11.6.24

Naoshima

Naoshima é uma ilha pequena no leste do Japão entre as ilhas principais de Honshu e Shikoku. É considerada a ilha das artes por ter museus e instalações. Decidi ir até lá depois de ver um video no youtube.

Na verdade são três ilhas das artes uma perto da outra: Naoshima, Teshima e Inujima, mas só visitei Naoshima.

Para chegar em Naoshima peguei o Shinkansen de Osaka para Okayama, um ônibus urbano de Okayama para o porto de Uno, e uma balsa para Miyanoura, uma das vilas de Naoshima. Três horas para chegar, e nem é a distância é que são muitos transportes e tem que esperar entre eles. Muitas pessoas fazem day trip para a ilha mas decidi ficar uma noite.

outras pequenas ilhas no caminho

Assim que cheguei na ilha fui para a pousada deixar a mochila (a mala foi para Hiroshima no takkyubin - o serviço de enviar as malas mas falo disso em outro post) e lá mesmo aluguei uma bicicleta elétrica para me locomover pela ilha.

A ilha não é grande, tem um ônibus que circula a ilha passando por todos os pontos mas não vi esse ônibus passando nenhuma vez, talvez não seja tão frequente assim. Também dá para andar mas tem uma parte da ilha que tem muitas ladeiras e é exatamente onde fica os museus. A bicicleta (elétrica) é a melhor amiga do turista em Naoshima.

Comecei pelo lado que tinha mais ladeiras porque tinha entrada com hora marcada para o Chichu Art Museum e fiquei pela área até entrar.

Fui até a abóbora amarela da Yayoi Kusama que fica num mini pier perto da entrada dos 3 hotéis e do museu Benesse. Ali também tem outras obras espalhadas pelo gramado e algumas instalações.


Voltei para o Chichu e que museu incrível. Antes de entrar no museu tem um pequeno jardim que lembra um jardim do Monet. A estrutura é a estrela desse museu projetado pelo arquiteto japonês Tadao Ando. O museu é todo embaixo do morro, dentro da terra, em concreto com aberturas angulares por onde entra iluminação. Dentro tem apenas 3 salas com exibições. Uma é uma sala toda branca com um chão de cerâmica branca bem pequena, aquela de fazer mosaico, tem que entrar sem sapato, onde tem 5 quadros do Monet. Nunca os quadros das water lillies do Monet foram tão bem expostos.

o jardim do lado de fora
do chichu museum

A outra sala tem uma instalação com iluminação do James Turrell e a outra é uma instalação enorme com colunas douradas e uma bola de granito do Walter de Maria.

Não pode tirar fotos dentro do museu. Então vou deixar o link do site. Esse foi o único museu que comprei ingresso antecipado e esgota rápido.

instalações no meio do caminho

Do Chichu fui para a vila de Honmura que tem muitas casinhas tradicionais onde moram pessoas mas também tem cafés, lojinhas e instalações. 

O Honmura art House Project tem seis casas com instalações, para entrar nelas tem que ir até o Honmura Lounge and Archive e escolher qual ou todas. Fui em duas, na Haisha e na Minamidera.


Em Honmura tem a casa museu do Tadao Ando que por fora é uma casinha tradicional mas por dentro tem a estrutura em concreto e madeira com maquetes e a história do arquiteto. Esse museu pode comprar entrada lá mesmo.


Peguei minha bike elétrica e voltei para área dos museus e fui no Lee Ufan e no Benesse House Museum.

Esse dois museus ficam dentro da área dos Hotéis Benesse e não pode entrar de bicicleta, ou seja, tem que andar nas ladeiras. Tem um ônibus grátis que faz o trajeto mas passa muito raramente. São 3 hotéis: um fica na praia onde tem a abóbora amarela, outro fica no alto do morro e o outro fica no Benesse House Museum.

Esse museu tem algumas instalações e uma vista bonita.


O Lee Ufan tem uma estrutura parecida com o Chichu, toda em concreto, mas bem menor e as obras dentro são todas abstratas. O melhor desse museu está do lado de fora nas instalações e especialmente na vista.

Voltei para Miyanoura e parei na instalação do Sou Fujimoto e na abóbora vermelha da Yayoi Kusama.

No dia seguinte acordei bem cedo e decidi dar uma volta completa na ilha e ver melhor as duas vilas e as duas abóboras.

Miyanoura também tem cafés, restaurantes e instalações (Naoshima Bath) mas é menos fofa do que Honmura. 

A Naoshima Bath, um onsen (casa de banho) que também é uma instalação, estava fechada quando passei e não entrei. Se entrar tem que tomar banho (tem uma placa na porta dizendo isso). Por fora parece uma colagem.

A estrutura para turismo em Naoshima é organizada. Fiquei numa pousada em Miyanoura, o café da manhã era num lugar perto da pousada e era temático do Tim Burton.

Gostei muito de Naoshima, ao mesmo tempo é cidade do interior com arte moderna. 


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