31.12.20

Momento TOC livros (14) parte 3

 Aconteceu. Tripliquei a meta. Cheguei a mais de 60 livros em 2020. 62 para ser exata. (e não contei os 2 que reli)

Acho que foi a falta de viagens porque continuei vendo filmes e séries, então não posso culpar Netflix e Amazon Prime. O kindle novo ajudou já que tem luz e a tela é um pouco maior.

Dos 63 livros li:

- 42 de mulheres escritoras e 21 de homens. Girl power.

- 37 livros em inglês e 26 em português.

- nacionalidade dos autores: 20 americanos, 14 brasileiros, 9 britânicos, 3 franceses, 2 irlandesas, 1 coreana, 1 japonesa, 1 italiano, 1 australiano, 1 neo zelandês, 1 sueca, 1 alemã, 1 polonesa, 1 argentina, 1 vietnamita. (li mais de um livro de alguns autores)

Acho que para o ano que vem vou colocar a meta de 30 livros, assim tento manter acima dos 20 mas menos que 60. Vamos ver o que acontece em 2021.

Parte 1 (1 ao 20)

Parte 2 (21 ao 40)

Vamos a parte 3.

- The Switch - Beth O'Leary - tinha lido o Flat Share da mesma autora e achei divertido então peguei esse para ler. É sobre uma mulher que está esgotada de tanto trabalhar e sua chefe lhe dá 8 semanas de férias (que ela tinha acumulado). Ela decide trocar de lugar com sua avó que ficou viúva e quer conhecer gente nova. Então Leena vai para uma cidade pequena do interior e sua avó, Ellen, vai para Londres. É divertido e a narração dos capítulos é alternada entre as duas. Igual Flat Share deve virar uma comédia romântica no cinema. (Em português saiu como A Troca)

- Querida Konbini - Sayaka Murata - Keiko é uma mulher de 36 anos, solteira, que trabalha numa konbini, que é uma loja de conveniências japonesa, há 18 anos. Geralmente são jovens universitários, ou mulheres casadas que precisam de renda extra, que trabalham nessas lojas. Keiko gosta de sua rotina, para ela é confortável. Sua família a acha estranha e ela também não entende algumas regras da sociedade (ela acha que as pessoas vem com um manual e esqueceram o dela). Um livro sobre ser diferente numa sociedade que espera sempre a mesma coisa. 

- What Alice Forgot - Liane Moriarty - um dia Alice cai da bicicleta de spinning e quando acorda não consegue lembrar dos últimos 10 anos de sua vida. Primeiro ela se olha no espelho e toma um susto porque está mais velha. Depois não lembra dos filhos porque há 10 anos ela ainda estava grávida do primeiro, não sabe porque está se divorciando do marido que tanto ama, não entende porque se afastou de sua irmã querida e vai tentar descobrir o que aconteceu. (Em português é O Que Alice Esqueceu)

- Toureando o Diabo - Clara Averbuck - em 2014 participei do financiamento coletivo desse livro, mas a autora se enrolou e só recebi esse ano. Já tinha até esquecido. São devaneios de uma escritora, Camila, que não está conseguindo terminar seu livro e conta suas histórias com os homens. As ilustrações são muito boas. 

- Bom Dia Veronica - Raphael Montes e Ilana Casoy - livro que virou série da Netflix, é sobre a escrivã da polícia Verônica que decide investigar dois casos por conta própria: o de uma mulher que foi enganada na internet e se matou, e o marido da Janete que é um serial killer. Crimes pesados, violência, e uma história boa.

- Luster - Raven Leilani - um livro sobre uma moça de 23 anos que começa um caso com um cara casado mas que a esposa sabe e concorda. A esposa apenas tem algumas regras sendo uma delas que a moça nunca vá na casa do casal. Só que um dia o cara leva a moça para casa e depois disso meio que some. A moça vai na casa do casal e conhece a esposa pessoalmente. Quando a moça perde o emprego a esposa a leva para morar com eles. A moça, que é negra, acaba sendo uma espécie de mentora da filha (negra) adotada do casal. Entre esses acontecimentos a moça conta de seus pais (mãe viciada e pai pastor). 

