30.4.11

Bye Michael Scott


Em 2007 fui na locadora pegar algumas séries que não conhecia e descobri The Office, com atraso, já que estava em sua quarta temporada. Vi a segunda e terceira temporadas em uma semana e fui logo para quarta.

É uma das melhores comédias americanas, mesmo sendo filial de uma série inglesa (ótima!). A primeira temporada não empolga muito, e ainda bem que só a vi depois da segunda, que é fantástica. O Michael Scott (o genial Steve Carell) definitivamente irrita muita gente com suas palhaçadas, inconveniência e infantilidade, mas também diverte muito. Ele é um dos personagens principais da série, mas não é único, cada um dos outros tem sua importância, mesmo que só fale duas palavras a cada 5 episódios (Creed, você é o melhor!). Jim e Pam formam um dos casais mais legais da tv, e Dwight, com toda sua nerdice, diverte.

Sobre a série já falei muitas vezes aqui no blog, é uma das minhas favoritas (tenho até os dvds - presente da Luizinha), acontece que o Steve Carell fez seu último episódio essa semana e, com ele, Michael Scott saiu do escritório.

Nessas sete temporadas o Michael Scott aprontou bastante, e nessa sétima temporada não foi diferente: pertubou o pessoal do escritório na noite que foram ver Glee, vaiou o Andy por pura inveja, jogou ovos na casa do Toby, invadiu o batizado da filha do Jim e da Pam, empurrou brócolis garganta abaixo do Kevin e quis roubar a idéia do Darryl. Tivemos até o filme do Micahel Scarn (um dos alter egos de Michael Scott), Threat Level Midnight, muito bom! Mas ele reencontrou o amor que ele perdeu na quinta temporada, Holly, e vai ser feliz com ela no Colorado.

O que o Michael Scott tinha de interessante é que, apesar da sua faceta infantil, egoísta e sem noção, ele era um excelente vendedor e volta e meia nós eramos lembrados disso e porque ele era o Gerente do escritório. E também era capaz de momentos fofos, mesmo que involuntários. Acho que por isso os seus colegas de escritório fizeram essa homenagem na episódio da semana passada.

Michael saiu. Não sei quem vai ficar no lugar, ainda tem um ou dois episódios para o fim da temporada e vem cheios de participações especiais. Eu vou continuar assistindo, quero ver o que vem pela frente, mas o Michael vai fazer muita falta (nunca pensei que fosse dizer isso).


E que o Steve Carell faça muitos filmes legais. (o próximo em cartaz esse ano é o Crazy, Stupid, Love, que, só pelo elenco, vale o ingresso.)

29.4.11

Royal Wedding




Acordamos cedo para ver o casamento do Príncipe William e Kate Middleton. E começou as 6 da manhã com os convidados chegando na Westminster Abbey.

Beckham e Victoria chegaram lindos, Elton John estava lá de óculos roxo, e várias outras pessoas que não reconheci. Todos os convidados estavam elegantes, 90% das mulheres estavam de chapéu, mas o mais esquisito de todos era de uma das princesas, filha do Príncipe Andrew (não sei se a Beatrice ou Eugenie).

oi??

A decoração da igreja ficou linda com as árvores que colocaram dentro.

O Príncipe William estava bonitão com uniforme militar vermelho, o Principe Charles estava bem, e a Rainha Elizabeth arrasou num vestido amarelo.

rainha elizabeth II mostrando como se usa um chapéu.

Kate Middleton chegou pontualmente (coisa que to-das as noivas poderiam copiar né?), as 7:00 da manhã aqui, num vestido lindo, chic, desenhado por Sarah Burton, sucessora do Alexander McQueen. Ela estava linda.

Foi uma cerimônia simples, rápida e bonita. Impecável.


príncipe william e catherine, aka, duque e duquesa de cambridge

Mas o melhor foi o Príncipe Harry.

