31.12.20

Momento TOC livros (14) parte 3

 Aconteceu. Tripliquei a meta. Cheguei a mais de 60 livros em 2020. 62 para ser exata. (e não contei os 2 que reli)

Acho que foi a falta de viagens porque continuei vendo filmes e séries, então não posso culpar Netflix e Amazon Prime. O kindle novo ajudou já que tem luz e a tela é um pouco maior.

Dos 63 livros li:

- 42 de mulheres escritoras e 21 de homens. Girl power.

- 37 livros em inglês e 26 em português.

- nacionalidade dos autores: 20 americanos, 14 brasileiros, 9 britânicos, 3 franceses, 2 irlandesas, 1 coreana, 1 japonesa, 1 italiano, 1 australiano, 1 neo zelandês, 1 sueca, 1 alemã, 1 polonesa, 1 argentina, 1 vietnamita. (li mais de um livro de alguns autores)

Acho que para o ano que vem vou colocar a meta de 30 livros, assim tento manter acima dos 20 mas menos que 60. Vamos ver o que acontece em 2021.

Parte 1 (1 ao 20)

Parte 2 (21 ao 40)

Vamos a parte 3.

- The Switch - Beth O'Leary - tinha lido o Flat Share da mesma autora e achei divertido então peguei esse para ler. É sobre uma mulher que está esgotada de tanto trabalhar e sua chefe lhe dá 8 semanas de férias (que ela tinha acumulado). Ela decide trocar de lugar com sua avó que ficou viúva e quer conhecer gente nova. Então Leena vai para uma cidade pequena do interior e sua avó, Ellen, vai para Londres. É divertido e a narração dos capítulos é alternada entre as duas. Igual Flat Share deve virar uma comédia romântica no cinema. (Em português saiu como A Troca)

- Querida Konbini - Sayaka Murata - Keiko é uma mulher de 36 anos, solteira, que trabalha numa konbini, que é uma loja de conveniências japonesa, há 18 anos. Geralmente são jovens universitários, ou mulheres casadas que precisam de renda extra, que trabalham nessas lojas. Keiko gosta de sua rotina, para ela é confortável. Sua família a acha estranha e ela também não entende algumas regras da sociedade (ela acha que as pessoas vem com um manual e esqueceram o dela). Um livro sobre ser diferente numa sociedade que espera sempre a mesma coisa. 

- What Alice Forgot - Liane Moriarty - um dia Alice cai da bicicleta de spinning e quando acorda não consegue lembrar dos últimos 10 anos de sua vida. Primeiro ela se olha no espelho e toma um susto porque está mais velha. Depois não lembra dos filhos porque há 10 anos ela ainda estava grávida do primeiro, não sabe porque está se divorciando do marido que tanto ama, não entende porque se afastou de sua irmã querida e vai tentar descobrir o que aconteceu. (Em português é O Que Alice Esqueceu)

- Toureando o Diabo - Clara Averbuck - em 2014 participei do financiamento coletivo desse livro, mas a autora se enrolou e só recebi esse ano. Já tinha até esquecido. São devaneios de uma escritora, Camila, que não está conseguindo terminar seu livro e conta suas histórias com os homens. As ilustrações são muito boas. 

- Bom Dia Veronica - Raphael Montes e Ilana Casoy - livro que virou série da Netflix, é sobre a escrivã da polícia Verônica que decide investigar dois casos por conta própria: o de uma mulher que foi enganada na internet e se matou, e o marido da Janete que é um serial killer. Crimes pesados, violência, e uma história boa.

- Luster - Raven Leilani - um livro sobre uma moça de 23 anos que começa um caso com um cara casado mas que a esposa sabe e concorda. A esposa apenas tem algumas regras sendo uma delas que a moça nunca vá na casa do casal. Só que um dia o cara leva a moça para casa e depois disso meio que some. A moça vai na casa do casal e conhece a esposa pessoalmente. Quando a moça perde o emprego a esposa a leva para morar com eles. A moça, que é negra, acaba sendo uma espécie de mentora da filha (negra) adotada do casal. Entre esses acontecimentos a moça conta de seus pais (mãe viciada e pai pastor). 

- Suíte Tóquio - Giovana Madalosso - esse ano já tinha lido outro livro da Giovana, o Tudo Pode Ser Roubado, e como gostei comprei esse. Suíte Tóquio é sobre uma patroa e a babá de sua filha. O livro começa com a babá dizendo que está roubando a criança e a leva até a rodoviária para pegar um ônibus. É sobre essa duas mulheres e o relacionamento entre elas (e com algumas outras pessoas). Gostei muito desse livro.

- Smoke Gets In Your Eyes - Caitlin Doughty - Um livro sobre a morte e como nós não estamos preparados para lidar com ela, mas deveríamos estar. Caitlin foi trabalhar numa funerária e era responsável pelo forno de cremação. Ao longo dos capítulos ela conta a relação dela, dos familiares dos mortos, de seus colegas e da sua família com a morte. Ela também fala da indústria da morte (nos EUA onde o processo de enterro é diferente daqui). Esse livro é muito bom. (Em português: Confissões do Crematório)

- The Dutch House - Ann Patchett - sobre dois irmãos, Danny e Maeve, que o pai comprou essa casa faraônica para a mãe (e a família). A mãe odiava a casa e abandonou marido e filhos para ser voluntária na India. O pai se casa uma segunda vez com uma mulher que ama a casa acima de tudo. Quando o pai morre a madrasta coloca Danny para fora de casa (a Maeve já tinha saído, feito faculdade e trabalhava). Danny e Maeve mantém uma relação estranha com a casa, eles não conseguem se livrar do sentimento de abandono. Confesso que esperava outra coisa desse livro mas gostei mesmo assim. (Em português: A Casa Holandesa)

- Swing Time - Zadie Smith - duas amigas de infância que são unidas pela dança, acontece que uma tem talento e a outra não. Uma consegue uma carreira na dança (mesmo que breve) e a outra vai trabalhar de assistente de uma estrela pop que ela admirava quando criança. As duas que vieram de backgrounds semelhantes seguem por caminhos completamente diferentes. (Em português: Ritmo Louco)

- A Rainha do Ignoto - Emilia de Freitas - Livro de 1899 da cearense Emilioa de Freitas e considerado o primeiro livro de fantasia de uma escritora nacional. Edmundo chega a pequena vila de Passagem de Pedra e na sua primeira noite ele vê uma mulher tocando harpa e cantando num barco descendo o Rio Jaguaribe. Ele fica curioso e passa a investigar quem é essa mulher misteriosa. Os personagens da vila são interessantes e a Rainha do Ignoto também. Eu diria que é mais um livro feminista do que de fantasia. 

- The Silence - Don DeLillo - Quatro pessoas em um apartamento no thanksgiving quando acontece um apagão e todos ficam sem internet. Poderia ser interessante mas é uma bosta. Pronto, falei. Ainda bem que foi um livro curto.

- As Benevolentes - Jonathan Littel - Um livro sobre a Segunda Guerra no ponto de vista de um oficial nazista, Max Aue. São quase 900 páginas sobre a guerra e a vida do Max. Ele era um burocrata do partido nazista e acompanhava as atividades no front. Max era filho de um alemão com uma francesa e no início do livro já sabemos que ele sobreviveu a guerra conseguiu fugir da prisão se passando por francês. Daí ele conta tudo nos mínimos detalhes até chegar no fim, que é quando entendemos o título do livro. Tem muitas partes ótimas, tem algumas partes que achei informação demais e o finalzinho foi um pouco novelesco mas valeu a leitura.

- Daytripper - Fabio Moon e Gabriel Sá - HQ que conta a história do Brás, um escritor que trabalha escrevendo os obituários do jornal. Cada capítulo do livro é um dia importante na vida dele em idades diferentes mas que sempre acabam com ele morrendo. É sobre a vida, o universo e tudo mais.

- Such a Fun Age - Kiley Reid - Emira está numa festa e é chamada para trabalhar. Ela é babá e como precisa do dinheiro ela vai. Alix, sua patroa, fala para ela levar a filha no mercado da esquina para destrair. No mercado (num bairro rico e branco) uma senhora chama o segurança porque acha que Emira está roubando a criança. Emira discute com o segurança tem que ligar para o pai da menina para ir até o mercado. Tudo isso é filmado por um rapaz que diz que Emira porde processar todo mundo, mas ela quer deixar quieto e pede para ele apagar. Alix se sente culpada e tenta fazer de tudo (e até demais) para Emira. Tem um plot twist bom. (Em português: Na Corda Bamba)

- Girl, Woman, Other - Bernardine Evaristo - um livro excelente sobre 12 mulheres na Inglaterra (especialmente em Londres). São mulheres de diferentes idades que de alguma forma estão interligadas. Cada capítulo tem 3 sub-capítulos, uma mãe, uma filha, e uma outra que está relacionada com as duas. (Em português: Garota, Mulher, Outra)

- A Tiny Bit Marvelous - Dawn French - sobre uma familia em que cada capítulo é um membro narrando. A mãe de quase 50 anos, a filha de 17 quase 18 e o filho de 16. O pai tem um capítulo e é suficiente. O menino acha que é o Oscar Wilde e narra como tal. A avó, que é a melhor pessoa, não tem capítulo narrando, mas deveria. Achei só ok. A filha adolescente me irritou um pouco. (Em português: A Maravilha das Pequenas Coisas)

- Mundo Mulher - Aminder Dhaliwal- HQ sobre um mundo só de mulheres. Um defeito genético começa eliminar os homens e só meninas nascem. Depois de algumas catastrofes naturais e guerras as mulheres tem que se reorganizar. Elas até desenvolvem uma tecnologia onde mulheres podem engravidar via células tronco, mas ainda tem esperma congelado, elas que escolhem como querem. A avó que se lembra do mundo com homens é a melhor personagem. Tem coisas engraçadas mas algumas se perderam na tradução.

