30.5.21

+Filmes e Séries

 Séries

The Sons of Sam - Série documentário de 4 episódios sobre os assassinatos que aconteceram em NYC entre 1976 e 1977. Durante um ano a cidade foi aterrorizada porum serial killer que atirava (e matava) jovens aleatoriamente pela cidade. Em 1977 pegaram David Berkowitz que foi julgado e condenado, mas o reporter Maury Terry seguiu investigando porque ele achava que tinha mais de uma pessoa. E aí Maury fica obcecado e vai entrando cada vez mais no buraco do coelho que passa pela Cientologia e um culto de adoração ao diabo. Netflix. Para quem gosta de true crime.

Shadow and Bone - série teen de fantasia que passa em um país dividido por uma cortina de fumaça (literalmente) que tem seres monstruosos que atacam as embarcações que tentam atravessar. Tem pessoas com poderes que ajudam na travessia. Alina é uma cartógrafa que em uma travessia descobre que tem o raríssimo poder da luz e passa a ser treinada pelo general bonitão. É bem feita. Netflix.

Mare of Easttown - Kate Winslet é Mare, uma policial de uma cidade pequena. Ela é divorciada, mãe de dois filhos (mas o mais velho se matou) e vó de um menino de 4 anos, filho do filho mais velho. Ela mora com a mãe, a filha e o neto, mas o ex-marido mora na casa vizinha. Mare é famosa na cidadezinha por ter feito uma cesta no campeonato local de basquete da escola há 30 anos. Acontece um assassinato de uma garota e Mare passa a investigar. A série é sobre a investigação, sobre a Mare, sua família, e a cidadezinha. HBO.

Mosquito Coast - Série baseada no livro. Sobre uma família que vive off the grid. O pai é um espécie de gênio inventor que faz tudo, e a familia mora numa casa afastada que funciona independente de tudo. Um dia agentes do governo aparecem e a família tem que fugir. A filha adolescente é questionadora, o pai é quase um líder de culto, a mãe tem culpa no cartório e o filho é alheio a tudo. É tensa. Apple Tv+ 

Lovestruck in the City - uma série coreana com 16 episódios de 30min sobre relacionamentos. Na verdade sobre fim de relacionamentos. E tem coreanos surfistas. Netflix.

Move to Heaven - Série coreana com 10 episódios sobre um rapaz autista que trabalha com o pai numa empresa que é contratada pela família de alguém que morreu (ou pelo estado) para limpar e organizar as coisas do falecido. No primeiro episódio o pai do menino morre e ele tem que ser tutelado pelo tio que acabou se sair da prisão. As histórias das pessoas que morreram vão se misturando com a história do menino e do tio. Achei boa. Netflix.

Halston - Série de 5 episódios sobre o Roy Halston, designer de moda que fez sucesso nos anos 1970 e 1980. Ewan McGregor maravilhoso, mas cansei das séries do Ryan Murphy. É ok, se você não sabe nada do Halston (como eu) fica sabendo um pouquinho. Netflix.

The Underground Railroad -Série de 10 episódios baseada no livro de mesmo nome do Colson Whitehead. Li o livro e posso dizer que a série é fiel. Adianto que é uma história muito pesada, afinal é sobre escravidão. Cora é uma escrava que foge da plantação e passa usar a ferrovia subterrânea para chegar nos lugares. Underground Railroad era uma rede de pessoas que ajudavam os escravos a fugirem, mas no livro e na série foi transformada em uma ferrovia subterrânea de fato. Cora faz algumas paradas e é sempre perseguida pelo capitão do mato Ridgeway. Essa série está incrivelmente bem feita, a fotografia é linda, a trilha sonora um primor. É impossível de maratonar porque tem cenas difíceis de digerir, mas vale a pena. Amazon Prime Video.

