29.4.12

Stand up



O stand up, que já foi conhecido como paddle surf, nada mais é do que ficar em pé numa prancha remando. É um mix de surf com canoagem. Tenho alguns amigos que praticam, mas eu nunca tinha experimentado.



E foi só por preguiça mesmo porque o mar está aqui na frente, e o lugar que aluga a prancha e remo fica a menos de 1km de casa.

pessoal fazendo uma social no stand up


Então hoje eu decidi tentar. Quando cheguei no lugar das pranchas estavam todas ocupadas com um grupo lá perto de um dos navios naufragados. Peguei um caiaque e fui remar para passar o tempo e apreciar a paisagem (Fortaleza é bonita vista do mar).

pescador e fortaleza


Chegou minha vez de tentar o stand up. Recebi 5 minutos de instruções - iniciar de joelhos, o lado certo do remo, como ficar em pé, manter os pés paralelos, retos, dobrar as pernas para remar, etc - e entrei no mar. A remada do stand up é mais parecida com a do rafting do que com a do caiaque. Remar de joelhos é fácil, um pouco difícil foi ficar em pé do jeito que o rapaz me ensinou. Caí duas vezes, mas na terceira decidi usar a técnica de ficar em pé na prancha que aprendi no surf ( meio que fazendo aquela posição da yoga - downward dog) e fiquei em pé. O resto foi fácil.

Achei que fosse ficar com os braços doídos, ainda mais depois de ter remado no caiaque, mas as pernas sofreram mais para manter o equilíbrio.

caindo

Agora vou treinar a remada e o equilíbrio porque bom mesmo deve ser pegar onda.




(da próxima vez levo uma máquina e tiro uma foto minha fazendo stand up)


28.4.12

Revenge

Alguém colocou o link para essa notícia no Twitter (infelizmente não lembro quem foi). Diz que um cara foi na sua dentista, que, por acaso, era sua ex-namorada. A dentista o sedou e arrancou to-dos os dentes. Isso mesmo: TODOS. O tal homem acordou da anestesia, e estava com a boca cheia de curativos, a dentista disse que era para proteger a gengiva e ele foi para casa.

Quando ele olhou no espelho....tá-dá! estava tão banguela quanto um bebê recém nascido.

A ex-namorada dentista disse que tentou ser profissional, sem emoções, mas não conseguiu, quando o viu ali deitado na cadeira, apagado, ela só pensou "que babaca!". E, para piorar a situação do homem, a atual namorada o largou porque ele agora é um desdentado.

O que podemos aprender com esse caso:  não deixe um ex te anestesiar. Obviamente isso não tem como acabar bem, nunca. Você pode acordar: pelado, tatuado, em posições comprometedoras, roupas de palhaço e até sem dentes.


(melhor comentário da notícia foi "Olha mãe, tô sem cáries." #humornegro)

18.4.12

Analisando a música: Total Eclipse Of The Heart (Bonnie Tyler)

Semana passada vi um episódio de Criminal Minds onde o serial killer da vez matava mulheres que ele já tinha estuprado, e, na primeira vez, ele tinha uma música especial para cada uma. Bizarro. Para uma das mulheres a música era "Making Love Out of Nothing at All" do (argh) Air Supply, e para a outra era "Total Eclipse of the Heart" cantada pela Bonnie Tyler. Em um momento do episódio, o serial killer quis enganar uma das mulheres dizendo que não tinha tocado Total Eclipse e sim a outra música. Essa confusão faz sentido porque as duas músicas foram compostas pela mesma pessoa e são igualmente cafonas.

A Bonnie Tyler surgiu (e desapareceu) na década de 1980 com essa música duvidosa, e uma voz rouca incrível. Ela teve outros sucessos como "It's a Heartache", "Holding Out For a Hero" (quem nunca fez uma aula de aeróbica com essa música?) e até uma versão de "Have You Ever Seen The Rain", se ela fez alguma coisa depois da década de 1980 eu não sei, mas Total Eclipse Of The Heart foi o maior hit da cantora e continua fazendo sucesso até hoje, alías, já virou um clássico.

Voltando a Criminal Minds, Total Eclipse of The Heart é uma música sobre o desespero de uma mulher, faz sentido um serial killer (stalker) se apropiar dessa música. Acompanhem.

