bom ver Pat Smear tocando, o outro guitarrista cantou uma música do Alice Cooper é foi simpático, e o cara dos teclados fez a dele. Tinha até backing vocals.

Mas a estrela dessa banda é o baterista Taylor Hawkins. Na verdade a estrela é o bromance entre Dave Grohl e Taylor Hawkins. Ele é tão o crush do Dave Grohl que tem total destaque (merecido) no show. Essa é uma banda de bateristas e eles se amam.

Tocaram todos os hits e também tocaram algumas músicas do disco novo que ao vivo achei melhor. (Essa foi outra banda que mudou de produtor, foi para um lado mais hipster e fez um album cheio de convidados como Justin Timberlake e Paul McCartney, mas não achei que deu muito certo.)

Fizeram covers dos Ramones, Alice Cooper, AC/DC, e até Under Pressure do Queen (que o Dave deixou seu querido cantar e foi para a bateria).

Terminou com Everlong, como sempre. (já analisei essa música aqui no blog) E tome bateria imaginária na platéia.


9.12.17

Arcade Fire

Gosto bastante da Arcade Fire, tanto que fiz dois posts aqui no blog: um sobre o video de We Exist e o outro é o analisando a música de Everything Now.



Assim que anunciaram que viriam para o Rio de Janeiro nesse novo tour da banda comprei um ingresso.



O show inicialmente seria em uma das novas arenas do Parque Olímpico e eu estava disposta a ir até São Paulo a Barra da Tijuca. Não sei o que aconteceu mas transferiram o show para a Fundição Progresso que tem lotação de 5 mil pessoas e fica na Lapa.

Adorei essa mudança por dois motivos: é mais perto de casa e num lugar menor o show é muito melhor (você vê de perto e escuta melhor).

A banda antes do Arcade Fire foi a colombiana Bomba Estéreo que eu não conhecia e gostei.

O Show do Arcade Fire foi desenhado para ser em uma arena mesmo. O palco é um ringue de boxe com cordas e aquele telão quadrado em cima. Na Fundição ficou um meio ringue e ficou ótimo!

A iluminação desse show é espetacular.



A banda é sensacional ao vivo. Tocaram todas as músicas que eu mais gosto (Go Cars Go, Ready to Start, We Exist, Put Your Money On Me, Everything Now), tocaram Reflektor  a música que gravaram com o David Bowie e dedicaram o show a ele, e tocaram várias outras que fizeram o público dançar, pular e cantar.



O Will Butler deu algumas voltas no meio do público e até meu amigo Luiz apertou a mão dele.

Terminou com a banda saindo do palco no meio do público com os músicos tocando como se fosse um bloco de carnaval.

Olha Arcade Fire, voltem sempre, quero vê-los ao vivo outras vezes.


16.3.16

Alabama Shakes

No post da música Don't Wanna Fight eu disse que ia no show do Alabama Shakes e foi ontem.



O Circo Voador é um ótimo lugar para show. É pequeno não cabe muita gente, você fica perto do palco, dá para ver tudo (nem tem telão) e o som é muito bom. E foi lá que a banda se apresentou.

A Brittany é muito carismática e simpática, já entrou no palco super aplaudida e o show é dela, mesmo sendo parte de uma banda. Os três backing vocals eram ótimos e complementaram muito bem a voz dela. Brittany não só canta mas também faz solos de guitarra. O resto da banda também é simpático, excelentes músicos (um beijo para o baterista!).

Eles começaram com Rise To The Sun, tocaram os hits Hold On e Don't Wanna Fight, algumas músicas confesso que não conhecia mas gostei muito de tudo.

O público estava entusiasmado afinal esse show é parte do projeto Queremos, onde o público pede o artista/banda e se a banda aceitar vir essa pessoas terão acesso a pré-venda de ingressos, promoções e alguns brindes exclusivos (ontem estavam recebendo posters). Funciona como um crowdfunding para shows.

Eu comprei meu ingresso normal, dei sorte porque esgotou, mas já estou de olho nos próximos eventos.

(Eu gostei de tudo, da casa, da banda, do show, mas dessa vez como o lugar era pequeno uma minoria muito mal educada chegou a incomodar. Um abraço para o casal fazendo mil selfies com flash escandaloso no meio do show.)

23.11.15

Pearl Jam



O primeiro show do Pearl Jam que vi foi há 10 anos (em 2005) quando eles vieram ao Brasil pela primeira vez. Perdi o de 2011 e 2013 mas não deixei o dessa vez passar.

Escrevi bastante sobre a banda (e sobre minha fase grunge) no analisando a música que fiz de In Hiding. Sou fã da banda desde 1991 e fã-quase-a-nível-de-gritinhos do Eddie Vedder.

