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5.6.24

Momento Transporte Público - Japão (2)

Agora vamos falar dos trens entre as cidades. E vamos falar do famoso Shinkansen, o trem bala.

Para viajar entre as cidades tem trens locais, trens expressos e o Shinkansen, então o tipo de trem  (e o preço) vai depender para onde você vai e se você quer chegar mais rápido.

trem local

O Shinkansen é muito rápido mesmo e ótimo para longas distâncias. É mais caro que um trem local ou trem expresso mas chega bem mais rápido (mas dá para fazer tudo em trem local, só vai demorar muito mais e com mais trocas).

Existem rotas determinadas para o Shinkansen como a Tokaido Sanyo que vai para o sul do Japão, sendo a Tokaido é entre Tokyo e Osaka e a Sanyo entre Osaka e Hakata, ou a Tohuku que vai para o norte do país ou a Hokuriku que vai para Kanazawa.

E tem vários tipos de Shinkansen: O Nozomi e o Mizuho são os mais rápidos e só param nas principais cidades. O Hayabusa também é muito rápido e faz a rota para o norte. O Hikari e o Sakura são quase tão rápidos quanto os Nozomi porém param em mais estações. E o Kodama para em todas as estações e é o que demora mais.

nozomi

O preço da passagem é independente do tipo de Shinkansen, tanto faz você pegar o mais rápido ou o mais lento o preço é o mesmo. O preço varia com o tipo de assento: se é não reservado, se é reservado ou se é no green car (a primeira classe). O assento não reservado é mais barato mas você tem que chegar cedo na estação e ficar numa fila ou corre o risco de ter que ir em pé. O assento reservado é pouca coisa mais cara mas você garante o lugar (e também se tiver malas grandes tem que reservar). O green car é uns 30% mais caro e é tipo uma business class do avião com menos cadeiras por fileira, cadeiras mais largas e descanso para os pés (e se tiver malas grandes não precisa reservar lugar para levá-las).

Sobre as malas: o limite é de 160cm somando largura+altura+profundidade, maior do que isso não pode ir no trem. Para levar a mala de até 160cm tem que reservar o assento com espaço para as malas, que geralmente é o último assento do vagão para colocar as malas atrás. Na hora de comprar a passagem a máquina pergunta se precisa reservar o assento com malas grandes. Mas se a mala for grande aconselho usar o Takkyubin (ou Ta-Q-Bin) - o serviço de enviar as malas (falo dele num próximo post).

a minha é uma mala de mão e o azul
é o limite que vai no trem
assentos normais (reservados)

green car

Tem também uns trens especiais que precisa reservar com muita antecedencia como o Trem da Hello Kitty e o Yufin No Mori que é um trem todo de madeira por dentro que vai de Hakata (Fukuoka) até um lugar de águas termais.

o yufin no mori chegando e 
todo mundo tirando foto


SOBRE O JR PASS

Desde sempre quem ia para o Japão pegava um JR Pass, um passe para turistas que dá direito a viagens de trem ilimitadas por 7 dias, 14 dias ou 21 dias, a um preço razoável (porque o trem bala no Japão é caro) e não precisava lidar com as máquinas de comprar passagem, bastava olhar os horários dos trens e ir.

O JR Pass também é mais usado fora de Tokyo, é mais vantagem para os trens bala, então geralmente as pessoas pegam o passe para usar nas datas que vão sair de Tokyo para outras cidades, mas se Tokyo estiver dentro das datas dá para usar nas linhas da JR na cidade.

Acontece que em outubro de 2023 o preço do JR Pass aumentou em mais de 60% e passou a não ser vantagem.

Eu fiz as contas antes de ir e, para mim, o JR Pass ia ser prejuízo. Sem contar que tem que comprar o JR Pass com muita antecedência para receber um voucher em casa (pagando o envio) para trocar pelo passe quando chegar no Japão. Então não comprei o JR Pass.

Usei o Shinkansen para ir de Tokyo para Kanazawa, de Osaka para Okayama, de Okayama para Hiroshima, de Hiroshima para Hakata (Fukuoka), de Hakata para Himeji e de Himeji para Tokyo.