(Turn around) Every now and then I get a little bit lonely and you're never coming around
(Turn around) Every now and then I get a little bit tired of listening to the sound of my tears
(Turn around) Every now and then I get a little bit nervous that the best of all the years have gone by
(Turn around) Every now and then I get a little terrified and then I see the look in your eyes
(Turn around bright eyes) Every now and then I fall apart (2x)

(Turn around) Every now and then I get a little bit restless and I dream of something wild
(Turn around) Every now and then I get a little bit helpless and I'm Lying like a child in your arms
(Turn around) Every now and then I get a little bit angry and I know I've got to get out and cry
(Turn around) Every now and then I get a little bit terrified but the I see the look in your eyes
(Turn around bright eyes) Every now and then I fall apart (2x)

O cara deu as costas e ela decide contar tudo que ela sente de vez em quando (e só um pouquinho), pedindo para ele olhar na cara dela. Então, de vez em quando ela: fica um pouco cansada de escutar o som das próprias lágrimas, fica nervosa que perdeu tempo, entra em pânico quando vê o olhar dele (que deve ser uma boa virada de olhos), fica inquieta quando sonha com alguma coisa louca, se sente impotente nos braços dele, fica com raiva e precisa chorar; e, claro, desaba. Ufa!
Se juntarmos todos esses "de vez em quando" vai ser igual a um "tempo todo", ou seja, essa mulher nunca está bem.

liz lemon mostrando uma virada de olho

And I need you now tonight
And I need you more than ever
And if you only hold me tight
We'll be holding on forever
And we'll only be making it right
'Cause we'll never be wrong together
We can take it to the end of the line
Your love is like a shadow on me all of the time
I don't know what to do and I'm always in the dark
We're living in a powder keg giving off sparks
I really need you tonight
Forever is gonna start tonight
Forever is gonna start tonight



Refrão e fase stalker mulher apaixonada (e iludida) da música. Ela tenta convencer que precisa dele, mais do que nunca, que é só ele a segurar que ficarão juntos para sempre, e que estarão fazendo tudo certo porque nada entre eles pode estar errado. "Vamos levar isso até o fim, seu amor é uma sombra sobre mim" (que rima péssima essa que fiz). MEDO. Aí ela confessa que não sabe o que está fazendo, que estão vivendo num barril de pólvora saindo faíscas. PARA TUDO. Gente, barril de pólvora é bom demais! Toda vez que escuto essa parte da música só penso em uma coisa:
coiote e papaléguas: amor eterno

Ela insiste que precisa dele hoje a noite, que "para sempre" vai começar ali. (foge que é cilada!)
Once upon a time I was falling in love
Now I'm only falling apart
Nothing I can do
A total eclipse of the heart
Once upon a time there was light in my life
Now there's only love in the dark
Nothing I can say
A total eclipse of the heart
Aí eu fico com pena dela porque um dia ela estava se apaixonando, mas agora só está desmoronando e não pode fazer nada. (detalhe do uso de "once upon a time", frase que inicia todos os contos de fadas) Era uma vez uma vida iluminada, e agora só amor na escuridão.
Essa música tem muitas coisas duvidosas, mas gosto de "eclipse total do coração", acho poético. #prontoconfessei
A música repete o refrão, mas uma eclipse total do coração. (O que está acontecendo que só faço rimas cafonas?)
O video dessa música merece uma outra análise: a Bonnie Tyler em um colégio para rapazes que tem até ninjas bailarinos (oi?).

13.4.12

Gelado

(uma história verdadeira, com algumas alterações, nomes trocados, e a colaboração do @neybarroso)

Maria e Pedro estavam namorando há 3 anos. Estava tudo bem, o amor é lindo, planejando morar juntos, até que Maria descobriu que Pedro a estava traindo com outra. Depois de uma DR, terminaram o relacionamento e Pedro começou a namorar a outra.

Acontece que Maria não se conformou com essa traição, achou que foi muita sacanagem e decidiu por uma vingança. E, como todo mundo sabe, vingança é um prato que se come frio (como ninguém define que comida tem nesse prato, pode ser sorvete, que quanto mais frio, melhor).

Maria, então, pensou e.....