Ele estava descabelado, com cara de quem aproveitou a noite anterior, sorriu, olhou para a noiva antes do William e contou como ela estava. Adoro.


ruivinho e ainda é solteiro :)


25.4.11

Séries novas

The Killing - Imagina um episódio de CSI, ou de Criminal Minds, ou de Law and Order, transformado em uma temporada de 12 episódios (ou numa série inteira, já que não sei se o mistério será resolvido até o fim dessa temporada). É sobre a investigação do assassinato de Rose, mas, enquanto isso, conhecemos a detetive responsável pelo caso, seu substituto/parceiro esquisito, os pais da Rose, os amigos que mentem, o político que de alguma forma está envolvido no assassinato, etc. Já vi 5 episódios e gostei muito. Só não achei legal terem transformado Seattle num lugar tão sinistro, a cidade é linda.

Shameless - Essa é sobre uma família desajustada, ou não. Frank é um alcoólatra, irresponsável e vagabundo, pai de 6 filhos que vão da adulta Fiona ao bebê Liam. Na verdade quem toma conta de tudo é a Fiona, e cada um tem um problema, desde roubar até tocar fogo em qualquer coisa. O casal vizinho Veronica e Kevin ajudam, as vezes com vontade e outras sem muita. Tem a agorofóbica mãe da Karen, namoradinha do Lip, e muitas outras pessoas esquisitas na vida dos Gallaghers. A primeira temporada já acabou e eu achei divertida.

Lights Out - Sobre Patrick "Lights" Leary, um boxeador que já tinha se aposentado, mas devido a problemas finaceiros tem que voltar a lutar. Com apoio do pai e do irmão marginal, sem o apoio inicial da esposa e da filha que sabe que ele esta doente. Essa temporada única (infelizmente) vai dos treinos a luta, tem um fim bittersweet e vale a pena. Pena que não tem segunda temporada.

Happy Endings - Série estilo Friends que já me fez rir um bocado. O Alex abandona Dave no altar e depois eles decidem conviver para o bem dos amigos: Jane, irma de Alex e seu marido Brad, a amiga solteirona Penny e o amigo gay Max. O Max é hilário, e a química de todos funciona super bem. E não tem aquelas risadas ridículas de fundo. (aliás, parece que no mundo das séries, 6 pessoas e o numéro básico para um grupo de amigos)

Game of Thrones - Dizem quem é uma série na linha de O Senhor dos Anéis, mas até agora não vi nenhum ser sobrenatural, ou tipo hobbit (se bem que tem um anão). Tem uns seres mistériosos, os White Walkers. Anyway é a boa e velha fofoca/intriga na briga pelo trono de um reinado. Confesso que fiquei confusa no primeiro episódio, não decorei o nome de nenhum personagem, mas tem o Sean Bean (talvez aí a comparação com os filmes) e o bonitão Jason Momoa. A série é da HBO e o primeiro episódio já veio para chocar.

Mildred Pierce - É uma mini série se 5 episódios, baseada no livro de mesmo nome, e também já teve um filme com a Joan Crawford. A Mildred é uma dona de casa que, durante a depressão dos anso 30, separada do marido tem que trabalhar para sustentar as duas filhas. Acontece que Veda, a filha mais velha da Mildred, é arrogante, esnobe e só pensa em ser rica. É daquelas que debocha da mãe quando descobre que esta trabalha uniformizada numa lanchonete. A Mildred é uma excelente cozinheira e, mesmo depois da morte da filha mais nova, dá a volta por cima, abre um restaurante, vende tortas e fica rica. Mas a Mildred é uma boba, ela é usada por um playboy falido e por sua filha, que quer ser cantora. Se essa história parece familiar é porque o Gilberto Braga se baseou nela para escrever Vale Tudo. A Kate Winslet faz a Mildred Pierce da série e está ótima, a reconstituição de época é excelente e tal, mas nada supera Maria de Fátima e cia em Vale Tudo.

The Kennedys - Outra mini série de 8 episódios, obviamente sobre a "família real" americana. No começo é até boa, mostrando o patriarca Joe Kennedy e suas articulações para que algum dos filhos chegar a presidência. O primeiro, Joseph, morre na guerra e sobra para John tentar o cargo mais poderoso do mundo, com um Bobby super certinho ao seu lado. Essa série é preguiçosa, não conta nenhuma história bem, fica num vai e vem desnecessário e cansativo, e colocaram a Katie Holmes como Jackie Kenney. Katie Holmes continua fazendo a boca-torta-quero-ser-sexy que ela fazia em Dawson's Creek, péssima. Os Kennedys (Jack, Bobby e Jackie) eram tão carismáticos que é difícil reproduzir o efeito que eles causaram nos anos 60. O Greg Kinnear e o Barry Pepper até se esforçam, fazem o sotaque e tudo, mas música é chata e, sinceramente, não acrescenta e nada. Melhor ver JFK do Oliver Stone ou Treze Dias Que Abalaram o Mundo.

