30.1.12

+ Filmes

The Girl With The Dragon Tattoo (Os Homens que Não Amavam as Mulheres)

Antes de mais nada, detesto o título que deram para esse filme em português. #prontofalei

Dito isso, ler um livro antes de ver o filme sempre faz com que o filme deixe algo a desejar, e faz o espectador assistir com um pouco mais de expectativas. Adaptações são difíceis, e, obviamente, as mídias são diferentes. Para traduzir um livro para filme, as vezes, é necessário fazer mudanças, cortar partes menos importantes e dar um ritmo próprio a história sendo contada nas imagens. Os livros tem o número de páginas que quiserem, os filmes tem tempo limitado. Por isso poucos filmes conseguem ser tão bons quanto os livros, seja adaptando ao pé da letra (Senhor dos Anéis, Harry Potter, quase todos da Jane Austen), ou fazendo versões modernas (Great Expectations, de 1998), a maioria não consegue e muitos são piores.

O David Fincher, na minha opinião, foi feliz em adaptar outros livros para o cinema: Clube da Luta, The Social Network e até o conto do Benjamin Button (mesmo que o filme não seja tão interessante). Desses só não li The Social Network, mas o filme é tão bom que imagino que foi bem adaptado.

Com The Girl With The Dragon Tattoo, ele não tinha só o primeiro livro para se basear, tinha também o filme sueco feito em 2009. Visualmente o filme do Fincher é incrível, transmite toda a claustrofobia do inverno sueco, a trilha sonora é muito boa, os créditos da abertura já te deixam no clima, a Rooney Mara faz uma Lisbeth Salander fiel a do livro, e o Daniel Craig....ai, gente, o Daniel Craig está ótimo nesse filme.

A história é sobre um jornalista (Daniel Craig, macho-que-é-macho), que depois de um processo por calúnia, é contratado por um tiozinho milionário para desvendar o sumiço de sua sobrinha que aconteceu em 1966. Para isso o jornalista se muda para o fim do mundo no norte da Suécia onde tudo aconteceu. Paralelamente conhecemos a Lisbeth Salander, uma investigadora particular e hacker. Os dois se juntam para desvendar o crime. E, sim, tem muita violência.

Das mudanças que foram feitas do livro para o filme, a que menos gostei foi o final. Tudo acontece rápido demais no fim, da resolução do caso investigado a armação contra o banqueiro, quase não dá para entender direito e deixa muitas brechas.

Ainda assim é um filme muito bom, eu gostei. A Tia Helo não ia passar dos créditos de abertura, só ali ela já diria 615 "Ai, Jesus!" para o dragão tatuado.


The Descendants

George Clooney faz um havaiano, descendente de uma geração que começou com um inglês casando com uma havaiana, herdeira do Rei Kamehameha. Ele tem o poder de decidir para quem vender (ou não) umas terras virgens na ilha de Kauai, que serão transformadas em resort, campo de golfe, etc.  Ele é pressionado pelos primos, mas isso é só pano de fundo para um filme sobre a vida, o universo, tudo mais, e o hawaiian way of life.

A esposa do Clooney (vamos combinar que ninguém lembra o nome de nenhum personagem dele) sofre um acidente e fica em coma. Com isso ele tem que cuidar das duas filhas, uma adolescente rebelde de 17 e outra de 10 anos, coisa que ele nunca fez. Acontece que o médico diz que a esposa não vai sair do coma e que eles tem que desligar os aparelhos e esperar ela morrer. No meio de tudo isso ele descobre que a esposa estava tendo um caso com um corretor de imóveis. Então, a vida é assim, as coisas acontecem e o Clooney vai aprendendo a lidar com elas, e com as filhas.

Eu gostei. Fazia tempo que o George Clooney não atuava tão bem, acho que desde Syriana. Só senti falta de uma cena de surf, ainda mais que o Laird Hamilton fez uma ponta. A Tia Helo diria 147 "Ai, Jesus!" para aquela corridinha sem jeito do Clooney.

29.1.12

Aberto da Australia

Hoje foi a final do Australian Open lá em Melbourne (saudade!). E que jogão!