- Suíte Tóquio - Giovana Madalosso - esse ano já tinha lido outro livro da Giovana, o Tudo Pode Ser Roubado, e como gostei comprei esse. Suíte Tóquio é sobre uma patroa e a babá de sua filha. O livro começa com a babá dizendo que está roubando a criança e a leva até a rodoviária para pegar um ônibus. É sobre essa duas mulheres e o relacionamento entre elas (e com algumas outras pessoas). Gostei muito desse livro.

- Smoke Gets In Your Eyes - Caitlin Doughty - Um livro sobre a morte e como nós não estamos preparados para lidar com ela, mas deveríamos estar. Caitlin foi trabalhar numa funerária e era responsável pelo forno de cremação. Ao longo dos capítulos ela conta a relação dela, dos familiares dos mortos, de seus colegas e da sua família com a morte. Ela também fala da indústria da morte (nos EUA onde o processo de enterro é diferente daqui). Esse livro é muito bom. (Em português: Confissões do Crematório)

- The Dutch House - Ann Patchett - sobre dois irmãos, Danny e Maeve, que o pai comprou essa casa faraônica para a mãe (e a família). A mãe odiava a casa e abandonou marido e filhos para ser voluntária na India. O pai se casa uma segunda vez com uma mulher que ama a casa acima de tudo. Quando o pai morre a madrasta coloca Danny para fora de casa (a Maeve já tinha saído, feito faculdade e trabalhava). Danny e Maeve mantém uma relação estranha com a casa, eles não conseguem se livrar do sentimento de abandono. Confesso que esperava outra coisa desse livro mas gostei mesmo assim. (Em português: A Casa Holandesa)

- Swing Time - Zadie Smith - duas amigas de infância que são unidas pela dança, acontece que uma tem talento e a outra não. Uma consegue uma carreira na dança (mesmo que breve) e a outra vai trabalhar de assistente de uma estrela pop que ela admirava quando criança. As duas que vieram de backgrounds semelhantes seguem por caminhos completamente diferentes. (Em português: Ritmo Louco)

- A Rainha do Ignoto - Emilia de Freitas - Livro de 1899 da cearense Emilioa de Freitas e considerado o primeiro livro de fantasia de uma escritora nacional. Edmundo chega a pequena vila de Passagem de Pedra e na sua primeira noite ele vê uma mulher tocando harpa e cantando num barco descendo o Rio Jaguaribe. Ele fica curioso e passa a investigar quem é essa mulher misteriosa. Os personagens da vila são interessantes e a Rainha do Ignoto também. Eu diria que é mais um livro feminista do que de fantasia. 

- The Silence - Don DeLillo - Quatro pessoas em um apartamento no thanksgiving quando acontece um apagão e todos ficam sem internet. Poderia ser interessante mas é uma bosta. Pronto, falei. Ainda bem que foi um livro curto.

- As Benevolentes - Jonathan Littel - Um livro sobre a Segunda Guerra no ponto de vista de um oficial nazista, Max Aue. São quase 900 páginas sobre a guerra e a vida do Max. Ele era um burocrata do partido nazista e acompanhava as atividades no front. Max era filho de um alemão com uma francesa e no início do livro já sabemos que ele sobreviveu a guerra conseguiu fugir da prisão se passando por francês. Daí ele conta tudo nos mínimos detalhes até chegar no fim, que é quando entendemos o título do livro. Tem muitas partes ótimas, tem algumas partes que achei informação demais e o finalzinho foi um pouco novelesco mas valeu a leitura.

- Daytripper - Fabio Moon e Gabriel Sá - HQ que conta a história do Brás, um escritor que trabalha escrevendo os obituários do jornal. Cada capítulo do livro é um dia importante na vida dele em idades diferentes mas que sempre acabam com ele morrendo. É sobre a vida, o universo e tudo mais.