O show de 2005 foi excelente, era a primeira vez que a banda vinha aqui e a platéia estava toda em sintonia. O palco era básico, só a banda e um telão, tocaram mais músicas dos albuns mais conhecidos e o Eddie Vedder é carismático pacas e foi muito simpático.

Dessa vez foi um pouco diferente. Não fui na pista (os ingressos acabaram) mas até que gostei da arquibancada. O palco ainda é básico (que acho ótimo) mas o jogo de luz foi um super upgrade e as imagens no telão fantásticas (uma boa parte em preto e branco). Músicas mais recentes mas os grandes hits estavam lá: Black, Even Flow, Alive, Jeremy, Better Man, etc. Um dos covers da vez foi a ótima Comfortably Numb do Pink Floyd que na voz delícia do Eddie Vedder fica sensacional (também teve Rockin in The Free World do Neil Young). Ele também cantou Imagine no momento homenagem a Paris, confesso que já saturei dessa música mas na voz dele....até curti.

Quando tocaram Given To Fly o video no telão era do Rio de Janeiro filmado por um drone (eu acho) e terminava nas pessoas entrando para o show no Maracanã. Ficou lindo.

Gosto de toda a banda, adoro o Matt Cameron que é o baterista (e nem fez solo dessa vez), mas não tem como não falar do Eddie Vedder como frontman. Além da voz maravilhosa (a-do-ro), ele estava muito a vontade, falou um bocado em português (lendo do papel), estava de bermuda e camisa xadrez como nos tempos do Ten e, inclusive, pulava e corria pelo palco como se fosse 1991. Ele chamou um camarada que estava na platéia com um cartaz "é meu aniversário deixa eu cantar uma música com você" para o palco, ofereceu uma cerveja e deixou o cara cantar a primeira estrofe de uma música - Porch - (que o cara, por sinal, cantou muito bem).

A melhor parte foi quando no fim de Alive jogaram uma sunga vermelha da platéia, ele pegou e perguntou: "For me?". Primeiro colocou na cabeça e depois vestiu por cima da bermuda e deu uma reboladinha. Tomou uma cachaça depois de correr pelo palco com a bandeira nacional e até quebrou uma guitarra Pete Townshend style. E ele não queria sair do palco, acho que só foram embora porque passou da hora mesmo.

Eu gostei de tudo, nem me incomodei com Last Kiss (a banda tem covers muito melhores que esse) e nem com algumas pessoas mal educadas na platéia (um beijo para a tia chata do meu lado que tomou um merecido banho de cerveja).

Volta logo Pearl Jam que eu vou outra vez.

27.9.10

Invasão Sueca

Sabe quando os gringos acham que aqui no Brasil tudo é floresta amazônica, carnaval, caipirinha e futebol? Pois é, a Suécia, para mim, é ABBA, Ikea, H&M e pessoas loiras, altas e bonitas (como o Vampiro Eric de True Blood)

Ontem teve um evento chamado Invasão Sueca, e como não conheço a Suécia (ainda) fui ver o que eles querem que a gente conheça. Eram três bandas: Taxi Taxi, Anna Von Hausswolff e Taken By Trees. Eu achava que eram de rock, ou pelo menos indie rock, ou até pop, mas acho que posso definir o estilo delas como folk sueco.

A primeira banda, ou melhor, dupla folk, eram duas meninas: uma na voz e viloão e a outra no teclado/acordeon. Eram afinadas, a música não era ruim, mas era um pouco deprimente (ainda mais num ambiente que todo mundo estava esperando uma coisa diferente). Eu não consegui definir em qual lingua elas estavam cantando e, para mim, elas cantaram a mesma música por 30min só parando para respirar.

A segunda banda era uma loira no teclado e mais dois caras. Essa também era afinada, cantou em inglês, tinha bateria, mas não melhorou muito a vibração do local.

Não vi a terceira banda. (se alguém viu, conta aí nos comentários)

Talvez funcionasse melhor num ambiente mais intimista ou com um público mais educado, porque eu tive muita vergonha quando as duas meninas terminaram o show, o DJ entrou e as pessoas comemoraram.

Suecos, não se preocupem, eu adoro o ABBA, a Ikea e a H&M. Na próxima invasão podem mandar o Vampiro Eric, obrigada.

4.2.09

Depois do Elton John

Photobucket



Fomos ao show, as três sobrinhas da Tia Helô - bom, na verdade da Tia Elô, porque o nome dela era Eloysa, escrito assim mesmo, sem agá e com ipisilone; mas deixa para lá que só a novela do nome já dava uns cinco posts e rendeu centenas de milhares de "Ais Jesuses" ao longo da vida dela.