De Kanazawa para Kyoto foi parte Shinkansen e parte Thunderbird que é um trem expresso (mais rápido do que um trem local e mais lento que um trem bala).

Usei trens locais de Kyoto para Osaka, de Osaka para Nara, de Fukuoka para Yanagawa e Nanzoin, de Tokyo para Yokohama. Mas o único da JR foi o para Nanzoin. Os trens locais paguei com o SUICA (IC card).

Peguei assento reservado em todos os Shinkansens e um até fui no green car. Fui 4 vezes no Nozomi e uma no Mizuho.

O JR Pass não dá direito ao Nozomi nem ao Mizuho, e tem que pagar um extra se quiser ir no green car. 

Então, somando todos os Shinkansens que peguei com o trem local da JR, no fim o total foi 25% mais barato do que se tivesse pego o JR Pass de 21 dias. 

Uma observação sobre o JR Pass nas cidades. Quem pega o JR Pass só pode usá-lo nas linhas da JR e as vezes não são a melhor opção dentro das cidades. O JR Pass não vale nos ônibus, nem nos metrôs ou outros trens das cidades, não vale nos bondes de Hiroshima. Em Tokyo tem algumas linhas da JR como a mais famosa Yamanote Line, que passa em todos os pontos turísticos da cidade, mas dá uma volta e muitas vezes uma linha de metrô que corta a cidade é bem mais rápida. Nos 29 dias que passei no Japão usei muito pouco as linhas urbanas da JR e quase todas as vezes foi em Tokyo onde não usaria o passe.


Como faz sem o JR Pass?

O Google Maps funciona para saber o horário dos trens, é ótimo.

Se for trem local (de qualquer empresa) pode comprar a passagem na máquina ou usar o IC Card (Suica, Pasmo, Icoca) que é bem mais prático.

Para o Shinkansen tem que comprar a passagem. O preço da passagem do Shinkansen é uma tarifa básica + uma tarifa adicional de trem expresso. Mas a máquina já mostra tudo junto.

Comprei quase todas as passagens dos Shinkansens na hora. A Tokyo-Kanazawa e Hakata-Himeji-Tokyo comprei um dia antes e Kanazawa-Kyoto comprei dois dias antes. A máquina de comprar passagem é fácil de usar e aceita cartão (tem vários videos no Youtube mostrando como usar). Tem a loja nas estações (Midori no Madogouchi) para comprar mas sempre tem fila.

parece complicado mas é fácil

Comprei as passagens nas estações que ia viajar com exceção de Tokyo-Kanazawa que comprei na estação de Shibuya. Aqui tem uma opção que a máquina dá que é incluir o trecho urbano de Shibuya até Tokyo Station, mas recusei porque ir no metrô era mais prático e rápido do que na linha da JR. Então tem que prestar atenção nisso, mas se comprar na estação que vai sair não tem erro.


Para comprar online: Tem o site SmartEx que vende as passagens para o centro e sul do país (não usei). Tem o Klook que é um site/app que vende tudo inclusive as passagens de trem (usei o klook para outras coisas mas não para passagens). E tem os sites oficiais da JR, mas para cada região é um diferente. De Tokyo para Kanazawa é o JR West, para Kyoto/Osaka é o JR East. Usei o site da JR West para testar, comprei Kanazawa-Kyoto e retirei as passagens na estação de Kanazawa. Mas achei melhor e mais prático comprar nas máquinas da estação.

Na passagem vem impresso o nome e numero do trem, as estações de saída e chegada, o horario de saída e chegada, o numero do vagão e assento (no caso do assento reservado).

Qualquer duvida tem os funcionários que ficam ali para ajudar e eles falam um pouco de inglês.

Para pegar o Shinkansen tem catraca na entrada e saída das estações. E a passagem fica retida na catraca de saída. Tem um detalhe: as vezes você sai da área do Shinkansen mas ainda está na área de trens da JR, aí a catraca de saída do Shinkansen devolve a passagem e tem que passar por outra catraca e a passagem fica retida na catraca de saída da estação. Para chegar no Shinkansen da Tokyo Station, dependendo da entrada, tem que passar na catraca dos trens locais e lá dentro na catraca do Shinkansen.