- Flowers for Algernon - Daniel Keyes - livro de 1959 que conta a história de Charlie, um homem de 32 anos e QI quase do mesmo número. Ele é escolhido para um experimento que vai deixá-lo inteligente. O livro é escrito em forma de diário, ou relatórios de progresso. No início a escrita dele é infantil, simples e a ortografia toda errada, mas a medida que o experimento funciona além de escrever melhor, o Charlie descobre que inteligência só traz mais problemas. Livro bom (mas em algumas partes tem que levar em conta o ano que foi publicado). (Em português: Flores para Algernon)

- Shuggie Bain - Douglas Stuart - O vencedor do Booker de 2020. É sobre Shuggie e sua família, especialmente sua mãe Agnes. Shuggie é o filho mais novo e o que acompanha e depois cuida da mãe. Acontece que Agnes é alcoolatra e isso causa muitos problemas na família de Glasgow. Ela é abandonada pelo segundo marido, a filha mais velha vai embora para Africa do Sul e resta a Shuggie cuidar da mãe quando deveria ser ao contrário. No início do livro sabemos que, aos 16 anos, Shuggie está morando só, num quarto alugado, trabalhando e tentando terminar a escola. Como ele chegou lá é o que conta o livro. A crueldade da pobreza e o limite do amor. Uma história muito triste, mas muito bem contada.

- Just Like You - Nick Hornby - livro sobre Lucy e Joseph. Ela tem 42 anos, dois filhos, divorciada e é professora. Ele é um jovem negro de 22 anos que trabalha no açougue local, trabalha num cento comunitário de atividades e quer ser DJ. Os dois começam um relacionamento e mesmo com as diferenças de classe e culturais eles funcionam como um casal. Mas a sociedade ainda tem seus tabus. Gostei desse livro porque os conflitos se resolvem sem muito drama as pessoas são adultas de fato. E ainda tudo se passa em meio a votação do Brexit que funciona como uma metáfora ao relacionamento dos dois.

UPDATE: terminei o livro 63 do ano no fim da tarde do dia 31/12.

- The Invisible Life Of Addie LaRue - V.E. Schwab - Em 1714 Addie está com 23 anos e prestes a casar com um viúvo que tem três filhos, mas ela quer sair do seu vilarejo na França, quer ver o mundo, quer viver. Ela foge para a floresta e faz um negócio com o deus da escuridão. Ele dá a ela a liberdade que ela quer mas ela não será lembrada por ninguém. Os anos passam em em 2014 ela está em NYC, entra numa livraria e pega um livro. O rapaz da livraria corre atrás dela mas a deixa levar o livro. Quando ela volta na livraria para trocar o livro o rapaz, Henry, lembra dela. Trezentos anos depois alguém lembrou dela. Gostei de todas as partes do livro que passam em NYC e a história do Henry, mas as partes do passado da Addie acho que poderiam ser melhores e as negociações dela com a escuridão também. Pra mim a história só ficou boa depois que ela conhece o Henry (lá pela página 100). 



Outros Momentos TOC Livros: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13)

26.12.20

Analisando a música: Watermelon Sugar (Harry Styles)

No início do ano vi que o Harry Styles tinha lançado um disco novo em dezembro de 2019, vi o video de Watermelon Sugar em maio 2020, mas deixei para escutar melhor depois. E o depois foi agora em dezembro 2020. Um ano de atraso, mas tudo bem. Sei que Watermelon Sugar foi um hit do verão europeu mas nessa pandemia em casa muita coisa passou batido.

Sei pouco do passado do Harry Styles. Sei que ele foi participar do X Factor e acabou juntado com outros meninos para formar a boy band One Direction (em 2010? 2011?). Só conheço uma música da banda (e foi por causa de um meme na época) e sei que eles atraiam um bocado de gritaria.

Os anos passaram, a banda se separou e todos seguiram carreira solo (eu acho). Harry Styles lançou um disco em 2017 com o seu nome. Na época escutei esse disco, achei Sign of the Times boa, Kiwi tem uma vibe rock n' roll, dava para ver que as influencias dele iam ali na linha de Beatles, Pink Floyd, Fleetwood Mac, rock anos 1970/1980. Aliás, Harry Styles é BFF da Stevie Nicks. Tem uma versão dele cantando The Chain que é ótima.

Fine Line é o segundo album da carreira solo do Harry Styles. E veio cheio de influências musicais e literárias. 

Tem um video no youtube de um cara que analisou todas as referências literárias que influenciaram as músicas do Harry Styles (e vai de Shakespeare a Charles Bukowski)

Achei esse segundo disco melhor que o primeiro. É meio pop, meio rock, meio indie, meio folk, meio um pouco de tudo. Para lançar esse disco Harry Styles inventou uma ilha chamada Eroda que todo mundo queria saber onde era mas era só marketing para o video de Adore You (que passa numa ilha). E Eroda é Adore de trás para frente. 

Harry Styles, hoje com 26 anos, foi indicado a 3 Grammys em 2021: melhor clipe com Adore You (que e ótimo), melhor performance solo pop com Watermelon Sugar e melhor album pop com Fine Line.

O video de Golden também é ótimo (gosto de videos com pessoas correndo).

Harry Styles é cool. Harry Styles tem estilo (sim fiz esse trocadilho) e virou ícone da moda. Ele vai do camp ao andrógino num pulo, usa roupas coloridas, estampadas, misturadas, divertidas, tem tatuagens, unhas pintadas, usa anéis enormes, colar de pérolas e sustenta to-dos os looks. Esse ano apareceu na capa da vogue americana usando um vestido. Não foi o primeiro a usar um vestido, David Bowie e Kurt Cobain já fizeram isso, mas na era da internet o alcance e o impacto são maiores.


Harry Styles também é ator. Esteve em Dunkirk do Christopher Nolan e vai estar no segundo filme da Olivia Wilde (que dirigiu o divertido Booksmart). 

Watermelon Sugar é uma música divertida, curtinha, com duplo sentido (ou não), acho boa para encerrar o analisando a música de 2020 num tom mais animado.

Então vamos saber o que tem no açúcar da melancia do Harry Styles.

Tastes like strawberries
On a summer evening
And it sounds just like a song
I want more berries
And that summer feeling
It's so wonderful and warm

Começa só voz, guitarra e um teclado no fundo. Devagar.

Temos gosto de morango numa noite de verão que soa como uma música. Ele quer mais frutinhas vermelhas e aquela sensação maravilhosa e quentinha do verão. (Quentinha para ele que é inglês e o verão lá é 20 graus porque aqui é sensação derretendo do verão).

Harry Styles contou que compôs essa música enquanto fazia o tour do primeiro album (2017). Ele estava no estúdio com os caras da banda e tinha uma melodia para um refrão que era meio repetitiva. Aí ele viu o livro In Watermelon Sugar do Richard Brautigan (não li) na mesa, gostou e resolveu usar. Disse também que foi a música que ele demorou mais para terminar porque no início ele não gostou mas que vivia voltando e pronto, acabou nesse disco novo.

Ele diz que a música é sobre a euforia de quando você começa a ficar com uma pessoa e tem aquela animação (se é que vocês me entendem). 

Tem uma entrevista no youtube que o entrevistador fala: "Todo mundo sabe sobre o que é Watermelon Sugar, é sobre a alegria do prazer do sexo oral mútuo.". No que Harry Styles da uma risadinha e responde "Então é sobre isso? Eu não sei". Safadinho.


Breathe me in
Breathe me out
I don't know if I could ever go without
I'm just thinking out loud
I don't know if I could ever go without

Aqui entra uma batida eletrônica leve. Está animando.

Essa frase inicial bem parecida com uma parte da letra de Everlong da Foo Fighters que diz "Breathe out so I can breathe you in". As duas são igualmente boas mas a do Harry Styles é menos creepy. Ou não.

De todo jeito respira muito, consome a alma alheia. E ele acha que não consegue mais ficar sem. Sem o que Harry?

Watermelon sugar high

Aí vem a batida melhora, mais ritmo, vem a repetição. E ele não consegue mais ficar sem o barato do açúcar da melancia. Docinho. (estou tentando manter esse post apropriado para menores de idade) 

Strawberries on a summer evening
Baby, you're the end of June
I want your belly
And that summer feeling
Getting washed away in you

Aqui a batida já é a definitiva, animada, com um grave gostoso. Temos mais morangos numa noite de verão. E ele diz que "Baby, você é o fim de junho", que lá no hemisfério norte é o início do verão, aquele calorzinho bom começando. Se você for no Rio de Janeiro no fim de junho a temperatura é a mesma do verão inglês, uma delícia.

Ele quer a barriguinha, ou a pança, e quela sensação de verão sendo banhada em Baby. 

Breathe me in
Breathe me out
I don't know if I could ever go without

E vamos respirar. Para dentro, para fora. Ommmmm

Watermelon sugar high
I just want to taste it
Watermelon sugar high.

Ele só quer provar o docinho da melancia que dá barato. Acho justo! A Magali da Turma da Mônica sabe disso há anos.