1971 The Year That Music Changed Everything - série documentário de 8 episódios sobre as músicas lançadas em 1971 e como refletiu e estimulou mudanças, tanto na sociedade como na indústria da música. E teve muita música boa em 1971 (no spotify tem uma playlist). Os episódios são temáticos: guerra, drogas, racismo, feminismo. Apple Tv+


Filmes

What Drives Us - Documentário do Dave Grohl sobre a vida na estrada no começo de carreira das bandas de rock (especialmente as dos anos 1980 e 1990). Tem vários depoimentos, inclusive de bandas recentes que continuam a tradição de rodar os EUA de van fazendo shows. Amazon Prime Video

The Mitchells Vs The Machines - Animação sobre uma família que se vê no meio de uma revolução das máquinas que foram dominadas por uma Siri que quer eliminar os humanos. É engraçada, divertida e muito bem feita. Netflix.

Dreamland - filme com Margot Robbie que faz uma assaltante de bancos fugitiva no meio do nada nos EUA em 1930. Ela se esconde no celeiro de uma família e convence o adolescente a ajudá-la. E claro que ele na flor dos hormônios aceita. Amazon Prime Video.

Woman in the Window - Filme (ruim) sobre uma mulher agorofóbica que tomas uns remedinhos, bebe um bocado e fica fiscalizando os vizinhos. Um dia ela vê um assassinato. Será que ela viu mesmo. Esse filme tem um elenco cheio de gente boa, foi dirigido pelo Joe Wright (de Orgulho e Preconceito 2005), mas que bosta. Na verdade não odiei, mas não é bom. Netflix.

Stowaway - Filme sobre uma equipe de 3 pessoas que vai numa missão a Marte. Depois do lançamento descobre que tem uma quarta pessoa mas a nave só tem oxigênio para 3 pessoas chegarem a Marte. O que poderia ser tenso perde todo o sentido quando ninguém pensa em voltar para Terra já que tem horas do lançamento quando descobrem o intruso. Netflix.

The Dry - Filme australiano com o Eric Bana (que deveria fazer mais filmes). Ele é um policial que volta a sua cidadezinha para o velório de seu amigo de infancia. O amigo, em teoria, matou a familia e se matou mas os pais dele querem que o Eric Bana investigue o que aconteceu. Também tem uma morte misteriosa no passado. Achei bom.

Cruella - Live action da Disney sobre a vilã dos 101 Dalmatas. Cruella, que era Stella, menina rebelde que teve que se virar nos 30 com seus amigos nas ruas de Londres nos anos 1960. Ela consegue emprego no atelier da Baronesa (a ótima Emma Thompson) que é a melhor vilã da vilã. O elenco é muito bom, o figurino foi caprichado, trilha sonora ótima e o filme é divertido. MAS não vamos esquecer que o objetivo da Cruella era fazer um casaco de peles de dalmatas.


22.5.21

Momento TOC livros 15 (parte 2)

Nos primeiros dois meses de 2021 já tinha lido 20 livros. Achei que ia diminuir o ritmo mas pelo jeito o rumo é passar dos 63 do ano passado. Veremos. Aumentei a meta de livros para 40 e já cheguei lá, antes da metade do ano. Vou aumentar a meta outra vez.

E vamos a mais 20 livros que li esse ano.

- Miso Soup - Ryu Murakami - ainda nos autores asiáticos peguei esse que se passa em Tóquio nos anos 90. Kenji é um jovem que trabalha de guia turístico em Tóquio e é especializado na vida noturna da cidade. Kenji recebe o pedido de Frank para guiá-lo por 3 dias antes do ano novo. Kenji acha Frank, um americano, meio estranho mas aceita o trabalho. Enquanto isso tem um assassino matando jovens que fazem encontros remunerados. O Frank é estranho pacas, o Kenji fica tenso e quem lê fica tenso por tabela. O que esse livro tem de interessante é a visão do Kenji sobre o Japão que ele vai meio que dando uma aula sobre o país.

- Quinquilharias Nakano - Hiromi Kawakami - continuando no Japão li esse livro sobre uma loja que pertence ao Sr. Nakano. Ele vai até a casa das pessoas que querem se desfazer de pertences (por morte ou por mudança) e compra os objetos para revender na loja. A história é narrada por Hitomi, a moça que trabalha de vendedora e caixa na loja. Além de Hitomi, tem o Takeo que ajuda o Sr. Nakano no transporte dos objetos e rola um namorico entre ele e a Hitomi; e tem a Masayo, irmã do Sr. Nakano que é artista mas ajuda na loja. A tradução não ajudou muito mas é uma história curiosa.