Criou uma conta falsa no Facebook e no Twitter com nome de Roberto. No FB Colocou fotos de um outro amigo virtual (que Pedro não conhecia) e fez um perfil bacana. Começou a seguir o Pedro no Twitter, e, depois de algumas conversas sobre assuntos em comum por lá, Roberto ficou amigo do Pedro no FB.

Pedro nunca teve um amigo tão legal, nem virtualmente, nem pessoalmente. Roberto, óbvio, morava em outra cidade, e isso dificultava aquele chopinho básico da sexta-feira, mas nada que impedisse mensagens (piadas e besteiras) trocadas a toda hora no FB do smartphone.

A amizade fluiu, Pedro sentiu que poderia contar com Roberto para se abrir com seus problemas e Roberto sempre com bons conselhos, um amigão. A Maria se dedicou e se divertiu com a situação (especialmente quando Pedro pedia conselhos sobre a outra). Quem diria que seus conhecimentos do Pedro seriam tão úteis?

Até que Maria decidiu ir rumo a reta final. Roberto começou a dar umas sumidinhas, e quando aparecia era sempre relatando uma aventura animada com outros amigos, no início Pedro não deu muita bola, mas começou a sentir, hum, ciúmes do seu amigo. Como assim outra turma de amigos? Aventuras? Cada vez que o Roberto sumia por um tempo maior, Pedro sentia a saudade apertar, até que ele decidiu que queria conhecer Roberto pessoalmente. Roberto escreveu: "Vem sim, vai ser ótimo, mas antes preciso te confessar uma coisa."

Roberto contou para Pedro que esse tempo todo que ficaram amigos ele desenvolveu alguns sentimentos especiais pelo amigo, coisa que ele não entendia direito, mas que estava disposto a descobrir com a visita de Pedro a sua cidade. Pedro ficou um pouco chocado, porém, muito mais curioso e interessado (o Roberto, pelas fotos, era um cara bonito, bacana), decidiu comprar a passagem e ver onde essa amizade ia.

Pedro chegou no hotel combinado e no frigobar tinha algumas garrafas de sua cerveja favorita e um cartão do Roberto: "Para começar. Passo aí a noite.". Pedro abriu primeira garrafa e começou a beber. A noite chegou, Pedro ansioso, e nada do Roberto além de mensagens curtas no FB dizendo "tô chegando".

O telefone toca, Pedro atende e é Maria.
- Oi Pedro, tudo bem?
- Ah, é você. Tudo.
- Como está a outra?
- Acabamos.
- Ah, que pena (cinismo mode:ON), por que?
- Sei lá, esfriou, me interessei por outra pessoa.
- Entendi.
- Olha, te ligo depois, estou em outra cidade esperando alguém.
- Nossa, que ansiedade....deve ser alguém especial. Quem é?
- Não te interessa.
- Ah, vai, me conta.
- Não.
- Você está esperando o Roberto?
- ???????
- Pedro? Você está aí? Pois é, liguei só para te dizer que o Roberto não vai aparecer, e eu sei de TU-DO. Beijo, tchau.

Roberto desapareceu do Facebook e Maria deu uma colherada no seu sorvete.



12.4.12

Enquanto isso no salão de festas...

Vamos combinar que ninguém gosta de reunião de condomínio. Conviver com tantas pessoas diferentes dividindo espaço não é fácil, chegar a conclusões lógicas, práticas e que todos aceitem é tarefa impossível, mas morar em prédio é assim.

Eu nunca tinha ido a uma reunião desse condomínio, e, sinceramente, acho que tudo funciona bem aqui no prédio (tirando os problemas de vazamentos, mas isso acontece em todo lugar). A senhora que queria ser a nova síndica foi em todos apartamentos pedindo para as pessoas comparecerem e votarem. Ela até disse que o pessoal do outro prédio (é um condomínio de 2 edifícios) estava querendo separar, claro que é uma idéia absurda, mas por via das dúvidas fui na reunião para garantir que a piscina ficasse do nosso lado.