Tastes like strawberries
On a summer evening
And it sounds just like a song
I want your belly
And that summer feeling
I don't know if I could ever go without

Aqui ele repete a primeira estrofe só na voz e guitarra. Morangos, verão, música, pança quentinha e ele não quer que acabe.

Watermelon sugar high

I just want to taste it
Watermelon sugar high.

Voltamos para a batida dançante com metais. Para dançar até o fim. Traz essa melancia que todo mundo quer provar esse docinho.

Termina com Watermelon Sugar! 


Vamos ao video que saiu no meio da quarentena e tem gente se encostando de todo jeito. Vem vacina!




Parece que Harry Styles tem uma fazenda de melancias, que foi onde pegaram as melancias para fazer o video. Precisamos apresentar Harry Styles para a Magali.

(curiosidade: uma vez, numa festa a fantasia, fui de Magali e levei um pedaço de melancia de verdade que não durou 5 minutos. Watermelon sugar high!)


UPDATE: no primeiro dia de 2021 Harry Styles lançou esse video maravilhoso da música Treat People With Kindness. Além de tudo que falei acima, Harry Styles também sabe dançar. Cool.

15.12.20

+ Series e Filmes

Filmes

Sound of Metal - filme sobre um baterista de um duo de heavy metal, o Ruben, que perde 80% da audição de um dia para o outro. Ruben não sabe o que fazer, vai num médico que diz qual a sua situação, que le pode fazer a operação do implante mas que até lá ele tem que aprender a ser surdo. O design de som desse filme é incrível e você fica surdo junto com o Ruben. O Riz Ahmed já merece indicação a todos os prêmios. Para ver com fones de ouvido. Na Amazon Prime.

Mank - filme sobre o Herma Mankiewicz, o co-roteirista de Cidadão Kane junto com Orson Wells. No filme o Mank escreveu sozinho e brigava muito com Orson Wells. É um filme muito bem feito, e feito para parecer filme dos anos 1930-1940, mas o personagem é um chato e não me importei com a história. Cidadão Kane é ótimo. Netflix.

TENET - filme do Christopher Nolan que resumidamente diria que é tipo Exterminador do Futuro tentando explicar a viagem no tempo e deixando tudo mais confuso. O Protagonista (não tem nome, mas é o filho do Denzel Washington) faz parte de um unidade especial que tem que parar um traficante de armas que quer explodir tudo. Tem um bocado de cena em reverso que deixa tudo mais bacana, tem o Robert Pattinson Vampirinho que é o herói do filme, e a elegante Elizabeth Debicki. É divertido, dá para entender como um todo mas se quiser entender os detalhes vai precisar de um video no youtube que explique. (e tem vários)

Uncle Frank - filme sobre um tio e uma sobrinha que tem que voltar para a cidade natal para o enterro do patriarca da família. Acontece que o tio é gay e nunca contou para ninguém na família e seu parceiro aparece na cidade. Roteiro e direção do Alan Ball de Six Feet Under. É um filme sobre família e é bom.

AmarElo - documentário sobre último disco do Emicida. Tem o processo dele fazendo as músicas e um show que ele fez no teatro municipal de São Paulo. Além disso tem a história do rap nacional que é diretamente ligado ao samba. Netflix

Wolfwalkers - desenho animado sobre uma menina que ser caçadora igual ao pai. Um dia quando o pai sai para caçar ela o segue e acaba mordida (acidentalmente) por um lobo que depois ela descobre ser uma menina. Wolfwalkers são meio lobo meio humanos. O desenho é lindo e fofo. Apple TV+

The Wolf Of Snow Hollow - assassinatos brutais de mulheres, na lua cheia, acontecem em uma cidade pequena e um policial tenta desvendar o mistério. É meio comédia, meio drama, meio horror. O policial é um alcoolatra com problema de raiva mas ele tem um instinto certo para coisas de crime. Seu pai é o sherife mas precisa se aposentar e os outros policias, menos uma, não querem se dedicar ao crime. 

How Can You Mend A Broken Heart - Documentário sobre a longa carreira dos irmãos Gibb, os Bee Gees. Eles tiveram hits nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990, a trilha de Embalos de Sábado a Noite foi um fenômeno (é uma das melhores trilhas ever) e eles compuseram mais de 1000 músicas (inclusive para cantoras como Barbra Streisand, Diana Ross e Celine Dion). Tem muita música deles por aí.


Séries

Virgin River - Novelão. No-ve-lão. Uma enfermeira vai morar numa cidadezinha e lá ela se envolve com os moradores locais, especialmente o dono bonitão do bar local. E claro que a enfermeira tem um passado cheio de babado. Para quem gosta de novela. Segunda temporada terminou com um cliffhanger que KD a terceira?? Na Netflix.

A Teacher - sobre uma professora de high school que tem um caso com seu aluno de 17 anos (ele faz 18 logo depois). Ela é casada e numa espécie de crise dos 30 anos ela vê no garoto um tempo perdido.

The Wilds - Um grupo de meninas vão parar numa ilha deserta depois de um acidente de avião. Acontece que não foi acidente e é tudo um experimento. As meninas achavam que estavam indo para um tipo de retiro feminista, inclusive os pais sabem que estão isoladas (porém monitoradas), mas como faz parte do "tratamento" eles deixam elas lá. Amazon Prime.

11.11.20

+Series e Filmes

Séries 

Bom Dia Veronica - série nacional adaptada do livro de mesmo nome do Rafael Montes e Ilana Casoy. É sobre uma escrivã da polícia, a Verônica, que começa investigar, por fora, um caso de mulheres enganadas pela internet e também o marido da Janete, uma dona de casa que liga na delegacia dizendo que seu marido é um assassino. A série tem diferenças para o livro mas a essência é a mesma. É muito boa e muito bem feita. Na NETFLIX.

The Queen's Gambit - série sobre a Beth Harmon que, quando sua mãe morre, vai para um orfanato onde ela aprende a jogar xadrez com o faz tudo do lugar e também fica viciada nos tranquilizantes que davam para as crianças. Beth cresce e vira um gênio do xadrez. É tão bem feita que eu achei que a Beth era real e fui procurar na internet. Beth é fictícia e a série consegue deixar o xadrez interessante até para quem, como eu, sabe nada do jogo. Na NETFLIX.

The Alienist - sobre um grupo formado por um psicólogo (o alienista), uma secretária da polícia (que depois vira detetive particular) e um jornalista, que investiga crimes. A primeira temporada é boa e envolve um assassino de meninos. A segunda temporada é melhor ainda, muito bem feita, e envolve sequestro e morte de bebês. Na NETFLIX.

The Undoing - série da HBO com Nicole Kidman e Hugh Grant onde os dois formam um casal envolvido no assassinato de uma mãe de um colega do filho deles. Ainda está na metade, o mistério é bom, é bem feita, muitos detalhes, e eu acho que o Hugh Grant é inocente. Depois volto para dizer se estou certa.

Emily In Paris - série bobinha da NETFLIX onde a americana Emily vai trabalhar em Paris e vive todos os clichês possiveis e as vezes até ofensivos para os franceses. Gostei do Gabriel que é o interesse amoroso da Emily e deu para passar o tempo. Achei as roupas da Emily muito cafonas e ninguém aguenta mais que 5 minutos naqueles saltos.

Ted Lasso - um americano que vai ser técnico de futebol em um time de Londres. A dona do time o contratou para que o time perdesse e ela se vingasse do ex-marido mas Ted é um cara simpático, cheio de calor no coração, sabe nada de futebol mas entende de motivação e de pessoas. Tem umas piadas meio clichê com os ingleses mas isso passa rápido (e é menos ofensivo do que a Emily com os franceses). Óbvio que não vale pelo futebol mas essa série tem coração de sobra. Na Apple TV+.

Utopia - sobre virus e vacina. É uma série violenta mas a motivação do vilão faz sentido. Tem partes bem feitas, outras nem tanto mas me deixou curiosa e vi a temporada até o fim. Na Amazon Prime.

Grand Army - série teen da NETFLIX sobre um grupo de alunos de um high school do Brooklyn. Um ataque terrorista perto da escola desencadeia vários eventos. Fala sobre feminismo, racismo, estupro, dificuldades financeiras, necessidade de atenção e outros assuntos. O episódio 3 é forte e é muito bom. 


Filmes

On The Rocks - novo filme da Sofia Coppola na Apple TV+. Sobre uma filha e um pai que se juntam para investigar o marido dela que ela acha que está a traindo. Fiquei entediada vendo esse filme, achei bobo, achei manipulativo e nem trilha sonora boa tem (e sempre acho a trilha sonora dos filmes da Sofia Coppola ótimas). Fiquei com preguiça do Bill Murray.

Rebecca - Não li o livro e nem vi o filme do Hitchcock, então achei esse ok. Sobre um viúvo que conhece uma moça, se casam e ele a leva para morar em sua mansão onde vivia com sua esposa Rebecca. É bem feito, as locações são bonitas, o figurino também, a Kristin Scott Thomas que faz a governanta é maravilhosa mas o resto é só ok. Acho que erraram na escolha do Armie Hammer, ele é muito bonito mas tem cara de americano rico e não passa por aristocrata britânico. NETFLIX

Borat 2 - Borat passou 14 anos preso no Cazaquistão por ter feito o país passar vergonha no primeiro filme, mas agora o governo quer que ele volte aos EUA para entregar um presente para o Mike Pence, o vice presidente. O presente era um macaco mas a filha do Borat se infiltrou na caixa do macaco e o comeu, então o Borat decide entregar a filha ao vice presidente. Esse segundo filme tem uma história mais consistente e um propósito. A filha do Borat é maravilhosa, tão sem noção quanto ele, e os dois juntos conseguem fazer você ter muita vergonha alheia. Acho inacreditável o que o Sacha Baron Cohen consegue fazer. Amazon Prime.

