29.3.20

Analisando a música: Flashdance....What a Feeling (Irene Cara)

A MTV surgiu no início dos anos 1980 (nos EUA) e fomos apresentados ao videoclip. As bandas começaram a fazer videos mais elaborados do que só a banda tocando. Com isso vários filmes dos anos 1980 apareceram com ótimas trilhas sonoras, filmes que não eram musicais. Músicas escolhidas a dedo para embalar cenas (como os videoclips), algumas compostas especificamente, e tão boas que o filme sem elas talvez não seja tão bom. Dirty Dancing, Footloose, About Last Night, Vision Quest, Ruas de Fogo, Flashdance e até Top Gun, para citar alguns filmes.

Nesses tempos de ficar em casa sobra tempo para ver muitas coisas, e mesmo com a grande oferta de filmes e séries novas, as vezes um bom e velho filme da sessão da tarde alegra os animos.

Essa semana pulando pelos canais do Telecine vi que ia passar Flashdance, adoro a trilha sonora desse filme, tem: Maniac do Michael Sambello (levanta a mão aí quem faz o passinho da corrida), Romeo da Donna Summer, Manhunt da Karen Kamon, Lady Lady Lady do Joe Esposito (que embalou muita dança lenta nas festinhas). Tem até Gloria da Laura Brannigan (ainda faço um analisando dessa).

Claro que assisti pela enésima vez. Vi Flashdance no cinema, depois em VHS, na sessão da tarde e sei lá mais onde. Flashdance é girl power.

A Alex é soldadora de dia e dançarina a noite (e ciclista). Ela dança numa espécie de casa noturna que não é um strip club mas tem números de dança mais sensuais. O "vilão" do filme é o dono do strip club vizinho que quer levar Alex e as outras para dançar sem roupa. Alex sonha em entrar para uma escola de dança que tem uma abordagem mais clássica, mas Alex nunca fez aula de ballet, ela aprendeu a dançar sozinha (e com os caras do break dance). Alex se envolve com seu chefe (o dono da fábrica), Nick, e é ela que toma algumas iniciativas (you go girl!). Alex também é amiga de uma senhora que era bailarina e as duas vão assistir ballets juntas. Essa senhora convence a Alex a se inscrever na melhor escola de dança da cidade. Alex pega o papel mas sabe que não tem currículo para se canditadar. O Nick consegue, através de seus contatos, que ela seja avaliada. Alex não gosta de Nick ter se metido mas ele diz: eu só consegui que você fosse avaliada, quem vai dançar é você.

Aí Alex vai e temos a cena final dela fazendo um pouco de todas as danças que aprendeu ao som de Flashdance...What a Feeling cantada pela Irene Cara.

É um filme bom? Gosto muito, memória afetiva, e, como disse, tem uma trilha sonora que vale a pena. A atuação da Jennifer Beals não é das melhores, ela não dança, nem passinhos básicos, foi uma dublê o tempo todo e dá para ver, a peruca é péssima, mas na dança final todo mundo se empolga.

A trilha sonora é tão boa que duas música concorreram ao Oscar: Maniac e Flashdance...What a Feeling. E as músicas concorrentes eram do filme Yentl (com a Barbra Streisand). Flashdance...What a Feeling ganhou e Irene Cara levou um Oscar para casa, e um Globo de Ouro e um Grammy.

Como é uma música composta para o filme a letra tem a ver com a história do filme, mas vamos analisar.

First when there's nothing
But a slow glowing dream
That your fear seems to hide
Deep inside you mind

Os compositores da música são: Giorgio Moroder, Keith Forsey e Irene Cara. O Giorgio Moroder tem um dedo em vários hits da década de 1980, um gênio do pop. A Irene Cara é cantora, atriz e bailarina, e foi ela que escreveu a letra porque ela entendia bem o que acontecia com a Alex do filme.

Então, a música começa lenta com ela dizendo que no início não tem nada além de um sonho que vai aparecendo devagar mas que os medos parecem querer escondê-lo lá no fundo da mente.

All alone I have cried
Silent tears full of pride
In a world made of steel
Made of stone

Ainda na parte lenta ela diz que tem chorado sozinha, lágrimas silenciosas cheias de orgulho (essa frase é ótima), num mundo feito de aço e de pedra. (o aço é referência direta ao trabalho de soldadora da Alex). A vida é dura.

