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27.12.11

Inhotim



Inhotim é um Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico. Fica a 60km de Belo Horizonte no município de Brumadinho.







Chegar até lá de carro não é tão fácil quanto parece no mapa do site, as placas só vão aparecer quando se está a 15km de Inhotim. Saindo de BH são 2 opções, na verdade 3, mas as duas principais são: uma pela estrada da mineração (BR040 que vai para para o Rio de Janeiro), nessa tem uma placa indicando onde entrar. A outra é saindo pela Avenida Amazonas na estrada que vai para Contagem e Betim (BR381), nessa tem que acreditar que uma placa vai aparecer depois de Betim para entrar em direção a Brumadinho.

A terceira foi a que fizemos por um erro do GPS e fomos por dentro de todas as cidades entre Contagem e Brumadinho. Um caminho interessante, mas longo e demorado.

O importante é chegar. Pela estrada é difícil acreditar que vamos chegar num lugar tão organizado, parece outra dimensão. Já fiquei impressionada quando mandei um e-mail perguntando se estaria aberto na sexta antes do Natal e me responderam em menos de dois minutos. Nem minha mãe me responde tao rápido.

caleidoscópio
Inhotim está aberto de terça a sexta das 9:30 as 16:30 e sábado, domingo e feriados das 9:30 as 17:00. Para aproveitar tudo é melhor chegar cedo mesmo. São muitas galerias, jardins, plantas e obras ao ar livre para ver.





Pode comprar o ingresso pela internet, mas comprei na hora, não estava cheio. Paguei a entrada (R$20) junto com o carrinho (+ R$10). Esse carrinho leva para as galerias que estão mais distantes. Dá para fazer tudo a pé, mas algumas partes são caminhadas morro acima de meio quilometro e nessas horas o carrinho é muito amigo.

alguns caminhos são assim
outros no meio do mato

Por todo Inhotim tem banheiros e bebedouros. Lá dentro tem 2 restaurantes, lanchonete, pizzaria, bar e café. Nós almoçamos no Tamboril e a comida era excelente.

São oferecidas visitas mediadas gratuitas. Todos os funcionários são educados, simpáticos e treinados para fornecer informações sobre o Instituto e as obras.

Algumas galerias ficam próximas umas das outras e algumas ficam mais longe. Eu fiz o lado esquerdo e depois o lado direito, mas muitas pessoas fazem as galerias que ficam perto e depois vão para as que estão mais longe.

galeria cosmococa

Eu a-do-rei os jardins. O traçado de Inhotim é fantástico, o terreno é muito bem aproveitado e tem cada planta maravilhosa. Uma obra de arte.







As galerias são de obras variadas, com materiais inusitados, inclusive os prédios. As que mais gostei foram: a Cosmococa que tem várias salas interativas (inclusive uma piscina), a Adriana Varejão e a Miguel Rio Branco (com fotos fantásticas), mas são todas boas. Dentro das galerias não é permitido fotografar

galeria adriana varejão
As obras que ficam ao ar livre, para minha surpresa, combinam com a natureza do jardim e com os prédios, seja na forma, nas cores, ou simplesmente na ousadia de colocar objetos tão inesperados naquele lugar.

os rostos nessa obra foram feitos de moldes dos habitantes de brumadinho



Dei muita sorte com o tempo, depois de 15 dias chovendo direto na região, fez sol. É tudo tão organizado que na porta das galerias tem guarda-chuvas para andar entre os prédios, just in case. Um dia é suficiente para ver tudo, chegando cedo, claro, e não esqueça o protetor solar e sapatos confortáveis. O importante é fazer no seu ritmo, sem esquecer de parar, sentar nos bancos de madeira e apreciar a vista.



É um lugar para voltar, estão construindo novas galerias e sempre colocam outras obras externas.

No Flickr tem mais fotos.


UPDATE: Voltei a Inhotim em 2016 e continua maravilhoso, bonito, organizado, e as minhas impressões continuam as mesmas. Algumas pequenas mudanças aconteceram: o preço da entrada subiu (e do carrinho também), claro, dessa vez tinha 2 novas galerias, a da Claudia Andujar está linda (tanto o prédio quanto as fotos) e agora pode tirar foto dentro das galerias, mas sem flash.
Um dia dá para ver quase tudo (claro que depende de pessoa para pessoa), mas se for para ver em 2 ou mais dias é melhor dormir em Brumadinho. 

