31.5.22

Top Gun Maverick

Quando o primeiro filme Top Gun Ases Indomáveis estreou no cinema, em 1986, era uma adolescente e fui ver com os amigos. Gostei tanto que voltei no cinema para ver mais duas vezes. Ao longo desses 36 anos perdi a conta do tanto de vezes que já vi esse filme: em VHS, no supercine, na sessão da tarde, DVD, na tv a cabo e no streaming. Vi dublado e legendado. A última vez que vi foi um dia antes de ver Top Gun Maverick no cinema.


Nunca imaginei que veria um segundo filme de Top Gun mas quando o Tom Cruise se animou com o roteiro desse e começou a filmar já fiquei atenta. Esse filme era para ter sido lançado em junho de 2020 mas aí pandemia e tivemos que esperar 2 anos. Valeu a pena.

Quando Top Gun Maverick começa a sensação é de estar lá em 1986 só que num cinema com tela IMAX e som surround pica das galáxias. Tudo na cena dos créditos inicias é quase igual a início do primeiro filme, nos dando um conforto e preparando para o que viria a seguir na velocidade mach 10.

Feel the need, the need for speed!

É um filme que soube usar a nostalgia a seu favor e deu um salto a frente.

Como disse o Daniel Galera no Twitter: "...os momentos iniciais do "Top Gun" novo visto no IMAX, os créditos de abertura e as primeiras cenas são a melhor experiência de cinema em anos. A trilha e as imagens se esgueiram devagarinho, apertando todos os botões certos. Arte."

Pete Mitchell não tem o codinome Maverick a toa, ele é essa pessoa arrojada, as vezes inconsequente, que desafia as regras e gosta de correr riscos.

Pete Mitchell ainda é capitão depois de três décadas, mas ele quer continuar sendo esse piloto na ativa e faz o que pode (ou não pode) para permanecer assim. Quando começa o filme ele é um piloto de testes de um avião novo hipersônico que a marinha quer cortar do orçamento porque afinal de contas os drones fazem tudo e pilotos tem que ir ao banheiro. Maverick leva esse avião a extremos e acaba custando várias dezenas de milhões de doletas ao governo.

Acontece que precisam de alguém para treinar os pilotos para uma missão muito difícil (quase suicida) e Jon Hamm (o novo Almirante) diz para Maverick: "Your mission, should you choose to accept it," NÃO, pera, esse é o outro filme do Tom Cruise.

Então, o Almirante Lindão já diz que não gosta do Maverick, que ele só está ali pela indicação do Iceman (Val Kilmer) e também porque, vamos combinar, ele é o melhor piloto de todos os tempos ever. Iceman e Maverick continuaram amigos ao longo dos anos e o encontro dos dois emociona.

Maverick chega para conhecer os pilotos que ele vai escolher para fazer parte da missão. Tem o ótimo Hangman, que poderia ser filho do Maverick com o Iceman; a girl power Phoenix, o nerd Bob, o filho do Goose que é o Rooster, e vários outros.

Tem uma tensão entre Maverick e Rooster (o ótimo Miles Teller) e umas coisinhas que aconteceram no passado recente mas que acaba sempre levando a memória da morte do Goose.

Maverick começa o treino e mostra que eles são os melhores pilotos mas ainda tem muito o que aprender.

As cenas dos aviões são ESPETACULARES. O Tom Cruise se dedica e assim ele faz com que todos os outros façam o mesmo. Não tem tela verde nesse filme e faz toda a diferença. O diretor desse filme é o Joseph Kosinski, que dirigiu Oblivion (também com o Tom Cruise) e é um cara com uma visão estética apurada.

Não tem o vôlei de praia shirtless, mas tem o futebol americano shirtless (e de calça/bermuda jeans na beira da praia). 

Esse filme mantém a rivalidade entre os pilotos, afinal são muito competitivos, mas com menos testosterona.

A Jennifer Connelly faz a Penny Benjamin, que no primeiro filme não aparece mas ela é mencionada duas vezes como a filha do almirante que o Maverick levou para um passeio. É uma personagem que sabemos de cara que tem uma história com ele. E, gente, que casal bonito! A camera ama Tom Cruise e Jennifer Connelly.

Top Gun Maverick é melhor do que o primeiro filme por vários motivos mas principalmente por que nesse tem o Tom Cruise correndo.

O primeiro filme só tem UMA coisa que é melhor do que esse: a trilha sonora. Top Gun Maverick tem Lady Gaga mas Hold My Hand não é nenhuma Take My Breath Away, nem Playing With The Boys e nem Danger Zone (que toca nesse filme).

Não sei se a Tia Helo alguma vez viu o primeiro Top Gun mas acho que ela gostaria desse segundo. 726 "Ai, Jesus!" para todas as vezes que os pilotos levam um G a mais na cara.

Voltarei ao cinema para ver outra(s) vez(es)? Sim ou com certeza?

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