27.10.17

Thor Ragnarok

Depois do Thor 1 e Thor 2 agora temos mais um filme do loirão deus nórdico do trovão. E esse veio colorido igual capa de disco de rock psicodélico na década de 1970. ( e não a toa tem Immigrant Song do Led Zeppelin na trilha)


No primeiro filme o Thor teve contato com a Terra e seu povo. Ele chegou aqui meio durão, todo sério mas aí ele se juntou aos Vingadores para dar jeito no seu irmão Loki, fez amigos, voltou para casa, veio outra vez para a Terra para um segundo estágio, depois foi ver qual era a do Ultron junto com os Vingadores e ficou de fora da Guerra Civil entre Capitão América e Homem de Ferro.

O que o Thor estava fazendo nesse tempo todo entre Vingadores Ultron e Ragnarok não é mistério, tem videos no youtube contando: ele foi morar com o Darryl e depois o Darryl tentou fazer com que o Thor arranjasse um emprego (mas ele só quer ficar de bermuda e a gente não acha ruim).

Aí acho que ele cansou da vida mundana na casa do Darryl e foi atrás de alguns aliens e é assim que começa Ragnarok. Ele está preso em algum planeta e precisa pegar uma máscara para que Asgard não seja destruída.

Ragnarok é o nome da destruição de Asgard.

Thor consegue pegar a máscara e volta para Asgard e quando ele chega lá vê Odin bebendo vinho e assistindo uma peça (ótimaaaaa!). Claro que Thor deixou de ser bobo faz tempo e saca que aquele é o Loki (a gente adora o Loki!). E KD Odin? Está na terra.

Os irmãos vem até aqui tem um encontro surpresa e acham o Odin. Papai Odin diz que está morrendo e revela que Thor tem uma irmã mais velha chamada Hela e que ela é a deusa da morte. Apenas.

Hela (Cate Blanchett se divertindo) veio para animar a festa, ela acha que 9 reinos é pouco e tem que ser rainha de toda a bagaça. Ela é poderosa. Hela vai para Asgard e apronta muitas confusões.

Thor e Loki vão parar num mundo que é o lixão do universo e lá Thor é capturado pela Valquiria que o vende para lutar gladiador style. Contra quem? Vou dizer porque não é spoiler já que está no poster: contra o Hulk. (Hulk também sumiu depois de Vingadores Ultron)

Chega né? Vão ver o filme que é divertidíssimo. Pela primeira vez nesses filmes achei Chris Hemsworth melhor que o Tom Hiddleston (o Loki). Chris Hemsworth se achou na comédia e o Thor dele agora é um fanfarrão delicioso (pelo jeito o deus do trovão aprendeu tudo com Tony Stark e cia).

Esse filme não tem a insossa da Natalie Portman (Jane) que só isso já é uma coisa muito boa. Tem a Tessa Thompson de Valquiria que é ótima! Chegou agora e já tem mais química com o Thor que a Jane em 2 filmes.

Tem outras participações especiais que não vou contar e que valem muito a pena.

A Tia Helô iria sentir falta dazamigues do Thor dos outros filmes mas acho que ela ia curtir essa coisa mais colorida. 517 "Ai, Jesus!" para os cavalos alados.




23.10.17

+ Séries

Mindhunter

Série do David Fincher (Seven, Clube da Luta, The Social Network, House of Cards, etc) para a Netflix baseada no livro do John Douglas e Mark Olshaker.

É sobre serial killers, mas é mais sobre como foi desenvolvida a área do FBI que estuda, analisa e se dedica a fazer os perfis desses criminosos.

Antes de assistir achava que a série ia focar na resolução de casos usando as técnicas (como Criminal Minds), porém não é bem assim.

A história gira em torno do Holden Ford um agente novinho do FBI que começa como negociador de sequestro, passa a dar aulas sobre o tema e se junta com um agente mais velho, o Bill Tench, para ir pelos EUA ensinando algumas técnicas aos policiais locais.

Holden tem a idéia de entrevistar alguns assassinos que já estão presos para entender como funciona a mente desses criminosos. Ele quer muito entrevistar o Charles Manson, mas começa pelo Ed Kemper.