Well, I hear the music
Close my eyes, feel the rhythm
Wrap around
Take a hold of my heart

Aqui o ritmo da música aumenta, entra a batida pop. Ela começa se animar com a música, fecha os olhos, sente o ritmo, se ajeita e segura (controla) o coração.

What a feeling
Being's believing
I can have it all
Now I'm dancing for my life

E temos o refrão: que sensação, ser é acreditar! (filosofou) E ela sente que pode ter tudo agora que está dançando pela vida. (que no filme é a parte que ela dança na avaliação da escola)

Take your passion
And make it happen
Pictures come alive
You can dance right through your life

E tem que acreditar, pegar o sonho, a paixão, e fazer acontecer. Fotos se tornam realidade e você pode dançar por toda vida.

Fotos se tornam realidade é uma boa maneira de dizer que algo que você só olha pode estar ao seu alcance.

Now I hear the music
Close my eyes I am rhythm
In a flash
It takes hold of my heart

Aqui ela repete que escuta a música, mas quando fecha os olhos ela é o ritmo e em instante domina o coração.

What a feeling
Being's believing
I can have it all
Now I'm dancing for my life

Take your passion
And make it happen
Pictures come alive
You can dance right through your life

E temos o refrão até o fim. Você pode dançar por toda sua vida, nem que seja para fazer o passinho da corrida para mexer o corpinho.


Esse video é quase um trailer do filme.





11.3.20

Analisando a múisca: Torn (Natalie Imbruglia)

No carnaval, no caminho entre Brasília e São Jorge, passamos boa parte da viagem escutando uma rádio de Brasília chamada Verde Oliva. Pelo menos até descobrir como conectava o Spotify ao som do carro.

Essa rádio tinha uma seleção para lá de aleatória. Num mesmo bloco tocava Legião Urbana, Destiny's Child, Red Hot Chili Peppers e Caetano. Músicas que iam dos anos 1970 (tocou Earth Wind and Fire) até sucessos de 2019.

Depois, já no Spotify, alguém colocou uma lista tão aleatória que apelidamos de Verde Oliva. E dessa lista saiu Torn da Natalie Imbruglia.

Essa música fez muito sucesso em 1998. Tocava em todos os lugares. Acho que a última vez que escutei esse hit talvez tenha sido em 1998 mesmo. Mas música chiclete é assim, 20 anos depois você ainda lembra da letra.

Da Natalie Imbruglia só lembro de 4 coisas: é australiana, que ela foi atriz antes de ser cantora (inclusive participou da mesma novela que Kylie Minogue), que ela teve esse hit e que casou com o vocalista do Silverchair (banda australiana que fez sucesso na mesma época), mas acho que se separaram há anos.

A Natalie Imbruglia continuou a carreira de cantora, mas, depois de Torn, nunca mais escutei nada dela. Na época cheguei a escutar Left Of The Middle, o disco que tem Torn, mas não me lembro de nenhuma outra música.

Torn não é da Natalie Imbruglia. É um cover de uma banda chamada Ednaswap e foi composta pelos integrantes dessa banda: Anne Preven, Scott Cutler e Philip Thornalley. Eles gravaram Torn em 1995, no seu primeiro disco, mas teve pouca atenção (e gosto dessa versão mais pesada).

Antes da própria Ednaswap (que nome de banda péssimo), em 1993, essa música teve uma versão em dinamarquês chamada Brændt gravada por Lis Sørensen. E em 1997 uma cantora norueguesa, Trine Rein, gravou a versão em inglês mais parecida com a que a Natalia Imbruglia lançou depois.

Anne Preven foi no programa do Howard Stern em 2000 e ele disse que ela gravou uma musica linda, cheia de sentimento, mas que não foi a lugar nenhum, aí veio a Natalie Imbruglia e fez sucesso com a mesma música. Ele perguntou se ela tinha raiva. Ela disse que no início era estranho e surreal que as palavras dela estava sendo cantada por outra pessoa num arranjo que ela não faria (e depois cantou uma versão acústica da música).

Mas a Anne já deve ter superado porque o dinheiro que ela deve ganhar até hoje dos direitos autorais dessa música não é pouco. Até o One Direction cantou Torn. Quando a música tem uma versão forró é porque dominou o mundo.

A versão da Natalie Imbruglia é bem pop, chega ser animada, mas é uma música sobre fim de relacionamento e decepção.