Chegamos cedo, ainda preocupadas com a possibilidade de chuva. Bobagem. Reginaldo tem mais mojo (mesmo!!) e melhores contatos celestes que a Madonna - inclusive o poderoso lobby da própria Tia Elô - portanto só choveu uma garoinha de nada, lá no meio do show, mais parecia um vaporizador destes de boate, contratado especialmente para refrescar a platéia. Durou meia música e foi embora. Se você está aí se perguntando quem é este Reginaldo, é o próprio: Reginald Kenneth Dwight, também conhecido como Sir Elton John.

Chegamos e ficamos bem impressionadas com a organização e a quase ausência do sentimento de vaca-a-caminho-do-abate que eu sempre tenho com aquelas baiazinhas que organizam a passagem pelo guichê. Não teve empurra-empurra na entrada, nenhunzinho. Na saída teve um cem metros com barreiras por conta dos camelôs com isopores de cerveja e das barraquinhas de pipoca. Tirando isso, que não há organização que dê jeito (não no Rio de Janeiro), estava tudo perfeito.

Platéia eclética, estava espantada com a quantidade de gente mais nova. Como imaginei, a galerinha teen só sabia do Rei Leão para cá e uma ou duas das mais emblemáticas dos anos 70. O que eu não imaginava era o furor, uterino mesmo, que algumas meninas tinham pelo James Blunt. Kaká falou disto anteriormente.

Surpreendente que um rapazinho com cara de aluno de colégio interno desperte tais paixões. Eu fiquei analisando o jeitinho dele, quase um coroinha rosado. Tia Elô ia A-DO-RAR, chamá-lo de pintinho, como ela chamava seus alunos, suspirar uns 200 Ais Jesuses pela carinha de Jovem Bob Dylan sem drogas e de barba feita do Blunt. Ela não ia gostar muito da hora em que ele subiu no piano, mas no total acho que ela ia considerá-lo um jovem adorável e bem-comportado.

Mas não era como eu imaginava. Eu sempre imaginei um show de abertura do Elton com alguma mulherona abusada como a Amy Winehouse, com vestido curto e voz poderosa. O Blunt fez o que pôde, e é bom músico, com boa banda, mas eu sou da época em que o cara do show principal aparecia vestido de estátua da liberdade, de botas plataforma altíssimas, óculos de plumas e paetês. James Blunt simplesmente não tem atitute para abrir um show daqueles.

Mas também não foi um show DAQUELES da década de 70, ou mesmo do início da década de oitenta, quando ele cantou Your Song no Central Park para meio milhão de pessoas, vestido de Pato Donald. Reginaldo está mais fashion, mais contido nas atitudes, acho que o Grau de Cavaleiro subiu à cabeça e ele está tentando ficar mais David Niven (AGORA ninguém com menos de quarenta vai saber do que estou falando - procurem na Wikipedia). Entre as músicas, uma atitude meio de político em campanha, dedinho apontado para a pista VIP e um Thank You moldado nos lábios. Ficamos o tempo todo imaginando para quem ele apontava tanto o dedo, será que eram os garotos que ele estava selecionando para a festinha de depois do show no camarim? Vai saber...

Não era mais o dionisíaco e aloprado Elton da juventude. Não mesmo. Só que Reginaldo ainda é Reginaldo, apesar de coroa, casado e cavaleiro da rainha. A casaca tinha um foguetinho vermelho nas costas (com ele em cima, claro) e era toda rebordada de letras vermelhas (vide foto). Aliás, como ele conseguiu ficar o show inteiro com aquela casaca me espanta até agora. O crucifixo no pescoço devia pesar uma tonelada.

Pouco importa. Não estamos mais mesmo na década de 70. Show comprido, animado, ele mandando ver no piano, igualzinho antigamente. Igualzinho antigamente, lá estavam o Davey Johnstone na guitarra e o Nigel Olsson na bateria. O baixista Dee Murray não estava lá, nem o maravilhoso carequinha Ray Cooper, FANTÁSTICO percussionista, mas a banda estava afiada e alegre. Show perfeito, para garotada pular, para todo mundo cantar e para músico assistir de boca aberta. Eu cheguei em casa rouca e com as pernas doendo, e pedindo à Tia Elô que não permita que ele leve mais 14 anos para voltar por aqui!

Ai, Jesus!

20.1.09

Antes do Elton John

A Tia Helo era super fã do Elton John e , em sua homenagem e porque gostamos, eu, Sue e Luizinha fomos ao show dele aqui no Rio. Mas quem ficou responsável em fazer um post sobre o show foi a Sue. Aguardem.