24.4.11

Fala Ney (8)

O Ney, no seu inferno astral, começou a filosofar como as pessoas vem ao mundo:

"Para a Gisele (Büdchen) Deus disse: 'Olha Gi, no começo você vai morar numa casa cheia de gente, com um banheiro, lá no interior do Rio Grande do Sul. Você vai até trabalhar numa fábrica de sapatos, mas não se preocupe, isso só vai durar 15 anos. Depois pega que o mundo é seu.' E quando a Gisele já estava saindo ele gritou 'E Gi, força no cabelo!', literalmente."

"Para mim Deus disse: não terás magreza, nem muitos amores, mas terás saúde e amigos em abundância."

E o Ney tem os melhores amigos.

O Ney foi ser chic e comemorar o aniversário na Zooropa. Então meu amigo, um feliz aniversário!!! Tenho certeza que será muito bem comemorado. :)

23.4.11

Book Report: The Pillars of the Earth - Ken Follett

A Amazon me sugeriu esse livro 8 vezes ano passado. Achei estranho porque, geralmente, as sugestões são baseadas em outros livros que você compra, e eu nunca comprei nenhum parecido com The Pillars of the Earth. Anyway, a minha amiga Ana Silvia leu e disse que era ótimo, e eu já tinha lido em outros blogs que o livro valia a pena.

Acontece que é um livro de mil páginas. MIL. Tenho preguiça de segurar livros grandes (um dos motivos que ainda não terminei Ulisses), mas essa desculpa se foi com a compra do kindle, e encarei a leitura.

O livro é sobre a construção da catedral de Kingsbridge (fictícia), ao longo de 50 anos, no séc XII. E durante esse período houve uma guerra pelo trono inglês, conhecida como The Anarchy, que durou 19 anos.

É sobre o sonho de dois homens, o mestre de obras Tom e o padre Phillip, que querem construir uma catedral, por diferentes motivos. O padre quer por ser um religioso e uma catedral é o templo máximo da religião católica, e o mestre de obras quer por ser a obra que exige mais de um construtor (e significava trabalho garantido por uma vida inteira). O padre Phillip se envolve na politicagem da briga pela coroa e é sempre desafiado (para não dizer sacaneado) por um bispo, Waleran, sem escrúpulos.

Também é sobre um rapaz, Jack, filho bastardo, que mora na floresta com a mãe, Ellen, mas depois, quando sua mãe se envolve com o mestre de obras, descobre um talento para construção. É capaz de tudo para manter sua mãe feliz e se apaixona por uma moça nobre, Aliena.

Aliena passa por maus bocados quando seu pai é condenado por trair a coroa, mas ela consegue dar a volta por cima (algumas vezes), sustenta o irmão, e se apaixona pelo rapaz bastardo, mas passa a vida sendo assombrada por William, o homem que entregou seu pai e depois ficou com o título de earl (conde?) e condado do seu irmão. (William era tão invejoso e mau, que toda vez que ele aparecia no livro alguém ia apanhar, morrer ou ser estuprada. A mãe do William também não era boa coisa.)

E é sobre como começou, durou e terminou a guerra pelo trono, as traições e fofocas da corte, a manipulação por títulos de nobreza e o papel da Igreja nisso tudo. Phillip representa o religioso bom, puro, sempre com boas intenções, e Waleran é o outro lado da moeda, sempre malicioso, e com interesses próprios.

O Ken Follet escreve bem, é uma leitura flúida, não tem partes tediosas, mesmo sendo super detalhista. O livro é bom, mas é previsível. Só duas passagens me surpreenderam, e os personagens são ou do bem ou do mal (exceto Jack e Aliena que tem alguns tons de cinza). O que eu gostei foi exatamente dos detalhes da vida no séc. XII: como comiam, plantavam, colhiam, dormiam, negociavam, se transportavam; fofocas políticas envolvendo a realeza, intrigas religiosas, as batalhas e, especialmente, as construções. O Ken Follet fez uma ótima pesquisa.

