Konichiwa Japão!
Essa viagem era para ter sido junto com a da Coréia do Sul mas na época o Japão ainda estava fechado para turistas. O país abriu no fim de 2022 e desde então o youtube ficou me jogando videos de viagem no Japão e fui vendo. Quando em outubro de 2023 o Japão liberou o visto para brasileiros decidi que em 2024 eu iria.
Essa foi a segunda vez que pisei no Japão. A primeira foi há tantos anos que vou deixar aqui uma foto daquela viagem.
Passei 29 dias no Japão. Fiquei em 7 cidades e visitei 13 cidades no total.
Comecei por Tokyo. A maior cidade do mundo. A mais populosa. A que deve consumir mais energia. A que tem o transporte público mais eficiente. Tudo nessa cidade é superlativo, inclusive o silêncio que para uma cidade com tantas pessoas é sim muito silenciosa. Chegar em Tokyo pode ser overwhelming (palavra em inglês que melhor define o sentimento de receber tanta informação de uma vez). É também uma cidade com muitas áreas verdes, parques grandes e pequenos.
E Tokyo é uma cidade onde se anda muito, muito mesmo. É uma cidade para pedestres com o transporte público muito eficiente e dá para ficar em um lugar e transitar facilmente para todos os lados.
trem, carro, pedestre, bicicleta tudoaomesmotempoagora |
Com tanta coisa para ver, dividi a estadia na cidade em duas partes: primeiro fiquei no lado oeste da cidade e, depois de viajar pelo país, fiquei no lado leste da cidade.
em todos os lugares |
Começando pelo lado oeste: Shibuya, Shinjuku, Harajuku, Shimokitazawa, Roppongi e Akasaka
SHIBUYA
Me hospedei nesse bairro e bem perto do famoso Shibuya Crossing, o cruzamento que passa milhares de pessoas. Existem outros cruzamentos na cidade onde passam outros milhares de pessoas (Shinjuku tem alguns) mas o de Shibuya tem outra energia. Parece estranho dizer que é muito divertido ficar atravessando a rua mas é isso que acontece lá. Passei em todos os horários. Para ver do o cruzamento do alto pode ir na Starbucks que fica em frente e tomar um café ou na passarela entre as estações do metrô.
Shibuya é um bairro muito grande. E eclético.
Na parte perto do cruzamento tem as lojas, restaurantes, tem uma yokocho - que é um beco com izakayas (os botecos japoneses) e até uma zona de motéis. Tem também o Miyashita Park que é um elevado com lojas e restaurantes e um parque com quadra de volei e pista de skate. E tem o Shibuya Sky, um prédio com um observatório de onde se vê quase toda a cidade. No dia que fui vi até o Monte Fuji.
tokyo do alto |
Saindo da área do cruzamento tem uma zona residencial agradável, tem o Yoyogi Park que é um respiro verde e tem o Meiji Shrine (que é mais perto de Harajuku).
meiji shrine |
sakês |
Tem uma parte residencial perto da estação Ebisu com vários restaurantes.
Comi o melhor ramen e o melhor sushi de esteira da viagem em Shibuya.
izakayas de shibuya |
Em Shibuya também fui num bar de vinil indicado por um amigo DJ. É um tipo de bar comum no Japão onde você toma uns drinks enquanto um DJ vai tocando música das centenas (talvez milhares) de vinis que tem no bar. Adorei a experiencia e repeti em outras cidades.
the music bar cave shibuya |
Shibuya foi o bairro que conheci melhor porque na minha caça aos banheiros públicos do filme Perfect Days andei por várias partes do bairro. (e um post a seguir sobre esse tour dos banheiros)
shibuya é onde fica o hachiko (e sempre tem fila para foto) |
Quanto as lojas, tem todas no bairro, Uniqlo, Muji, todas as marcas de luxo, Onitsuga Tiger, Nintendo, Pokemon, tem até uma loja exclusiva da Nike Air Jordan e a Tower Records com muitos vinis. E claro que tem a Mega Don Quijote. O que é a Don Quijote? É uma loja que tem tudo e mais um pouco (inclusive os famosos kit kats de sabores diferentes) e tem em todos os bairros e cidades do Japão. A de Shibuya tem 7 andares e fica aberta 24 horas. Depois de passar mais de uma hora lá dentro já posso chamar a loja de Donki. É tanto estímulo visual e sonoro que depois não entrei em mais nenhuma só de lembrar do caos mas é um passeio interessante.
