27.7.22

+Séries e Filmes (e 2 novelas coreanas)

Séries

Ms Marvel - série teen da Marvel sobre a Kamala uma garota americana, de New Jersey, de origem paquistanesa que um dia descobre um bracelete da vó e com isso ela ganha uns poderes. Através da Kamala conhecemos a história do Paquistão e como é a vida da comunidade muçulmana nos EUA. Os pais da Kamala adoram Bon Jovi. As músicas são ótimas e como Kamala gosta de desenhar a identidade visual da série é muito bacana. DISNEY+

The Offer - Uma série sobre como O Poderoso Chefão chegou as telas do cinema. Miles Teller faz Al Ruddy o produtor responsável por pegar o livro do Mario Puzo e chamar o Francis Ford Coppola para dirigir. E não foi fácil. Achei boa essa série, e vale ver (ou rever) o filme. PARAMOUNT +

Loot - Maya Rudolph é Molly, uma mulher que, depois de pegar o marido no flagra, fica com bilhões de dólares no divórcio. Ela descobre que tem uma fundação que ajuda várias instituições e decide colocar a mão na massa. É bobinha e divertida. Apple TV+

Black Bird - Taron Egerton é Jimmy Keene, um rapaz, ex jogador de futebol americano e filho de policial, que é traficante de drogas. Ele é preso e condenado a 10 anos na prisão. Para diminuir sua sentença (e até sair da prisão) pedem para ele ir para outra prisão onde só tem casca grossa e ficar amigo de um serial killer para conseguir uma confissão. Apple TV+

The Last Movie Stars - uma série documentário de 6 episódios feita pelo Ethan Hawke sobre o casal Paul Newman e Joanne Woodward. O Ethan Hawke conseguiu (com o filho do Paul Newman) caixas de entrevistas transcritas que Paul Newman estava fazendo com um amigo roteirista para um livro de memórias. Ethan Hawke chamou alguns de seus amigos atores para interpretar os entrevistados. Então enquanto escutamos as entrevistas ficamos vendo várias imagens do casal que fez muitos filmes e peças juntos. Tem também várias imagens de Paul e Joanne em programas de tv e filmes caseiros. HBO Max

Pacto Brutal - em dezembro de 1992 o país ficou chocado com o assassinato da Daniella Perez que fazia o papel da Yasmin na novela De Corpo e Alma e era o maior sucesso. A coisa ficou ainda mais macabra quando descobriram que o assassino foi o par dela na novela, o ator Guilherme de Pádua. Mas tem muito mais nessa história e é isso que o documentário mostra. Lembro muito bem dos acontecimentos da época e o documentário tem mais informações e depoimentos. HBO Max


Filmes

Persuasão - pegaram o livro mais denso e dramático da Jane Austen que tem uma protagonista já com quase 30 anos que deu um fora no namorado quando era mais jovem, por influência da família e de uma amiga da mãe, e se reencontra com ele 7 anos depois e se vê ainda apaixonada mas acha que ele a despreza, e fizeram uma versão mais light com a Dakota Johnson falando para a camera como a Fleabag. Os puristas acharam que Jane Austen está se revirando no túmulo mas eu achei que se deixar as pessoas interessadas em ler o livro e saber mais da história já é positivo. Não é ótimo mas também não é péssimo. NETFLIX

Halftime - um documentário sobre a Jennifer Lopez (J.Lo para os íntimos) e como ela se preparou para os 6 minutos de show no intervalo do Superbowl em 2020 (os outros 6 minutos eram da Shakira). Uma coisa vou dizer da J. Lo: ela é esforçada mas para ela menos não é mais. NETFLIX

The Girl In The Picture - Um documentário sobre uma moça que foi encontrada na beira de uma estrada, levada ao hospital como vítima de atropelamento e morreu. Só que nada é o que parece. É um plot twist atrás do outro e é uma história muito triste. NETFLIX

The Gray Man - filme dos irmãos Russo (que dirigiram o Winter Soldier, o melhor filme do Capitão America, e os dois últimos filmes dos Vingadores) resolveram fazer um filme de espiões com Ryan Gosling, Chris Evans e Ana de Armas. Adianto que a melhor coisa desse filme é a Ana de Armas e ela já merecia um filme de espiã só dela. Ryan Gosling faz o agente Sierra Seis que, como o Jason Bourne, vem de uma cria especial da CIA. Aí numa missão ele descobre que o novo chefe (o Duque de Bridgerton, péssimo aqui) quer acabar com o programa de agentes Sierra e acaba perseguido pelo Chris Evans com um bigode ridículo (sdds barba) que faz um psicopata trabalhando legalmente para o governo. Ryan Gosling malhou um bocado, Chris Evans parece estar se divertindo e tem até o Wagner Moura, mas tudo nesse filme é cafona: as tomadas aéreas, os cortes, a fotografia, as lutas, as explosões exageradas, figurino, etc.  NETFLIX


