30.11.09

Atividade Paranormal

É um daqueles filmes em que eu penso "como é que eu não tive essa idéia?". Foi barato, não muito difícil de fazer, é eficiente e rendeu milhões.

Um casal é importunado por uma entidade, resolve comprar uma camera para filmar o que acontece no quarto durante a noite (sim, porque os fantasmas e afins só se manifestam no meio da madrugada). A tensão é crescente.

Eu não vou contar o que acontece porque estraga a surpresa e o bom do filme é o susto. Eu vi na sessão de 23:30 e, confesso, quando cheguei em casa acendi todas as luzes.

A Tia Helo nunca iria ver esse filme.

29.11.09

Séries - balanço final de ano

As séries vão dar um tempo para as festas de fim de ano e só voltam ano que vem. Falei aqui das novas que estrearam e vou dizer o que vale a pena continuar.

- Modern Family - foi a melhor estréia de comédia do ano. Não sei do que eu gosto mais: se é do Phil, o pai sem noção; da Glória, a colombiana; do Manny o menino supermaduro filho da Gloria; do Cameron, ah eu gosto de tudo. Essa vale todos os episódios.

- Glee - eu só comecei a ver essa no episódio 4, aí voltei e vi os 3 primeiros. É muito nonsense, boba, mas eu adoro os números musicais. Acho legal que muita coisa se resolve em um episódio. Os números musicais vão do engraçado, como o time de futebol dançando single ladies, aos que emocionam (mesmo sendo cafona) como o de Imagine. Tem o Kurt, a Mercedes, o Finn (que é um fofo) e tem a Sue Sylvester, a melhor vilã das séries dessa temporada.

- Community - eu gostei dessa série, teve o melhor episódio de halloween, teve um episódio muito divertido de debate e a dupla Abed e Troy sempre diverte.

- V - com 4 episódios já dá para ver que os próximos vão ser legais, mas só ano que vem. Tem uma coisa nostálgica nessa série, que é um remake.

- The Vampire Diaries. Ok, eu confesso, assisti e gostei. Esperava que fosse uma bomba, mas o vampiro Damon (Ian Somerhalder - o Boone de Lost) é ótimo.

- The Good Wife é legal.

- Flash Forward - é ruim. Depois de 9 episódios eu não consegui gostar de ninguém, não dou a mínima se vão morrer, se estão doentes ou se o mundo deles vai acabar. Who cares o que viram nos 2min de flash forward? Prefiro os lagartos de V.

Um pouco das de sempre:

Friday Night Lights voltou e continua excelente, essa série é muito boa, eu nem considero teen. O Coach Eric agora tem que comandar um time numa escola rival. FNL e Sons of Anarchy são duas séries boas que poucas pessoas veem. Acho que vou incluir Fringe nessa lista também.

Dexter está numa temporada excelente. Eu nunca tive tanto medo de um serial killer como do Trinity, e o John Lithgow impõe esse medo. O episódio do Thanksgiving me deixou de queixo caído, eu não esperava aquele final.

Eu preciso falar do casamento do Jim e da Pam. Foi muita vergonha alheia como só o pessoal de The Office saber fazer a gente passar. E foi lindo. Já disse que eles são um dos meus casais favoritos nas séries. O halloween de The Office foi rapidinho, um trem fantasma no depósito, mas foi excelente (não achei um video).

Mad Men teve uma temporada exemplar. O episódio da morte do presidente Kennedy foi fantástico. Prevejo muitos prêmios ano que vem.

Chuck volta em janeiro, e ele agora sabe kung fu.

Lost está marcado para voltar dia 2 de fevereiro. Última. Temporada. Volta logo Sawyer!

17.11.09

+ Filmes

2012

Catástrofe. Fim do mundo. Na verdade, um mash-up de todos os filmes sobre o assunto. Estão todos lá: Poseidon, Titanic, Impacto Profundo, O Dia Depois de Amanhã, O Inferno de Dante, Indepence Day, The Day After, Armaggedon, Alive, etc. (eu só senti falta de uma parte Inferno na Torre, mas com terremoto, tsunami, vulcão, geleiras, um incendiozinho ia ser over né?)

Então, o babado começa agora em 2009, quando descobrem centro da terra está aquecendo devido uns neutrinos que o sol manda. Com isso as placas tectônicas vão se mover e nós vamos ter dinossauros feelings. Em 2012 as catastrofes começam acontecer, antes do tempo previsto e mais rápido. A animação do personagem do Woody Harrelson para explicar o que está acontecendo é ótima.

O primeiro continente que vai embora é o nosso, America do Sul. Os americanos ficam sabendo disso porque a globonews manda imagens do Cristo Redentor despencando.

A destruição de Los Angeles é fantástica!! Só isso vale o ingresso. Aliás os efeitos são excelentes. Eu também gostei da queda do Washington Monument e da (ou do?) tsunami que trouxe o porta aviões. Dessa vez New York foi destruída mas ninguém viu.