- Such a Fun Age - Kiley Reid - Emira está numa festa e é chamada para trabalhar. Ela é babá e como precisa do dinheiro ela vai. Alix, sua patroa, fala para ela levar a filha no mercado da esquina para destrair. No mercado (num bairro rico e branco) uma senhora chama o segurança porque acha que Emira está roubando a criança. Emira discute com o segurança tem que ligar para o pai da menina para ir até o mercado. Tudo isso é filmado por um rapaz que diz que Emira porde processar todo mundo, mas ela quer deixar quieto e pede para ele apagar. Alix se sente culpada e tenta fazer de tudo (e até demais) para Emira. Tem um plot twist bom. (Em português: Na Corda Bamba)

- Girl, Woman, Other - Bernardine Evaristo - um livro excelente sobre 12 mulheres na Inglaterra (especialmente em Londres). São mulheres de diferentes idades que de alguma forma estão interligadas. Cada capítulo tem 3 sub-capítulos, uma mãe, uma filha, e uma outra que está relacionada com as duas. (Em português: Garota, Mulher, Outra)

- A Tiny Bit Marvelous - Dawn French - sobre uma familia em que cada capítulo é um membro narrando. A mãe de quase 50 anos, a filha de 17 quase 18 e o filho de 16. O pai tem um capítulo e é suficiente. O menino acha que é o Oscar Wilde e narra como tal. A avó, que é a melhor pessoa, não tem capítulo narrando, mas deveria. Achei só ok. A filha adolescente me irritou um pouco. (Em português: A Maravilha das Pequenas Coisas)

- Mundo Mulher - Aminder Dhaliwal- HQ sobre um mundo só de mulheres. Um defeito genético começa eliminar os homens e só meninas nascem. Depois de algumas catastrofes naturais e guerras as mulheres tem que se reorganizar. Elas até desenvolvem uma tecnologia onde mulheres podem engravidar via células tronco, mas ainda tem esperma congelado, elas que escolhem como querem. A avó que se lembra do mundo com homens é a melhor personagem. Tem coisas engraçadas mas algumas se perderam na tradução.

- Flowers for Algernon - Daniel Keyes - livro de 1959 que conta a história de Charlie, um homem de 32 anos e QI quase do mesmo número. Ele é escolhido para um experimento que vai deixá-lo inteligente. O livro é escrito em forma de diário, ou relatórios de progresso. No início a escrita dele é infantil, simples e a ortografia toda errada, mas a medida que o experimento funciona além de escrever melhor, o Charlie descobre que inteligência só traz mais problemas. Livro bom (mas em algumas partes tem que levar em conta o ano que foi publicado). (Em português: Flores para Algernon)

- Shuggie Bain - Douglas Stuart - O vencedor do Booker de 2020. É sobre Shuggie e sua família, especialmente sua mãe Agnes. Shuggie é o filho mais novo e o que acompanha e depois cuida da mãe. Acontece que Agnes é alcoolatra e isso causa muitos problemas na família de Glasgow. Ela é abandonada pelo segundo marido, a filha mais velha vai embora para Africa do Sul e resta a Shuggie cuidar da mãe quando deveria ser ao contrário. No início do livro sabemos que, aos 16 anos, Shuggie está morando só, num quarto alugado, trabalhando e tentando terminar a escola. Como ele chegou lá é o que conta o livro. A crueldade da pobreza e o limite do amor. Uma história muito triste, mas muito bem contada.

- Just Like You - Nick Hornby - livro sobre Lucy e Joseph. Ela tem 42 anos, dois filhos, divorciada e é professora. Ele é um jovem negro de 22 anos que trabalha no açougue local, trabalha num cento comunitário de atividades e quer ser DJ. Os dois começam um relacionamento e mesmo com as diferenças de classe e culturais eles funcionam como um casal. Mas a sociedade ainda tem seus tabus. Gostei desse livro porque os conflitos se resolvem sem muito drama as pessoas são adultas de fato. E ainda tudo se passa em meio a votação do Brexit que funciona como uma metáfora ao relacionamento dos dois.

UPDATE: terminei o livro 63 do ano no fim da tarde do dia 31/12.