Rafael Nadal e Djokovic trocaram golpes na Rod Laver Arena por 6 horas. Cinco sets cheios de reviravoltas, erros, acertos incríveis, suor e lágrimas.

O Djokovic é o número um e jogou como tal. Acho que o Rafael Nadal nunca correu tanto num jogo, e, para ser justa, ele ainda tinha gás para correr mais (e olha que ele gasta muita energia puxando a cueca de 5 em 5 segundos).

No fim foi 3x2 para o Djokovic. Campeão!

28.1.12

Séries novas

O ano mal começou (se bem que o carnaval está quase aí) e já tem série nova no pedaço. Algumas foram só uma pré-estreia, tipo: jogam o primeiro episódio um mês antes para as pessoas comentarem (funciona), mas outras já tem mais de um episódio.

Alcatraz - A série nova do JJ Abrams, o cara de Lost e Fringe, é um pouco de....Lost e Fringe. Em 1963 Alcatraz fechou, e os prisioneiros foram transferidos, mas, segundo a série, não foi isso que aconteceu. Eles sumiram, junto com alguns guardas. Acontece que os prisioneiros (bandidos/serial killers/mafiosos) começaram a aparecer em San Francisco nos dias de hoje, com a mesma idade e corpitcho de 1963. Não entendi se eles voltam com alguma missão (como o Jack Sylvane no primeiro episódio. Sim, outro Jack. Só falta o Sawyer, e o urso polar, claro.), ou se só retornam para continuar o que pararam quando foram presos. Também não entendi se volta um por vez ou se voltaram vários ao mesmo tempo. De qualquer forma, eles parecem super a vontade com o mundo moderno.
Tem a Madsen, detetive loirinha super esperta (e quase vidente), o Hurley Dude de Lost está lá sempre como alívio cômico (nem sei o nome dele na série, mas continua sendo um nerd, dessa vez especialista em Alcatraz), o Sam Neill que nem se dá o trabalho de fazer caretas decentes, e até a Dra Neela de ER está nessa série fazendo, adivinhem.... uma médica especialista em algo. Resolveram fazer caso-da-semana mais mistérios da série, mas os casos não estão empolgando. Só vou ver mais alguns episódios porque gostei do Jack Sylvane e quero saber o que vão fazer com ele.

House of Lies - É sobre um grupo de consultores e o que eles fazem nas empresas (na maior parte é muita conversa e enganação). O Martin (Don Cheadle) é o chefe do grupo e se acha genial, fica parando as cenas o tempo todo para explicar o que está acontecendo. E tem muito sexo no meio, é quase um Californication no mundo corporativo (sem o carisma do David Duchovny). Até agora não gostei muito, acho até que vai ser cancelada, mas deveriam fazer um spin off com o filho pré-adolescente do Martin, ele, além de ter o melhor figurino, faz as melhores perguntas "Pai, o que fazer quando a gente gosta de um menino...e uma menina?".

Smash - é sobre a montagem de um musical sobre a Marilyn Monroe na Broadway. Vai desde que a idéia surge para os escritores, passando pelos produtores e diretor, até a escolha das atrizes. O episódio piloto foi ótimo! Daqueles que apresentam bem os personagens e deixam um gostinho de quero mais. E eu nem gosto de teatro (nem muito de musicais).

Touch - Jack Bauer is back! Ok, não é bem assim. O Kiefer Sutherland faz um jornalista que perdeu a esposa no 11/9 e tem que cuidar do filho autista (?). O garoto é fixado em números e telefones celulares, mas não diz uma palavra. O curioso é que a narração do episódio é feita por ele. O menino consegue ver um padrão numérico que de alguma forma liga o vendedor de forno inglês ao menino iraquiano que quase vira terrorista. Então, é sobre como todas as pessoas no mundo estão conectadas, ou seja, é só para mostrar que o mundo é mesmo um ovo. O porém dessa série é que é do mesmo cara que criou Heroes, aquela bomba (que até começou bem). O primeiro episódio foi bom, mas vamos ver como se desenvolve.

O que importa é que 30 Rock e Justified voltaram e Mad Men já tem uma possível data de estréia da 5ª temporada. Volta logo Don Draper!

25.1.12

+ Filmes

As indicações para o Oscar sairam ontem (com muitas supresas, boas e ruins), eu ainda não vi muitos na lista mas aqui estão mais alguns que assisti.