- Os Tais Caquinhos - Natércia Pontes - Do Japão para Fortaleza com esse livro da cearense Natércia Pontes sobre um pai e suas duas filhas que moram num apartamento cheio de objetos no melhor estilo acumuladores. Abigail, Berta e Lucio vivem no meio da bagunça física e emocional, e a história vai sendo contada como se o leitor estivesse no meio dessa bagunça tentando achar uma ordem. Gostei muito desse livro. E, sim, o título vem de "Pra começar, quem vai colar os tais caquinhos do velho mundo". Para ler escutando Marina Lima.

- Solução de Dois Estados - Michel Laub - uma cineasta alemã está no Brasil fazendo um documentário sobre violência e entrevista dois irmãos: Raquel e Alexandre. Os dois expõem suas visões antagonistas sobre vários eventos comuns de suas vidas (herança, bullying, sexo, religião, responsabilidades individuais). Não são personagens simpáticos, são até arrogantes, mas em muitos momentos você vai dar razão a um ou outro (ou a nenhum dos dois). Esse livro é muito bom. 

- Klara and The Sun - Kazuo Ishiguro - primeiro livro do autor depois que ele ganhou o Nobel de Literatura. É sobre uma inteligencia artificial em forma de um androide adolescente que num mundo alternativo (ou futuro distópico) foi criada para acompanhar adolescentes humanos. O livro é todo narrado pela Klara, então o tom é constante, sem muita emoção, mas as observações dela são precisas. É interessante como a forma que ela vê o mundo é descrito, as vezes ela demora visualizar formas que ela não conhece. A narração me lembrou muito o outro livro dele - Não Me Abandone Jamais que gosto muito. (em Português é Klara e o Sol)

- Meu Mundo Versus Marta - Paulo Scott e Rafael Sica - Uma graphic novel sem diálogos que passa num mundo distópico. O personagem principal acorda do lado de uma bebê que em horas já é uma criança e até o fim do dia vira uma adulta. Durante o dia passamos pela rotina dele em que ela as vezes o acompanha. E tem umas pessoas sempre ameaçando. Não entendi muito desse livro, não sei se foi uma tentativa poética (não sou boa com poesia), segundo a sinopse "é um pacto de equilibrio sutil" whatever that means. Os desenhos são bacanas.

- In Five Years - Rebecca Serle - Em português: Daqui Cinco Anos - Dannie é uma advogada que sabe tudo que quer da vida: um emprego no escritório dos sonhos, morar num bairro X de NYC e casar com seu namorado. No dia que ela consegue o emprego e fica noiva ela tem um sonho muito real que em 5 anos ela vai estar com outro homem e em outro apartamento. Ela acorda perturbada, faz uma sessão de análise e conclui que foi uma espécie de premonição, e que nesse caso ela pode mudar o que vai acontecer (nunca leu uma profecia da mitologia grega). Passa 4 anos e meio e a melhor amiga dela apresenta o novo namorado que é o tal homem do sonho. Daí o que poderia ser uma história interessante ficou melodramática e apelativa.

- On Earth We're Briefly Gorgeous - Ocean Vuong - Em português: Sobre a Terra Somos Todos Belos Por Um Instante - É a história de Little Dog e sua família (mãe, tia e avó), imigrantes vietnamitas que foram para os EUA no início dos anos 1990. Ele conta a história de forma poética com vários questionamentos. É um livro muito bom.

- O Triste Fim De Policarpo Quaresma - Lima Barreto - Clássico da literatura nacional. Policarpo é um homem patriota e nacionalista, ele só consome produtos made in Brazil, roupas e comidas, ele fala tupi guarani e ele só estuda história do Brasil. Ele é um funcionário do governo que sugere ao congresso que a língua oficial do país seja o tupi guarani e com isso ele é forçado a uma aposentadoria. Policarpo vai morar num sítio com sua irmã e passa produzir algumas frutas e legumes. Quando ele vai até o Presidente Marechal Floriano fazer uma sugestão ele se vê sendo comandante de um batalhão. O livro também conta a história de outros personagens como o músico Ricardo, a afilhada Olga e o amigo imigrante italiano. Lima Barreto faz várias observações sobre a época que, inacreditavelmente, continuam pertinentes. 