A tal separação dos prédios nem foi mencionada na reunião (óbvio), mas muitos outros assuntos surgiram, teve uma discussão com direito a dedo na cara, alguns palavrões, gente tentando colocar panos quentes, outros querendo justificar o aumento da taxa usando a Copa do Mundo (hã?), etc. Eu estava me atualizando de todas os acontecimentos (e fofocas) do condomínio, achando tudo muito curioso, mas nada que me surpreendesse.

Até que.....

Uma senhora se levantou, se exaltou, e começou a gritar: "O meu bebê (o cachorro), que voa de primeira classe para Paris, não pode descer no elevador!".

Oi?

E eu achando que mulheres ricas era só na TV. (#classemédiasofre)

6.4.12

+ Filmes

Jogos Vorazes (The Hunger Games)

Eu não sabia da existência de Jogos Vorazes até o filme ser lançado, muito menos que o livro era sucesso entre os jovens adultos, aka adolescentes.

A história do filme se passa num futuro meio apocalíptico, onde, depois de uma guerra, a Capital comanda os 12 distritos que se rebelaram. E para que esses distritos não esqueçam quem manda na parada, o pessoal da Capital criou os tais Hunger Games. Cada distrito tem um menino e uma menina (entre 12 e 18 anos) sorteado para participar de uma espécie de Survivor com Highlander (claro que é televisionado para todo país), onde os teens lutam (ou tentam sobreviver) até restar só um vivo.

A Capital é uma cidade futurista, rica, cheia de gente com roupas muito coloridas (que parecem ter saído de um trip de LSD do David Bowie), enquanto que os distritos (que fornecem tudo de básico: carvão, grãos, etc) parecem os EUA na depressão dos anos 1930. (não li o livro, mas pela euforia dos adolescentes no cinema, parece que acertaram na caracterização dos personagens urbanos)

A Katniss, menina-que-atira-com-arco-e-flecha e cuida da família, do distrito 12 se ofereceu par ir no lugar da irmã sorteada. O filme mostra todo o processo do programa, desde o treinamento dos teens até a manipulação do jogo para melhores resultados.

Eu gostei do filme, até fiquei curiosa para ler o livro. Acho que se as adolescentes de hoje se espelharem na Katniss, ao invés da Bella-ama-vampiro-purpurina, vejo uma luz no fim do túnel.

A Tia Helo diria uns 323 "Ai, Jesus!", ainda mais para aquele cabelo azul do Stanley Tucci. (Fiquei supresa de ver o Lenny Kravitz no elenco)


Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror)

A Branca de Neve está na moda. Além da série (Once Upon A Time, que tem vários contos de fadas, mas a Branca de Neve é o arco central), tem dois filmes esse ano. E os dois com propostas diferentes.

O primeiro que saiu foi esse 'Espelho, Espelho Meu' com a Julia Roberts fazendo a Rainha Má, era para ser engraçado (?). Sinceramente, a Julia Roberts poderia ter ficado sem essa. Pouca coisa nesse filme funciona. Os diálogos são péssimos, os cenários cafonas, e a Rainha Má da Julia Roberts é uma santinha perto da Rainha do desenho animado da Disney.

Uma coisa que eu gostei, e é bem diferente do desenho, é que a Branca de Neve quando vai morar com os anões não vira babá deles, ela se torna uma espécie de Branca de Neve do Gueto, que luta e rouba com seus novos amigos. Acontece que para quem vê Once Upon a Time (que, aliás, tem uma ótima Rainha Má), isso não é novidade.

Os anões do filme são engraçados e o Armie Hammer é o Príncipe em pessoa (mas poderia ter diálogos melhores). Só. Tem até algumas cenas que, se fosse na mão do Tim Burton, funcionariam melhor.

No fim do filme tem um número musical estilo Bollywood, e aí é que vi que o filme foi dirigido por um indiano.  Se tivessem me avisado antes que era Bollywood, eu teria abraçado a idéia (e toda cafonice que vem junto).

Julia Roberts, corra para pegar a Framboesa de Ouro, merecida.

A Tia Helo diria 478 "Ai, Jesus!" para os espelhos, ainda mais na tapera onde a Julia Roberts vai buscar sua mágica.

O segundo filme estreia em junho, Branca de Neve e o Caçador, com a Charlize Theron no papel da Rainha Má, num tom mais dramático. Como eu prefiro o caçador ao príncipe, acho que esse filme vai ser muito melhor.