Drive

O melhor filme de ação do ano. Faz Velozes e Furiosos parecer filme feito para tv (Oh, wait...).

O Ryan Gosling faz um dublê de cenas de ação que envolvem carros, trabalha numa oficina mecânica, quer ser piloto de stock car e nas horas vagas faz bico de motorista de assaltos. E ele é metódico e muito bom nessa última função, por isso é requisitado (e cobra caro) para muitos serviços.

Acontece que ele foi se apaixonar pela vizinha (com um filho fofo) que....wait for it.... tem um marido que está na cadeia. A confusão está armada, mas surpreende.

O Ryan Gosling está excelente no papel do motorista, o Albert Brooks faz um mafioso dos melhores, a Carey Mulligan não faz muita diferença, mas tem o Bryan Cranston de Breaking Bad, Ron Pearlman de Sons of Anarchy e até a Christina Hendricks de Mad Men. A trilha sonora é excelente.

Eu queria dizer para o pessoal do Oscar que até entendo não terem indicado o Ryan Gosling, a lista de melhor ator está muito boa, mas o Albert Brooks poderia muito bem estar entre os coadjuvantes. E, sério que vocês deixaram Drive de fora dos 9 (nove!) candidatos a melhor filme? Olha, cavalo por cavalo eu prefiro os do motor do carro do Ryan Gosling. #prontofalei

A Tia Helo não ia gostar muito desse filme, provavelmente dira uns 317 "Ai, Jesus!", mas ia querer o Ryan Gosling de motorista (ela e todo mundo).


Tinker Tailor Soldier Spy (O Espião Que Sabia Demais)

Espionagem britânica na época da Guerra Fria. Sem o James Bond.

Os britânicos descobriram que um de seus espiões é um agente duplo e também dá uma forcinha do lado soviético. O Gary Oldman (indicado a melhor ator, estava na hora né?) faz um espião da alta cúpula que foi forçado a se aposentar depois de um incidente para tentar descobrir o tal agente duplo, mas é chamado de volta para continuar a investigação por fora.

É um filme que começa lento, mas os 10 minutos finais valem a pena, especialmente a trilha sonora que acompanha as cenas finais. É uma filme de sutilezas, cenas lentas, muitos olhares significativos, sorrisos falsos, muito não dito e muita gente moralmente flexível.

Além do Gary Oldman, tem o Colin Firth (ótimo!), e o Benedict Cumberbatch (o Sherlock Holmes moderno).

Eu gostei. A Tia Helo iria tirar uma soneca no meio desse filme, mas no fim diria uns 480 "Ai, Jesus!" seguidos.


A Separation

Um casal decide se separar e a esposa sai de casa. Acontece que, para cuidar do pai com Alzheimer, o marido tem que contratar alguém que fique o dia em casa enquanto ele trabalha e a filha estuda. A mulher contratada vai no primeiro dia, desiste depois de alguns pequenos problemas, pede para o homem contratar o marido dela, que não aparece no trabalho, e depois ela é quem fica cuidando do vovô.

Um dia ela precisa sair, amarra o vovô na cama, e quando chega o patrão já está meio enfurecido e a coloca para fora. Ela estava grávida e perde o bebê. Tudo isso vai parar no tribunal.

Pelo que entendi o sistema jurídico iraniano não tem advogados (ponto para eles!), pelo menos no que parece ser pequenas causas. As partes apresentam a causa e se acusam e se defendem e um juiz decide tudo. Parece almoço de família italiana. É curioso ver a relação das pessoas com a mentira, a verdade e até que ponto uma crença tem influência ou não numa decisão.

O filme iraniano, que é indicado a melhor filme estrangeiro no Oscar desse ano, se encaixa bem no bordão do Dr. House: "Everybody lies.".

É um filme muito bom. A Tia Helo diria uns 219 "Ai, Jesus!", especialmente para a mulher tentando limpar a casa com aquele lenço na cabeça que se estende para uma capa.


23.1.12

Analisando a música: Bizarre Love Triangle - New Order

Essa semana vi dois filmes que tocavam essa música, e, para falar a verdade, eu nunca parei para analisar a letra dessa música, eu gosto mesmo é da batida.