Novelas Coreanas

 My Liberation Notes -Diria que essa é uma novela coreana filosofica. É sobre três irmãos (duas moças e um rapaz) que trabalham em Seul mas moram num subúrbio rural e levam mais de uma hora de trem até a cidade. O maior drama deles é essa distância porque toda a vida social deles acontece em Seul e quando eles tem que ficar até mais tarde na cidade eles tem que combinar de voltar juntos e dividir o taxi. Em casa o pai deles tem um negócio de carpintaria e também uma horta que eles ajudam a colher. Na casa vizinha mora o Sr. Gu que trabalha na carpintaria com o pai da familia. O Sr. Gu é jovem (e sexy), calado, misterioso (ele pagou o aluguel da casa por um ano e ninguém sabe o primeiro nome dele) e ele só faz duas coisas: trabalhar e beber depois do trabalho olhando as estrelas. A Mi Young é a filha mais nova, tímida, ela e uns colegas introspectivos do trabalho criam um grupo para se libertarem do que quer que seja (a falta que faz Freud na Coréia). Um dia ela cria coragem, chega no Sr. Gu e diz que se ele não faz nada que ele pelo menos a venere (sim, venerar, até agora não entendi isso mas eu também pediria qualquer coisa para o Sr. Gu). Os dois ficam amigos, mas é uma amizade esquisita. A irmã mais velha está empenhada em arranjar um namorado. O irmão tem a melhor história: ele trabalha numa empresa de lojas de conveniência mas não consegue avançar, é ele que tem muita vontade de morar na cidade e é o mais reclamão. Assisti essa novela só pelo Sr. Gu (e porque tenho zero maturidade já que o G em coreano tem som de K).



Uma Advogada Extraordinária - Essa novela é sobre a Woo Young Woo, uma advogada autista. Quando ela era criança a mãe abandonou a família e o pai não sabia como se comunicar com ela até que ele descobriu que ela decorava os livros de direito que tinham em casa. Young Woo cresceu, se formou na melhor universidade da Coréia do Sul e conseguiu um emprego num escritório grande. Cada episódio é um caso diferente que mostra como ela pensa diferente dos colegas e dá soluções criativas. Junto com os casos vamos conhecendo a história dela e vendo como os amigos, colegas e clientes a tratam. E ela adora baleias. NETFLIX

14.7.22

Elvis

Confesso que quando vi o trailer a primeira vez no youtube não me empolguei, mas aí vi o trailer no cinema e mudei de idéia. Pensando bem, Baz Luhrmann e Elvis: tudo a ver.

O Baz Luhrmann tem um estilo próprio. Seus filmes são ágeis, tem cortes dinâmicos, tem animações, tem muito brilho, exagero, extravagância e sempre tem uma trilha sonora ótima. Baz sabe escolher músicas.

Aqui ele conta a história do Elvis Presley pelos olhos do Coronel Tom Parker, que era o agente do cantor.

O Coronel Parker é o vilão do filme (e da vida do Elvis) e o Tom Hanks está parecendo o Pinguim do Batman. No começo a vilania Dick Vigarista me incomodou mas depois achei que fez sentido com o tom um pouco cartunesco/HQ do filme, é para ele incomodar mesmo. 

O Austin Butler está maravilhoso. É um papel difícil porque Elvis é Elvis né? Austin Butler não é muito parecido com o Elvis mas depois de 5 minutos dele em tela você já acha que ele é o Elvis. O tom de voz é igual. Tem uma sequência que vai do Elvis retomando o sucesso em 1968 até a primeira vez dele em Las Vegas (1970) que é sensacional. Em alguns momentos do filme tem cenas do Elvis de verdade e você já não sabe quem é quem, demora para perceber. E ele faz o Elvis dos 20 aos 40, da fase rock n' roll a fase cafona em Vegas.

A trilha sonora é excelente. Não tem só Elvis Presley, tem várias músicas de artistas novos onde tem a influência da música do Elvis, seja em pedaços usados em mixagens de hip hop (Doja Cat e Eminem), remix hipsters (Tame Impala) ou em versões recentes (Kacey Musgrave e Maneskin). Claro que tem as influências do Elvis como Gospel e Blues. Tem Hound Dog numa versão que seria a original antes do Elvis levar para o mundo e é muito boa! Tem uma versão de Cotton Candy Land cantada pela Stevie Nicks e Chris Isaak que chega ser assustadora e combina com o personagem do Tom Hanks. Austin Butler canta algumas músicas também. Inclusive palmas para a cena que Baz Luhrmann usa Suspicious Minds no filme.