Fiquei com vontade de passear pela cidades mencionadas no livro e ver as catedrais que existem na região sudoeste da Inglaterra.

Assisti a mini série de 8 capítulos baseada no livro. Mudaram algumas coisas, umas para melhor e outras nem tanto. Acertaram na escalação do Bispo Waleran (Ian McShane) e do Tom Builder (Rufus Sewell). O casal Aliena e Jack ficou fraquinho, mas o Padre Phillip recebeu um upgrade ao ser interpretado pelo Matthew Macfadyen (no livro ele não é tão bonito).

17.4.11

Corrida de domingo

Hoje de manhã acordei cedo para ver a maratona de Londres na tv, e logo depois desci para ver a meia maratona de Fortaleza.

Não vou comparar tamanho das provas, organização, número de corredores, e muito menos o clima (ok, 10ºC em Londres e 30ºC em Fortaleza). Nunca corri a maratona de Londres, mas em 2007 fui ver a chegada. Ano passado eu corri a prova de 10km dentro da meia maratona de Fortaleza e sei bem como é.

Vou só mencionar duas coisas que me chamaram atenção:

1- Em Londres todas (TODAS!), as ruas por onde passam os corredores são fechadas. Inclusive as que passam pelos pontos turísticos mais importantes da cidade. Aqui em Fortaleza só fecham uma parte da Leste-Oeste e na Beira Mar deixam uma faixa da avenida para os corredores, a outra é para os ônibus e carros com motoristas irritados que ficam buzinando; e motos que invadem a faixa dos atletas.

2- Em Londres tem público em TODO percurso, pessoas batendo palmas e apoiando os corredores. Em Fortaleza acho que só tem público na Beira Mar, e nem posso chamar de público, porque são pessoas que vão andar e nem olham para os corredores. E, acreditem, pode ser pior, tem gente que gosta de ficar gritando coisas desagradáveis para quem está correndo. Super educados.

Fortaleza já tem eventos de corridas há 10 anos, essa meia maratona existe desde 2002 (corri no primeiro ano). Me impressiona que a organização ainda tem muito o que melhorar, especialmente a divulgação dos eventos para o público. É uma prova de no máximo 3 horas, será que fechar o trânsito em algumas ruas e avenidas por esse tempo, num domingo de manhã, é tão difícil assim?

16.4.11

O Kindle


Sou fã dos livros de papel, adoro ficar horas numa livraria e, sim, compro livros pela capa (adoro quando investem em designs interessantes, e até agora só me arrependi uma vez).

Desde que o Kindle foi lançado eu fiquei curiosa. Essa coisa de ter os livros num só lugar, leve e fácil de carregar era uma ótima idéia (especialmente nas viagens). Até o dia que eu vi um cara na academia com aquele modelo antigo, grande, branco e me desinteressei.

Voltei a me interessar depois que li esse post do Alex Castro, que me conveceu, entre outros motivos, que um kindle é ótimo para quem mora fora dos EUA/Inglaterra e quer ler livros em inglês. Quando compro livros na Amazon, além de pagar o frete, demoram cerca de 5 semanas para chegar, igualmente quando compro em livrarias online aqui no Brasil. A oferta de livros em inglês nas livrarias (físicas) é limitado, e muitas vezes só clássicos.

Aí a Amazon lançou um novo modelo, mais leve, menor, mais prático e li nesse post da Adriana o quanto ela tinha gostado de ter comprado um. Mas, antes de tudo, eu precisava da experiência de ler num e-reader, então baixei a app do kindle no iTouch e comprei um livro para ler. Já é fantástico que o livro leva menos de 60 segundos para se baixado no iTouch, e mais barato que a versão física.

Li Dead and Gone no iTouch e achei bom, mas a tela é pequena e a luz me incomodava. Para livros que não exigem muita atenção dá, mas para livros mais longos fica cansativo.

Até então eu não tinha visto o Kindle novo, foi quando no metrô do Rio vi um cara segurando um e lendo. Ali eu decidi que ia comprar um.