O New Order, todo o mundo sabe, é a banda que se formou depois que o Ian Curtis morreu e o Joy Division acabou. E a banda sobreviveu muito bem a década de 80. Bizarre Love Triangle é de 1986, e junto com Perfect Kiss, Round and RoundBlue Monday, foi um hit da época (que ainda toca muito hoje).

Todo triângulo amoroso é um pouco bizarro mesmo. Quem nunca?

Então vamos a música do New Order.

Every time I think of you
I feel shot right through with a bolt of blue
It's no problem of mine
But it's a problem I find
Living a life that I can't leave behind
There's no sense in telling me
The wisdom of the fool won't set you free
But that's the way that it goes
And it's what nobody knows
Well every day my confusion grows


Já sei que é um cara falando para um garota, que provavelmente está em outro relacionamento e temos a terceira parte do triângulo. Acompanhem. "Toda vez que penso em você me sinto atingido por um raio inesperado" OU "toda vez que penso em você me sinto atingido por um raio de tristeza", ou seja, ele pensa nela e fica surpreso porque pensou, ou fica triste porque pensou nela, ou as duas coisas. (essa frase em inglês é linda, já vale a música)

Aí ele diz que não é problema dele (porque ele é a terceira parte), mas que é um problema viver uma vida que não consegue deixar para trás (ou esquecer). E que, como todo mundo sabe, não adianta dar conselho, que é assim mesmo, o que ninguém sabe, mas ele continua confuso. E eu também.

Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say


O refrão: toda vez que ele a vê cair (que pode ser literal ou não), desmoronar, ele pede e espera que ela diga as palavras que ele não pode. Então, que palavras são essas? Pelo jeito ela está num relacionamento não muito bom e ele está de fora esperando que ela saia.

I feel fine and I feel good
I'm feeling like I never should
Whenever I get this way
I just don't know what to say
Why can't we be ourselves like we were yesterday
I'm not sure what this could mean
I don't think you're what you seem
I do admit to myself
That if I hurt someone else
Then I'll never see just what we're meant to be


Tudo resolvido. Ele se sente bem, como não deveria, porque apesar de não estar com ela, ele também está curtindo. Não sabe o que dizer, só gostaria de se sentir como antes (momento nostálgico da música, e indica que alguma coisa mudou - acho que ele descobriu que ela tinha outro). Ele não sabe o que isso tudo significa, mas acha que ela não é o que parece (cai fora cara! fica a dica) e sabe que ser a terceira parte do triangulo não é legal. Que fazer outra pessoa sofrer não vai deixar os dois saberem o que poderiam ser. 

Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say



Mas ele insiste nesse refrão (que todo mundo canta levantando os braços - isso mesmo, eu vi você com as mãos para cima) e ainda torce para ela ter coragem para acabar com o triangulo bizarro, seja dando um fora nele ou no outro.



Enquanto ele espera ela se decidir, a gente dança.



21.1.12

+ Filmes

Já teve o Globo de Ouro e eu não tinha visto quase nenhum dos filmes, então antes do Oscar decidi colocar alguns em dia para poder apostar em algum bolão com mais certeza.

The Ides Of March (Tudo Pelo Poder)

Ryan Gosling (delícia, mesmo sem tirar a camisa) faz um assistente de gerente da campanha a presidência dos EUA do George Clooney. No começo ele é um rapaz com ideais, sempre achando que está do lado certo, e fazendo a coisa certa, mas todos nós sabemos que no mundo da política a coisa não é bem assim, mesmo que seu candidato seja o George Clooney.

O Ryan Gosling recebeu uma indicação ao Globo de Ouro por essa atuação e foi merecida, a diferença do personagem dele no início e no fim do filme é sútil, mas marcante.

George Clooney dirigiu esse filme com eficiência, e acho que aproveitou para inserir algumas de suas próprias idéias políticas em algumas partes. Eu votaria nele.

A Tia Helo também votaria nele, junto com 23 "Ai, Jesus!" que ela diria para esse filme.


Perfect Sense

Um novo virus surge no qual depois de uma tristeza profunda, acompanhada de uma crise de choro, as pessoas perdem o olfato.

