O homem morcego está de volta as telas do cinema. Dessa vez pelas mãos de Matt Reeves (Planeta dos Macacos: Confronto e A Guerra) com o Robert Pattinson como Batman.
(aqui no blog Robert Pattinson é conhecido como Vampirinho, sim, o do Crepúsculo)
O Batman desse filme é mais jovem, está no seu segundo ano como o vingador mascarado de Gotham (segundo os caderninhos de anotações dele), é meio emo, mora num apartamento gótico com o Alfred que não o ajuda, é revoltado mas ainda está aprendendo algumas coisas e descobrindo verdades. Esse Batman vem ao som de Nirvana.
Felizmente esse filme não mostrou origem do herói, The Batman já chegou chegando porque a essa altura todo mundo já sabe o que aconteceu e como ele virou vigilante.
O prefeito de Gotham é assassinado dias antes da eleição e o vilão da vez é o Charada que gosta de deixar enigmas para o Batman decifrar. O Charada desse filme está mais para o serial killer do Zodiaco do que para o fanfarrão do Jim Carrey.
O Batman tem os melhores vilões.
O Charada quer mostrar para Batman que a podridão de Gotham é muito maior do que os criminosos da cidade que roubam lojas, picham paredes, fazem bullying com os cidadãos ou matam pessoas e distribuem drogas. O buraco é bem mais fundo do que a caverna do Batman (que nesse filme está mais para garagem subterrânea do prédio).
O Bruce Wayne quase não aparece, e ele não está nem aí para os negócios da família (nem para a filantropia). Bruce Wayne está mergulhado na sua missão de vingança, ele não tem um plano, ele vai na oportunidade.
O Batman desse filme é um detetive e dos bons. Ele se mete no trabalho da polícia e goza de privilégios junto ao tenente Gordon (o que lembra mais a série dos anos 1960 do que os filmes do Tim Burton e do Nolan).
A Mulher Gato é uma ladra mas ela também quer fazer uma limpa na cidade e se junta ao Batman. Zoe Kravitz arrasa.
Além do Charada (o excelente Paul Dano que poderia ter aparecido mais) tem o Pinguim mas nesse filme ele é só um mafioso coadjuvante. Aguardo a volta do Pinguim porque Colin Farrell está irreconhecível e ótimo.
O filme é do Vampirinho, que fez muitos filmes bons depois da "saga" Crepusculo e já provou que é um ótimo ator (Good Time, O Farol, Cosmópolis, The Devil All The Time). O Batman está em quase todas as cenas desse filme, que, inclusive, é narrado por ele. O vilão é muito bom mas aqui o foco é no morcegão e como ele ainda precisa aprender um bocado. Robert Pattinson (em forma) acerta na angústia do Batman que é difícil de fazer só com os olhos já que ele passa o filme quase todo mascarado.
Depois desse filme, o Vampirinho, aqui no blog, passa a ser conhecido como Battinson.
O filme tem violência, é escuro (mas bem fotografado), muita chuva, tem cenas de ação boas e a trilha sonora, do Michael Giacchino, tem um quê da marcha imperial do Darth Vader (já existe um mash up no Spotify). Vale a pena ficar vendo as letrinhas dos créditos para escutar Sonata in Darkness no piano.
Gostei muito desse filme, entra no meu top 3 filmes do Batman, junto com O Cavaleiro das Trevas (2008) e Batman, O Retorno (1992).
A Tia Helô ia achar um exagero menino Bruce sair dando porrada pela cidade. 417 "Ai, Jesus!" para o cinto de utilidades do Battinson.
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