Depois de pesquisar muito, concluí que era melhor comprar via Amazon mesmo. Muitos dos sites (e Mercado Livre) que vendem o Kindle aqui tem nas letrinhas pequenas que você terá que pagar os impostos, que não incluem no preço, imagino eu que eles pedem o produto na Amazon e depois enviam. Comprando pela própria Amazon os impostos já são incluídos, e chegou em 2 dias. O que sai muito caro são esses impostos abusivos, tanto o de importação quanto um ICMS com cálculo "por dentro" esquisito. #prontofalei

Com a economia que vou fazer nos preços do livros, compensa.

Então vamos ao Kindle.

A tela é ótima para ler, o tamanho é perfeito para segurar em qualquer posição, é fácil organizar os livros, pode escolher o tamanho da letra e espaçamento; e tem funções ótimas como: fazer anotações, marcar frases e páginas, alguns livros vem com marcadores populares, e, a minha favorita, tem uma voz que lê o livro que você pode acompanhar lendo ou só escutando. E já vem com um dicionário, é só colocar o cursor do lado da palavra que a definição aparece no pé da página. O que comprei é o simples, só com wi-fi, não preciso de um com 3G, e, como disse, a rapidez com que os livros são baixado é impressionante. Tem que ter cuidado para não se empolgar.

Claro que a maioria dos livros oferecidos pela Amazon são em inglês, mas tem alguns em português, e pode-se achar livros em outros lugares, inclusive de graça (livros de domínio público). O Kindle também lê arquivos em PDF e, se for o caso, a Amazon converte outros formatos para o formato kindle.

O Kindle também tem um browser básico, mas só para e-mails e no máximo o twitter, é preto e branco e lento.

Desisti de comprar livros de papel? Não, ainda gosto de passear nas livrarias, ver as novidades e as capas. Muitos autores não permitem seus livros no formato Kindle e se tiver um que eu queria muito ler, vou comprar, anyway, ainda tem espaço na minha estante.

Já tenho 3 livros no Kindle. Agora estou lendo The Pillars of The Earth, indicado pela minha amiga Ana Silvia. Tem 1000 páginas, e estou feliz de não ter que segurar um livro grande desses para ler.

Será que se eu colocar Ulisses no Kindle, termino de ler?

11.4.11

Jardim Japonês (3) a inauguração


balões sendo soltos

No início de fevereiro escrevi um post sobre o Jardim Japonês de Fortaleza. Esse jardim vinha sendo construído há quase três anos e já estava dois anos além da data inicial de inauguração. Confesso que não acreditava que essa inauguração iria acontecer tão cedo, afinal, como coloquei no post, o jardim precisava de algumas reformas para ficar pronto.

A prefeitura deve ter sentido a pressão de ter alguma obra pronta para o aniversário da cidade e, em dois meses, cerca e bancos foram pintados, plantas foram colocadas (algumas trocadas); e a cascata passou a funcionar. Só não sei se as carpas foram colocadas no lago porque não fui convidada para festa, fiquei do lado de fora vendo tudo em um dos dois (dois?!) telões que colocaram.


telão com propaganda do governo tirando a atencão do jardim

placa sendo coberta para cerimônia

cascata funcionando


Aliás, festa que teve toda pompa que políticos e afins adoram. Tinha banda militar (que tambem ficou do lado de fora), balões, telões com propaganda do governo, provavelmente um coquetel, moças vestidas com kimonos e até fogos de artifício. Só não tinha público.

balões antes de soltar

"japonesa"

Para um governo que se diz popular, e a prefeita repetiu isso algumas vezes em seu discurso, colocar uma rua de largura para separar as pessoas do jardim não foi uma maneira simpática de inaugurar um espaço público. A Beira Mar estava vazia, e o fato de fechar a avenida 3 quarteirões antes do Jardim não ajudou. Ninguém que passava ali estava muito interessado no que estava acontecendo no telão.

no telão: momento brasil com japão


Alguns grupos de Tai Chi Chuan e artes marciais se apresentaram na rua isolada, teve o momento religioso, momento discurso político e até consul japonês falou algumas palavras.

tiazinhas do tai chi chuan


jardim iluminado


Todo mundo só parou mesmo para ver os fogos de artifício que foram espetaculares e valeram a espera e chatice do resto da cerimônia.


Resta saber como vai ser a visitação e como vão fazer a manutenção do jardim. Eu continuo não gostando do espaço, mas assim que puder entrar, vou até lá e volto com mais detalhes.


