O Oscar da pandemia. O ano que vimos todos os filmes em casa.
E para o Oscar desse ano consegui ver todos os indicados a melhor filme e um bocado dos indicados em outras categorias.
O meu filme preferido dos 8 indicados era Sound of Metal (O Som do Silêncio), seguido bem de pertinho por Minari. Achei Promising Young Woman muito bom, gostei da vastidão de Nomadland e The Father foi um dos filmes teatrais que mais gostei ever. Os 7 de Chicago e Judas and The Black Messiah pra mim poderiam ser o mesmo filme, bons mas nada de muito especial. Mank tem uma pordução primorosa mas que filme chato.
Senti falta de Never Rarely Sometimes Always nessa lista.
Adiaram tanto o Oscar que deu para vacinar os participantes e, com mascaras e distanciamento social, teve um tapete vermelho reduzido.
A cerimônia foi em vários lugares. O palco principal era dentro da Union Station, a estação central de Los Angeles que é um prédio colonial por fora e art deco por dentro, bem bonito. Tinha gente no Kodak theatre, e vários via zoom. As apresentações musicais foram antes da cerimônia de fato começar e em lugares espalhados pelo mundo.
Regina King iniciou a cerimônia, que não teve apresentador oficial. Também não tinha orquestra, só um DJ. Em volta do palco principal tinha mesas como no globo de ouro mas sem comida e sem bebida (não vi) e os artistas indicados ficavam em seus grupinhos.
Os indicados em cada categoria eram apresentados com uma parte do currículo e só mostraram imagens dos filmes na categoria de Melhor Filme.
Teve o momento enrolacão com uma brincadeira boba sobre músicas premiadas que terminou com Glenn Close rebolando e foi engraçado.
Quem era premiado subia ao palco e tinha uma estátua já lá colocada. Os discursos não foram limitados, teve gente que falou quase meia hora, e o melhor discurso foi o da Yuh-Jung Youn que fez a vózinha maravilhosa de Minari. Quem apresentou esse premio foi Brad Pitt e ela curtiu, pena que esse ano não dava pra nem apertar a mão de quem apresentava o prêmio.
E teve uma ordem bizarra na entrega dos prêmios: Melhor Diretor foi bem no meio da apresentação e Melhor Filme foi antes dos prêmios dos atores principais. A cerimônia terminou num anticlímax. Saudades da troca de envelopes.
Então vamos aos premiados:
Sound of Metal ganhou a categoria Melhor Som, obviamente. E Melhor Edição, que pra mim foi surpresa. (Riz Ahmed não ganhou o prêmio de ator mas acertou muito no figurino da noite)
Minari só ganhou Melhor Atriz Coadjuvante, a Yuh-Jung Youn. (mas Steven Yeun estava lindo e Alan Kim foi a coisa mais fofa do tapete vermelho)
Emerald Fennell ganhou Melhor Roteiro Original por Promising Young Woman. Palmas para ela que fez o melhor filme de vingança do ano.
The Father ganhou Melhor Roteiro Adaptado e Sir Anthony Hopkins foi o Melhor Ator quebrando todos os bolões que achavam que ia ser o Chadwick Boseman. E foi mais do que merecido, todos os outros atores estão ótimos mas Sir Anthony estava um pouco acima (e eu não entendo nada de atuação). Só acho que como ele não foi poderia ter deixado Olivia Coleman receber.
Mank ganhou Melhor Fotografia, justo, e Melhor Design de Produção, também justo. O filme é chato mas é muito bem feito.
Melhor Animação Curta foi para If Anything Happens to You, que está na Netflix. Soul ganhou Melhor Animação Longa e Melhor Trilha Sonora, que é maravilhosa.
Melhor Música foi para Fight For You da H.E.R, música que toca nos créditos de Judas and The Black Messiah. Deveriam mudar essa categoria e incluir só músicas que tocam durante o filme. Esse filme também ganhou Melhor Ator Coadjuvante que foi o Daniel Kaluuya, ele só não era o coadjuvante do filme, just saying.
TENET, o filme do vai e vem, ganhou Melhor Efeitos Visuais. Melhor Filme Curta foi Two Distant Strangers (Netflix).
Melhor Documentário Curta foi Collete e Melhor Documentário Longa foi Professor Polvo. Os únicos premiados que não assisti.
Melhor Filme Internacional foi o dinamarquês Another Round. Thomas Vinterberg fez um discurso bonito e emocionado. Acho que Mads Mikkelsen merecia melhor coreografia.
Melhor Maquiagem e Melhor Figurino foram para Ma Rainey's Black Bottom, filme teatral que não gostei.
Nomadland foi o filme vencedor da noite. Foi o Melhor Filme, Chloé Zhao (que foi de tênis maravilhosa) foi a Melhor Diretora e Frances McDormand a Melhor Atriz. Todos merecidos, o filme é bonito.
E foi isso. Esse ano acho que conseguiram reduzir o tempo.
Espero que para o Oscar do ano que vem já possa ver alguns filmes no cinema. Dedinhos cruzados.
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