- One To Watch - Kate Stayman-London - Em Português: De Olho Nela - Esse livro é sobre a Bea, uma blogueira influencer gorda. Um dia o melhor amigo, por quem Bea sempre foi apaixonada e é noivo de outra, aparece para uma visita e os dois acabam ficando. Só que ele some e Bea fica arrasada por 6 meses. Depois de criticar a falta de diversidade num reality estilo The Bachelor chamado Main Squeeze, ela é convidada a participar do programa para escolher um namorado/noivo entre 25 homens. Bea aceita e aí tem todos os bastidores de um programa desses e ficamos conhecendo alguns dos caras que participam. A curiosidade segue até o fim, tem muito sobre gordofobia, e a narrativa é variada com tweets, mensagens de grupos e artigos de revistas. Achei divertido.

- Winter In Sokcho - Elisa Shua Desapin - Em Português: Inverno em Sokcho - A história passa durante o inverno na cidade litorânea de Sokcho que fica no nordeste da Coréia do Sul a 60km da fronteira com a Coréia do Norte. Como toda cidade de veraneio, no inverno é tudo vazio. A narradora é uma franco-coreana (o pai francês abandonou a mãe) de vinte e poucos anos e trabalha numa pousada. Um dia chega um artista de graphic novels francês, na casa dos 50 anos, para ficar dois dias na pousada, mas ele fica mais tempo. Ela fica intrigada com esse hóspede que nunca come a comida dela (ela também cozinha para a pousada) e tem um traço de desenho interessante (ela espia pela porta do quarto). Os dois passam algum tempo juntos indo a lojas (ela ajuda na tradução), parques, praia e até na fronteira. Apesar dele ser francês e ela falar francês, a comunicação entre eles é em inglês. É um livro cheio de metáforas e associações, conta a história dela com a mãe, com o namorado, e ainda tem muitos assuntos da cultura coreana mencionados (cirurgia plástica é um deles). Um livro curto mas que diz muito. E um final que se alguém ler manda uma mensagem pra mim que quero falar sobre.

- Esforços Olímpicos - Anelise Chen - A narradora dessa história está no meio de sua tese de doutorado com tema relacionado a esportes. Ela está estagnada, já passou do prazo de entregar a tese, e do tempo da bolsa que garante que ela fique em NYC. Um de seus amigos (e ex-namorado) se mata e começa questionar por que estamos todos tão presos as narrativas de vitória. Por que a desistência é vista como uma coisa ruim quando pode ser um ato de rebeldia? Ela nos conta exemplos esportivos de vários atletas e como se dedicaram a vida competitiva. Ela inclusive nos conta sua própria história de nadadora e a de seus pais imigrantes. Ela fala até do goleiro Barbosa da copa de 1950 que por causa daquele segundo gol do Uruguai o Brasil nunca o perdoou. Achei esse livro muito bom.

- A Tale For The Time Being - Ruth Ozeki - Em português: A Terra Inteira e o Céu Infinito - Uma escritora que mora na costa oeste do Canadá, depois de uma tempestade, encontra uma lancheira da Hello Kitty na areia da praia. Dentro da lancheira tem um diário e algumas cartas em japonês. O diário é de Naoko, uma adolescente japonesa que conta sua história. Os capitulos são alternados entre Naoko contando sua história e a escritora na ilha e tentando descobrir alguma coisa sobre a Naoko. As partes do diário da Naoko são excelentes, cheias de informação não só sobre a garota e sua familia, mas também sobre o Japão e cultura japonesa contemporânea. As partes da escritora achei um pouco arrastadas.

- At The End Of The Matinee - Keiichiro Hirano - Sobre duas pessoas, Yoko e Makino, ela é uma jornalista franco-japonesa e ele é o violonista clássico. Eles se conhecem depois de um concerto dele e ficam muito interessados, mas ela é noiva e está indo trabalhar no Iraque. Os dois se correspondem, ela passa por um atentado, mas conseguem se reencontrar em Paris, completamente apaixonados. Acontece que apesar de pessoas maduras, Yoko e Makino ainda tem suas inseguranças e a vida (e algumas pessoas) as vezes se metem no meio do relacionamento. Achei essa história boa, tem uma personagem que me deu muita raiva, muita raiva mesmo. O primeiro capitulo já te deixa envolvido com esses dois.

