5.10.19

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Ad Astra

O filme do Brad Pitt no espaço.



Nesse filme Roy McBride (Brad Lindão) é um engenheiro/astronauta calmo, eficiente e introspectivo, que no início do filme está em uma estação espacial quando acontece um acidente, ele cai mas dada sua calma ele consegue abrir o paraquedas e pousar.

O acidente foi causado por uma sobrecarga elétrica que veio de Netuno e descobrimos que o pai do Roy está viajando pelo espaço há 30 anos. E há pelo menos 16 anos ninguém sabia onde ele estava. O governo então coloca Roy numa missão para se comunicar com ele e isso deve ser feito de Marte.

É um filme muito bem feito, lindo, tem uma fotografia belíssima, tem elementos futuristas muito interessantes (a viagem comercial a lua e outros detalhes), o design de som é ótimo (mas a trilha nem tanto), Brad Pitt está maravilhoso (tanto visualmente quanto atuando) e tem uma história que permite uma filosofada sobre o a vida o universo e tudo mais.

MAS achei esse filme chato e arrastado. Tem até algumas cenas de ação para agitar um pouco mas se perdem na imensidão filosófica do personagem. A música me cansou e não me apeguei ao personagem do Brad Pitt o suficiente para me importar e confesso que revirei os olhos em uma cena com o Tommy Lee Jones. É uma história de pais e filhos. Esse filme tem uma narração que vai questionando, explicando e é muito melancólica.

A Tia Helô teria tirado uma boa soneca nesse filme. 35 "Ai, Jesus!" Só para a cena inicial.


Coringa




O Coringa é o melhor vilão do Batman, talvez de todos os super heróis. Ele é um anarquista, quer ver o mundo pegar fogo e ver todo mundo perder a sanidade mental. Dele pode-se esperar tudo. Tudo mesmo.

O Coringa do Heath Ledger é um primor, pela primeira vez deu para sentir um medo real desse personagem sem limites. O Coringa do Jack Nicholson era mais fanfarrão e o do Cesar Romero (da TV) divertido.

Nesse filme com o Joaquin Phoenix temos a origem do personagem. Ele deixou de ser o cara que caiu num barril de produtos químicos (o do Jack Nicholson) e um cara que conta histórias variadas e sombrias do seu passado (Heath Ledger) e agora é um homem perturbado, doente mental e com um passado traumático que vive numa sociedade decadente.

A historia de Arthur Fleck é desenvolvida até o ponto em que ele vira o Coringa de fato. E que transformação.

Joaquin Phoenix carrega esse filme nas costas, foi feito para ele e não decepciona. A atuação dele é sim tudo isso que estão falando.

A trilha sonora é ótima.

Estava achando o filme só bom (além do Joaquin Phoenix que brilha o filme inteiro), até os 30 minutos finais que são sensacionais.

A Tia Helô iria ficar tensa a cada risada do Arthur Fleck, mas iria achar ele bom menino por cuidar da mãe. 814 "Ai, Jesus!" para cada piada que ele anota no caderninho.


Midsommar

Hereditário foi um dos melhores filmes que vi ano passado e o mais perturbador, então claro que fui ver o filme novo do Ari Aster.



Midsommar não é terror como Hereditário, pelo menos não o mesmo tipo de terror. Midsommar anda mais na linha do terror psicológico.

O filme é sobre uma garota, Dani, que está num relacionamento muito perto do fim (onde um pede para fazer uma coisa e o outro diz "mas combinamos isso?") e os amigos dele estão pressionando para ele acabar o namoro. Ela está preocupada com um e-mail que recebeu da irmã e logo depois descobrimos que a irmã matou os pais e se matou.

Dani entra numa depressão, os meses passam e no verão seu namorado (que não acabou com ela depois do acontecido) diz que vai passar 2 semanas na Suécia com os amigos.

O sueco Pelle que convidou os amigos para irem a Suécia conhecer sua comunidade durante os festejos do Midsommar. O namorado da Dani e um dos amigos estudam antropologia e acham que pode ser um bom estudo.

Dani decide ir junto, a contra gosto dos amigos do namorado. Menos do Pelle que é super gentil com ela. Chegando no interior da Suécia a primeira coisa que fazem é tomar um cházinho. Aí, amigos, tomou chazinho já era.

Os americanos então começam a conhecer os rituais do Midsommar da comunidade do Pelle.

A fotografia desse filme é linda, tem transições interessantes, a Florence Pugh como Dani é ótima, o figurino e desenho de produção são impecáveis, e, sim, tem rituais bizarros ou então não seria um filme do Ari Aster.

Gostei desse filme, é longo, são mais de 2 horas mas até que passou rápido. Você acaba imerso na comunidade do Pelle junto com a Dani.

A Tia Helô iria ficar horrorizada, 825 "Ai, Jesus!" para cada vez que alguém oferece um chazinho.

Eu só queria saber como é que os suecos fazem para manter aquelas roupas tão brancas.


Blinded By The Light

Esse filme usa as músicas do Bruce Springsteen para contar a história do Javed um jovem britânico de família paquistanesa que mora numa cidade nos burbs de Londres no fim da década de 1987.

Javed quer ser escritor mas seu pai quer que ele tenha um emprego e uma noiva paquistanesa. O pai do Javed fica com todo dinheiro que os membros da familia ganham. Ele controla tudo, não deixa nem o Javed ir numa festinha do outro lado da rua.

Javed tem um melhor amigo, Matt, que está numa banda e tem uma namorada. Matt está sempre querendo arranjar uma namorada pro Javed e curte um som new wave.

Um dia Javed é apresentado as músicas do Bruce Springsteen, começando por Dancing In The Dark, e ele se identifica com todas as letras do Boss.

Javed começa a se vestir como Bruce e inspirado escreve um artigo para o jornal da escola que ganha fama e dá a ele um prêmio. Javed até arranja uma namorada. E o filme é sobre o gap cultural e geracional entre o Javed e seu pai.

O filme é baseado numa história real e no fim tem fotos do Javed da vida real com Bruce Springsteen.

É um filme ok, não é um musical mas tem partes musicais. Adoro Bruce Springsteen mas a história do Javed não me empolgou. A trilha sonora é ótima, além das músicas do Bruce Springsteen tem outros clássicos da época.

A Tia Helo talvez gostasse da linha dura do pai do Javed. 216 "Ai, Jesus!" para cada vez que um walkman aparece na tela.