E todas as cenas que mostram as meninas e mulheres (e alguns rapazes) se empolgando com o Elvis rebolando são muito divertidas. Como disse o meu amigo Luiz elas estavam pensando "O que é isso que eu nunca senti e que é muito bom?".

O Elvis é um fenômeno. Os Beatles eram fãs.

Acho que nem preciso dizer porque a Tia Helô diria 825 "Ai, Jesus!" para one for the money, two for the show, three get ready now go, cat, go....

9.7.22

Thor Love and Thunder

A última vez que vimos o Thor ele tinha acabado de derrotar o Thanos junto com toda a galera dos Vingadores (e todos os outros heróis da Marvel) e se juntou aos Guardiões da Galáxia para um rolê.


No início desse filme o Korg (aquele amigo de pedra do Thor que ele conheceu em Ragnarok) conta toda a história do Thor (e é uma sequência ótima!) até o momento presente. Thor, que ficou sem irmão (sdds Loki), pai, mãe, namorada e planeta está meio deprimido. Ele ajuda os Guardiões da Galáxia a resolver os perrengues de outros planetas daquele jeitão dele (afinal ele é um deus) mas nada o deixa animado.

O Thor é um deus em evolução, ele tem sempre o que melhorar e está sempre aprendendo novas coisas (as vezes involuntariamente).

Depois de ajudar um povo azul que dá ao Thor duas cabras gigantes, ele descobre que sua amiga lady Sif perdeu uma batalha contra o vilão do filme que é o Gorr. 

Quem é Gorr na fila do bifrost? Ele foi escolhido por uma espada especial que o tornou um matador de deuses que está rodando por aí eliminando os deuses. Lady Sif diz para Thor que Gorr está indo para New Asgard, que fica na Noruega, para onde foram os sobreviventes de Ragnarok.

Enquanto isso descobrimos que Jane Foster (Natalie Portman) está doente mas ela escuta o chamado do que restou do Mjolnir (o martelo) e vai até New Asgard que virou ponto turístico sob o comando da Valquíria.

Gorr chega com seus monstros de sombra em New Asgard. Thor chega para acabar com a festa mas ele vê Jane que agora é a Mighty Thor com seu querido Mjolnir. Depois de muita luta o Gorr sequestra as criancinhas da cidade e some. Ele quer que Thor vá atrás dele porque tem uma coisa que ele quer.

Thor e Jane tem uma DR e temos uma sequência muito boa, ao som de ABBA (óbvio), nos contando como foi o relacionamento dos dois.

Aliás, pausa para dizer que se Ragnarok foi Led Zeppelin, Love and Thunder é puro Guns n' Roses.

O trio (Thor, Jane Thor e Valquíria) concluí que precisa ir na reunião de condomínio dos deuses que é comandado por ninguém mais do que o síndico Zeus. Thor e Cia querem juntar um exército de deuses para acabar com o Gorr, ou, no mínimo, o raio de Zeus emprestado.

E chega ou vou dar muitos spoilers, vão ver que é muito divertido.

Esse filme é pura galhofa, em muitos momentos parece uma paródia dos outros filmes. Dei muita risada, muita mesmo, mas teve um desequilíbrio entre a parte fanfarrona e a parte mais emocional. Em Ragnarok esse equilíbrio é bem melhor. Taika Watiti acertou mais em Ragnarok, pronto falei.

O Melhor Chris (o Hemsworth) se achou na comédia e o timing dele é excelente. E está em forma. O 3D no IMAX valeu a pena. 👀 

O vilão Gorr (o ótimo Christian Bale) tem uma motivação muito boa. O visual no planeta das sombras ficou bacana.

Jane Foster está de volta. Gostei dela como Thor mas continuo achando que Natalie Portman (que pareceu se divertir mais nesse filme) e Melhor Chris tem ZERO química. E isso fica ainda mais evidente nas cenas com a Valquíria (a ótima Tessa Thompson) que tem química com todo mundo, até com a cabeça do Korg, ela é muito cool.

Russell Crowe é Zeus, e agora toda vez que escutar o podcast Noites Gregas vou imaginar ele como o deus grego. O Zeus desse filme deixa a dica que existe uma divisão entre os deuses das antigas e os novos (os super-heróis). Basicamente a história de American Gods, o livro do Neil Gaiman. 

Esse filme tem duas cenas pós-créditos. Nada nesses filmes da Marvel é a toa e tudo é uma deixa para um futuro filme (ou série). Ficou cansativo e já deixei de acompanhar muita coisa da Marvel. Meio que dei por encerrado depois de Vingadores Ultimato, mas não deixaria de ver o Thor. 

A Tia Helô iria ficar passada com essa história de cada um com seu deus. Ela diria 615 "Ai, Jesus!" para as cabras gritantes do Thor.