- The Invisible Life Of Addie LaRue - V.E. Schwab - Em 1714 Addie está com 23 anos e prestes a casar com um viúvo que tem três filhos, mas ela quer sair do seu vilarejo na França, quer ver o mundo, quer viver. Ela foge para a floresta e faz um negócio com o deus da escuridão. Ele dá a ela a liberdade que ela quer mas ela não será lembrada por ninguém. Os anos passam em em 2014 ela está em NYC, entra numa livraria e pega um livro. O rapaz da livraria corre atrás dela mas a deixa levar o livro. Quando ela volta na livraria para trocar o livro o rapaz, Henry, lembra dela. Trezentos anos depois alguém lembrou dela. Gostei de todas as partes do livro que passam em NYC e a história do Henry, mas as partes do passado da Addie acho que poderiam ser melhores e as negociações dela com a escuridão também. Pra mim a história só ficou boa depois que ela conhece o Henry (lá pela página 100). 



Outros Momentos TOC Livros: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13)

26.12.20

Analisando a música: Watermelon Sugar (Harry Styles)

No início do ano vi que o Harry Styles tinha lançado um disco novo em dezembro de 2019, vi o video de Watermelon Sugar em maio 2020, mas deixei para escutar melhor depois. E o depois foi agora em dezembro 2020. Um ano de atraso, mas tudo bem. Sei que Watermelon Sugar foi um hit do verão europeu mas nessa pandemia em casa muita coisa passou batido.

Sei pouco do passado do Harry Styles. Sei que ele foi participar do X Factor e acabou juntado com outros meninos para formar a boy band One Direction (em 2010? 2011?). Só conheço uma música da banda (e foi por causa de um meme na época) e sei que eles atraiam um bocado de gritaria.

Os anos passaram, a banda se separou e todos seguiram carreira solo (eu acho). Harry Styles lançou um disco em 2017 com o seu nome. Na época escutei esse disco, achei Sign of the Times boa, Kiwi tem uma vibe rock n' roll, dava para ver que as influencias dele iam ali na linha de Beatles, Pink Floyd, Fleetwood Mac, rock anos 1970/1980. Aliás, Harry Styles é BFF da Stevie Nicks. Tem uma versão dele cantando The Chain que é ótima.

Fine Line é o segundo album da carreira solo do Harry Styles. E veio cheio de influências musicais e literárias. 

Tem um video no youtube de um cara que analisou todas as referências literárias que influenciaram as músicas do Harry Styles (e vai de Shakespeare a Charles Bukowski)

Achei esse segundo disco melhor que o primeiro. É meio pop, meio rock, meio indie, meio folk, meio um pouco de tudo. Para lançar esse disco Harry Styles inventou uma ilha chamada Eroda que todo mundo queria saber onde era mas era só marketing para o video de Adore You (que passa numa ilha). E Eroda é Adore de trás para frente. 

Harry Styles, hoje com 26 anos, foi indicado a 3 Grammys em 2021: melhor clipe com Adore You (que e ótimo), melhor performance solo pop com Watermelon Sugar e melhor album pop com Fine Line.

O video de Golden também é ótimo (gosto de videos com pessoas correndo).

Harry Styles é cool. Harry Styles tem estilo (sim fiz esse trocadilho) e virou ícone da moda. Ele vai do camp ao andrógino num pulo, usa roupas coloridas, estampadas, misturadas, divertidas, tem tatuagens, unhas pintadas, usa anéis enormes, colar de pérolas e sustenta to-dos os looks. Esse ano apareceu na capa da vogue americana usando um vestido. Não foi o primeiro a usar um vestido, David Bowie e Kurt Cobain já fizeram isso, mas na era da internet o alcance e o impacto são maiores.


Harry Styles também é ator. Esteve em Dunkirk do Christopher Nolan e vai estar no segundo filme da Olivia Wilde (que dirigiu o divertido Booksmart). 

Watermelon Sugar é uma música divertida, curtinha, com duplo sentido (ou não), acho boa para encerrar o analisando a música de 2020 num tom mais animado.

Então vamos saber o que tem no açúcar da melancia do Harry Styles.

Tastes like strawberries
On a summer evening
And it sounds just like a song
I want more berries
And that summer feeling
It's so wonderful and warm

Começa só voz, guitarra e um teclado no fundo. Devagar.