Claro que tem uma família fugindo no meio de tudo isso (John Cusak and friends), que fazem uma fuga espetacular nas ruas de L.A., depois num avião, numa van, em outro avião, num Bentley, num caminhão e finalmente na nave.

Nave? Sim. Os governos ricos decidiram construir naves para poucos. Mas não são espaciais, são mega navios. Só entram: os poderosos (a Rainha da Inglaterra foi), os muito ricos ou quem tem QI (de quem indica). Claro que tem o debate homem-é-bom x homem-é-mau (salva pessoas ou as deixa para trás), vários clichês, e piadinhas sem graça (russo com green card para entrar na nave).

Quem eu mais gostei no filme foi o piloto russo, Sasha. Macho-que-é-macho de carteirinha. Se eu tivesse no filme eu salvaria ele e o John Cusak, e recomeçava a espécie humana.

O curioso de 2012 não é o filme em si, é a reação do público. Primeiro que eu não via o cinema tão lotado em várias sessões, em dias diferentes, fazia tempo. Depois, da para sentir um pouco de tensão, como se o que vemos na tela fosse uma previsão do que vai acontecer.

Bom, se os maias estiverem certos e em 2012 o mundo vai para o buraco, eu vou sentar na varanda aqui de casa e esperar o tsunami bater. Dificilmente eu conseguiria um lugar na nave.

A Tia Helo ia dizer 4024 "Ai, Jesus!" para 2012, ainda mais depois da cena do Vaticano.


Crepúsculo

Sei que todo mundo já viu esse filme, mas eu só vi sábado quando passou na tv a cabo.

Não quis ver no cinema porque esse negócio de vampiro teen que vive de dia, vira purpurina na luz do sol e não tem presas, não me convence. (Pensando bem, para fazer uma história de vampiros teen com humanos eles teriam que viver de dia, se não como é que eles ia frequentar o High School?)

Eu gosto de vampiros. Já li os livros da Anne Rice, estou lendo os da série da Sookie Stackhouse, assito True Blood, sou fã do Dança Com Vampiros do Polanski, Drácula de Bram Stoker (livro e filme), Fright Night, etc. (e até vejo The Vampire Diaries, #prontoconfessei).

O que a maioria essas histórias tem em comum (sem contar os de terror mesmo e aventura que também são ótimos) é o Vampiro em crise existencial, ou que se apaixona por um humano, só para abalar as estruturas do underworld. Crepúsculo não é diferente, mas não é um filme de vampiro dos melhores.

O que Crepúsculo tem de bom é o vampirinho Edward Cullen (Robert Pattinson). Lin-do! Apaixonado, sofrido, existencialista. É de fazer qualquer menina de 13 anos gritar (inclusive a que mora dentro de mim). A tensão sexual entre ele e a Bella é boa, rola uns beijinhos, mas o melhor é quando ele pega ela, coloca nas costas e sobe uma árvore gigantesca. O filme é ele.

E por causa dele, eu estou pensando em ver o Lua Nova no cinema. Com as meninas de 13 anos.

Até a Tia Helo ia gostar do Edward, afinal ele é um vampirinho vegetariano, 14 "Ai, Jesus!" para Crepúsculo.

12.11.09

Book Report: Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert

Duas amigas me disseram que esse livro era ótimo, que eu deveria ler. Disseram que eu ia gostar, afinal tinha viagem, comida, e era tudo muito bem contado. 

Uma delas me emprestou. Dificilmente eu compraria esse livro. Primeiro pelo título, depois pela capa (sim eu compro livros pela capa) e a sinopse não me agrada. Comecei a ler sem preconceitos (afinal também não compraria O Caçador de Pipas, li e gostei). 

Para quem não sabe, a história é sobre uma mulher que, depois do divórcio, resolve tirar um ano sabático dividido em 4 meses na Itália, 4 na India e 4 na Indonésia. 

Adivinhem. Eu não gostei. (Sorry, amigas) 

É um clichê atrás do outro. Tem algumas coisas interessantes, mas passam meio que desapercebidas. Ela tenta ser engraçada, até usa algumas referências pop, mas ficou forçado. 

A parte da Itália, para mim, foi meio chata. Só me idenfiquei com o tanto de sorvete que ela comia. E como já disse aqui, o sorvete italiano é motivo suficiente para uma viagem até lá. Ela passa 4 meses morando em Roma e viajando pela Italia, comendo muito, mas descreve muito pouco a comida (eu só lembro dos sorvetes, da pizza e do primeiro jantar na cidade). Ela fala muito do namorado que deixou. Ela diz que ficou 4 meses na Italia e não foi a um museu, também está tudo lá a céu aberto. 

Na India, eu fiquei entediada. Confesso que meu interesse nas coisas da India é quase zero (só gosto daquela coisa colorida que é Bollywood). E nessa parte do livro ela fala do ashram, das meditações, de crescimento interior, blá, blá, blá, zzzzzzzzzzz. Eu só gostei do tal Richard do Texas. Richard era um cinquentão com uma vida cheia de altos e baixos, aliás, um livro sobre a vida dele teria sido mais interessante. 