Eu vou falar do show antes do EJ. Quando soube que era o James Blunt que ia abrir para o EJ fiquei desanimada, eu só conhecia aquelas músicas deprimentes que tocam nas novelas. Fiquei tranquila que a produção proíbe objetos cortantes e armas de fogo, senão o suícidio coletivo ia ser grande. Para passar por essa experiência eu bebi algumas cervejas e aqui estão 5 observações sobre o show do James Blunt.

1.Ele tem músicas alegres, e com uma batida pop boa. Confesso que até gostei da última que ele tocou (não vou lembrar o nome).
2.Ele é bom de palco, simpático, empolgado, e, acreditem, alegre.
3.Ele não consegue dar aqueles agudos ao vivo, então as músicas ficam um pouco menos irritantes.
4.Ele ganha pontos por honestidade, toda vez que ele ia cantar uma das músicas-para-cortar-os-pulsos ele avisava "here's another miserable song".
5.Eu não sabia que ele tinha tantos fãs. Do nosso lado tinha uma garota que assim que ele entrou no palco ela começou a chorar, aos prantos, e só parou na última música. Aliás, perto da gente várias pessoas sabiam cantar músicas além das de novela. Essas pessoas sumiram depois que o show dele acabou.

4.9.08

Os Ingressos

Meus amados do blog tenho estado muito ausente mas, como prometido pra Kaká, tenho que relatar aqui a minha odisséia para conseguir ir ao show da Madonna...acho que nunca mais na vida viverei tal experiência.
Bem... o combinado era que eu iria enfrentar a saga da bilheteria do Maracanã com meu amigo amado Marcelo V’Re (detalhe, acho que é um dos poucos homens heterossexuais fã da vovó do pop). Infelizmente não rolou a companhia dele, pois aqui no RJ está dando uma virose braba e o DJ amigo está acamado. Já vinha me preparando há mais ou menos uns 15 dias para o evento da bilheteria, mas ninguém poderia sequer imaginar a gincana que seria comprar os ingressos para ver a gostosona.
Bem, cheguei por volta das 10:45 da manhã no estádio mais amado do mundo, feliz da vida, pronta para comprar meu ingresso. A fila estava grande, mas nada que assustasse. Logo de cara encontrei uma amiga que já estava na fila desde às 8:20 da manhã, me juntei a ela e logos iniciamos nosso bate papo. Assim que cheguei a bilheteria abriu, por volta das 11:00 da manhã e estava tudo indo muito bem. Pelas nossas contas achávamos que sairíamos dali por volta de uma da tarde... ledo engano. Por volta de meio dia a fila inchou e parou. O primeiro terror do dia, passa alguém da organização avisando que os ingressos vips tinham acabado... esse foi o primeiro stress.
Nesta hora já tínhamos nos enturmados com os nossos vizinhos de fila... André, Anderson e Diego. O Anderson coitado que estava faltando trabalho ficou em estado de choque, pois queria ver a Diva no chiqueirinho vip, mas não rolou. O tempo passando, o sol batendo nas nossas cabeças e 10 passinhos para a frente. Como a ansiedade era muita, fui passear até o inicio da fila com o meu mais novo amigo Diego e lá veio mais um stress, cambistas tentando se camuflar em volta da bilheteria, uma perua dona de agência de viagens comprando mais que o permitido por CPF, que eram 6 ingressos... e os nossos queridos PMs sem fazer nada, absolutamente nada. Isso tudo gera uma revolta muito grande, pois você ficar o dia inteiro na fila para cambistas comprarem o ingresso??? Aonde nós vamos parar?
Bem, voltei para o meu lugar e a fome começou a bater... as opções nutricionais disponíveis eram pipoca e biscoitos da Elma chips. Só. Nem tivemos chance de comer um podrão (forma carinhosa que carioca chama cachorro quente de ambulante) pois o moço vendeu tudo e foi embora. Optamos por pipoca e coca, zero... óbvio. E tome espera na fila...
Lá pelas quatro horas da tarde eu já nem sabia mais se queria ir ao show, a fila simplesmente não andava, eram 4 passinhos e uma espera muito grande. As pessoas que estavam trabalhando não sabiam dar informação e estavam tentando fugir das pessoas na fila. A sorte foi o contato com as pessoas solidárias que estavam em volta... brincamos, rimos e estávamos levando tudo com muito bom humor. Lá pelas sete da noite conseguimos entrar no chiqueirinho, bem perto dos guichês de compra e aí veio a surpresa mais triste: os ingressos de pista comum... tinham acabado. A sensação que tivemos ao ouvir esta notícia era a de que não tínhamos entendido o que o moço tava falando... mas era verdade.
Nosso grupo tão animado teve que se separar para ver a Madonna. Alguns estão indo de arquibancada lateral e eu ainda posso me considerar uma sortuda, pois estou indo de cadeira central.
Espero do fundo do meu coração que esta empresa a t4f – tickets for fun – não venda mais nem rifa de igreja, pois foi uma falta de respeito com as pessoas que estavam na fila do maracanã e com as pessoas que passaram a noite tentando comprar ingresso pela net.
Beijos em todos e até muito breve!!!!!!