a loja de muitos andares de música |
SHINJUKU
Quero começar falando da estação de Shinjuku. É enorme. É a estação de trem mais movimentada do mundo. É muita gente o tempo todo. São muitas saídas. Por lá passa trem e metrô e tem a rodoviária do lado. Um fato: você vai se perder na estação de Shinjuku. E, sim, eu me perdi. Me vi num labirinto e fui na primeira saída que vi só para sair dentro de um prédio e ter que procurar outra saída. Inception de saídas. Mas sobrevivi e ainda passei outras vezes pela estação.
O bairro é muito agitado. Tem a Golden Gai, que são ruazinhas com bares, tem a Omoide Yokocho - beco com izakayas, tem a famosa Kabukicho que é a zona da luz vermelha, o telão 3D com o gato, o prédio com a cabeça do Godzilla, muitas lojas e restaurantes.
kabukicho |
golden gai e seus bares |
Um dos passeios que fiz foi um tour gastronômico por Shinjuku e valeu a pena porque além das comidas foi bom andar por um lugar com alguém que conhece. Foi onde comi o melhor sashimi de atum.
omoide yokocho |
Fui numa parte do bairro chamada Kagurazaka e achei charmosa. É arborizada, tem lojinhas locais e becos com restaurantes.
Shinjuku também tem um parque enorme para fugir da confusão e respirar.
Na minha lista de coisas para ver em Shinjuku só faltou o prédio da prefeitura que tem um observatório (grátis) e tem um show de luzes a noite. Fica para a próxima.
HARAJUKU
Harajuku é na fronteira entre Shibuya e Shinjuku. É uma área de compras e todas as lojas estão lá. Tem uma rua chamada Cat Street que vai desde o Miyashita Park (em Shibuya) até a Omotesando que é uma avenida arborizada e bonita. Na Cat Street tem as lojas descoladas, alguns brechós e é uma rua de pedestres.
A rua mais famosa de Harajuku é a Takeshita Street. É gente demais nessa rua e não do jeito divertido que é o cruzamento de Shibuya. Nem vi as pessoas vestidas do estilo kawaii que tanto falam. Tem o tal crepe e o algodão doce colorido mas não comi nenhum dos dois. Achei as outras ruas em volta muito melhores tanto para people watching quanto para quem quer ver lojas.
SHIMOKITAZAWA
O bairro hipster da cidade. Sem prédios altos e com muitas casinhas transformadas em brechós, bares e restaurantes. É charmoso. Fui cedo e algumas coisas não estavam abertas ainda mas é um ótimo lugar para people watching.
ROPPONGI e AKASAKA
Os bairros da vida noturna tradicional de Tokyo. É onde tem muitos bares, restaurantes e hostess clubs mas também tem muitos museus e a Torre de Tokyo fica ali perto (não subi na torre).
Roppongi e Akasaka é onde passa boa parte de Tokyo Vice. E é em Roppongi que tem o restaurante (Gonpachi Nishi-Azabu) que inspirou o Quentin Tarantino a criar o de Kill Bill. Quando você entra no restaurante todos os funcionários gritam alguma coisa e é assim toda vez que alguém entra. A comida é boa.
Fui no The National Art Center Tokyo, um prédio bonito com várias exposições. E o bairro tem outros 2 museus/galerias de arte: Mori Art Museum e o Suntory Museum of Art.
Perto de Roppongi, mas já e outro bairro, fui no Teamlab Borderless que é um museu de arte digital com muitas projeções, espaços interativos e sensoriais. Não aconselho para quem tem labirintite, eu não tenho e fiquei tonta em alguns ambientes. Odiei a música new age que toca em quase todos os ambientes mas no fim achei a experiencia boa.
O bairro desse lado da cidade que fiquei devendo a visita foi Ikebukuro.
O lado leste de Tokyo no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário