29.5.17

Analisando a música: Take On Me (A-Ha)

O quarto episódio da terceira temporada de The Leftovers (que temporada incrível) é encerrado com essa música do A-Ha depois de uma cena intensa entre o casal principal. Esse clássico dos anos 1980 tocou antes no meio do episódio num jogo de "adivinhe a música" entre duas colegas de trabalho (ou parceiras) e aquela introdução super conhecida já gruda na sua cabeça.

No fim do episódio ela vem carregada de um significado que eu nunca tinha atribuído a música, mesmo porque nunca tinha prestado atenção na letra, e embala uma das cenas mais tristes e bonitas da série. Aí fiquei com vontade de analisar essa música da banda norueguesa mais conhecida no mundo (ou vocês conhecem outra banda norueguesa?).

O A-ha foi formado por três rapazes (Morten, Pal e Magne) em Oslo em 1982. Em 1985 eles viraram um sucesso mundial com um som new wave meets synthpop que na época estava no auge. O primeiro album Hunting High and Low é cheio de hits (Take on Me é um deles, The Sun Always Shines on TV e Hunting High and Low). Em 1986 eles lançaram Scoundrel Days (que tem a ótima I've been Losing You) e em 1988 teve o Stay On These Roads (que tem Living Daylights a música de um dos 007, e mais uma penca de hits: Stay On These Roads, a animada You Are The One, a divertida Touchy e There's Never A Forever Thing - ótimo título e filosofia de vida).

Confesso que depois do quarto album, de 1990, East of The Sun West of The Moon (que tem Crying in The Rain) deixei de acompanhar o A-ha por motivo de: abracei o grunge com vontade. Mas cheguei a ir a um show deles na primeira vez que vieram ao Brasil em 1989.

Em 2009 os rapazes do A-Ha resolveram se separar mas voltaram em 2015, lançando o album Cast in Steel e fazendo shows (inclusive estiveram no Rock in Rio 2015 aqui no Brasil).

É uma banda muito simpática, divertida, os noruegueses seguem a tradição escandinava de fazer música pop (os suecos são mestres nessa arte), o vocalista Morten é bonitão e tem uma voz delícia nos graves e ainda consegue dar um falseto agudo como poucos.

Vamos falar de Take On Me, o primeiro sucesso da banda, uma música que gosto muito e que, apesar de grudar na sua cabeça por um bom tempo, não fica chata. Take On Me tem uma versão anterior, de 1984, que não é tão boa quanto a de 1985, até fizeram um video (que também não chega aos pés do mais conhecido - no fim do post). Felizmente algum produtor musical resolveu dar um beat mais animado a música e virou o sucesso mundial. Take On Me sobreviveu aos anos 1980 e hoje está aí numa das melhores séries de 2017 e ainda gruda na sua cabeça.

Mas o que diz a letra de Take On Me? Vamos analisar.

(começa com aquela introdução que todo mundo faz teclado imaginário)

We're talking away
I don't know what
I'm to say
I'll say it anyway
Today is another day to find you
Shying away
I'll be coming for your love, ok?

Essa música pode ser uma DR ou uma declaração ou um pedido. Ele começa dizendo que estão jogando conversa fora, ele não sabe o que deve dizer mas vai dizer de qualquer jeito. E o que ele diz? "hoje é um outro dia para te encontrar fugindo, mas estou indo atrás do seu amor, ok?". Resumindo: eles estavam de bobeira papeando, ele sabe que ela não quer muito falar no assunto mas ele decidiu colocar as cartas na mesa dizendo que está a fim dela.

Take on me
Take me on
I'll be gone
In a day or two

O refrão é basicamente ele dizendo que quer ficar com ela e quer reciprocidade, mas ele está indo embora em um dia ou dois. Como assim vai embora? Desse jeito fica difícil ela se decidir.
Demorei anos para entender que nesse agudo ele fala "In a day or twoooo".

So needless to say
I'm odds and ends
I'll be stumbling away
Slowly learning that life is OK
Say after me
It's no better to be safe than sorry

"Nem preciso dizer que sou insignificante, mas mesmo tropeçando estou aprendendo que a vida é OK." Amigo, cadê sua autoestima? Aí ele joga uma frase para ela refletir e repetir: "Não é melhor ser seguro do que estar arrependido". Traduzindo: é melhor se arrepender do que fez do que o que não fez.

Take on me
Take me on
I'll be gone
In a day or two

Mais uma vez o refrão seguido de outra parte ótima para teclado imaginário.

The things that you say
Is it a life or
Just to play my worries away
You're all the things I've got to remember
You're shying away
I'll be coming for you anyway

Aqui acho que ela está na dúvida (afinal ele vai embora em um ou dois dias né?) e deve dizer coisas que o confundem. Aí ele diz que ela é tudo que ele tem para lembrar, e que mesmo ela se esquivando ele vai atrás. Talvez eles já tenham tido um relacionamento e ele quer voltar, ou não quer não acabe.

Take on me
Take me on
I'll be gone
In a day or two

E ele continua pedindo para ela ficar com ele, mesmo ele indo embora. Ou será que ele diz que vai embora no sentido que se ela não quiser ele desiste (mas que ela tem até dois dias para decidir)?

Enquanto ela não decide a gente toca piano, teclado, sintetizador imaginários.

O video dessa música é outro clássico por si só. Na época foi uma revolução e até hoje é um dos melhores videos de música já feitos.



E acho que os roteiristas/produtores de The Leftovers escolheram essa música não só pela letra, mas também pelo video que tem todo um significado próprio.

A história desse video até tem um desfecho que acontece no início do video de The Sun Always Shines on Tv. E tem outro na mesma linha que é o de Train of Thought.

E aqui uma versão unplugged dessa música.

26.5.17

+ Filmes

Get Out

Fui ver esse filme sem saber do que se tratava. Achava que era um filme de terror, mas está mais para um suspense bom como os do Shayamalan nos aureos tempos do Sexto Sentido, Corpo Fechado e Sinais.

Mas Get Out, ou Corra! como saiu em português, não tem nada de sobrenatural, somos nós humanos mesmo que metemos medo uns nos outros.

É daqueles filmes que não dá para falar muito sem entregar, mas adianto que é sobre um rapaz negro que vai conhecer a família da namorada branca e chegando lá as coisas não são bem o que parecem. Eu sei que essa é a trama de uns 200 filmes, mas é isso mesmo.

Só sei que tomar chá mexendo com a colher batendo no canto da xícara nunca mais.

A Tia Helô sabe do que "eles" são capazes, 629 "Ai, Jesus!" para Corra!

Rei Arthur

A lenda do Rei Arthur é bem conhecida, e nesse filme o Guy Ritchie usa seu estilo cinematográfico para contar sua versão.

O Arthur é filho do Rei Uther que trouxe a paz entre os reinos (incluindo os magos) mas seu irmão Vortigern queria o poder e conseguiu tirar o Rei do trono.

Rei Uther antes de morrer conseguiu mandar seu filho Rio Tamisa abaixo até uma Londres que ainda era Londinium. Arthur é criado por umas prostitutas, cresce no bairro aprendendo a brigar, se virar e fazer uma graninha com seus amigos.

Um dia a maré seca e a Excalibur (que era a espada do Rei Uther, cheia de mágica) aparece fincada numa pedra e só o herdeiro legítimo do trono irá conseguir tirá-la de lá. Rei Vortigern com muita raiva decide chamar todos os súditos com idade suficiente para ser seu sobrinho para ir até lá tentar. Nessa o Arthur acaba lá e PÁ tira a espada da pedra.

Daí temos muitas brigas, lutas, mágica, cobras gigantes, até o Arthur construir sua mesa redonda.

Achei esse filme divertido, quando o Guy Rutchie faz o que sabe, dialogos e cortes rápidos e lutas em camera lenta, o filme fica interessante, mas quando ele entra na linha meio Senhor dos Anéis fica estranho. Mas acho que o Charlie Hunnam shirtless vale o ingresso.

A Tia Helô devia gostar da história do Rei Arthur, menos a parte dos magos. 316 "Ai, Jesus!" para aquela senhora com tentáculos no fundo do rio.

Alien Covenant

Eu não sei vocês, mas o Alien é um dos ETs cinematográficos que mais tenho medo. Essa é uma série de filmes clássica que começou em 1979 com Alien, depois em 1986 teve Aliens (no plural, muitos deles, e muita ação), Alien3 de 1992 é quase um terror psicológico, Alien Resurrection de 1997 é o mais fraco de todos (Ripley clonada). Aí o Ridley Scott fez o George Lucas resolveu contar tudo que aconteceu antes do primeiro Alien atacar Ripley e seus companheiros, quis explicar o que aconteceu e lançou o Prometheus em 2012 (que se passa uns 30 anos antes do Alien).

Prometheus é um filme ok que conta como alguns humanos (e um androide, o David) chegaram num planeta e encontraram uma nave e descobrem que uns "engenheiros" estavam desenvolvendo uma espécie de arma biológica. A gente sabe que isso nunca termina bem. Pula para 2017 e o novo filme Alien: Covenant, que se passa 10 anos depois de Prometheus.

Covenant é uma nave colonizadora, ou seja, carrega milhares de pessoas que vão colonizar um novo planeta e está todo mundo dormindo menos o Walter, o novo androide que fica lá cuidando dos botões. Só que a nave tem um problema e os tripulantes são acordados para resolvê-lo. Acontece que no processo de acordar o capitão da missão morre e o que assume o lugar decide ir atrás de um sinal que receberam (uma voz humana). Quando chegam no planeta parece estar tudo bem até....bem daqui pra frente seria spoiler qualquer coisa que eu contasse.

Só vou dizer que Covenant explica muita coisa, mais do que Prometheus.

A Tia Helô ia passar 80% do tempo com os olhos tapados mas acho que ela ia gostar do David e do Walter, afinal quem não gosta do Michael Fassbender? 527 "Ai, Jesus!" para esse pessoal que insiste em criar vida artificial.

17.5.17

+ Series

Handmaid's Tale - uma série baseada no livro da Margaret Atwood. Passa num futuro distópico (mas que não parece estar muito distante) onde mulheres perderam seus direitos e foram divididas em grupos. Nesse futuro a humanidade tem problemas de reprodução e a população está diminuindo, então um grupo de mulheres que são férteis são treinadas e colocadas em casas para que possam engravidar, essas são as Handmaids. A série foca em Offred, uma handmaid que tentou fugir com a família para o Canadá mas foi pega na fronteira. Mataram seu marido e levaram sua filha. Offred está na casa de um funcionario importante do governo e passa por todo ritual (bizarro) para poder engravidar e gerar um filho para ele e sua esposa. É uma série tensa porque passa numa época em que todos desconfiam de todos e ninguém é confiável. Só vi 5 episódios até agora e gostei.

American Gods - Os deuses antigos (Odin, Loki,  Anubis, Ibis, alguns eslavos, alguns do Oriente Médio, alguns demônios) estão todos na América tentando viver como dá e ao mesmo tempo querem manter seus fiéis para continuarem relevantes (e vivos). Acontece que novos deuses estão surgindo (Mídia, tecnologia, etc) e uma guerra está no horizonte. Nos primeiros episódios acompanhamos Moon Shadow sair da prisão e começar a trabalhar para o Mr. Wednesday, que vem a ser Odin. É uma série um pouco confusa, mas quando você entende quem são os deuses facilita um bocado.

Girlboss - Essa série é baseada na história da Sophia Amoruso, uma garota que conseguiu ganhar dinheiro com um brechó na internet. Achei a Sophia dessa série in-su-por-tá-vel, irritante e me sinto representada pela senhora que dá um tapa nela no primeiro episódio. Assisti tudo torcendo para ela se dar mal. Uma coisa vou dizer, a atriz que faz a Sophia é muito boa.

Master of None - Que segunda temporada excelente. Já tinha gostado da primeira, o Aziz Ansari escreve, dirige, produz e atua nessa série que é tipo um Seinfeld moderno, mais fino e chique. Nessa temporada o Dev vai para Itália aprender a fazer pasta e depois volta para NYC para ser apresentador de um reality sobre cupcakes. No meio de tudo isso tem episódios sobre sair com outras pessoas, pais e filhos, amizades que são mais que amizades, todos em locações bacanas (restaurantes, parques, museus). O quinto episódio tem uma cena final fantástica. Confesso que não curti muito finalzinho do último episódio, mas até lá é tudo muito bom!

The Leftovers - Essa série está em sua terceira e última temporada e estão caprichando. É uma série sobre perda, seja de familiares, de crenças, e de tudo mais. Na primeira temporada sabemos que 2% da população mundial sumiu. Sim, puf! sumiu. E aí conhecemos os personagens e como cada um lida com esse fato passado três anos do acontecimento. Na segunda temporada os personagens mudam para uma outra cidade onde nenhuma pessoa sumiu e a história passa a ser sobre a condição humana que tenta viver e sobreviver com tantos traumas. Nessa terceira temporada mais três anos se passaram e estando perto do sétimo aniversário do acontecimento as coisas estão tensas. Algumas pessoas conseguem seguir, outras tentam racionalizar, outras seguem crentes e nós somos presenteados com episódios excelentes. O quarto episódio dessa terceira temporada é sensacional, inclusive trouxe Take on Me do A-Ha de volta a minha playlist.

Sense 8 - Essa turminha danada está de volta para aprontar muitas confusões pelo mundo e dentro da cabeça uns dos outros. No fim da primeira temporada o policial Will fez eye contact com o vilãozão da série e passa boa parte dessa temporada tomando drogas tentado despistar o Whispers e ao mesmo tempo tentado descobrir mais sobre o vilão. Enquanto isso o nucleo mexicano sai todo do armário e vem ser feliz na parada gay de São Paulo, o alemão e a indiana ficam mais íntimos, o queniano começa uma carreira política e a Nomi coordena toda a parte tecnológica. Nessa temporada eles descobrem outros clusters e um pouco mais da história do cluster deles. Achei o final muito corrido e mal explicado, mas até lá foi divertido.

9.5.17

Guardiões da Galaxia Volume 2



O Guardiões da Galáxia Volume 1 fez tanto sucesso que ganhou uma continuação.

Nesse segundo filme o Peter Quill (Chris Pratt lindão e carismático) e amigos são mercenários e começam o filme em uma missão de recuperar umas baterias para um povo dourado. E como isso acontece? Ao som de Mr. Blue Sky da ELO que está na segunda fita que o Peter Quill tem. Som na caixa, Baby Groot dançando e vamos destruir um monstro que parece aquela minhoca de Dune.

Peter e amigos devolvem as baterias, mas o Rocket (Bradley Cooper faz um excelente trabalho de voz) rouba tudo e os guardiões se metem em muitas confusões com o povo dourado.

Eles são salvos pelo Ego (Kurt Russell, ótimo!) que é o pai ET do Peter Quill e o grupo se divide em dois. Peter, Gamora e Drax vão até o planeta do Ego ao som de My Sweet Lord do George Harrison para que pai e filho possam reconectar. Rocket e Baby Groot ficam num planeta qualquer para consertar a nave mas eles acabam numa rixa com Yondu e sua galera (que foram contratados pelo pessoal dourado para recuperar as baterias) ao som de Southern Nights.

No primeiro filme ficamos sabendo que depois que a mãe do Peter morreu ele foi sequestrado pelo Yondu, um ET azul, e não foi entregue a quem deveria. Nesse filme descobrimos que o pai do Peter contratou o Yondu mas nunca recebeu o Peter (que acabou virando ajudante do Yondu).

Esse filme é tão divertido quanto o primeiro, Baby Groot é estrela, tem umas participações especiais boas, tem plot twist, partes emocionantes e o Kurt Russell até faz um Analisando a Música de Brandy da Looking Glass.

Além das que já citei acima, a trilha sonora do Volume 2 tem as ótimas: The Chain do Fleetwood Mac, Father and Son do Cat Stevens, Come a Little Bit Closer do Jay Americans, e Wham Bam Shang a Lang do Silver. São músicas menos conhecidas do que as do Volume 1, e um pouco mais melancolicas, mas essa trilha também é muito boa e já está na minha lista de corrida.

A Tia Helô iria ficar hipnotizada com o Baby Groot e mesmo com tantas explosões e cenários hippies (planeta do papai Ego) ela diria uns 202 "Ai, Jesus!" para Peter Quill e sua turma.

6.5.17

Colonia del Sacramento

calle de los suspiros

De Montevidéu fomos até Colonia del Sacramento, uma cidadezinha que foi colônia portuguesa e hoje é patrimônio da UNESCO. Fica a 2 horas e meia de ônibus da capital uruguaia e nós passamos a noite lá.

flores de outono
plaza mayor
casa histórica portuguesa

Colonia é cidade fofa, com ruas arborizadas que no outono estavam douradas e com um centro histórico pequeno mas charmoso.



São ruas de pedras, algumas praças, um farol, algumas ruínas e mais um calçadão beira rio com um por do sol muito bonito.



A Calle de Los Suspiros é a atração do centro histórico com as casas mais antigas e a rua clássica de pedras (pé-de-moleque, mas as pedras não são tão grandes como em Paraty ou Tiradentes).


Do outro lado do Rio de la Plata dá para ver os prédios de Buenos Aires, tanto que para capital argentina é só uma hora de barco.

olha buenos aires ali do outro lado!


No centro histórico tem muitos restaurantes e a noite, depois que a maioria dos turistas que passam o dia vão embora, a cidade fica tranquila e dá para aproveitar melhor.

las chicas e um carro antigo (tem vários pela cidade)

4.5.17

Montevidéu


céu azul celeste igual a bandeira

Como não conhecia o Uruguai (mas estava na minha lista) aproveitei que as amigas me chamaram e fui.


Primeiro fomos para Montevidéu. Cidade tranquila, com ruas e avenidas largas e tem um beira rio urbanizado muito bonito.

Esse calçadão a beira do Rio de la Plata, os locais chamam de Rambla, vai de Carrasco até a Cidade Velha deve ter uns 20 km. Andei a pé e de bicicleta por lá e é uma delícia. Os uruguaios andam, se exercitam e bebem (muito) mate a beira rio.

por do sol no rio de la plata

de bike na rambla

Fui no Estádio Centenário, que foi estádio da primeira copa do mundo em 1930. O estádio é todo em art deco e dentro tem um museu do futebol. A maior parte do museu é dedicada as conquistas do Uruguai e claro que tem uma área dedicada a copa de 1950.

uma réplica da jules rimet

Andei pelo Parque Batlle, que é o parque onde fica o estádio e outras instalações esportivas (pista de corrida, velódromo). É onde muitos dog walkers (passeadores de cachorros?) levam seus clientes para passear e também onde as auto escolas fazem aulas. Gostaria de ter aproveitado mais o parque mas pegamos uma infestação de mosquitos na cidade que era impossível ficar perto de grama ou árvore.

mosquitos não incomodam os cachorros

Eu ia andar do Parque Batlle até a Plaza da Independência pela Av. 18 de Julho, que é bem conhecida pelo comércio. Ainda bem que desisti porque essa avenida é enorme (eram quase 4km de caminhada), mas acabei vendo tudo do taxi.

A Plaza Independencia é o ponto de entrada da Cidade Velha, lá fica a estátua do General Artigas, embaixo tem o masoléu dele, em volta tem alguns prédios do governo e o famoso Palácio Salvo, que até 1935 foi o edifício mais alto da America do Sul.

general artigas e palácio salvo
las chicas

A Cidade Velha tem uma porta de entrada que é o que resta da muralha. Existem 2 ruas de pedestres, a Sarandi e a Perez Castellano com várias lojas, livrarias, restaurantes, museus (eu vi 2 de arte e o Museu dos Andes que é sobre o acidente de avião dos jogadores de rugby) e algumas praças bonitinhas no caminho.

livraria mas puro verso

O Mercado do Porto é onde todos os turistas vão para comer carne, então fomos lá também. Carne excelente, mas a gente sai cheirando a churrasco.

dá para ver a fumaça do churrasco

No meio do caminho achei uma loja de chocolates com o nome sugestivo de Volveras a Mi. O chocolate era tão bom que voltei com as amigas lá para mais (elas disseram que o alfajor era maravilhoso).

chocolate gostoso e embalagem bonita

Nós fizemos um walking tour grátis pela cidade velha e foi bacana saber um pouco da história do país e como as coisas funcionam por lá.

Ficamos em Punta Carretas e em Pocitos. Ambos bairros perto da Rambla (beira rio), residenciais mas com muitos restaurantes, lojas e shoppings. O shopping de Punta Carretas inclusive foi um presídio e foi lá que o Mojica ficou preso.

parque rodó
punta carretas
pelas ruas de punta carretas
pocitos do alto

A cidade é muito boa, organizada, calma (nem o transito é intenso), bons restaurantes, tem ciclovias, as pessoas são educadas e os taxistas são honestos. Não andei de transporte público, me pareceu que cobre a cidade toda mas é só ônibus, não tem metrô.



PS. O que mais me impressionou foi a relação dos uruguaios com o mate. Eles não largam a garrafa térmica nem a cuia por nada. É o tempo todo, andando na Rambla, sentados na praça, fazendo compras no shopping.... e por aí vai. Os braços deles nem devem mais esticar. (Provavelmente no sul do Brasil deve ser assim também.)