Trial of the Chicago 7 - filme sobre o julgamento de 7 (na verdade 8) homens acusados de organizar e incitar um tumulto na cidade de Chicago durante a convencão democrata de 1968. O texto do Aaron Sorkin é excelente, sua direção nem tanto mas o filme é muito bom. Para ter ódio do juiz. NETFLIX

Alice Junior - filme nacional sobre uma menina trans que mora em Recife e seu pai é transferido para uma pequena cidade no sul do país. Alice vai para uma nova escola, faz amigos, enfrenta bullies, educa algumas pessoas (inclusive quem está assistindo) e é um filme adolescente divertido. NETFLIX.

Mother - filme japonês sobre uma mãe (jovem e viciada em jogo) que manipula seu filho para fazer tudo por ela. Os dois vivem esse relacionamento abusivo pulando de casa em casa, de cidade em cidade,  as vezes sem dinheiro e sem ter o que comer. Assisti na força do ódio por essa mãe. É um tapa na cara. Sugiro ver umas 5 comédias românticas depois. NETFLIX

His House - um casal de refugiados na Inglaterra consegue uma casa para morar enquanto esperam uma posição em relação a sua situação. Acontece que os dois começam a ver fantasmas nas paredes e aí tem que ver o filme para saber o que acontece. NETFLIX.

30.10.20

Analisando a música: Endlessly (Muse)

O Ewan McGregor e seu amigo Charley Boorman, em 2019, fizeram uma viagem que foi de Ushuaia até Los Angeles em motos elétricas que virou uma série chamada Long Way Up na Apple Tv+. 

Existe a Long Way Round de 2004 que deram a volta de Londres a NYC e Long Way Down de 2007 que foram da Escócia para Cidade do Cabo.

Todas as 3 séries são ótimas, as aventuras dos motoqueiros tem perrengues diferentes e vale a pena ver os avanços tecnológicos de filmagens entre 2007 e 2019. E as motos também que foram de pesadas BMWs as leves e elétricas (e muito silenciosas) Harley Davidson.

Assistam as séries. Fica a dica. 

No episódio que Ewan McGregor e Charley passam por La Paz eles vão numa loja de violões e Ewan McGregor compra um violão pequeno. Depois, no quarto do hotel, ele senta, toca e canta Endlessly da Muse. 

Muse é uma banda britânica de rock alternativo formada em 1994. Endlessly está no terceiro album da banda, que deve ser o mais conhecido e é o que mais gosto: Absolution de 2003. Mesmo disco que tem Hysteria (uma das melhores linhas de baixo ever) e Stockholm Syndrome, duas músicas que habitam na minha playlist de corrida.

Antes de aparecer na série, não lembrava a última vez que tinha escutado Endlessly e foi uma boa surpresa.

Mas sobre o que é Endlessly? Só reparei na letra quando Ewan McGregor cantou. Parece uma música romântica mas será mesmo?

É uma música com uma letra curtinha mas cheia de significado. Tem um ritmo mais lento que o resto das músicas do disco e tem uma batida eletrônica leve com um sintetizador (mas tem bateria também). A voz do Matthew Bellamy (com altos e baixos) vem cheia de sentimento.


There's a part in me you'll never know
The only thing I'll never show

Ele começa dizendo que tem uma dele que a outra pessoa nunca conhecerá, e que é a única coisa que ele nunca vai mostrar. O que será que ele está escondendo? Será um sentimento que ele sabe que não é correspondido e prefere deixar oculto?

O próprio Matthew Bellamy disse que " é uma música sobre amor, acho que tem esperança ali mesmo que esteja tratando de assuntos sombrios". 

Hopelessly I'll love you endlessly
Hopelessly I'll give you everything
But I won't give you up
I won't let you down
And I won't leave you falling
If the moment ever comes

Esse é o refrão cheio de sentimento onde ele declara todo o amor dele: "deseperadamente te amarei para sempre, te darei tudo, não vou desistir, não vou te decepcionar e não vou te deixar cair, se o momento algum dia chegar". Que momento é esse? 

São muitas promessas. E, vamos combinar, que um pouco de obsessão também. Talvez a esperança que o Matthew Bellamy falou esteja nesse momento que talvez um dia chegue, porque é muito desespero para ter alguma expectativa.

Matthew Bellamy deve gostar muito da palavra Endlessly porque aparece também na letra de Hysteria algumas vezes.

Em um dos comentários do forum dizia que essa música faz um rickrolling subconsciente com "I won't give you up, I won't let you down". Eu ri. (Rickrolling é o pai dos memes)

It's plain to see it's trying to speak
Cherished dreams forever asleep

Nessas duas frases ele resume todo o sentimento de que a emoção está tentando falar mas que são apenas sonhos queridos que estarão sempre adormecidos. Os desejos dele em ser correspondido não serão nada além de sonho.

Hopelessly I'll love you endlessly
Hopelessly I'll give you everything
But I won't give you up
I won't let you down
And I won't leave you falling
But the moment ever comes

Ele repete o refrão mais 2 vezes e na última ele termina com "But the moment never comes". É desolador quando ele conclui que esse momento que ele esperava que talvez um dia viesse, não vem. Que ele vai continuar amando sem esperança e que ele não pode fazer nada, vai continuar escondendo essa parte dele que a outra pessoa não conhece

E termina com uma batida da bateria. De uma vez.



Para quem quiser ver o Ewan Mcgregor na voz e violão tem um video no youtube. Acho que todos os episódios dessa série poderiam ter o Ewan McGregor cantando.


3.10.20

+ Series e Filmes

The Devil All The Time - um filme sobre a fé e o que as pessoas fazem em nome de suas crenças. São histórias entrelaçadas cheias de desgraça. Um homem que vê coisas horriveis na guerra volta para casa, se apaixona, tem uma família mas sua esposa fica doente e morre, apesar das muitas promessas e sacrifícios que ele faz. Seu filho fica orfão vai morar com a avó que cria outra menina orfã que mais tarde vira vítima de um pastor pedófilo. E assim segue a vida no bible belt (região sul dos EUA). Vampirinho Robert Pattinson está ótimo e o Spiderteen também. Netflix.

The Social Dilemma - um documentário que mostra como o algoritmo funciona para manter sua atenção e só mandar informações que vão te agradar, ou que você concorda. As entrevistas com ex-funcionários das redes sociais mais conhecidas são boas. A dramatização da família é cafona mas necessária para quem não sabe de nada entender melhor. É para ver junto com o filme polonês Rede de Ódio. Netflix.

Enola Holmes - um filme fofo sobre a irmã do Sherlock Holmes (criada pela autora Nancy Springer). Enola, bem mais nova que seus irmãos, foi criada pela mãe feminista e ativista que a ensinou esportes, leituras, lutas e outras coisas úteis para a vida. Um dia mamãe Holmes some deixando Enola (16 anos) sozinha. Mycroft quer que ela vá para uma escola de moças aprender a ser esposa e Sherlock não se mete muito, mas Enola foge, se mete em algumas confusões, faz amizade com um lorde teen e vai para Londres procurar a mãe. É um filme divertido, leve e aguardo continuações. Netflix.


Long Way Up - Terceira série do Ewan McGregor e seu amigo Charley Boorman viajando de moto. A primeira foi The Long Way Round em 2003 que foram de Londres a NYC dando a volta para o leste no hemisfério norte. Em 2007 resolveram fazer The Long Way Down que foi do norte da Escócia até a Cidade do Cabo passando por boa parte da Africa. Essa duas também estão na Apple TV. Agora, 12 anos depois, resolveram fazer The Long Way Up indo de Ushuaia até Los Angeles. O twist dessa nova série é que eles estão em motos elétricas e os carros de apoio também são elétricos. As paisagens são lindas, Ewan McGregor tem um carisma impressionante, os perrengues que eles passam por falta de uma tomada são emocionantes e é uma delícia de assistir. Achei interessante ver os avanços tecnológicos nas cameras, imagens, e GPS nos últimos 12 anos. Na Apple TV+.

Lovecraft Country - Uma série muito interessante onde cada capítulo tem um gênero diferente conduzindo a história de Atticus procurando saber mais sobre seus ancestrais. Envolve mágica, monstros, ficção científica, fantasmas, etc. E as vezes os monstros de verdade são os humanos. (A referência ao H.P. Lovecraft fica nos monstros e no primeiro episódio que passa na área onde ele escrevia as histórias dele). Na HBO.

The Boys 2 - A segunda temporada dessa série de super heróis que estão evolvidos com uma empresa, salvam por dinheiro e propaganda e podem ser péssimas pessoas, está boa. Amazon Prime.

The Vow - Uma série documentário sobre um culto que começou como esquema pirâmide de coach e terminou com mulheres escravas sexuais. Tem muito dinheiro envolvido, pessoas conhecidas e um volêi da madrugada muito suspeito. Na HBO.

I May Destroy You - Não falei antes dessa série porque quase desisti no terceiro episódio, mas depois tem episódios interessantes. É sobre Arabella uma escritora que fez sucesso com um artigo online e agora tem que escrever seu primeiro livro. Ela é uma moça egoísta, que só liga para likes, mal dá atenção aos amigos, não liga para muita coisa como pagar contas e entregar trabalhos no prazo. Ela é estuprada depois de ter a bebida alterada e daí se desenrola a história. Na HBO.