26.12.11

Santos Dumont, Minas Gerais

Esse ano fui passar o Natal com a família de Minas em Belo Horizonte, e para chegar lá fiz um road trip Rio-BH.

No meio do caminho, entre Juiz de Fora e Barbacena, tem a cidade de Santos Dumont. Antes ela se chamava Palmira e foi lá, numa fazenda, que o Alberto Santos Dumont nasceu. O pai do Santos Dumont, Henrique Dumont, era engenheiro e trabalhava na construção da estrada de ferro. Cabangu, onde fica a fazenda, era o canteiro de obras onde o pai do Santos Dumont levou a família para morar, por pouco tempo, mas suficiente para o Alberto nascer lá, em 1873. A família se mudou em 1875. Em 1914 o Santos Dumont voltou a casa que nasceu e queria comprá-la, mas como pertencia a Ferrovia Nacional, o estado fez uma doação através de uma lei e o Santos Dumont se tornou fazendeiro. Quando ele morreu, em 1932, devolveu a casa a cidade que a transformou num museu.

E em homenagem a Santos Dumont a cidade também mudou de nome.

torre eiffel no centro de santos dumont



O Museu Casa Natal de Santos Dumont fica a 16km do centro da cidade, em Cabangu.

a casa


Lá tem a casa, que é pequena, com alguns móveis da época, pertences do Santos Dumont, exposição de itens da época, muitos posters e quadros com fotos e as cartas que ele escrevia para o administrador da fazenda.

No terreno tem um lago pequeno, muitas árvores, uma réplica do 14 Bis e 3 galpões com exposições sobre a vida e trabalho do Santos Dumont.

14 bis
O museu fica aberto de 8:00 as 17:00. Na parte da tarde tem visitas guiadas.

estação de trem

No Flickr tem mais algumas fotos.

26.12.05

Minas, uai

Minas, uai

A capital

Esse ano o Natal foi em Belo Horizonte. Fui lá ver o lado mineiro da família.

A cidade cresceu bastante desde a última vez que eu estive lá, mas BH pra mim é uma confusão arquitetônica. Lá se encontra muitos exemplos da arquitetura desde 1890 até hoje, com muitas coisas boas (igreja da Pampulha, alguns prédios do Niemeyer, muitas praças, casas) e ruins (prédios com pilotis, colunas em V, fachadas de vidro, fachadas de concreto aparente), e por aí vai. E está tudo misturado e espalhado naquelas avenidas laaargas. Só que dessa vez o que mais me impressionou foi a nova igreja do Bispo Macedo, um exagero, um prédio enorme. Dizem que ele derrubou casas antigas e tombadas ( tsc, tsc), e ainda ficou parecendo a loja nova da Daslu em SP, só que no prédio do bispo vende-se vaga no céu.

A festa do Natal foi muito boa! Fazia tempo que eu não via os primos, as tias e tios e foi bom conhecer a nova geração, os filhos dos primos.


Um passeio na Estrada Real

Na volta para o Rio passamos por Congonhas, Tiradentes e Barbacena.

A Tia Helo ia adorar Congonhas. Lá tem uma basílica com os 12 profetas (em pedra sabão) e mais 6 capelas cada uma com esculturas (em madeira) desde a Santa Ceia até Jesus na cruz. Tudo feito pelo Aleijadinho. Muito bonito, muito expressivo. O guia lá disse que era o maior acervo de arte barroca da América Latina, ok, eu acredito. A Tia Helo ia querer levar tudo para o quarto dela, se “eles” deixassem, é claro.

Não vi muito da cidade de Barbacena, dizem que lá tinha muita casa de repouso para, hum, doentes mentais. Parece que o clima de lá fazia bem para os maluquinhos. Mas eu não vi nada disso, só vi a EPCAR (escola da aeronáutica), onde o meu pai estudou. A escola é enorme, com ginásio, piscina aquecida, cinema, campo de futebol, laboratórios, sei-lá-quantos alojamentos, tudo muito organizado. Infelizmente os cadetinhos estavam de férias.

Tiradentes é linda. É típica da época colonial. As ruas ainda são de pedra, o que dificulta a passagem dos carros e deixa a cidadezinha mais simpática. O centro histórico está bem preservado, com muitas lojinhas e galerias de arte. Os restaurantes são quase todos de comida mineira.

E confesso que o meu estômago é mineiro....hummm....feijão tropeiro, tutu, couve, torresminho.....doce de leite, biscoitinhos, bolo....ô trem bom é essa comida mineira, sô.