Jardim Japonês (1), (2) e a visita (4)

8.4.11

Conversas iPodianas (21)

Comprei o iPod nano novo na última viagem e até agora só tinha escutado as várias playlists de corrida que fiz. Hoje eu deixei no modo shuffle e o iPod novo, assim como o antigo, resolveu se manifestar com a seguinte sequência:

- Everybody's Changing - Keane
- Suddenly Everything Has Changed - The Flaming Lips
- Changes - David Bowie
- Change The World - Eric Clapton

Ok, iPod, entendi, vou usar mais o modo shuffle e deixar você escolher as músicas.

3.4.11

Ovos de páscoa sem chocolate

Ok, confesso cedi a pressão dos tetos de ovos de chocolate no supermercado e até já comi um esse ano (alpino dark). E a páscoa nem chegou ainda. Acontece que nem só de chocolate vive a páscoa, e não estou falando de religião.

Há alguns anos eu aderi a arte (não sei de que país já que vários tem essa tradição) de pintar ovos de galinha. Em 2007 até escrevi um post sobre isso, e também foi a última vez que pintei alguns ovinhos.

Então esse ano eu resolvi voltar a tradição. Se você, leitor ou leitora, ficou curioso em como faz, aqui vai um passo a passo.

Antes, eu queria dizer que pode só cozinhar o ovo e pintar, e depois, se quiser, comer. Eu prefiro tirar a gema e a clara, num processo trabalhoso, porque dá para guardar por muitos e muitos anos. Algumas pessoas tiram o recheio do ovo depois de pintar, eu prefiro fazer antes.

Primeiro, meia dúzia de ovos brancos. (provavelmente só uns 4 sobreviverão o processo de tirar a gema e clara)

Para furar o ovo eu uso uma espécie de objeto pontiagudo que costureiras usam para tirar costuras, não sei o nome. E a seringa para tirar a gema e clara. Uma observação: não tente furar o ovo com a seringa, não dá certo, a agulha da seringa é muito fina (aprendi com a experiência).


Com cuidado eu faço dois furos pequenos, um em cada extremidade do ovo.



Até aí é fácil. Agora vem a parte que exige paciência e habilidade. Com a seringa eu começo puxando o que tem dentro do ovo (as vezes vem clara, e outras gema).


Quando já sai um pouco eu faço o inverso, com a seringa eu empurro ar numa ponta para sair o recheio pela outra. Não esqueça de colocar um pote embaixo. ATENÇÃO: cuidado para não encher a seringa de ar e empurrar tudo de uma vez que o ovo quebra. Tem que ser aos poucos. E sim, o processo é lento. As vezes eu assopro com a boca mesmo num dos buraquinhos, vai mais rápido.

O que dificulta é aquela pele em volta da gema, tem que ter cuidado quando ela começa a sair. E muitas vezes o buraquinho fica maior, mas isso não é problema.

Quando já saiu tudo de dentro, é hora de colocar água com detergente na seringa e lavar o ovo por dentro (tirando a água também com a seringa). Depois é só repetir algumas vezes com água e o ovo estará limpo. É bom deixar o ovo em pé (na própria embalagem com um papel toalha) para toda água dentro secar.

E o ovinho está pronto para a arte.

(Dessa vez eu só quebrei um.)

Agora é com a sua imaginação. Quase tudo funciona na casca do ovo: tinta, caneta, caneta colorida, lápis de cera, pastel, corante, cola com purpurina, etc.

Tem uma técnica que é usar o lapis de cera e depois mergulhar o ovo na tinta, como a tinta não pega na cera faz um efeito legal. #ficadica No Colagem eu li esse post sobre como fazer ovos ucranianos, lindos.

Eu começo desenhando com lápis (eu não desenho muito bem, mas me divirto):

A inspiração desse ovinho foram os dervishes turcos.

E, para terminar, eu passo esmalte incolor que ajuda a manter as cores e deixa o ovo mais forte.

O segundo que pintei esse ano foi inspirado no novo brinquedo:


E até o Nick fez o dele:


Ainda tem dois ovinhos em branco esperando a criatividade aparecer.

Aqui estão alguns favoritos de outros anos: