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24.5.23

Miami Beach

 Quando o pessoal da escola marcou a reunion de 35 anos em Miami e colocaram a maior parte dos eventos em Miami Beach aproveitei para ficar lá.

Miami Beach é considerado outro município, tem sua própria prefeitura e suas próprias taxas (todos os hotéis dessa área cobram uma taxa de resort mesmo sem ser resort).

A praia principal de Miami começou a ser explorada depois que, em 1926, um furacão deixou mais de 20 mil pessoas desabrigadas. Mas a maior parte dos prédios art deco que existem ali hoje foram construídos nos anos 1930-1940.

ocean drive a noite é agitada

A praia é extensa mas a parte principal dos prédios art deco fica em South Beach e no centrinho de Miami Beach.

É um lugar muito agradável para ficar. É praticamente uma cidade de veraneio com as casas e prédios baixos (menos ao norte da praia que já tem prédios com mais de 20 andares), muito arborizada, com calçadas (isso em Miami pode ser raro), comércios locais, muitos restaurantes e bares e a Lincoln Road, que é um shopping ao ar livre. Tem também alguns parques, o South Pointe bem ao sul, o Flamingo Park no meio, o Collins Park ao norte e o jardim botânico de Miami Beach.

south pointe park
o calçadão (e ciclovia)
lincoln road (o teatro virou H&M)
lincoln road

A praia é muito boa, a água é fria mas não gelada, de manhã cedo tem várias pessoas praticando esportes e mais tarde um pouco as barracas de praia colocam suas cadeiras. Não sei quanto custa alugar uma cadeira e barraca, mas tem áreas para estender a canga e sentar na areia.

Para circular pela cidade usei a bicicleta que tinha no hotel e me senti uma local indo para cima e para baixo de bike. Parei na praia, no Whole Foods, nas lojas, na farmácia.

ruas arborizadas da meridian avenue

Mas para quem não quer andar, ou pedalar, ou dirigir (não aconselho porque estacionamento é caro) tem também trolleys que fazem três circuitos em loop pela cidade. E é de graça e tem ar condicionado.

memorial do holocausto

O transporte público em Miami não é dos melhores. Tem ônibus mas demoram uma eternidade. Tem metrô de superfície mas só na parte continental de Miami e ainda assim não é muito eficiente por causa da estrutura da cidade que é muito espalhada. No centro da cidade tem o metromover que é uma espécie de trem de superficie que faz alguns loops e é de graça, e tem os trolleys, também de graça. Não tive tempo nem muita paciência para desvendar o sistema de transporte público e achei mais fácil e prático usar o uber.

o trolley gratuito

Miami Beach é perto de downtown Miami e da área central da cidade então aproveitei e fui no Perez Museum que não conhecia, dei uma andada pelo Design District que tem todas as lojas de marcas de luxo e fiz uma caminhada de lá até Wynwood.

perez museum
yayoi kusama no perez museum
zaha hadid em downtown miami
design district

Da última vez que estive em Wynwood achei muito bacana, cheio de arte de rua, bares e lojas locais. Dessa vez me pareceu que virou uma disney do street art. A área com as paredes pintadas passou a ser fechada e cobrada uma entrada. E agora tem muitos mais bares e restaurantes e prédios novos subindo.

Outro lugar em Miami que não conhecia, e fui, foi a Casa Vizcaya que fica para o lado de South Miami, perto de Coconut Grove. É uma casa de 1917 que foi construida imitando estilo italiano por um empresário de Chicago para fugir dos invernos congelantes e ficar no quentinho da Florida.

A casa fica de frente para o mar na baía de Biscayne. Tem um jardim enorme, lindo, que tem um manguezal imponente. Na frente da casa tem a escultura de um barco (feita em pedra e concreto) que serve como quebra mar mas na época do James Deering rolava umas festinhas e os convidados eram levados de gondola.


Por dentro a casa tem um pátio interno, vários quartos, inclusive um de música. Os móveis estão todos lá, a preservação do lugar é muito boa. É um passeio agradável.

patio interno (no ar condicionado)

E essa foi minha passagem por Miami entre os eventos da reunion (teve bar, teve festa, teve churrascaria, teve praia e teve muita fofoca). A última vez que a turma se encontrou foi na escola no Rio de Janeiro (em 2018). Para esse encontro Miami venceu no voto, mas parece que o próximo vai ser em Lisboa.