We are who we are - uma família se muda para Itália onde a mãe vai comandar uma base do exército americano. O filho parece que saiu de Euphoria direto para Veneza, e a esposa da mãe é a brasileira Alice Braga. A relação mãe e filho é muito esquisita. MUITO. O menino fica amigo da filha dos vizinhos que é uma menina que se veste de menino de vez em quando. É uma série sobre ser que você é. Na HBO.

Young Wallander - Descobri que o Kurt Wallander é uma espécie de Sherlock Holmes da Suécia e essa série é como se fosse a origem dele nos dias atuais. O crime tem uma pitada de racismo e anti imigrantes. O Kurt Wallander é um fofo, ele tem um faro para a investigação e consegue chegar nos culpados, mas sofre um bocado. É uma série lenta, mas são poucos episódios. Os atores suecos todos falam inglês. Netflix.

21.9.20

Emmy 2020

Fui olhar nos arquivos e a última vez que fiz um post sobre o Emmy foi em 2008. Sempre faço do Oscar, mas as outras premiações deixo para lá. Acontece que esse ano tudo é diferente e essa foi a primeira grande premiação da pandêmia e como não sabemos como vai ser no futuro acho que vale deixar registrado aqui no blog.

Jimmy Kimmel foi o apresentador da noite, eu acho ele divertido. Ele começou com um monólogo e imagens de platéias dos anos passados. Eu só sabia que era imagem de arquivo porque assisti em outros anos e duvido que alguém iria repetir vestido. Em um momento corta para um ginásio vazio e fotos das pessoas em papelões em alguns assentos. Welcome aos Emmys na pandemia.

Teve uma piada boa com o Jason Bateman se fazendo de papelão.

Aí Jimmy Kimmel entra num estúdio com um telão enorme e vários indicados na tela. Uma mega reunião pelo zoom.

Alguns atores estavam lá presente, Jennifer Aniston apagou fogo com extintor quando foram mostrar os procedimentos de higienização. Algumas categorias foram apresentadas por trabalhadores da área de saúde e até dos correios.

Os indicados se organizaram de várias maneiras: em casa com a família, alguns sozinhos, alguns em grupo e teve quem organizou festinha mesmo.

Alguns Emmys foram entregues pessoalmente onde o vencedor estava por uma pessoa toda toda protegida por aqueles trajes de proteção a contaminação.

Quando não vencia acontecia isso.

A premiação foi assim:

Schitt's Creek, a série canadense, e favorita de Sir Elton John, ganhou todos os Emmys de comédia: ator, atriz, coadjuvantes, direção, roteiro e melhor série comédia. Foi a última temporada dessa série e achei justo. Gostaria de ter visto um premiozinho para What We Do In The Shadows, a série dos vampiros que é hilária. Nenhum episódio de Schitt's Creek é melhor que o episódio do Vampiro da Energia sendo promovido no escritório, mas entendo o apelo de Schitt's Creek, você se apega as pessoas.

Nas categorias das minisséries a excelente Watchmen levou: melhor atriz (Regina King),  ator coadjuvante (Yahya Abdul-Mateen II), roteiro (Damon Lindelof) e série. E é realmente muito boa.

Na categoria de direção em minissérie a vencedora foi Maria Schrader por Nada Ortodoxa. Essa série é apenas ok, a história é boa, atriz ótima, mas a direção não tem nada de especial nem criativo. Sim, erraram nesse prêmio porque na mesma categoria tinha o episódio 5 de Normal People que é LINDO. 

O Mark Ruffalo ganhou melhor ator em minissérie, achei justo e era o único que eu aceitaria além do Paul Mescal de Normal People. Mark Ruffalo faz irmãos gêmeos na I Know This Much Is True, uma minissérie cheia de tragédias e muito boa. A esposa do Mark Ruffalo era a pessoa mais empolgada no sofá.

A Uzo Aduba ganhou melhor atriz coadjuvante, ela faz uma senadora em Mrs America, gostei dela na série, achei justo. Mas acho que faltou um prêmio para Inacreditável, a ótima minissérie das detetives investigando um estupro e Toni Collete estava nessa mesma categoria.

Melhor reality foi Ru Paul's Drag Race e melhor filme para tv foi Bad Education (o que o Hugh Jackman é um diretor de escola ladrão mas simpático).

E para acabar tivemos as categorias de série drama. Succession foi a vencedora de: melhor série, melhor ator, roteiro e direção. Essa série é muito boa mesmo. Teve até telefone tocando no meio do agradecimento do produtor da série.

O que Succession não ganhou foi: ator coadjuvante que foi para o Billy Krudup ótimo em The Morning Show e atriz coadjuvante que foi a Julia Garner por Ozark.

E a surpresa da noite foi a fofa da Zendaya ganhando prêmio de melhor atriz em série dramática por seu papel como Rue na ótima Euphoria. Palmas para Zendaya! 




E foi isso. Só faltou baby yoda dando um oi, afinal The Mandalorian ganhou todas as categorias técnicas e também trilha sonora.



15.9.20

Momento TOC Livros (14) parte 2

E não é que dobrei a meta antes do fim do ano. Cheguei a marca de 40 livros e ainda tem mais de 3 meses para o ano acabar. 

Comprei um kindle novo. O meu nem era paperwhite, era o basicão mesmo, então troquei logo pelo kindle oasis. O kindle oasis tem a tela um pouco maior (que achei ótimo), tem uma pegada anatômica (que para mim não fez diferença), tem botões para passar a página (que gosto) e o sistema de luz interna com temperatura (que ajuda). Sim, é cheio de frescura mas já que era para fazer um upgrade fiz logo full throttle.

De janeiro a junho li 21 livros e de julho até agora mais 20. Além de dobrar a meta li mais em menos tempo. Então vamos a mais 20 livros e se continuar nesse ritmo triplico a meta, no fim do ano vamos descobrir.


- A Origem Do Mundo - Uma história cultural da vagina - Liv Strömquist - uma graphic novel sobre a vagina e a vulva. Conta a história do relacionamento da sociedade com a vagina, a vulva, o clitoris, a menstruação. Fala da repressão a qualquer coisa relacionada ao orgão sexual feminino. Conta como a vulva e vagina foram de adoradas e representadas em deusas a ter propagandas de absorventes que destacam a necessidade de esconder que está mesntruada. Acho que todas as mulheres deveriam ler. Na verdade, todas as pessoas.

- Dias de Luta - Ricardo Alexandre - um livro sobre o Rock Brasileiro e o Brasil nos anos 80. O autor conta como surgiu o rock nacional num Brasil ainda na ditadura, como os jovens estavam cansados da mesma MPB, como o punk paulista começou um movimento que culminou no Rock in Rio 1. Fala das bandas, do sucesso que tiveram, dos esquemas de apresentações do Chacrinha, do case de marketing que foi o RPM. Foi uma viagem no tempo para mim.

- Heimat - Nora Krug - graphic novel sobre uma alemã que foi morar nos EUA e com uma saudade de casa ela decide pesquisar sobre sua família e a participação deles na segunda guerra. É ótimo, e os desenhos são lindos. Na verdade parece um scrapbook porque também tem fotos.

- Meninos Em Fúria, O Começo do Fim - Marcelo Rubens Paiva e Clemente Tadeu Nascimento - mais um livro sobre o rock nacional mas esse é focado no punk paulista e na banda Os Inocentes que foi criada pelo Clemente. O Marcelo Rubens Paiva mistura sua história a do Clemente e dá todo o panorama da época, dos bares, dos lugares de show, da violência e como foi nascendo o rock nacional nos anos 1980.

- The Westing Game - Ellen Raskin - Esse é um livro do tipo "quem matou?'. Um dono de uma fábrica de papel muito rico morre e convoca 12 pessoas que ele chama de herdeiros para desvendar o que aconteceu. Os 12 são divididos em duplas e quem descobrir o mistério leva tudo. Essas 12 pessoas moram no mesmo prédio que fica vizinho ao terreno da mansão. É divertido de ler , o mistério amarra bem, mas diria que é um livro juvenil.

- Human Acts - Hang Kang - Tinha lido A Vegetariana (na parte 1 dos livros desse ano) e gostei muito, então peguei esse segundo livro da Hang Kang para ler. É uma história pesada porque é sobre pessoas que estavam envolvidas no massacre que teve na cidade de Gwanju na Coréia em 1980. Cada capítulo tem um narrador que pode ser um garoto, uma moça, uma mulher, e até um cadáver. O livro é muito bom. A única coisa que me incomodou foi a tradução, não que eu saiba coreano mas deu para notar que a tradutora britanica se meteu mais do que devia. Leria outra vez em português porque achei A Vegetariana em português muito bom.

- Brasil: Uma Biografia - Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling - É sobre história do Brasil de 1500 a 2017. Achei esse livro chatérrimo. Metade do livro é Brasil colônia, depois muito sobre o Império, depois da república até hoje é tudo muito rápido. Confesso que na parte do Império fiz leitura dinâmica porque li outros livros melhores sobre o assunto. Pouquíssimas partes me interessaram, mas consegui terminar. E cheguei a conclusão que não repetimos história porque continuamos na mesma desde 1500.

- Temples of Delight - Barbara Trapido - Sobre duas amigas Jem e Alice. Jem escreve histórias que Alice adora ler. Quando Jem tem que sair da escola ela dá seus manuscritos para Alice guardar. Os anos passam, as duas nunca mais se falam, Alice vai para faculdade, fica noiva, deixa de ser noiva e recebe uma carta da Jem dizendo que alguém publicou um livro de suas histórias. Alice vai atrás de saber o que aconteceu. Não é um livro ruim, mas achei cansativo a forma das personagens falarem. Parecia coisa dos anos 1950 mas tudo se passa em 1990.

- You Look Like A Thing and I Love You - Janelle Shane - um livro que é quase um Inteligência Artificial para dummies. A autora explica tudo sobre AI, como são ensinadas, como aprendem e como desenvolvem. AIs podem ser preguiçosas e sempre escolher o caminho de menos esforço e por isso causar problemas. Não são multitarefas, mas na única tarefa são extremamente eficientes. Estamos longe de Blade Runner e West World com AIs adquirindo consciencia mas os algoritmos atuais podem causar estrago.

- Torto Arado - Itamar Vieria Junior - Duas irmãs no interior da Bahia (acho que anos 1950), moram numa fazenda com a família. Um dia acontece um acidente que as torna dependentes uma da outra, mas suas vidas podem seguir caminhos diferentes. Esse livro é muito bom.

- The Rest Of Us Just Live Here - Patrick Ness - comprei esse livro pelo título sem saber o que era. É sobre um grupo de jovens que vive num mundo com seres fantásticos (vampiros, fantasmas, deuses, imortais) mas que isso não importa. O que acontece com os seres fantásticos é só pano de fundo, o livro é sobre as pessoas normais e seus problemas. É um livro juvenil e como tal é bom.

- Os Sete Maridos De Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid - Evelyn Hugo é uma atriz famosa, mas reservada, de Hollywood e nos seus 79 anos ela decide contar sua história para uma jornalista. A história de Evelyn segue a linha do tempo de seus sete maridos. Também ficamos sabendo da história da jornalista (que é a narradora). Gostei desse livro, leitura divertida e tem um plot twist que eu não esperava mesmo.

- Morra, Amor - Adriana Harwicz - Sobre uma mulher com depressão pós-parto. Ela vai contando sua história e o leitor tem que quase montar um quebra cabeça para saber as informações no meio dos devaneios. Ela não é uma personagem simpática, não é uma história feliz e o livro é muito bom.

- O Melhor Que Podíamos Fazer - Thi Bui - mais uma graphic novel e essa é sobre a família da Thi Bui que imigrou do Vietnã para os EUA. Desenhos lindos e a história também.

- Outline e Transit - Rachel Cusk - dois livros de uma trilogia. Uma escritora faz uma espécie de people watching literário. No primeiro livro (Esboço em português) ela vai dar um curso na Grécia e nos conta a história de seu colega de fileira no avião, dos alunos, de outro professor do curso e fala muito pouco dela mesma. No segundo livro (Transito) ela está em Londres onde comprou uma casa que precisa de uma reforma e nos conta mais histórias de pessoas em sua volta. Acontece que nem todas as histórias tem fim porque é só que acontece ali naquele momento. Gostei, ela faz uma reflexões boas.

- Flat Share - Beth O'Leary - um livro que se fosse um filme seria uma comédia romântica. Tiffy precisa sair da casa do ex-namorado mas não tem dinheiro para alugar um apartamento sozinha então pega o anuncio de Leon que oferece dividir o quarto/sala. Tiffy tem o lugar e a cama durante a noite e,  como Leon é enfermeiro de madrugada, durante o dia a cama é dele. Eles passam a se falar via recados deixados no apartamento. Achei fofo (apesar da parte do ex-namorado abusador da Tiffy). Em português chama Um Teto Para Dois. 

- The Vanishing Half - Brit Bennett - duas irmãs gêmeas identicas, aos 16 anos, fogem de sua cidadezinha no sul dos EUA para New Orleans. Depois de 2 anos uma delas decide levar uma vida completamente diferente da outra. O livro conta a história de suas famílias, suas comunidades e suas identidades racias ao longo dos anos. Achei muito bom.

- Ninféias Negras - Michel Bussi - na Girverny de Claude Monet um conhecido oftalmologista morador da cidadezinha aparece morto na beira do rio. A narradora é uma senhora de 85 anos e ela nos conta que essa história envolve uma menina de 11 anos, uma mulher de 36 anos e ela, a velha. É bem contada essa história, teve umas partes que revirei os olhos mas no fim achei bem amarrada. Para quem conhece Giverny deve ser ótimo para lembrar os detalhes, para quem nunca foi lá, como eu, uma olhada no google maps ajuda muito entender a trama.

- Minha Coisa Favorita É Monstro - Emil Ferris - Grahic novel com desenhos incríveis que parecem feitos num caderno com caneta esferográfica. O livro é o caderno/diário de Karen, uma menina de 11 anos que mora com a mãe supersticiosa e o irmão mais velho tatuado, artista e mulherengo. Um dia, quando ela chega da escola, a vizinha (uma alemã) morreu com um tiro no peito e a policia diz que foi suicídio. Karen decide investigar o que aconteceu e vai contando sua história e da vítima. Karen é fã das histórias de monstros e se desenha como uma lobismenina. Os desenhos das capas de revistas de monstros são ótimos. Só achei que deixou muitas pontas soltas na história, esse livro é parte um mas não sei se já tem a parte dois.


Outros Momentos TOC Livros: (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9), (10), (11)(12)(13) e (14) parte 1

14.9.20

De volta aos anos 80

Ainda na quarentena (que na verdade já é quarentena vezes cinco). Setembro começou nostálgico com os anos 80.

Cobra Kai - em 1984 lançaram o filme The Karate Kid que eu vi no cinema pelo menos duas vezes. Depois vi em VHS e na TV mais um tanto de vezes. Na época foi um sucesso e a garotada toda queria aprender caratê. O filme teve 2 continuações com o Ralph Macchio que são boas e uma só com o Pat Morita ensinado a Hillary Swank a lutar karatê que não vale a pena. Trinta e cinco anos depois decidiram trazer Daniel Larusso e Johnny Lawrence de volta na série Cobra Kai. Daniel e Johnny eram rivais no primeiro filme, Daniel garoto de origem humilde novo na escola sofre bullying do Johnny (garoto rico) e seus amigos que lutam caratê no dojo chamado Cobra Kai. Sr. Miyagi ajuda Daniel o ensinado a lutar usando a estratégia de tarefas como encerar carros, lixar chão e pintar parede. Daniel e Johnny lutam no fim e Daniel ganha. A luta e a garota.

Na série o foco é um pouco mais no Johnny Lawrence que 35 anos depois é um loser. Mora só num quarto e sala, vive de bicos, vive ainda nos anos 1980 (roupas, carro, interesses) e bebe um bocado. O garoto vizinho sofre bullying e ele ajuda, daí tem a idéia de reabrir o dojo do Cobra Kai. OU SEJA, Johnny Lawrence meio que virou Sr Miyagi. Daniel, por sua vez, é rico, casado, tem dois filhos e a vida dele está ótima....até descobrir que Johnny vai trazer Cobra Kai de volta.

A Netflix comprou as duas temporadas do Youtube e vai lançar a terceira (que já está pronta) em 2021. A estética da série é muito TV e as lutas são ok mas souberam atualizar a história muito bem trazendo Daniel e Johnny para uma área cinza. Confesso que muitas vezes torço pelo Johnny e as vezes acho o Daniel um babaca. A parte dos adolescentes também é boa. E tem várias pessoas dos filmes aparecendo.

Acho que agora com a série na Netflix muita gente vai ter momentos nostálgicos. (A Netflix esqueceu de colocar os filmes junto mas estão na HBOgo)


Bill and Ted Face The Music - O primeiro Bill e Ted é de 1989 e o segundo de 1991. São filmes família, Bill e Ted são divertidos, bem intencionados. No primeiro filme voltam no tempo para trazer figuras históricas para passar em História e não perder o ano. No segundo filme eles enfrentam a Morte (que é muito divertida). Nesse terceiro, 25 anos passaram e os dois tem que compor uma música para salvar a existência como um todo. Para isso contam com ajuda de suas filhas Billie e Thea. Melhor cena é Jimmy Hendrix e Mozart numa disputa guitarra x piano.



28.8.20

+ Séries e Filmes

Séries

Schitt's Creek - várias pessoas me indicaram essa série e agora que acabou (seis temporadas) resolvi assistir tudo. É sobre uma família muito rica (muito mesmo) que perde tudo e a única coisa que sobra é a cidadezinha de Schitt's Creek que o pai comprou para o filho como brincadeira. E como a cidade não vale nada o governo deixou eles ficarem com ela. E lá vão eles morarem num motel cafona beira de estrada e ter que lidar com as figuras da cidade e tentar se virar nos 30. O pai, Johnny, era dono de um império de locadoras e vai tentando arranjar coisas para fazer, a mãe, Moira, é atriz, o filho, David, não faz nada mas depois abre uma loja conceito, e a filha Annie foi modelo e namorou um bando de gente duvidosa. Moira é ótimaaa, ela fala com palavras difíceis e sempre usa roupas de designers (a maioria em preto e branco). David também tem um armário bem curioso. Até a terceira temporada estava achando ok, e dava risadas, mas na 4a temporada tem o Patrick e ele é a coisa mais fofa.

Umbrella Academy - achei a primeira temporada divertida e essa segunda é melhor porque passa nos anos 1960 com direito a teoria da conspiração no assassinato do Kennedy. Na Netflix.

Lovecraft Country - Essa série começou agora na HBO e é baseada no livro do mesmo nome. Atticus vai atrás de seu pai no que chamam de Lovecraft Country (área perto de Boston onde o HP Lovecraft baseava suas histórias). Lá, Atticus, seu tio George e sua amiga Letitia, encontram muitas coisas e pessoas estranhas. Tem monstros, mas as vezes os humanos são piores.

High Score - uma minisérie documentário da Netflix sobre a história e evolução dos videogames. Começa na criação do Space Invaders para os jogos de arcade, depois Atari e aí vai passando por Nintendo, Sega, jogos de RPG, de primeira pessoa, de luta. Mostra a criação dos designs, as estratégias de marketing e os (impressionantes) campeonatos de games.

The Luminaries - série da BBC sobre a corrida do ouro na Nova Zelandia no fim do século 19. Anna e Emery chegam juntos a Dunedin, marcam um encontro que nunca acontece. Os episódios vão e vem no tempo e sabemos que no futuro tem um assassinato e Anna é acusada. Não li o livro mas achei a série boa, prendeu minha atenção.


Filmes

Boys State - Documentário na Apple tv sobre um programa que tem nos EUA onde juntam um grupo (grande) de jovens para formar um governo. Como o programa criado por militares da reserva, dividem entre meninos e meninas, e nesse documentário só mostram os meninos do Texas (o programa existe me vários estados desde os anos 1950). Os meninos são divididos em dois partidos e dentro de seus partidos eles se candidatam a representar o partido em cargos. Quem se candidata tem que angariar votos, o partido escolhe seus representantes e depois tem uma eleição geral com os dois partidos. O método é interessante, e escolheram 4 meninos para seguir. Steven é latino, Renee é negro, Ben é o jovem deficiente e Robert é o menino branco atleta carismático. Depois de assistir esse documentário me deu um medo pelo futuro mas também um pontinha de esperança. Gostaria muito de ver o Girls State e no futuro um que tenha todos juntos porque já deu dessa separação tipo Xou da Xuxa.

Crimes de Família - filme argentino na Netflix sobre uma senhora que seu filho está preso por ter agredido a ex-mulher e sua empregada está presa por outro crime. A senhora tem que ir aos dois julgamentos e cuidar do filho da empregada de 3 anos. Não conto mais para não dar spoilers mas é muito bom esse filme.

Project Power - mais um filme de ação da Netflix com pessoas famosas que poderia ser melhor mas até que é divertido. Numa New Orleans meio caótica existe uma droga ilegal que quando as pessoas tomam ficam com 5 minutos de poder. Qual poder? Depende da pessoa: a prova de bala, homem tocha, frozen, camaleão mas também pode explodir do nada. Jamie Foxx é um militar que está procurando a filha, ele se junta com uma menina que faz uns RAPs legais, Joseph Gordon-Levitt é o policial que toma a droga para não ficar em desvantagem com os criminosos e Rodrigo Santoro é o vilão.

A Rede de Ódio - Filme polônes na Netflix sobre um rapaz moralmente flexível que começa trabalhar numa empresa que faz ações para derrubar os oponentes de seus clientes. O rapaz aparece com estratégias bem duvidosas usando as redes socias e até games de RPG para recrutar pessoas.

Chemical Hearts - filme teen sobre um menino, Henry, que até então nada de interessante tinha acontecido na sua vida adolescente e ele quer ser escritor. Ele tem amigos e uma familia bacana. Grace, por outro lado, tem motivo de sobra para sofrimento e depressão. Ela sofreu um acidente onde machucou seu joelho e alguém que ela amava morreu. Os dois se juntam para trabalhar no jornal da escola, ficam amigos e Henry tem um crush em Grace. Não é um filme teen muito feliz. 

27.7.20

+ Filmes e Séries (na quarentena)

Filmes

Palm Springs
- Quanto menos souber sobre o que é esse filme, melhor. Posso dizer que é uma comédia romântica com um elemento (que aparece em outros filmes e séries) e momentos filosóficos. Andy Samberg e Cristin Milioti estão ótimos. É engraçado, divertido e a solução para o elemento é ótima.

Hamilton - a peça super-hiper-mega-blaster premiada da Broadway foi filmada com o elenco original e agora todo mundo pode ver. Musical criado e escrito por Lin Manuel Miranda conta a história de Alexander Hamilton, que foi um dos pais fundadores dos EUA, foi o primeiro tesoureiro, criou o primeiro banco americano e a casa da moeda. É tudo cantado com estilos musicais contemporâneos, principalmente rap (mas tem reggae, pop...). Preciso dizer que detesto peças musicais, principalmente as todas cantadas, não consigo prestar atenção no que estão falando porque a melodia me chama mais atenção e fico logo entediada com as repetições. Dito isso, vi 45 minutos de Hamilton (são 2 horas e 40 no total). Até escutei as músicas antes de ver para prestar mais atenção nas letras. O que aconteceu é que prestei atenção em tudo menos na história (mas eu já sabia a história dele): o figurino é genial, a passagem do tempo é pela troca das casacas, a cenografia é maravilhosa e o uso da plataforma giratória é muito criativo. Tem uma coreografia interessante e pelo menos 5 musicas muito boas. Para quem gosta de musical vai amar. O Lin Manuel Miranda foi genial na criação desse musical. 
Mas não verei as outras duas horas que faltam.

The Old Guard - filme sobre pessoas imortais que formam uma espécie de grupo mercenário (mas para ajudar outras pessoas). Por que são imortais? Não é explicado, apenas acontece. O grupo é descoberto e passa a ser perseguido por um vilão péssimo. O filme tem muita coisa interessante que poderia ter sido melhor explorada mas optaram pela pancadaria (que a Charlize Theron faz muito bem). Tem muitos defeitos mas achei divertido. Na Netflix.

Greyhound - filme com roteiro do Tom Hanks e estrelado por ele. Conta a históriada tripulação de um navio na segunda guerra que era responsável pela segurança de uma frota que levava mantimentos e soldados para Europa. Por 48 horas ficavam sem a proteção dos aviões e tinham que se proteger dos submarinos alemães. Muita linguagem técnica mas o som e efeitos sonoros eram muito bons. Achei melhor de escutar do que de ver. É um filme ok. Na Apple Tv.

Queen & Slim - das diretoras que estavam bordadas na roupa da Natalie Portaman no Oscar só faltava ver esse da Melina Matsoukas. É sobre duas pessoas que estão no seu primeiro encontro e no caminho para casa são parados pela polícia e aí dá tudo errado. O interessante desse filme é ver as escolhas que dois fazem e das pessoas que se envolvem com eles e entender o porque, ainda mais depois dos últimos acontecimentos nos EUA. Esse filme é muito bom.


Séries

Stateless - Minisérie sobre a imigração de refugiados na Australia nos anos 1990/2000. Os refugiados eram mantidos em campos que mais pareciam prisões e aí os personagens são: os guardas, os refugiados, os funcionários públicos responsáveis pelo sistema e uma australiana que acaba presa em um desses campos. Muito boa essa série. Na Netflix.

Boca a Boca - série brasileira, teen, que passa numa cidadezinha que vive da industria agropecuária. Os adolescentes vão a uma festa nos limites da cidade e no dia seguinte uma menina aparece com uma doença e é hospitalizada. Deduzem que o virus espalha pelo beijo e fazem um grafico de quem beijou quem na festa (e depois da festa). Achei essa série muito bem feita, tem imagens bonitas, trilha sonora boa. Tem algumas coisas bizarras que acontecem mas assisti até o fim e veria uma segunda temporada.

World On Fire - série britânica sobre pessoas comuns durante a segunda guerra. A primeira temporada começa em 1939 com a invasão da Polônia, passa por Dunkirk e termina antes dos bombardeios em Londres. Mas vai ter uma segunda temporada. Tem os núcleos: britanico, polonês, francês e alemão. 

Mythic Quest - série sobre uma empresa que faz games no estilo RPG, que são aqueles jogos que tem personagens com objetivos dentro de um mundo (medieval) com muitos obstáculos. O quinto episódio é independente dos personagens da série, é quase um curta no meio da série, e é muito bom. A série como um todo achei ok, mas esse quinto episódio e o último que fizeram já na pandemia com todos em casa (ou pelo menos parecendo que estão em casa) ficou muito bom. Na Apple TV

My Little Voice - uma série fofinha sobre uma garota que compõe músicas e quer ser cantora. A voz dela é bem bonita, ela trabalha num bar, tem uma depósito onde ela faz música, o irmão dela é autista, e o pai é músico de rua (mas era um músico conhecido). Tudo em NYC no verão. Na Apple TV.


9.7.20

Momento TOC Livros (14) parte 1

Todo fim de ano coloco aqui no blog a lista dos livros que li durante o ano. Geralmente leio 20 livros por ano, as vezes mais, as vezes menos, mas esse ano em junho já tinha lido essa quantidade. Pandemia, né?

Então decidi dividir a lista em duas e colocar a primeira metade agora e a parte dois no fim do ano.

Minha meta para 2020 era de 20 livros, que já atingi. Será que esse ano dobro a meta? Quem sabe para o ano que vem eu aumento a meta.

Então vamos aos primeiros 20 livros lidos em 2020.

- Just Kids - Patti Smith - Uma autobiografia do relacionamento da Patti Smith com o Robert Mapplethorpe durante as décadas de 1960 e 1970. Como os dois se conheceram, foram morar juntos, se viravam nos 30 para conseguir dinheiro, moraram no hotel e como cada um chegou na fama. Patti Smith escreve lindamente. (No Brasil saiu como Só Garotos)

- Acid For The Children - Flea - outra autobiografia, dessa vez do baixista do Red Hot Chilli Peppers. Nesse Livro Flea conta sua infância e adolescência até o dia em que formou a banda com Anthony Kiedis, Jack Irons e Hillel Slovak. Flea conta como foi morar no EUA (ele é australiano), como foi parar na California e como começou a tocar instrumentos. Tem alguns eventos que o Anthony Kiedis também conta no livro dele, afinal eram amigos da escola, mas Flea é mais lúdico na sua prosa.

- The Wicked + The Divine - The Faust Act - Gillen McKelvie e Wilson Cowles - uma graphic novel sobre um grupo de 12 deuses que a cada 90 anos voltam como jovens. São amados, odiados e em dois anos morrem. Assim até parece interessante, mas a história é mal desenvolvida. Os desenhos são ótimos.

- The Five - The Untold Lives Of The Women Killed By Jack The Ripper - Hallie Rubenhold - Esse livro é excelente. Conta a história de cada uma das cinco mulheres assassinadas pelo Jack Estripador. O holofote é todo nelas, quem eram, de onde vieram, suas famílias, como viveram e como foram parar no leste de Londres (a área dos crimes). É também um retrato detalhado da era vitoriana da cidade. (esse livro vai sair em português pela Wish Editora)

- The Rosie Project - Graeme Simsion - É a história de Don, um professor de genética com Sindrome de Asperger (mas ele não sabe, só se acha diferente) e as pessoas o acham socialmente esquisito. Sua amiga (que é psicologa) diz que ele poderia ser um bom marido e ele decide arranjar uma namorada através de um questionário. É aí que aparece a Rosie. Se esse livro fosse um filme a Rosie seria uma Manic Pixie Dream Girl. A leitura fluiu, me deixou curiosa mas achei o fim blergh. É uma chick lit para rapazes, se é que isso existe. (Em portugûes: O Projeto Rosie)

- Machines Like Me - Ian McEwan - Num mundo alternativo onde o Alan Turing não morreu e pode desenvolver a computação, nos anos 1980 já temos celulares, computadores, internet e o início dos androides com corpos humanos. Charlie é um entusiasta da tecnologia e compra um desses humanos sintéticos (Adam). Toda a parte do livro que descreve como Charlie e sua vizinha convivem com Adam, e como essa relação se desenvolve e como Adam se desenvolve é boa, MAS boa parte do livro é dedicada a política dos anos 1980 e aí confesso que fiz leitura dinâmica nessas partes. (Em Português é Máquinas como eu)

- When All Is Said - Anne Griffin - Maurice é um idoso irlandês que está sozinho no bar de um hotel e decide fazer 5 brindes: para seu irmão, sua filha, sua irmã, seu filho e sua esposa. Para cada brinde ele conta uma história. Esse livro tem algumas partes boas mas no fim não me importei muito com o Maurice.

- Margot Adomercida - Henry Bugalho - O Henry Bugalho é conhecido por seu canal no Youtube. Nesse livro ele pegou a história da música Maggie May do Rod Stewart e transformou na história do David com a Margot. Achei um exercício interessante e a história ficou boa. Tem algumas partes da letra da música no livro, é quase um analisando a música estendido.

- The Spledid And The Vile: A Saga Of Churchill, Family and Defience During The Blitz - Erik Larson - Sobre o primeiro ano do Winston Churchill como primeiro ministro durante a 2a Guerra. Começa em maio de 1940 e vai até maio de 1941, ano que o Reino Unido foi mais atacado pela Alemanha e Londres foi bombardeada por 30 dias seguidos. Tem detalhes dos planos de guerra dos dois lados, tem dia a dia da família Churchill, tem personagens periféricos, e mostra como a vida continuava mesmo com a cidade sendo bombardeada.

- Tudo Pode Ser Roubado - Giovana Madalosso - A protagonista desse livro é garçonete em um restaurante high end de São Paulo. Nas horas vagas ela gosta de se envolver com algumas pessoas para roubar objetos na casa delas e revender no brechó de uma amiga. Um dia ela é abordada por um cara que quer que ela roube a primeira edição de O Guarani de um professor. É um livro agradável de ler, prende a atenção.

- Assim Na Terra Como Embaixo Da Terra - Ana Paula Maia - A história desse livro passa numa colonia penal no meio do nada de algum lugar em algum tempo. Na colonia estão: o chefe, o agente penitenciário, o preso cozinheiro, o preso caçador e mais uns 3 presos. Inicialmente a colonia tinha 42 presos mas...Os que restam estão esperando um funcionário que vai desativar a colônia. É sobre violência, confinamento e natureza humana.

- Grown Ups - Marian Keyes - Sobre uma família irlandesa: três irmãos, suas esposas e os filhos. Tudo começa no jantar de aniversário de um dos irmãos onde a cunhada que bateu a cabeça resolve falar umas verdades para todos. Aí volta no tempo um ano e mostra todos os eventos que levaram até aquele momento. É um livro bom de ler, os personagens são interessantes e tem bastante fofoca nessa família.

- A Vida De Vernon Subutex #1 - Virginie Despentes - Vernon é um cara de quase 50 anos que tinha uma loja de discos que fechou. Ele viveu de vender o que restou da loja mas seu dinheiro acabou. O amigo músico famoso que pagava seu aluguel morre e Vernon é despejado e tem que se virar dormindo na casa de vários amigos e amigas (alguns nem gostam dele) por Paris. E assim conhecemos Vernon e seus amigos.

- The Marriage Plot - Jeffrey Eugenides - Sobre um triangulo amoroso onde Mitchell ama Madeleine que ama Leonard que é bipolar. Se passa no início dos anos 1980 quando os três estão se formando na Brown. Os relatos da doença do Leonard são bem detalhados. Em alguns momentos desse livro achei que tinha detalhes demais sobre uma coisa aletória que não acrescentava nada no resto da história, mas a leitura flui. O Jeffrey Eugenides é um ótimo escritor, ele sabe contar uma história.

- Segredos - Domenico Starnone - A história de Pietro e Teresa (e Nadia por tabela) contada em 3 relatos. Pietro e Teresa namoravam e decidiram contar o que tinham de feito de pior na vida um para o outro. Esse relacionamento termina mas Pietro vive com medo que Teresa abra a boca. Domenico Starnone tem o talento de contar muita coisa com poucas palavras.

- We Are All Completly Besides Ourselves - Karen Joy Fowler - Esse livro conta a história da Rose e de sua família. Sua irmã desapareceu quando Rose tinha 5 anos e seu irmão (mais velho) fugiu de casa quando ela tinha 12 anos. A história se divide em presente (A Rose na faculdade) e passado. O plot twist é na página 80 do livro e quando soube o que era achei interessante mas ao mesmo tempo perdi o interesse no resto do livro porque não era uma história que me interessava, mas li até o fim.

- Sergio Y. Vai A América - Alexandre Vidal Porto - Armando é um psicanalista dedicado, um dia ele atende Sergio Y, um garoto de 17 anos que, para Armando, não tinha muitos motivos para estar ali, até pelo o que garoto contava. Um dia Sergio chega de viagem, agradece o Armando por tudo e termina as sessões. Um tempo depois Armando vê o obituário de Sergio no jornal e vai atrás de saber o que aconteceu. Gostei desse livro.

- Recursion - Blake Crouch - Ficção Científica que envolve memória e viagem no tempo. O interessante dessa história é a forma como a viagem no tempo é feita e os efeitos causados. (Em portugês saiu como Recursão)

- Sobre Os Ossos Dos Mortos - Olga Tokarczuk, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura-  Janina (mas ela destesta ser chamada assim) é uma senhora que mora sozinha numa vila na montanha na fronteira da Polônia com a Republica Tcheca. Ela é professora de inglês, traduz William Blake, e no inverno cuida das casas dos vizinhos. Ela é defensora radical dos animais, vegetariana, misantropa e sabe tudo de astrologia, ela acredita na ordem cósmica. Um dia morre um vizinho e depois outros homens da vila morrem misteriosamente. Gostei muito desse livro, só não me interessei pelas partes que ela fala sobre astrologia.

- A Vegetariana - Han Kang - Esse livro conta a história de Yeonghye pelas perspectivas de seu marido, seu cunhado e sua irmã. Yeonghye tem um sonho e acorda querendo ser vegetariana. Isso deixa seu marido e toda a família dela preocupados. É sobre solidão, sobre não pertencer, não ser aceito e não ser visto. Achei esse livro muito bom.

O livro 21 foi:

- Death In Her Hands - Ottessa Moshfegh - decidi colocar esse livro logo aqui porque tem muita coisa em comum com o Sobre Os Ossos Dos Mortos. É sobre Vesta, uma senhora idosa, viúva, que mora sozinha numa cabana no meio do mato com seu cachorro. Um dia ela encontra um bilhete na floresta que diz: "O nome dela é Magda. Nunca vão saber quem a matou. Não fui eu. Aqui está seu corpo.". Vesta fica curiosa e começa imaginar quem é a Magda e que mistério é esse. De onde veio? Quantos anos tinha? Quem escreveu o bilhete? Morreu como? e muitas outras questões. Eu acho que a Ottessa Moshfegh quis dar um twist na história da Olga Tokarczuk porque a semelhanças são muito óbvias, a Vesta até lê o poema do William Blake que fala sobre os ossos dos mortos. 
A Ottessa Moshfegh consegue manter a sua curiosidade e ela escreve personagens nada simpáticas muito bem. MAS Janina é mais divertida que Vesta.



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