4.5.08

Em Fortaleza??

(post com participação da Mik, fã-numero-um-da-Luizinha)

O World Tour da Madonna vai começar em agosto, e já anunciaram a passagem dela pela América Latina. Lá no Ego diz que ela vai tocar no Rio e, pasmem, Fortaleza. Como eu não confio no Ego, fui procurar outras fontes e esse site já até está vendendo ingressos.

Eu e a Mik resolvemos analisar a real possibilidade da Madonna vir dar um show em Fortaleza.

1) Onde ela vai se apresentar?
Lá no tal site diz que é no Stadion Pueblo. Como eu não sei onde fica isso, deduzo que seja no Castelão, palco de grandes clássicos como Fortaleza x Ceará e Ferroviário x Itapipoca. Tem o Presidente Vargas, carinhosamente apelidado de PV (onde a Xuxa se apresentou algumas vezes). Eu acho que a prefeita, que adora um show no aterro da Praia de Iracema, podia bancar essa.

2) Onde ela vai se hospedar?
Acredito que a Madonna seja menos fresca que a Xuxa ou Roberto Carlos, e qualquer hotel que já recebeu esses dois pode muito bem dar conta da Madonna.

3) Como ela vai se locomover?
Tem a limusine do tiozinho que foi no programa do Huck, tem o trenzinho da Beira Mar (Rocco ia adorar a versão cearense do Shrek), e tem toda a frota da Ronda do Quarteirão (que provavelmente são os únicos veículos que atendem as exigências e passam pelos buracos no asfalto).

4) Onde ela vai comer?
Se eu sei alguma coisa desses artistas é que eles carregam seus próprios cozinheiros. Mas se a Madonna for vegetariana o personal chef dela vai ter dificuldade em encontrar ingredientes nos mercados da cidade.
Os guias indicam o Colher de Pau, mas, Madonna, se eu fosse você, passava longe.

5) O mais importante: onde ela vai malhar?
Sinto muito, mas simplesmente não existe uma academia na cidade que esteja dentro dos padrões de exigências da Madonna (a maioria nem está nos meus padrões).


E eu nem disse que o ingresso mais barato custa a bagatela de 500 reais.

13.12.07

The Police by Sue

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Nem dá para explicar... tente imaginar a alegria da Tia Elô na Missa Campal do Papa no Aterro do Flamengo, subtraia as beatas acotovelando você, acrescente um equipamento de som MUITO melhor, mantenha o coro de anjos que eu tenho certeza que a tia estava escutando em vez do Papa, e voilá! Basta colocar três loiros PODEROSOS no palco (com licença, Santidade!) e você tem o show do Police. Infelizmente não foi no Aterro do Flamengo, o que tiraria alguns traumas meus a respeito do local, mas o Maracanâ estava tão bonito que não tem importância, eu pago a analista mesmo.

Bonito? Imagine que você está no gramado do Maracanã (já dá um frio na barriga só de pensar), de repente cisma de olhar para trás e vê uma massa de gente toda colorida de uma suave luz lilás, mexendo ao som e "Wrapped Around Your Finger"... 500 Ai Jesus só para este momento!

Quando ELES apareceram na canção do Sting, mais 400 Ai Jesus só pela alegria da Tia Elô. Ela deve ter se sentido vingada, lá do Paraíso, deve ter falado: "Tá vendo? Não sou só eu que escuto não! Aquele menino loirinho também... Pena que não é o Elton John!"

Enfim, todos os momentos tiveram seu toque de Ai Jesus!, mas quando o Sting começou com "Every Breath You Take" e a galera toda foi junto, aí foram uns 1000 Ai Jesus! Quase tirei a Kaká para dançar, mas ela já estava dançando lá em cima com o Globocóptero...

Quem foi sabe exatamente do que eu estou falando; quem não foi, só lamento; quem foi aos DOIS shows... ai que inveja! (apesar de que já me disseram que fomos ao melhor disparado).

Aí, depois de subir às estrelas, é descer e tomar um analgésico para aguentar os protestos do corpo... essa idade do condor!