21.5.23

New Orleans

Sempre quis conhecer New Orleans, a cidade dos EUA que é menos americana mas é sim muito americana. É berço do jazz, do carnaval americano conhecido como Mardi Gras, e de muitas histórias de vampiros.

Dessa vez quando o pessoal da escola marcou a reunion de 35 anos da turma em Miami não perdi a oportunidade de passar uns dias em New Orleans e conhecer essa cidade que foi construída em cima de um pântano na beira do Rio Mississippi.

mississippi river

Cheguei num sábado que era o segundo fim de semana do famoso Jazz Fest. Acontece que só descobri que estava acontecendo o festival quando cheguei lá e todos me perguntavam se eu tinha ido para o Jazz Fest. A cidade estava cheia de gente de todas as idades. A Bourbon Street que já é uma bagunça em qualquer dia da semana, no sábado estava mais ainda. Em New Orleans os americanos podem andar com suas bebidas na rua, proibido no resto do país (exceto Las Vegas).

bourbon street

Andei um pouco pelo French Quarter, vi os bondes passando na Canal Street, fui até a Jackson Square no fim de tarde e terminei vendo de tudo na Bourbon Street.

No dia seguinte fiz um tour a pé pelo French Quarter onde a guia contou a história da cidade, suas influências francesas e espanholas e nos mostrou vários prédios e casas típicas do bairro.

jackson square

Depois peguei um ônibus e fui até o Garden District ver os casarões dos ricos que decidiram construir suas casas em um novo bairro fora do French Quarter. O Garden District é super arborizado, as árvores de carvalho no meio das calçadas são lindas e é agradável andar por ali. Só achei estranho ficar enfiando a cara pelas grades para ver melhor as casas.

magazine street
shotgun houses
a casa do benjamin button

Do Garden District de volta para a Canal Street peguei o famoso bonde da linha verde que é a linha de bonde mais antiga dos EUA. É uma delícia andar de bonde.

Momento transporte público: New Orleans tem um passe chamado Jazzy que pode ser um, dois ou 3 dias. Serve para todos os transportes. Usei ônibus e o bonde. Não dá apra confiar nos horários mas até achei a frequência de ambos boa.

dentro do bonde

Fiz um tour de bicicleta e New Orleans é sim uma cidade ótima para bicicletas. É plana, tem ruas e avenidas largas (fora do French Quarter) e tem muitas ciclofaixas. O tour foi pela beira do Rio Mississipi até a Esplanade Avenue que é uma avenida longa super arborizada que vai até o City Park.

esplanade avenue

Antes do parque paramos em um dos cemitérios da cidade que para os americanos é diferente por serem túmulos coletivos acima da chão.

casa do degas que passou uma
temporada em new orleans

O City Park é enorme, tem todo um pântano lá dentro, tem o Museu de Arte de New Orleans, e tem uma unidade do Café du Monde com seus beignets super açucarados.

haja açúcar

Por fim passamos pelo bairro Treme (da série da HBO) e fomos no Louis Armstrong Park que tem um teatro e uma área enorme com lago e uma estátua do trumpetista mais famoso do jazz.

Também fiz um tour de fantasmas que passava pelo French Quarter a noite e as histórias eram muito boas.

No último dia decidi pegar o bonde verde outra vez até quase o final da linha onde ficam as universidades de Tulane e Loyola e o Audubon Park. O parque é lindo, cheio de arvores de carvalho e uma pista de caminhada/corrida/patinação/bicicleta que dá uma volta inteira no parque.

prédio camuflado na charles street
oak tree

Nesse dia choveu mas consegui andar um bom pedaço da Magazine Street, uma rua que tem uns 8km e vai da Canal Street até o Audubon Park. Essa rua tem características diferentes em cada pedaço, tem casas de madeira fofas e negócios locais, depois tem prédios baixos de tijolos e vários restaurantes e lojas e perto da Canal Street tem prédios altos e hotéis.

casas em diferentes trechos da magazine street

A noite fui na famosa Frenchmen Street que é uma rua de 2 quarteirões com bares e lá o negócio é andar na rua, escutar as música vindo dos bares e escolher a que você gosta mais e entrar. Preciso dizer que não sou fã de jazz, então de todos os bares o que mais gostei foi um que tinha uma moça cantando com um guitarrista e um baterista.

o sanduiche mais famoso da cidade

E assim passei por New Orleans. Gostei muito, mas faltou ver os museus, lá tem um museu da Segunda Guerra que dizem ser o melhor do país, e faltou fazer um tour dos vampiros e de vodoo. Fica para a próxima.