Ed Kemper matou os avós quando era adolescente, foi para uma instituição, saiu e depois matou 6 estudantes universitárias, sua mãe e uma amiga de sua mãe. Ele adorava conversar e é fonte de muita informação para os agentes do FBI. Depois vi um video com o verdadeiro Ed Kemper dando uma entrevista, na série usam as próprias frases dele e o ator faz IGUAL. É bem creepy.

Eles entrevistam alguns outros assassinos e acho que na segunda temporada deve ter mais. Aguardo.

Holden e Bill se juntam a psicóloga (ou acadêmica) Wendy Carr (a ótima Anna Torv de Fringe) e começam aplicar algumas coisas que eles aprenderam nas entrevistas em alguns casos.

O desenvolvimento dos personagens, principalmente do Holden, são muito bem feitos. Eu gostei muito da namorada do Holden, a Debbie, ela é muito mais inteligente que ele e é muito interessante a evolução da relação entre os dois.

Sou muito curiosa com serial killers e gostei dessa série. Vem logo segunda temporada!


The Deuce

Essa série da HBO é sobre a indústria do sexo (desde prostitutas a filmes pornôs) em NYC na década de 1970. É uma série do David Simon que já fez a ótima The Wire, Treme (a série de New Orleans pós Katrina) e Show Me A Hero.

The Deuce era uma área de midtown Manhattan, na rua 42 entre as avenidas 7 e 8, onde se concentrava grande parte da prostituição de rua, casas de massagem e cinemas especializados no tema.

Na série o James Franco faz irmãos gêmeos: um é trabalhador, toma conta de um bar e é honesto; o outro é jogador compulsivo e vive devendo dinheiro. Além deles tem uma prostituta independente (sem cafetão) que quer sair das ruas e ir para os filmes feita pela Maggie Gyllenhaal (que está excelente nessa série). E tem um bocado de outras história paralelas de cafetões, mafiosos, policias (honestos e não), as prostitutas, as pessoas que trabalham fazendo os filmes, etc...

Já vi 7 episódios e gostei.


Star Trek Discovery

Eu sou mais Star Wars do que Star Trek mas também gosto dos trekkers. Assitia a série de tv quando criança, vi os filmes da década de 1980 e gostei muito dos filmes mais recentes do JJ Abrams.

Como é uma série do Bryan Fuller e gosto de tudo que ele faz (Hannibal, Pushing Daisies, American Gods), decidi assistir essa também.

Só comecei a gostar no terceiro episódio.

Os dois primeiros episódios não são muito bons e achei desperdício de tempo só para mostrar um pouco da história da Michael e deixar claro que os Klingons serão os eternos vilões.

(Confesso que odeio os diálogos em klingon, ô língua horrorosa - parece que estão se engasgando o tempo todo.)

Já vi 5 episódios e ficou boa. Para quem gosta do gênero vale a pena.



8.10.17

+Filmes

Blade Runner 2049



O primeiro Blade Runner é de 1982 mas a história se passa em 2019. É baseado no livro do Philip K. Dick Do Androids Dream of Eletric Sheep? (ótima pergunta). O filme tem algumas linhas gerais do livro mas é bem diferente.

No primeiro filme o Harrison Ford faz Deckard, um caçador de andróides (como no título nacional), uma espécie de policial que vai atrás de replicantes fugitivos para "aposentá-los". Nesse futuro distópico, os andróides foram criados para trabalharem nas colônias fora do mundo em funções perigosas e como escravos mesmo. São robôs cópias perfeitas de seres humanos (por isso são chamados de replicantes) mas com tempo de vida de 4 anos. Acontece que os replicantes adquirem uma certa vontade de viver e de "ser mais humano que humanos", fazem uma revolução e são proibidos na Terra. Alguns conseguem fugir e vem para Terra buscar uma solução para o seu problema de vida de 4 anos. Aí acontecem muitas conversas filosóficas em Los Angeles no meio de um cenário distópico, escuro e que chove muito.

No fim desse primeiro filme (spoiler?) Deckard vai embora com a Rachael para um futuro indefinido.

De 2019 para 2049 a Tyrell (empresa que fabricava os replicantes) faliu, teve um blackout e os novos replicantes são menos filosóficos e mais trabalhadores. Só que ainda existem alguns modelos antigos circulando (que tiveram tempo de vida indefinido além dos 4 anos), ainda estão a fim de uma revolução e são perseguidos. E é nesse Blade Runner 2049 que o K (Ryan Gosling) trata de ir atrás deles, na mesma Los Angeles distópica, escura e com neve.

K também é um replicante, a gente fica sabendo disso no início do filme (ao contrário do Deckard do Harrison Ford que até hoje discutem se ele é ou não um robô). K é um modelo mais novo que sabe que suas memórias foram colocadas ali (ou não).

K descobre um corpo enterrado que gera um mistério e ele passa o filme juntando as peças do quebra-cabeça. Entre uma investigação e outra ele passa tempo com Joi, uma espécie de sistema operacional igual no HER, mas que tem um holograma.

Jared Leto faz o Wallace, que é o novo criador e produtor de replicantes. Ele comprou a Tyrell e desenvolveu novos modelos, mas ele quer saber como pode aumentar essa produção e o segredo está no que o K achou. Ele tem um braço direito, a Luv, que é super eficiente.

O Deckard aparece, isso não é spoiler porque ele está no cartaz do filme. Harrison Ford retoma o ranzinza Deckard muito bem e todas as ligações com o primeiro filme são feitas.

Aliás, esse Blade Runner 2049 é um filme para os fãs. A gente agradece. A fotografia magistral (como definiu um amigo) respeita a original e ao mesmo tempo a deixa mais atual. O design de cenários é sensacional. É o filme mais bonito que vi esse ano, cada frame é um flash.

O som é muito bom. Falaram muito da falta da trilha do Vangelis, mas para ser sincera lembro que era cheia de sintetizadores e lembro muito daquela música de depois virou tema de abertura do Fogo No Rabo (Tv Pirata, sim sou velha). A trilha do Hans Zimmer é um pouco mais pesada, mas é muito boa.

É para ser visto no cinema, numa tela grande com som bom.

Eu gostei muito desse filme, achei longo, mas é lindo de ver.

Acho que nós humanos temos que pensar bem ao criar inteligência artificial e androides tão parecidos conosco. O que Blade Runner (A.I., HER, Ex-Machina e outros) mostra é que eles vão ganhando humanidade a medida que nós vamos perdendo. Tem muita gente que não gosta de ficção científica mas depois não vem reclamar que ninguém avisou quando o mundo for dominado por macacos.

A Tia Helô ia ficar muito confusa com esse negócio de replicantes, só mais gente falsa para ela ficar desconfiada. 317 "Ai, Jesus!" para o caçador de andróides.



Kingsman: Circulo Dourado

Achei o primeiro filme divertido então fui ver essa segunda aventura do Eggsy e seus amigos Kingsman.

Eggsy está com a vida ganha, mora numa Mew em Londres com sua namorada a princesa sueca. Ele ainda vai comer bolo e beber com os amigos mas seu trabalho continua exigindo um certoo jogo de cintura.

Logo no início tem uma sequência ótima ao som de Let's Go Crazy do Prince e acho que essa foi a primeira vez que uma música do Prince tocou num filme (que o Prince não participa).

Eggsy se safa dessa perseguição mas logo depois todos os Kingsman são explodidos (inclusive a sede). Sobra Eggsy e o Mark Strong (esqueci o nome dele no filme). Os dois descobrem que existe uma agência de espiões americana chamada Statesman que é que vai ajudá-los.

Os Statemen tem: Canning Tatum, Jeff Bridges, Halle Berry e o nosso querido Pedro Pascal (também conhecido como Oberyn e Agente Peña).

A vilã do filme é uma traficante de drogas que adora um moedor de carne e quer que as drogas sejam legalizadas porque ela não quer mais viver escondida na mata do Camboja. Ela coloca um virus em seus produtos que deixa um bom número de pessoas doente e só vai dar o antidoto se o presidente americano assinar a legalização.

A melhor coisa desse filme é Sir Elton John. Mais não digo.

Gostei mais do primeiro filme, tinha mais novidade. Esse filme tem uma cena que poderia ser dispensada (mesmo, foi ridícula) mas é divertido, é colorido e se leva muito menos a sério.

A Tia Helô ia acha tudo besteira, mas acho que ela iria gostar de ver Elton na tela. 415 "Ai, Jesus!" para os homens do rei e do estado.