Na estação tudo aparece nos painéis e os trens são extremamente pontuais. Quando o trem está aproximando toca uma sirene e quando ele chega geralmente tem cerca de um minuto para embarcar. É tudo muito rápido por isso tem que estar na porta do vagão antes do trem chegar.

Minha dica é sempre chegar com uma boa antecedência, assim dá para comprar o lanchinho na estação e chegar com calma no lugar de espera do vagão.

o mapa dos vagões de acordo com
os trens. 


Dois lugares não fui de trem. De Kanazawa para Shirakawago fui e voltei de ônibus e comprei a passagem online antes de ir porque é disputado. E de Okayama para Naoshima Island peguei um ônibus urbano até Uno e de lá uma balsa para ilha, mesma coisa na volta.

o ticket da balsa para naoshima
compra na hora

Para ônibus intermunicipal tem um site que dá para comprar as passagens. Não usei porque fiz tudo de trem, e o que fiz de ônubus usei o site do ônibus local. Mas é uma boa opção para quem quer economizar em algum trecho. Uma curiosidade sobre viajar de ônibus: eles pedem para marcar se é homem ou mulher porque se for mulher (e sozinha) eles evitam sentar um homem do lado.

No Japão também tem companhias aéreas que tem passagens mais baratas que o Shinkansen, mas tem todo rolê de ir e sair do aeroporto que pode demorar mais do que o trem e aí vai de cada um o que vale a pena.


Mais Japão:

4.6.24

Momento Transporte Público - Japão (1)


O transporte público no Japão é excelente. Inicialmente pode ser desafiador mas uma vez que entendi como funciona é bem intuitivo.

Mas antes de falar do transporte, devo repetir que no Japão andamos muito, muito mesmo. E tem muitas escadas. Inclusive no transporte público tem que andar entre estações e linhas e subir e descer escadas. Nem todas as saídas das estações tem escada rolante nem elevador e as vezes a saída que tem é longe de onde você quer ir.

Dito isso, vou começar pelo transporte público nas cidades (e depois falo do transporte entre cidades).

Vou usar Tokyo como exemplo porque nas outras cidades é bem parecido. Em Tokyo tem: metrô, trem e ônibus. E tem várias empresas de trem, não só a famosa JR.

A tarifa do transporte é cobrada de acordo com a distância, então nos trens e no metrô você passa por duas catracas, na entrada e na saída.

No ônibus depende da linha. Tem linha que é tarifa única e tem linha que é pela distância. Na tarifa única você entra pela frente e já paga. Por distância a entrada é atrás e paga quando sai pela frente.

Como paga? O método mais prático é o IC card, um cartão que carrega e vai usando. Em Tokyo tem o Suica e o Pasmo. Cada região tem o seu (em Osaka é o Icoca) mas todos funcionam em todo país. 

os IC cards do Japão

O cartão físico é vendido no aeroporto e em algumas estações. Pararam de vender os cartões físicos (Suica e Pasmo) por um tempo (problema de chip) e só estava sendo vendido uma versão para turistas que vale por 28 dias (Suica e Pasmo). Mas, para quem tem iPhone, o Suica, Pasmo e Icoca podem ser colocados no Apple Wallet e foi o que fiz. É muito mais prático porque você controla o saldo e recarrega pelo próprio Apple Wallet. Enquanto que o cartão físico tem que olhar o saldo na máquina e só recarrega em dinheiro. (não tem para Android, só se for telefone comprado no Japão)

o suica que aparece no apple wallet

suica turista que vale por 28 dias


Para colocar o cartão virtual na Apple Wallet é só ir no + , escolher transit card e depois Japão que vai aparecer as 3 opções (Suica, Pasmo e Icoca).

E também pode recarregar o cartão virtual na máquina da estação com dinheiro.

Esse cartão além do transporte também serve para pagar nas lojas de conveniência e nas máquinas de bebidas.

Claro que pode pagar o bilhete unitário, é só dizer para a máquina de onde para onde você vai. Se você mudar de idéia e descer em uma estação depois não tem problema porque existe uma máquina antes da catraca que ajusta a tarifa.