Temos gosto de morango numa noite de verão que soa como uma música. Ele quer mais frutinhas vermelhas e aquela sensação maravilhosa e quentinha do verão. (Quentinha para ele que é inglês e o verão lá é 20 graus porque aqui é sensação derretendo do verão).

Harry Styles contou que compôs essa música enquanto fazia o tour do primeiro album (2017). Ele estava no estúdio com os caras da banda e tinha uma melodia para um refrão que era meio repetitiva. Aí ele viu o livro In Watermelon Sugar do Richard Brautigan (não li) na mesa, gostou e resolveu usar. Disse também que foi a música que ele demorou mais para terminar porque no início ele não gostou mas que vivia voltando e pronto, acabou nesse disco novo.

Ele diz que a música é sobre a euforia de quando você começa a ficar com uma pessoa e tem aquela animação (se é que vocês me entendem). 

Tem uma entrevista no youtube que o entrevistador fala: "Todo mundo sabe sobre o que é Watermelon Sugar, é sobre a alegria do prazer do sexo oral mútuo.". No que Harry Styles da uma risadinha e responde "Então é sobre isso? Eu não sei". Safadinho.


Breathe me in
Breathe me out
I don't know if I could ever go without
I'm just thinking out loud
I don't know if I could ever go without

Aqui entra uma batida eletrônica leve. Está animando.

Essa frase inicial bem parecida com uma parte da letra de Everlong da Foo Fighters que diz "Breathe out so I can breathe you in". As duas são igualmente boas mas a do Harry Styles é menos creepy. Ou não.

De todo jeito respira muito, consome a alma alheia. E ele acha que não consegue mais ficar sem. Sem o que Harry?

Watermelon sugar high

Aí vem a batida melhora, mais ritmo, vem a repetição. E ele não consegue mais ficar sem o barato do açúcar da melancia. Docinho. (estou tentando manter esse post apropriado para menores de idade) 

Strawberries on a summer evening
Baby, you're the end of June
I want your belly
And that summer feeling
Getting washed away in you

Aqui a batida já é a definitiva, animada, com um grave gostoso. Temos mais morangos numa noite de verão. E ele diz que "Baby, você é o fim de junho", que lá no hemisfério norte é o início do verão, aquele calorzinho bom começando. Se você for no Rio de Janeiro no fim de junho a temperatura é a mesma do verão inglês, uma delícia.

Ele quer a barriguinha, ou a pança, e quela sensação de verão sendo banhada em Baby. 

Breathe me in
Breathe me out
I don't know if I could ever go without

E vamos respirar. Para dentro, para fora. Ommmmm

Watermelon sugar high
I just want to taste it
Watermelon sugar high.

Ele só quer provar o docinho da melancia que dá barato. Acho justo! A Magali da Turma da Mônica sabe disso há anos.

Tastes like strawberries
On a summer evening
And it sounds just like a song
I want your belly
And that summer feeling
I don't know if I could ever go without

Aqui ele repete a primeira estrofe só na voz e guitarra. Morangos, verão, música, pança quentinha e ele não quer que acabe.

Watermelon sugar high

I just want to taste it
Watermelon sugar high.

Voltamos para a batida dançante com metais. Para dançar até o fim. Traz essa melancia que todo mundo quer provar esse docinho.

Termina com Watermelon Sugar! 


Vamos ao video que saiu no meio da quarentena e tem gente se encostando de todo jeito. Vem vacina!




Parece que Harry Styles tem uma fazenda de melancias, que foi onde pegaram as melancias para fazer o video. Precisamos apresentar Harry Styles para a Magali.

(curiosidade: uma vez, numa festa a fantasia, fui de Magali e levei um pedaço de melancia de verdade que não durou 5 minutos. Watermelon sugar high!)


UPDATE: no primeiro dia de 2021 Harry Styles lançou esse video maravilhoso da música Treat People With Kindness. Além de tudo que falei acima, Harry Styles também sabe dançar. Cool.