Na Indonésia foi a parte que gostei um pouco. Acho que quando ela chegou lá já tinha passado pela fase chata e pela busca de Deus, só faltando o equilíbrio. Já na Indonésia ela descreve curiosidades da cultura (como os nomes das pessoas e estruturas familiares), fala das transações imobiliárias e dos amigos que fez. Bom, gostei até a parte que ela conhece o namorado brasileiro. Depois disso ficou ficou doce demais como aqueles romances de jornaleiro, tipo Sabrina e Julia, são melhores. #prontofalei 

A autora se propõe a escrever um livro sobre seu autoconhecimento, mas não solta todos os demônios. As pessoas não têm defeitos, nem seus pais, nem sua irmã, nem seu ex-marido (a não ser querer todo o dinheiro dela, mas, fora isso, não entra em detalhes), nem o ex-namorado, nem os amigos, e muito menos o namorado brasileiro. 

Acho que esse vai ser um dos poucos casos que o filme vai ser melhor que o livro. Tem a Julia Roberts e o Javier Bardem (e provavelmente irá durar menos de 2 horas). 

Eu já li outros livros que falam das mesmas coisas, e melhor:
-Um Advinho Me Disse (Tiziano Terzani) - sobre o oriente, religões, crenças, meditaçãos e viagens. 
-Eu Falar Bonito Um Dia (David Sedaris) - sobre família, com muito humor e sacadas geniais. Autobiográfico e divertido. -Na Praia (Ian McEwan) - sobre amor sofrido. 
-Como Água Para Chocolate (Laura Esquivel) - sobre comida (e amor sofrido).
-Como Me Tornei Estúpido (Martin Page) - autoconhecimento. -Melancia (Marian Keyes)- sobre um divórcio difícil, mas com humor. E, sim, é mulherzinha. -Divórcio Em Buda (Sandor Marai) - obviamente sobre divórcio. #ficaadica

11.11.09

Momento SAC

Quem lê o blog sabe que eu sou fã do iPod, tem um marcador só dele. Tenho 5. Um mini (que já saiu de linha, mas o meu funciona que é uma beleza), um nano 2ª geração , um iTouch (que eu adoro), um shuffle quadradinho que morreu, e um shuffle novo.

Acontece que eu não consigo usar o shuffle novo porque a porcaria do fone de ouvido fica dando defeito. Sério. Já vou trocar pela quarta vez em menos de um ano (ainda bem que está na garantia).

O pessoal da Apple resolveu diminuir o tamanho do shuffle, tirou os comandos do aparelho e transferiu para o fone de ouvido. O aparelho ficou mínimo, superleve, bonito e ainda tem novas funções como um voice over que diz o nome da música, dá para fazer playlist, etc. Tudo isso no comando do fone de ouvido. Não deu certo. A sequência de falha é a seguinte:

- Primeiras 4 vezes funciona bem.
- A partir da 5ª vez, depois de uns 50 minutos de uso, o voice over começa a falar sem apertar o botão, aí pula música e continua falando. Ok, desliga e liga o aparelho e volta ao normal, ou quase, escuta-se as músicas mas os comandos não funcionam.
- Lá pela 10ª vez de uso, o volume fica fora de controle. Ou é alto demais ou é extremamente baixo. E não adianta apertar os botões que eles não respondem.
-Aí não adianta mais ligar e desligar, nem carregar a bateria que está na hora de trocar o fone de ouvido.

Na autorizada o cara me disse que troca de 4 a 5 por semana. Da última vez que ele me mandou um e-mail para buscar o fone de ouvido novo, tinham mais 5 pessoas na lista do mesmo e-mail.

Nas primeiras vezes eu pensei que fosse problema do aparelho, fiz o restore e tudo mais, mas era o fone mesmo. O cara me disse que as vezes é o suor, helloooo, acho que todo mundo que compra um desses é para fazer exercício já devia ser suor-proof.

Sim, funciona com qualquer outro fone de ouvido, mas aí não dá para controlar o volume e nem passar as músicas.

Então, Mr. Steve Jobs e cia, ou vocês melhoram a qualidade desse fone de ouvido, ou pensam num shuffle melhor, porque esse eu não indico para ninguém.

#prontofalei

5.11.09

Outras Tias (5)

A Tia Cecília comprou uma tartaruga para o meu primo quando ele era pequeno. A tartaruga vivia fugindo do cercado e caindo no tapete. Acontece que ela era da mesma cor do tapete: verde; e toda vez que sumia a Tia Cecília tinha que deixar um diagrama de desenhos explicando para a empregada, que não sabia ler, que não podia passar o aspirador até achar a tartaruga.

Um dia a tartaruga morreu, e a Tia se desfez do bichinho.

Pula 30 anos.

A Tia Cecília estava assistindo o Jô e a entrevistada estava falando dos bichos que tinha. Em um momento da entrevista ela disse "Jô, você sabia que as tartarugas hibernam? Parece que morreram mas não. Já joguei uma tartaruga fora porque achei que estava morta."

Ooops, Tia, acho que você também.