O Marrocos era um lugar que estava na minha lista mas muito atrás porque não é aconselhável mulher ir sozinha. Uma amiga indicou uma agência que faz grupos de mulheres para esses lugares que geralmente é mais difícil ir sozinha. Então fui com um grupo de 12 mulheres que eu não conhecia mas no fim da viagem já são todas amigas.
O Marrocos é um país de contrastes, muitas cores, paisagens diversas, cidades interessantes e uma cultura diferente que vale a pena conhecer.
Começamos por Casablanca, a cidade branca, capital financeira do país e onde tem o maior porto. É uma cidade de praia, tem um calçadão e uma mesquita a beira mar.
A Mesquita Hassan II é a única mesquita do Marrocos que não muçulmanos podem entrar. É uma construção recente (ficou pronta em 1993 depois de 6 anos de obras) e ambiciosa (o minarete tem 200 metros de altura). Fizemos a visita da parte interna e tudo é superlativo. A mesquita tem inclusive um teto retrátil para circular o ar nos dias em que fica super lotada. Com exceção dos lustres de Murano o resto da mesquita é toda de materiais encontrado no Marrocos: granitos, mármores, madeira. E para que a mesquita ficasse imponente a beira mar foi feito um aterramento.
Passamos pela Coniche, uma área a beira mar com bares e restaurantes onde os marroquinos vão se divertir. Fomos ao mercado central onde os vendedores era um pouco agressivos para o meu gosto mas foi só passar direto.
E terminamos na praça Mohamed V onde fica a prefeitura, o palácio da justiça, o banco central e milhares de pombos.
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downtown casablanca |
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a prefeitura e milhares de pombos |
Seguimos para Rabat a capital cultural do Marrocos. Fica umas duas horas de ônibus e foi aqui que descobri que nas estradas do Marrocos tem uns carros que colocam cafeteiras profissionais na mala e vendem um cafezinho beira de estrada, geralmente onde não tem um posto de gasolina nem cidade perto.
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rabat |
Rabat é muito diferente de Casablanca. É uma cidade limpinha e organizada, e tem uma parte moderna com avenidas largas e prédios assinados pela Zaha Hadid mas também tem uma medina. Fica a beira rio e beira mar.
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rio quase no mar |
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rabat by night |
Lá visitamos o Jardim Oudaya que tem uma influência espanhola e envolta do jardim as ruazinhas e casas parecem muito com o sul da Espanha e Portugal.
Também fomos no mausoléu do Mohamed V que fica nas ruínas de uma mesquita que foi destruída pelo terremoto de Lisboa de 1755 (sim, atingiu o Marrocos).
Uma curiosidade do Marrocos é que os taxis tem cores diferentes em cada cidade. Em Casablanca são vermelhos, em Rabat são azuis e em Marrakech são amarelos. Os taxis no Marrocos são coletivos, se você entra num mais na frente ele pode parar para outra pessoa que está indo na mesma direção.
A comida marroquina é boa mas é cheia de especiarias, principalmente cominho. O prato nacional é Tagine que é na verdade a panela de barro na qual a carne e legumes são cozidos. E tem também o famoso cuzcuz marroquino.
FATO: o suco de laranja do Marrocos é o melhor do mundo. Assino embaixo. Bebi muito suco de laranja.
O Marrocos foi colônia da França e tem muita influência francesa. Falam francês além do árabe e as placas estão em 3 línguas: árabe, francês e berbere (que parece grego escrito). Tentei falar um francês quebrado mas sempre me respondiam em espanhol e achei mais fácil comunicar no bom portunhol.
As cidades do Marrocos tem muitas palmeiras mas algumas delas são antenas disfarçadas.
De Rabat fomos para a cidade azul que fica para o próximo post.
Viajar em grupo por agência é assim: tudo rapidinho. Alguns lugares gostaria de ter ficado um pouco mais e as vezes a gente só quer sentar e fazer um bom people watching. Mas tem suas facilidades: não me preocupei com transporte, segurança, hotel e algumas refeições. No Marrocos acho que valeu a pena.
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