15.12.20

+ Series e Filmes

Filmes

Sound of Metal - filme sobre um baterista de um duo de heavy metal, o Ruben, que perde 80% da audição de um dia para o outro. Ruben não sabe o que fazer, vai num médico que diz qual a sua situação, que le pode fazer a operação do implante mas que até lá ele tem que aprender a ser surdo. O design de som desse filme é incrível e você fica surdo junto com o Ruben. O Riz Ahmed já merece indicação a todos os prêmios. Para ver com fones de ouvido. Na Amazon Prime.

Mank - filme sobre o Herma Mankiewicz, o co-roteirista de Cidadão Kane junto com Orson Wells. No filme o Mank escreveu sozinho e brigava muito com Orson Wells. É um filme muito bem feito, e feito para parecer filme dos anos 1930-1940, mas o personagem é um chato e não me importei com a história. Cidadão Kane é ótimo. Netflix.

TENET - filme do Christopher Nolan que resumidamente diria que é tipo Exterminador do Futuro tentando explicar a viagem no tempo e deixando tudo mais confuso. O Protagonista (não tem nome, mas é o filho do Denzel Washington) faz parte de um unidade especial que tem que parar um traficante de armas que quer explodir tudo. Tem um bocado de cena em reverso que deixa tudo mais bacana, tem o Robert Pattinson Vampirinho que é o herói do filme, e a elegante Elizabeth Debicki. É divertido, dá para entender como um todo mas se quiser entender os detalhes vai precisar de um video no youtube que explique. (e tem vários)

Uncle Frank - filme sobre um tio e uma sobrinha que tem que voltar para a cidade natal para o enterro do patriarca da família. Acontece que o tio é gay e nunca contou para ninguém na família e seu parceiro aparece na cidade. Roteiro e direção do Alan Ball de Six Feet Under. É um filme sobre família e é bom.

AmarElo - documentário sobre último disco do Emicida. Tem o processo dele fazendo as músicas e um show que ele fez no teatro municipal de São Paulo. Além disso tem a história do rap nacional que é diretamente ligado ao samba. Netflix

Wolfwalkers - desenho animado sobre uma menina que ser caçadora igual ao pai. Um dia quando o pai sai para caçar ela o segue e acaba mordida (acidentalmente) por um lobo que depois ela descobre ser uma menina. Wolfwalkers são meio lobo meio humanos. O desenho é lindo e fofo. Apple TV+

The Wolf Of Snow Hollow - assassinatos brutais de mulheres, na lua cheia, acontecem em uma cidade pequena e um policial tenta desvendar o mistério. É meio comédia, meio drama, meio horror. O policial é um alcoolatra com problema de raiva mas ele tem um instinto certo para coisas de crime. Seu pai é o sherife mas precisa se aposentar e os outros policias, menos uma, não querem se dedicar ao crime. 

How Can You Mend A Broken Heart - Documentário sobre a longa carreira dos irmãos Gibb, os Bee Gees. Eles tiveram hits nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990, a trilha de Embalos de Sábado a Noite foi um fenômeno (é uma das melhores trilhas ever) e eles compuseram mais de 1000 músicas (inclusive para cantoras como Barbra Streisand, Diana Ross e Celine Dion). Tem muita música deles por aí.


Séries

Virgin River - Novelão. No-ve-lão. Uma enfermeira vai morar numa cidadezinha e lá ela se envolve com os moradores locais, especialmente o dono bonitão do bar local. E claro que a enfermeira tem um passado cheio de babado. Para quem gosta de novela. Segunda temporada terminou com um cliffhanger que KD a terceira?? Na Netflix.

A Teacher - sobre uma professora de high school que tem um caso com seu aluno de 17 anos (ele faz 18 logo depois). Ela é casada e numa espécie de crise dos 30 anos ela vê no garoto um tempo perdido.

The Wilds - Um grupo de meninas vão parar numa ilha deserta depois de um acidente de avião. Acontece que não foi acidente e é tudo um experimento. As meninas achavam que estavam indo para um tipo de retiro feminista, inclusive os pais sabem que estão isoladas (porém monitoradas), mas como faz parte do "tratamento" eles deixam elas lá. Amazon Prime.