- A Single Swallow - Zhang Ling - Um pastor, um soldado americano e um chinês entram num bar... não, não é uma piada, mas tem esses 3 personagens. Billy (o Pastor), Ian (soldado americano) e Liu estão comemorando o fim da 2a guerra numa pequena vila no sul da China e fazem um pacto: que vão retornar todos os anos depois de suas mortes. Em comum os três tem uma garota chinesa que cada um chama por um nome: Ah Yan, Stella e Wende. Quando eles finalmente se encontram contam suas histórias em capitulos alternados. A garota chinesa que é o que os levou a encontrar como fantasmas nunca tem voz, ela não conta sua história, ela é como se fosse uma manic pixie dream girl que sofre um bocado. Tem um capítulo que são dois cachorros contando a história, sim, cachorros, mas a garota não ganha nem um epílogo. As partes sobre a China na época da guerra valeram a leitura o resto não.

- Home Stretch - Graham Norton - Fiquei curiosa para ler um livro do apresentador do talk show mais divertido do youtube. Esse livro conta a história de como, em 1987, um acidente de carro envolvendo 6 jovens, antes de um casamento, vai afetar a vida de uma pequena comunidade na Irlanda, inclusive em anos futuros. A narrativa é agradável, não tem grandes plot twists mas conta bem a história dessas pessoas.

- Copo Vazio - Natalia Timerman - Mirela, uma arquiteta, mulher independente, conhece Pedro num aplicativo. Eles se apaixonam e passam 3 meses maravilhosos juntos até que ele some. Sim, ele faz o famoso ghosting. Desaparece sem deixar noticia e bloqueia Mirela de todas as redes sociais (mas depois desbloqueia). Mirela fica desesperada e obcecada. Ela mesma se questiona o motivo de manter tanta esperança. A narrativa é boa, vai em vem no tempo, inclusive no futuro. E o que aprendemos com esse livro (e alguns outros): ghosting é uma covardia. Melhor dizer que acabou, fim, finito, kaput do que deixar a pessoa "entender que o silêncio significa que acabou". 

- Exciting Times - Naoise Dolan - Ava é uma irlandesa de 22 anos que meio entediada resolve se mudar para Hong Kong e ensinar inglês para crianças. Mas ela não gosta muito nem de crianças nem de ensinar inglês, mas o dinheiro dá para ela se manter. No primeiro mês ela conhece Julian, um banqueiro inglês, e os dois ficam amigos, ela passa a ficar na casa dele, depois moram juntos e começam a transar (mas não namoram). Ele paga todas as contas e gosta de tê-la em casa, e ela gosta de morar lá. Quando Julian precisa ficar em Londres por 6 meses, Ava conhece Edith, uma advogada chinesa, e elas se apaixonam. Ava mantém Julian e Edith um segredo um do outro, mas um dia Julian volta. Achei Ava uma chata e o Julian um esquisito, dois jovens que só se comunicavam ironicamente e era cansativo. Edith era a única adulta que sabia se expressar. A leitura não foi ruim mas de exciting esse livro não tem nada.

- Pílulas Azuis e Oleg - Frederik Peeters - Duas HQs. Pílulas Azuis é autobiográfica sobre o início do relacionamento do Fred com a Cati (em 2000), e como ele teve que aprender a conviver com 2 pessoas soropositivas (ela e o filho). O legal desse livro é uma espécie de pós-créditos com entrevistas (em quadrinhos) da família depois de 13 anos. Oleg foi escrita 20 anos depois de Píluas Azuis e apesar do nome do protagonista ser Oleg segue sendo meio autobiográfico porque Oleg é um quadrinista que está passando por uma fase de pouca criatividade e enquanto busca criar algo conta sobre sua família (esposa e filha). Achei Pílulas Azuis fofo e Oleg tem uns desenhos surrealistas ótimos.


Os primeiros 20 livros desse ano.


