24.5.14

Series: fim de temproada

The Good Wife - nessa temporada Alicia colocou as manguinhas de fora e fez jogadas dignas do (insira aqui um campeão de xadrez). Saiu da Lockhard/Gardner num dos melhores episódios da temporada, mas também sofreu bastante com a morte que abalou as estruturas da Lockhart/Gardner. O marido da Alicia abraçou a posição de governador, e a nova firma Florrick/Argos vai bem até o episódio final. Vamos ver o que acontece na próxima.

Grimm - Nick começou a temporada como super zumbi grimm e terminou sem poderes. Conhecemos uma nova Grimm e teve todo o babado do bebê da loira. O episódio final foi muito bom e deixou um bocado de ganchos para a próxima temporada.

Arrow - Não é só o abdómen sarado do Oliver Queen que sustenta essa série, tem muita coisa inusitada que surpreende. Oliver decidiu que não ia mais matar ninguém (mas uma flechada certeira sempre vai bem), ganhou uma máscara decente, reencontrou amigos e inimigos, e terminou a temporada defendendo a cidade. E o abdómen intacto, ufa!

Parks and Recreation - a temporada começou em Londres e terminou com um mega evento com Pawnee. Teve até um holograma do Little Sebastian! A próxima temporada é a última.

Community - teve uma ótima temporada e foi cancelada. Mundo injusto.

Revenge - OMG! Foram tantos plot twists carpados nessa temporada que quase não consegui acompanhar todos. Victoria descobriu a revenge de Emily, Daniel deixou de ser bananão, Aiden subiu no telhado e temos babado forte para a próxima temporada.

Hannibal - É pesada, é violenta, é cheia de nuances, detalhes (visuais e sonoros) e os crimes são filmados lindamente. Os serial killers fazem obras de arte, e os pratos servidos pelo Hannibal são impressionantes e artísticos. Dr. Hannibal Lecter, melhor serial killer de todos os tempos evah, detesta gente mal educada e faz de sua profissão uma forma de instigar os instintos básicos de alguns pacientes. Will Graham quase enlouqueceu, felizmente soube dar uma volta por cima duvidosa mas não sem entregar um pouco da alma (e de sangue). E nessa temporada tivemos os irmãos Verger. (SPOILER) O final foi um banho de sangue, acho que a intenção do Dr. era fazer uma sopa. Só pode. Agora, queixo caído mesmo foi na cena final depois dos créditos. Champagne?

True Detective - série excelente do primeiro ao último episódio da temporada. Sobre uma série de assassinatos numa cidade pequena no sul dos EUA e os dois policias que investigam os crimes. Um beijo para Matthew McCounaghey e Woody Harrelson. Não viu? Tá esperando o que?

Fargo - É uma série que parece lenta, mas muita coisa acontece. O loser Lester se mete em algumas confusões e faz amizade com um estranho na emergência do hospital. Mal sabe ele que esse estranho gosta de ver o circo pegar fogo, nem que ele tenha que matar umas pessoas para sua diversão. (Lorne Malvo deveria ser paciente do Dr. Lecter.) Tem a policial esperta, o sherife bundão, alguns mafiosos, figuras inusitadas, tudo no meio da neve do Minnesota. (ainda não acabou

Shameless - é dessas séries que começam em janeiro e terminam no carnaval, sempre esqueço de comentar por aqui. A quarta temporada muito boa e ainda só acontece coisa ruim para essa família white trash de Chicago. Teve aparição inesperada no finalzinho.

Bates Motel - Essa segunda temporada foi meio confusa, mas já temos um Norman profissional em empalhar bichanos, ajudando uma amiga a fugir da cidade, arranjando outra namoradinha bad girl, e descobriu que todo mundo sabe que ele "apaga" menos ele mesmo. Norma se meteu com os mafiosos da cidade e até conseguiu um namorado bonitão, mas acho que ela está de olho no sherife.

The Americans - essa temporada foi boa. A Nina fez a linha espiã dupla, namorou o russo moralmente flexível e o agente do FBI. Nosso casal favorito se meteu com um psicopata e a filha deles está cada vez mais próxima da verdade. As bugingangas e métodos anos 80 de espionagem continuam ótimos (inclusive as perucas).

Chicago Fire - volta logo que eu quero saber se os bombeiros bonitões sobreviveram a explosão!

Nashville e Parenthood - novelões bons. Nashville contou todos os segredos dos personagens nessa temporada e só deixou a Rayna com uma decisão para a próxima (e as músicas continuam boas). Em Parenthood foi mais do mesmo, mas foi bom.

Scandal - era boa, ficou chata. Olivia Pope virou uma reclamona, meio que abandonou o escritório, e tudo virou coisa da agência extra-oficial B613, e o presidente continua uma criança birrenta. Vou abandonar.

Mad Men está na metade da última temporada, Don Draper ainda cheio de charme e problemas, ele caiu algumas posições no escritório, mas está lá suando a camisa a mando da Peggy. Depois de 7 episódios os produtores acharam que seria bacana só mostrar o resto ano que vem. Not cool, guys. (ainda tiamo Don Draper!)

PS. Game of Thrones vai ganhar um post próprio no fim da temporada.

16.5.14

We Exist

O Arcade Fire lançou hoje o video de We Exist do novo album Reflektor. E que video!

O Arcade Fire é uma banda canadense que tem um som elaborado, e gosto muito de dois albuns deles: Neon Bible e The Suburbs. Esse último Reflektor escutei pouco, inclusive a We Exist, que é muito boa, só me chamou mesmo atenção depois de ver o video.

O Arcade Fire merece um analisando a música, mas hoje vou falar só desse video sensacional com a presença surpreendente do Andrew Garfield (ele mesmo, o Spiderman).

A música We Exist fala sobre uma pessoa que é diferente de alguma forma que a faz ser ignorada (e ao mesmo tempo julgada) pelos outros (e pela família), questiona o porquê dessa exclusão e afirma "vocês estão ajoelhados rezando para que não sejamos de verdade, mas nós existimos e estamos aqui". PAH!

O video é muito bom! Andrew Garfield faz um garoto com um conflito de identidade de gênero. Ele se veste de mulher e vai para um bar (desses do interior dos EUA cheio de cowboys moralmente flexiveis). Lá ele é paquerado só para sofrer um bullying em seguida.

Aí....Andrew coloca para fora o flashdance que tem dentro de si e arrasa na contraluz. Depois da performance solo, um grupo de senhores barbados manda ver na coreografia.

No fim Andrew está no show da banda no Coachella desse ano, transformado, libertado.

Assistam.




(Esse video do Arcade Fire veio logo depois da ótima Conchita Wurst (melhor nome drag ever!) ter ganho o Eurovision com a música james-bondiana "Rise Like A Phoenix".)

10.5.14

Sábado corrido

A minha primeira corrida do ano foi só agora em maio e foi noturna. Correr a noite é ótimo porque não é tão quente. Dessa vez o percurso era em volta do Centro de Eventos e estava tudo muito bem organizado.

Uns 20 minutos antes da largada começou a chover. Garanto que todo mundo achou que a chuva ia passar logo, mas, ledo engano, choveu bastante, e forte. Deixou todo mundo molhado e os tênis encharcados antes mesmo de pisar em poças que eram verdadeiras lagoas.

Mesmo com o perigo das poças e do escuro (afinal, os buracos das ruas ficam escondidos), foi uma boa corrida: teve subidas e descidas, passamos pelos tuneis (foi animado), e claro que durante não caiu um pingo de chuva.

Achei que tinha feito um tempo mais alto para os 5km e quando cheguei em casa e coloquei o percurso no google maps vi que tinham sido 5,3km. Valeu a medalha do astronauta. :)



6.5.14

Analisando a música: Africa (Toto)

Essa semana eu estava assistindo o Graham Norton, um talk show britânico divertidíssimo, e os convidados eram: Hugh Jackman, Michael Fassbender e James McAvoy.

Pausa para (muitos) suspiros.

No meio da conversa o Graham perguntou para o Michael Fassbender qual a música preferida dele e ele começa a murmurar o início de Africa, o Hugh Jackman acompanhou cantando, aí lembrei que gosto desse hit dos anos 1980. E gosto muito da Africa.

Toto é uma banda americana, de Los Angeles, formada em 1977. Confesso que só conheço duas músicas deles: Africa e Rosanna. Ambas do quarto album da banda Toto VI (de 1982), que até ganhou Grammy.

Os integrantes do Toto compuseram essa música sem ter pisado no continente africano (não sei se foram até lá depois do sucesso da música), e se basearam em programas de TV de fim de noite que mostravam o que acontecia por lá. Quase que não incluiram essa música no album, felizmente alguém insistiu e virou um hit.

A Africa é fantástica! Os países que formam o continente contribuem com pessoas, culturas, climas, vegetações e animais diferentes. É um lugar com um bocado de sofrimento e conflitos, é selvagem e primitivo (para o bem e para o mal) mas também tem beleza extraodinária. Por enquanto só conheço 4 países: Africa do Sul, Zambia, Zimbabwe e Botswana, mas tenho vários outros na lista e é um lugar para voltar sempre.

Vamos saber o que acontece na Africa do Toto.

I hear the drums echoing tonight
But she hears only whispers of some quiet conversation
She's coming in, 12:30 flight
The moonlit wings reflect the stars that guide me towards salvation
I stopped an old man along the way
Hoping to find some long forgotten words or ancient melodies
He turned to me as if to say "Hurry boy, it's waiting there for you"

Imagino que ele já esteja em algum lugar da Africa por isso está escutando os tambores. (Não sei em qual lugar da Africa ele está, são mais de 50 países. Escreveram essa música sem nem pisar lá, aposto que achavam que a Africa é uma só nação.)
Ele deve estar conversando com a namorada no telefone porque ela só escuta sussurros de conversas ao fundo. Ou enquanto ela fala, ele imagina os tambores ao invés de prestar atenção no blábláblá. Ou ela não tomou as mesmas drogas que ele.
Parece que a namorada está vindo para uma visitinha e chega as 12:30 (não sei se dia ou noite).
Além dos tambores ele também vê estrelas refletidas em asas iluminadas pela lua que vão guiá-lo para salvação. (Acho que o chazinho da noite foi um pouco forte.) Então ele vai perambular pela savana e encontra um senhor idoso, que provavelmente estava ali querendo se aliviar, e espera palavras sábias, segredos milenares ou melodias antigas. O velho vira e olha com cara de "sai daqui rapaz, seu arbusto é aquele ali!" porém ele interpreta como um profundo "Corre rapaz, está ali te esperando!". O que estaria o esperando eu não sei. Hipopotamo no rio? Leão faminto? A namorada no aeroporto?

It's gonna take a lot to take me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa
Gonna take some time to do the things we never had

(momento tambor bateria imaginária)

Aí ele diz: "Nem mais de cem homens poderiam me afastar de você!". Quem é "você"? A namorada? Ou a Africa? Eu fico com a segunda opção, ainda mais depois que ele abençoa as chuvas. Dizem que quando você vai a Africa uma vez você quer sempre voltar. FATO.
Pode ser que ele queira a namorada ali na Africa com ele para poder viver novas experiências e a chuva representa lavar, renovar, crescer. Filosofei.

The wild dogs cry out in the night
As they grow restless, longing for some solitary company
I know that I must do what's right
As sure as Kilimanjaro rises like Olympus above the Serengeti
I seek to cure what's deep inside, frightened of this thing that I've become

Os cachorros selvagens urram, inquietos, querendo uma companhia solitária. Wait, what? Acho que isso pode ser ele querendo uma companhia qualquer. E a namorada?
Aí ele emenda dizendo que deve fazer o que é certo, assim como o Kilimanjaro aparece como o Monte Olimpo sobre o Serengeti. Pausa. O que diabos o Monte Olimpo lá na Grécia tem a ver com o Kilimanjaro e o Serengeti que ficam na Tanzânia? Pode ser que esteja insinuando que o Kilimanjaro é uma montanha mágica como o Olimpo (e olha que o Kilimanjaro é uns 3000 metros mais alto que o Olimpo). Ok. E termina essa estrofe com: "Procuro curar o que está no fundo, com medo dessa coisa que me tornei.".
Então temos: tambores + cachorros selvagens + Kilimanjaro + Monte Olimpo + curar coisa que se tornou. Acho que finalmente temos uma música sobre drogas.
Ou então ele fez uma viagem a Africa fugindo de alguma coisa e espera encontrar a solução por lá, olhando para o Kilimanjaro. Pelo menos descobrimos que ele está na Tanzânia.

It's gonna take a lot to take me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa
Gonna take some time to do the things we never had

(mais um momento bateria imaginária)

O refrão é repetido e mais uma vez não tem nada que o faça desistir da Africa. Que venha mais chuva!

(Entra o sintetizador anos 1980)

Hurry boy, she's waiting there for you

It's gonna take a lot to take me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa....

Chuvas abençoadas na Africa!


A música é boa, mas video é típico anos 1980, cafona. Poderiam ter colocado umas cenas do Out of Africa para ilustrar. Just saying.


2.5.14

Fotógrafos aquáticos

Que eu gosto de surf todo mundo sabe, e adoro ver fotos e filmagens de dentro da água, seja embaixo ou na superfície. Até comprei uma máquina a prova d'água básica para me aventurar (se tivesse mais coragem para encarar as ondas grandes, gostaria de ter sido uma fotógrafa de surf).

Ultimamente com os avanços tecnológicos das camêras, dos protetores e assessórios de câmeras tem surgido um grande número de imagens criativas, em foto e video, dentro e fora d'água.

Aqui alguns dos últimos que gostei e também sigo no instagram.

O havaiano Clark Little descobriu a diversão de tirar fotos de ondas quebrando e o resultado é lindo:

CREATORS: Clark Little on Staring Down Shorebreak for The Perfect Shot from The Inertia on Vimeo.

O australiano Mark Tipple fez toda uma sequência embaixo d'água com pessoas e ficou bonito:

The Underwater Project from Mark Tipple on Vimeo.

É também do Mark Tipple esse video que um rapaz leva uma mulher paraplégica para surfar colocando ela nas costas com fita adesiva.

Duct Tape Surfing from Mark Tipple on Vimeo.

O Eric Sterman colocou uma GoPro num drone e fez essas imagens incríveis do surf em Pipeline.

Pipeline Winter 2013 from Eric Sterman on Vimeo.