Susan (Eva Green) é uma epidemiologista que estuda o caso e passa por um momento na vida no qual ela se sente só. Michael (Ewan McGregor) é um cozinheiro que não consegue dormir acompanhado. Um dia ele pede um cigarro a ela e assim eles se conhecem. O virus é contagioso, quase que instantaneamente, e ambos perdem o olfato.

E o mundo continua a funcionar sem que as pessoas sintam o cheiro das coisas. Susan e Michael  se conhecem melhor.

Acontece que depois surge um segundo virus, que depois de uma crise de paranóia e muita fome as pessoas perdem o paladar. O mundo se adapta e a vida segue. Susan e Michael namoram.

Aí vem o terceiro virus (ou será que é um só virus em várias etapas?) acompanhado de uma ira profunda seguida da surdez. Com isso o mundo entra em crise, como lidar com uma população de surdos?

O quarto virus é o portador de extrema felicidade, mas priva outro sentido.

Eu gostei desse filme, é um pouco deprimente, mas é bom. E tem o Ewan McGregor né? Até o Louis CK gosta dele.

A Tia Helo, however, não ia gostar nada desse negócio de ir perdendo os sentidos, ainda mais o paladar. 146 "Ai, Jesus!" para Perfect Sense.



We Need To Talk About Kevin (Precisamos Falar Sobre Kevin)

Como um garoto de uma família aparentemente boa se torna um assassino? Ou será que ele nasceu assim?

O Kevin não é serial killer, ele é um assassino em massa, aquele que mata várias pessoas de uma só vez. E porque o Kevin fez isso?

O Kevin já era um garotinho difícil, chato, provocador, sacana, mas será que ter uma mãe que vivia com medo dessa criança não piorava as coisas? Uma mãe que deixa um menino usar fraldas até uns 5 anos de idade? E o pai banana que incentivava o arco e flecha? Ou será que o Kevin seria assim de qualquer jeito?

A Tilda Swinton está muito bem no papel da mãe que oscila entre o medo, a raiva, a culpa e a vergonha, mas bom mesmo é o Kevin, e os 3 meninos que o interpretam. Desde o Damien eu não tinha tanto medo de um garotinho.

Só uma coisa: o que são as camisetas curtinhas do Kevin? Pô Eva (a mãe), só isso já é um bom motivo para acertar alguém com uma flecha.

É um filme um pouco parado, com vai e vem no tempo, as vezes cansativo, mas é bom. Se a Tia Helo tivesse sido professora do Kevin, garanto que ele não teria matado uma mosca. Ou não. 451 "Ai, Jesus!" para as flechadas do Kevin.

15.1.12

Light Painting




O pessoal da Lomography do Rio fez um workshop de light painting e fui descobrir como funciona essa técnica.

Light painting é fazer desenhos com luzes (lanternas, velas, etc) mantendo o shutter da máquina aberto para uma longa exposição que vai captar o movimento da luz. Não são todas as máquinas da Lomo que tem o modo longa exposição, mas a La Sardina e a Diana Mini tem.

Para esse workshop um filme estava incluído e ofereceram máquinas para quem não tinha ou queria experimentar uma nova. Como eu gosto de uma novidade escolhi a Colorsplash para testar. A Colorsplash é uma máquina que já vem com flash embutido, e filtros coloridos para o flash. É o que eu chamo de party camera, porque as fotos ficam mais bacanas a noite e com o elemento fotografado mais perto, ou seja, é ótima para tirar fotos do pessoal nas festas.

colorsplash com vermelho

colorsplash com amarelo
Para fazer o Light Painting fomos até a praça atrás de escuridão para tirar as fotos, claro que lugares escuros no Rio de Janeiro não são indicados, então tinha bastante luz que tira um pouco do foco do desenho. O filme usado foi o 35mm asa (ou iso) 100 básico, para as cameras Fisheye deram um filme asa 400, e na minha La Sardina tinha um filme tungsten (mas usei mais a Colorsplash). Achei divertido.


Essa técnica é com um flash na mão. Aperta o flash, vira e repete. Não sei se dá para ver direito, mas sou eu de frente para mim mesma comigo no meio. Uma coisa assim, egocêntrica.

acho que tentei um smiley 
com velas
obviamente não sei desenhar 
consegui fazer uma palmeira (yeah!)

uma guerra de flashes
owwww um coração (tirada com a  la sardina)

14.1.12

Brincando com a La Sardina (2)

Já que as minhas primeiras fotos com a La Sardina foram todas entre o vermelho e o laranja, para vocês não acharem que a máquina só tira fotos nessas cores decidi colocar mais algumas fotos aqui.

Dessa vez usei um filme de 35mm normal, asa 100,  e um tungsten, que realça as cores azuis puxando para o roxo. Tenho preferido usar a La Sardina a Diana Mini, primeiro pela lente grande angular, e, segundo, fazer sobreposições é mais fácil e divertido. (mas vou voltar a brincar com a Diana Mini)


a vaca com filme asa 100
uma das sobreposições que a La Sardina faz,
é só puxar o botão para o MX
e tirar outra foto (filme asa 100)


copacabana com filme asa 100

um final de tarde com o filme tungsten

um quase por do sol também com tungsten

outra sobreposição com filme tungsten

a bicicleta e ipanema com filme tungsten
e uma noturna com a máquina na posição B de longa exposição
Gostei do filme tungsten, ainda mais que tiro muitas fotos diurnas e as cores mudam e a revelação é sempre uma surpresa. (O único problema é que não são todos os laboratórios que revelam esse tipo de filme, assim como o preto e branco.)

Mais fotos no Flickr.

11.1.12

Museu das Telecomunicações

Depois do Museu da República eu estava andando pelo Flamengo e me lembrei do divertido Museu do Telefone que existia ali na Dois de Dezembro.



Então, o casarão que era a central telefônica do Rio (na época que uma ligação para São Paulo demorava 2 horas para completar), depois foi o Museu do Telefone, agora é o espaço cultural Oi Futuro com galeria de arte, teatro, biblioteca e o moderno Museu das Telecomunicações.



O museu novo é audio-interativo, ou seja, te dão um controle remoto com fones de ouvido para você apontar para um sensor e escutar o video, ou explicação do que está exposto.

o tal controle remoto

 O Museu das Telecomunicações não é grande, mas tem todos os tipos de telefones expostos (da mesa telefônica a uma coleção de celulares), uma timeline interativa da história da comunicação, muitos videos sobre rádio, tv e comunicação com o espaço e até um holograma interativo. Ficou compacto, mas é tudo bem explicado. Achei bacana. (Pessoas claustrofóbicas não vão gostar muito, tem que passar por duas portas para entrar, tipo as de banco que para uma abrir a outra tem que fechar, e não tem janelas)

quem nunca? (e de ficha)

na falta de latas de leite condensado, o graham bell usou isso aí.

alexander graham bell, seu gênio!

o bobophone. design italiano, claro.

Confesso que achava o museu antigo mais divertido, mais hands on, tinha um expositivo gigante de como uma ligação se completava, que devia ser maior que todo o museu novo.

O Museu das Telecomunicações é de graça.


como diria o clark kent....



10.1.12

Palácio do Catete e Museu da República




A esposa do Barão de Nova Friburgo decidiu morar perto do mar e o Barão construíu o Palácio de Nova Friburgo ali na Baía de Guanabara, onde hoje é o bairro do Flamengo/Catete. A construção começou em 1858, mas só ficou pronto em 1866. O casal só morou na casa por pouco tempo e depois que ambos faleceram, seu filho vendeu a casa para um grupo que iria fazer um hotel de luxo. Não deu certo e o banqueiro Francisco Paula Mayrink comprou para depois vendê-lo ao governo.

O Palácio então, em 1897, se tornou a sede do Governo Federal até 1960 quando foi transferida para Brasília. E hoje o Palácio do Catete é o Museu da República.



O Museu tem 3 andares. No térreo tem a história do palácio, do Barão de Nova Friburgo, os presidentes que ali viveram, e o Salão Ministerial, onde os presidentes se reuniam com seus ministros.