I thought I saw a man brought to life
He was warm, he came around and he was dignified
He showed me what it was to cry

Ela começa dizendo que achou que viu um homem que começou a viver (uma pessoa com vida), como se quando ela olhou para ele uma luz acendeu. Era um cara legal, afetuoso, chegou junto e era digno.
Aí ela diz que ele mostrou a ela o que era chorar. Aqui vejo duplo sentido: ela pode estar dizendo que ele a fez mais sensível OU que apesar de todas as qualidades anteriores ele a fez sofrer (e chorar).

Well you couldn't be that man that I adored
You don't seem to know, don't seem to care
What your heart is for
No, I don't know him anymore

Então ela diz que ele não poderia ser aquele homem que ela adorava, ele não sabe para o que serve o coração e não se importa. KD o homem que ela conhecia??

There's nothing where we used to lie
Conversation has run dry
That's what's going on
Nothing's fine I'm torn

Não existe mais nada onde eles deitavam (sobrou nem o cheiro no travesseiro), acabou o assunto e a conversa. E é isso que está acontecendo. Fim do relacionamento, nada está bem e ela está arrasada (destruída, despedaçada e qualquer outro sinônimo).

I'm all out of faith
This is how I feel
I'm cold and I am shamed
Lying naked on the floor
Illusion never changed
Into something real
Wide awake and I can see the perfect sky is torn
You're a little late
I'm already torn

Tão arrasada que perdeu toda esperança. Ela está com frio, envergonhada e deitada nua no chão. Fundo do poço. Ela se tocou que a ilusão que ela tinha nunca se transformou em realidade e agora que ela está bem acordada pode ver que não era nada do que ela imaginava (o céu perfeito foi destruído). E aí ela diz que ele está atrasado, que ela já está arrasada.

A Anne Preven disse pro Howard Stern que nessa última frase era o cara tentando voltar com a moça mas que ele já tinha feito ela sofrer demais e não adiantava mais.

Essa parte da letra na versão forró é assim:
Não adianta me pedir perdão
Se não cuidou, só maltratou
Feriu meu coração
Não quero mais voltar atrás
Eu vou viver longe de ti
Por favor me deixa em paz
Pode parar ...desse blá, blá, blá

Achei essa versão da Aviões do Forró muito justa.

So I guess the fortune teller's right
I should have seen just what was there
And not some holy light
But you crawled beneath my veins and now
I don't care, I have no luck
I don't miss it all that much
There's just so many things
That I can't touch
I'm torn

Até numa vidente ela foi e bem que a cartomante avisou mas ela preferiu uma espécie de luz divina do que realmente estava ali. Mas ele conseguiu se arrastar embaixo das veias dela (muito mais profundo que embaixo da pele) e agora ela não se  importa, a sorte acabou e ela nem sente mais falta.
Tem coisas demais que ela nem pode tocar (acredito que emocionalmente e fisicamente). ARRASADA.

I'm all out of faith
This is how I feel
I'm cold and I am shamed
Lying naked on the floor
Illusion never changed
Into something real
Wide awake and I can see the perfect sky is torn
You're a little late
I'm already torn

Torn

E ela repete o refrão até o fim, cheia de sentimento. Com um pouco de otimismo, mesmo ela estando despedaçada, pelo menos ela está dando um fora nele.

O video é um classico da MTV da época. É uma gravação de uma cena entre dois atores e depois o cenário vai sendo desfeito. Tem um momento que a Natalie Imbruglia faz uma dancinha estilo Renato Russo.







9.3.20

+ Series

Algumas vi no segundo semestre de 2019 e outras esse ano.

Watchmen - Série da HBO baseada na HQ de mesmo nome que fala de pessoas que decidem usar máscaras e fantasias e serem justiceiros. Só o Dr. Manhattan tem poderes. A série começa 30 anos depois do fim da HQ (que foi em 1985), e passa em Tulsa no Oklahama (onde descobrimos que teve um massacre no início dos anos 1920). A história rela desse massacre é interligada com os acontecimentos da HQ e temos uma série sobre racismo, supremascistas brancos, poder, justiceiros mascarados, nascimento e morte.

The Mandalorian - em duas palavras: Baby Yoda. O ser mais fofo de todas as galáxias apareceu no primeiro episódio dessa série e ja conquistou todos os corações. A série é sobre um mandaloriano (pessoas que tem uma armadura e nunca tiram o capacete) que é mercenário e aceita um job de pegar um pacote e entregar para um ex-participante do império. Essa série se passa uns 5 anos depois do Retorno do Jedi. O pacote era o Baby Yoda e quem tem coragem de abandonar essa coisa fofa?? Então Baby Yoda e Mandaloriano se metem em muitas confusões. Os episódios são curtos, cheios de aventura no estilo western samurai, e o fim da primeira temporada ja deixa vontade para a segunda.

Unbelievable - minisérie da Netflix sobre uma jovem que foi estuprada mas ninguém acredita nela até duas policiais se juntarem e descobrirem que o estuprador agia em vários estados e como ninguém trocava informação achavam ser casos isolados. É tensa, é boa e é girl power.

Carnival Row - Série da Amazon Prime sobre um mundo que tem fadas. Teve uma guerra entre humanos e uns outros seres mágicos e as fadas ficaram no meio do babado. Aí na cidade dos humanos tem uma rua, a Carnival Row, que é dos refugiados seres mágicos que incluem as fadas. Na série é a história de amor entre a fada Vignette e o policial Philostrate, eles se conheceram durante a guerra mas ela achava que ele tinha morrido. Quando Vignette imigra para a cidade eles se reencontram. No começo achei que não iria gostar mas depois achei boa.

Modern Love - Série da Amazon Prime com episódios independentes cada um contando uma história de amor em NYC. Eu gostei dos episódios 1, 2, 5, 7 e 8. O 4 achei chato, o 6 é creepy e o 3 é ok.

Good Omens - Um anjo e um demônio se juntam para salvar o mundo do anticristo, e é divertido. Amazon Prime.

Hunters - Mais uma da Amazon Prime. Al Pacino e sua turma caçando nazistas em 1977. Tem menos aventura do que o nome da série sugere, tem partes engraçadas e fora de formato, tem algumas inconsistências de idade, e tem um plot twist bom.

The Outsider - Série da HBO baseada num livro do Stephen King sobre um serial killer de crianças que consegue incriminar pessoas inocentes. É lenta, mas é bem feita e boa.

Living With Yourself - Série da Netflix sobre um cara que é clonado. Episódios curtos e é divertida. Paul Rudd em dobro nunca é demais.

Undone - É uma animação com desenho feito sobre imagem que conta a historia de uma moça, Alma, que depois de sair de um coma resultado de um acidente de carro ela descobre que consegue viajar no tempo (ou entre dimensões) mas nunca fica claro se isso é um poder ou só coisa da cabeça dela. Na Amazon Prime.

The Servant - série da Apple Tv sobre um casal que perdeu o filho e para amenizar o trauma da mulher compram um boneco de bebê reborn. A mulher acredita que aquele boneco é o bebê de verdade e contrata uma babá. Mais não conto porque o suspense é excelente. (e eu tenho medo desses bonecos, toda vez que vejo no shopping tomo um susto).

The Morning Show - também da Apple Tv, sobre um programa matutino americano que o apresentador foi acusado de assédio sexual. É boa, tem o Billy Crudup num papel de quem quer ver o circo pegar fogo, e a Jennifer Aniston fez valer os prêmios que ganhou. O gancho para a segunda temporada é muito bom.

4.3.20

Carnaval na Chapada dos Veadeiros



Esse ano o carnaval foi tomando banho de cachoeira.

centro oeste

Fomos para a Chapada dos Veadeiros que fica em Goiás, a 220 km de Brasília. Na área da chapada tem três cidades: Alto Paraíso, Cavalcante e São Jorge.

chegando na terra dos ETs

Alto Paraíso é mais desenvolvida com ruas de asfalto, postos de gasolina, bancos e mais pousadas. Cavalcante não fui mas dizem que é menor e mais quieta.

lojinha em são jorge

Ficamos em São Jorge que é uma vila com ruas de terra batida mas muitos cafés, restaurantes, padaria e teve até bloco de carnaval. São Jorge é mais perto da entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e de várias outras atrações que ficam na estrada entre São Jorge e Alto Paraíso.

nem precisa ir longe para achar um ET   
phone home?

A Chapada dos Veadeiros tem muitas atrações e é até difícil escolher o que fazer. Como nessa época tem muita chuva e aumenta o perigo de cabeças d'água, alguns atrativos não são muito seguros. Outros atrativos em dias nublados perdem um pouco da magia, como a Cachoeira Santa Barbara que tem um poço azul turquesa, mas só em dias de sol.


Nós queriamos ir na Janela do Mirante do Abismo, no Vale da Lua e na Cachoeira do Cordovil. Procuramos um guia por ser mais seguro (por causa das cabeças d'água) e mais fácil para chegar nos lugares.

Das trilhas que fizemos: Cordovil, Couros e Janela, só a de Couros achei que precisava mesmo de um guia, as outras para quem tem alguma experiência em trilhas dava para chegar.

Chegamos no sábado a tarde em São Jorge e começamos os passeios no domingo.

carnaval da crianças no sábado em são jorge

Primeiro foi Poço Esmeralda com Cachoeira do Cordovil. Essas duas ficam dentro de uma fazenda e da estrada até a entrada da trilha são uns 3km e passamos por um riozinho com água no meio da roda. Como é propriedade particular custa R$25 para entrar. A trilha é fácil, é aberta (tem gente que vai de bicicleta) e só fica um pouco mais difícil na parte das pedras para chegar no poço e na cachoeira.


Primeira parada foi no Poço da Esmeralda que é bem verde e o banho é uma delícia. Do poço voltamos na trilha e fomos para cachoeira que tinha muitas pessoas, mas como a área é grande não chega ficar cheio. O banho na cachoeira é incrível. Depois descemos mais um pouco no rio para banhar em outra cachoeira menor. (8,4km de trilha no total)

cachoeira cordovil - esse lago é ótimo para nadar
cachoeira com banho delíca
presenciamos um perrengue de um carro que quebrou a roda
tentando atravessar o rio (nós atravessamos o mesmo rio)

Na Segunda de Carnaval fomos ver as quedas e cachoeiras do Couros. De São Jorge para lá foram 85km, sendo 35km em estrada de terra. Na ida foi tudo tranquilo, mas na volta depois de muita chuva, tinha muita lama e escorregava um bocado. Couros não paga entrada mas tem uns guardadores de carro.


Quando começamos a trilha estava sol mas logo no início começou a chover e não parou mais. As vezes a chuva era mais fina, mas também choveu forte. O início da trilha foi bem difícil com muita descida íngreme em pedras molhadas. Chegamos no ponto que vimos a Cachoeira Almécegas 1000 super cheia (linda!), e lá tinha um mirante que só com guia para subir. Depois tivemos que subir tudo que descemos (haja perna) e seguimos beira rio para ver as outras quedas. Teve um ponto para banho de rio. (essa trilha não era longa, só 4km mas muitas pedras molhadas)

lá vem a chuva
muita descida no início da trilha
almécegas 1000 super cheia
pica pau nas cataratas

E nesse dia a noite teve trio elétrico de carnaval nas ruas de São Jorge.

jabuti elétrico

No terceiro dia começamos pelo Vale da Lua que é uma formação geológica onde o rio vaio fazendo um caminho pelas pedras formando buracos. É muito bonito e tem que ter cuidado para não escorregar nas pedras. O banho também foi uma delícia. No Vale da Lua paga R$20 reais para entrar e na na entrada tem banheiros e até um lugar para lanchar.



Do Vale da Lua fomos para a trilha do Mirante da Janela que também fica numa propriedade particular (custa R$20) que beira o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Essa trilha tem 9km ida e volta com descidas e subidas ingremes, mas em algumas partes tem uma estrutura de madeira que ajuda. Apesar de ser mais longa que a dos Couros, e também com subidas e descidas, achei essa trilha boa de fazer. A tal Janela do Mirante é bem bonita e a vista lá de cima é espetacular. Os dois saltos e a cachoeira que vimos lá de cima ficam dentro do Parque Nacional.

muito sobe e desce mas tem algumas partes com
essa estrutura de madeira que ajuda
janela

Na volta paramos na Cachoeira do Abismo, que só tem na época de chuva, para um banho mais do que refrescante e revigorante. Terminamos a trilha já noite.

cachoeira do abismo
por do sol na trilha do mirante da janela

Na quarta de cinzas tinhamos meio dia em São Jorge e até pensamos em fazer um passeio de meio dia mas estavamos todas muito cansadas e aproveitamos para voltar mais cedo e passear um pouco por Brasília.

até a próxima