Outros Momentos TOC Livros: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13)(14)

2.5.21

Vincenzo

Fiz um post falando como comecei a ver as novelas coreanas, K-dramas ou doramas. Já tinha assistido 4 novelas coreanas e não sabia se iria assistir uma quinta.

A Netflix lançou Vincenzo e não me interessei. Como assim um mafioso italiano coreano? Passo.

Seis semanas depois do lançamento e de ver a cara do Vincenzo to-dos os dias quando abria a Netflix cedi a pressão e comecei assistir.

Comecei e não parei. Vi os 12 episódios que tinha disponível (de 20) e já queria ver o resto. Acontece que no caso dessa novela coreana a Netflix lançava 2 episódios por semana e me vi esperando os episódios seguintes tanto quanto esperava os episódios semanais de Lost ou de GoT.

Vincenzo, como disse acima, é um coreano-italiano advogado e consigliere de uma familia da máfia italiana. Ele nasceu na Coréia do Sul mas foi adotado por um casal italiano quando era criança.

No primeiro episódio o pai da familia mafiosa morre e depois de uma treta com o "irmão" italiano o Vincenzo volta para a Coréia do Sul. Mas ele tem outro motivo: ele sabe que um mafioso chinês escondeu uma quantidade faraônica de ouro num cofre no porão de um prédio em Seul.

O dono do prédio é o Sr. Cho, que na verdade é um laranja do Vincenzo. Os dois descobrem que o mafioso chinês morreu e querem recuperar o ouro mas tem 2 problemas: um, o cofre só abre com reconhecimento de iris, e, dois, qualquer tentativa de abrir a força tem um dispositivo que explode tudo. Vincenzo quer tirar os inquilinos para demolir o prédio e tirar o ouro.

Nisso entra o tal do grupo Babel que comprou o prédio a força (bateram e ameaçaram o Sr. Cho para assinar os papéis) e quer demolir tudo.

Um dos inquilinos do prédio é o advogado Sr. Hong (me apeguei) que defende os interesses dos inquilinos e tem vários processos contra a Babel.

A filha do Sr. Hong, a Cha Young, no início trabalha para a Babel, mas depois que ela conhece o Vincenzo ela muda de lado.

Mais não conto, só vou dizer que acontece muita coisa, muita mesmo.

É uma novela coreana diferente das outras. Sim, tem as galhofadas, tem drama de família, e tem muita camera lenta mas também tem cenas de ação muito boas e não é um trama engessada, repetitiva, a coisa anda. Os episódios são longos, cada um com mais de uma hora, mas passa rápido. Tem vários vilões: mafiosos italianos, psicopatas assassinos, políticos e advogados corruptos e muitos capangas, haja capangas.

E tem o Vincenzo que é maravilhoso. Elegante em seus ternos bem cortados, voz macia, nunca se altera, olhar frio e é um fofo. A Cha Young é a melhor pessoa dessa novela, ela e Vincenzo trabalham muito bem juntos.


Vincenzo é o rei dos planos, ele está sempre um passo a frente de seus adversários e não tem medo de sujar as mãos de vez em quando.

Tem uma fotografia caprichada, uma trilha sonora boa que não enjoa e muitas referências cinematográficas (de Old Boy a Franco Atirador passando pelo Poderoso Chefão, óbvio).



Terminei de assistir nesse fim de semana e na Netflix já tem os 20 episódios disponíveis. 

O fim foi muito bom e coerente com toda a jornada do Vincenzo em todos os outros episódios, afinal essa é uma novela/série onde "só o mal pode punir o mal". Não é perfeita, é uma novela, mas gostei de tudo, até da camera lenta em excesso.

Song Joong-Ki e Jeon Yeo-Bin estão de parabéns. Assim como os outros atores da novela que não deixaram a peteca cair. Acho que agora Song Joong-Ki é o meu ator coreano favorito e verei qualquer coisa que a Jeon Yeo-Bin fizer.


Um beijo Vincenzozinho, já estou com saudades.




Tal qual Game Of Thrones que fui na Irlanda do Norte ver alguns dos lugares de filmagem, já quero ir até Seul.





UPDATE: Em 2022 fui a Seoul e fiz um tour do Vincenzo visitando alguns lugares que aparecem na novela.