A escada que leva ao segundo andar é suntuosa. Aliás, tudo no palácio é suntuoso, detalhado, ostentação nível 100. E é no segundo andar que tem os salões com detalhes em cada canto da parede, móveis originais da época do Barão, pisos de marchetaria incríveis, louças, cristais, e tudo mais que o dinheiro e os decoradores da época podiam comprar.

salão de baile

os pisos são lindos




parede trabalhada


No terceiro andar tem uma exposição boa sobre a República, e o famoso quarto do Getúlio Vargas, onde ele suicidou-se, com os móveis todos na posição original do dia em que ele morreu.



O jardim do Palácio é enorme, bonito, cheio de árvores altas e laguinhos. Um lugar agradável para descansar, e estava cheio de gente passeando.

Está aberto de terça a sexta de 10 as 17 e sábado, domingo e feriados de 14 as 18. A entrada do Museu custa R$ 6,00 e mais R$ 5,00 se quiser o audio guide. (Peguei o audio guide dessa vez, foi bem instrutivo na hora de mostrar os detalhes dos salões, e é bom para os estrangeiros porque não tem nada escrito em inglês ou espanhol)

O jardim é de graça.

Na última vez que estive no Museu da República ainda nos davam pantufas para ficarmos deslizando no chão de madeira dos salões. Agora isolaram os salões e só vê da porta.

Outra coisa que me chamou atenção foram as estátuas no jardim. A maioria é de crianças sendo cruéis com animais, uma coisa no mínimo estranha. Devia ter um audio guide explicando.

gente, coitado do canguru!


5.1.12

Jardim Botânico do Rio




O Jardim Botânico foi fundado pelo D. João VI em 1808 com a intenção de aclimatar especiarias vindas das Índias Orientais. De lá para cá as plantas já se aclimatizaram, se misturaram com a flora nacional e a cidade tem um espaço verde incrível.


O JB tem 137 hectares e 55 deles estão abertos a visitação desde 1822. Ali estão, nas aléias, muitas das espécies de plantas e flores brasileiras e de outros lugares do mundo.


orquídeas

bromélias

Os corredores de Palmeiras Imperiais são impressionantes, e o JB tem várias outras plantas tão interessantes quanto. Além das plantas, tem edificações históricas, chafariz inglês, jardins temáticos, lagos construídos e esculturas.


bambus

O passeio pelo JB é uma delícia, as árvores altas fazem muita sombra, tem banheiros e bebedouros espalhados, e muitos bancos.

descansei no banquinho
O Jardim Botânico é todo plano, fácil de andar, mas é preciso ter cuidado com os animais silvestres, os mosquitos e com as plantas. Eu estava lá na alameda das palmeiras imperiais tentando tirar uma foto minha com o timer, corri, a máquina tirou a foto, e quando voltei para ver se tinha dado certo, escutei um barulho que me fez pular. Achei que tinha sido uma batida de carro na rua, mas não. Foi um galho de uma das palmeiras que caiu a 1 metro de mim, onde eu tinha passado segundos antes.

estava andando tranquilamente...

pá! caiu o galho.

Imagina um galho de, sei lá, 2 metros, despencando 30 metros na sua cabeça. Pois é. O Jardim Botânico pode ser um passeio radical.



A entrada custa R$6,00 e está aberto das 8:00 as 17:00. Não esqueça de usar sapatos confortáveis, protetor solar e repelente. E um capacete, just in case.

4.1.12

Parque Lage





O Parque Lage as vezes é esquecido por ser tão perto do Jardim Botânico, é menor que o vizinho famoso, mas tão agradável e bonito quanto.


O casarão foi construído em 1849, reformado na década de 1920, e foi tombado pelo patrimônio histórico em 1956. Hoje abriga a Escola de Arte Visuais do Parque Lage.
Dentro do parque tem muitas coisas para ver e fazer. O casarão tem uma piscina com vista bonita para o Corcovado, e jardins geométricos na frente. Dentro tem o Café Du Lage, para quem quiser tomar ou comer algo antes das caminhadas. 


Tem trilha, gruta (artificial, mas bacana), um aquário numa casa que parece a do Shrek, uma cachoeira com laguinho, e muitos bancos para sentar e curtir o verde.

aquário/casa do shrek

gruta

lago dos patos

De todas as vezes que fui ao Parque Lage essa foi a que vi mais turistas, estrangeiros e nacionais.


A entrada é grátis. E não esqueça o repelente.