Em Tokyo (e Osaka) tem passes do metrô de um, dois ou três dias, que são muito em conta porém só valem para o metrô, e as vezes o trem é melhor. 

No ônibus tem que ter o dinheiro certo. Quando é pela distancia tem que pegar um papelzinho quando entra no ônibus e quando vai descer é só olhar o numero do papel no painel e ver quanto tem que pagar (no bonde de Hiroshima também funciona assim).

O IC card vale para tudo: metrô, trem (todas as empresas) e ônibus (e bonde e balsa em Hiroshima).


Como funciona? Usando o Google Maps (que funciona lindamente em todo Japão) você tem a trajetória. O Google Maps dá todas as informações: horário, plataforma, vagão, quantas paradas (com o nome das paradas), melhor saída e o tempo de troca de linha.

As vezes a trajetória é só uma linha de metrô, as vezes duas e as vezes tem metrô e trem. Se for só uma linha de metrô (ou só uma de trem) é fácil, passa na catraca, pega o trem e passa na catraca na saída.

Duas linhas de metrô: muitas vezes estão interligadas e troca de linha sem ter que sair. Algumas linhas você precisa sair e entrar outra vez na outra linha.

Metrô e trem. Aqui entra e sai do metrô para entrar e sair do trem, 4 catracas, e as vezes tem que atravessar a rua para trocar da estação de metrô para a de trem.

No caso de Tokyo prepare-se para andar muito nas estações. As vezes a saída é 200 metros de onde desce do trem, ou para trocar de linha tem que andar 300 metros (mas as vezes é descer de um trem e entrar em outro na mesma plataforma).

Falando assim parece difícil mas não é, é muito intuitivo. Todas as estações são numeradas, tanto de metrô quanto de trem. Todas tem uma letra e um número e uma cor, facilita a navegação. 

Quando o trem/metrô está chegando toca uma música ou um sinal.

Os todos os vagões (trem e metrô) tem painéis mostrando as estações, qual a próxima estação, quantos minutos até as próximas estações, qual lado descer e também tem avisos em inglês.

aqui mostra qual vagão está e 
vai abrir a porta do outro lado

É tudo muito organizado, as pessoas que vão entrar no vagão esperam na lateral para quem vai sair ir pelo meio. É muito silencioso, estão todos de olho nos seus celulares.

Em Tokyo e Osaka evitaria usar o metrô/trem na hora do rush, o guardinha de luvas brancas que empurra as pessoas para dentro do vagão é real oficial.

No ônibus também tem um painel mostrando a próxima estação e também avisos de voz.

Em Tokyo poucos turistas usam os ônibus mas achei fácil, menos cheio de gente e, dependendo do trecho, é melhor que o trem ou metrô. O que dificulta é achar o ponto de ônibus que as vezes é uma plaquinha num poste.

E vamos lembrar que no Japão o transito é na mão inglesa. O ponto de ônibus fica do outro lado da rua.

Tokyo tem bicicletas compartilhadas e os scooters. Não usei bicicleta nas cidades, só usei bicicleta em Naoshima Island, uma ilha pequena e tranquila. No Japão as pessoas usam muito a bicicleta como meio de transporte mas não tem muitas ciclovias e a maioria das pessoas pedala nas calçadas. Chega ser bizarro o tanto de bicicletas nas calçadas em algumas cidades e vale tudo. O maior perigo no Japão é ser atropelada por uma bicicleta na calçada. Nas cidades menores pedalam nas ruas. 


Taxi: não usei. Tem Uber mas o carro que vem é um taxi com preço de taxi. Tem um outro app de taxi chamado GOTaxi mas é a mesma coisa. Toda vez que pensei em pegar um taxi (para uma distância curta) acabava desistindo. Se precisar é só chamar com a mão mesmo que param.


Nas outras cidades:

Em Kyoto geralmente usa-se o ônibus mas achei o metrô e trem melhor e quando tinha opção nunca ia de ônibus (sempre lotados), também usei o tram. Curiosidade: em Kyoto fazem fila única no ponto de ônibus, mesmo que naquele ponto tenha mais de uma linha parando. Quando tem muita gente fica confuso.

o tram de kyoto

trem/metrô vintage de kyoto
(esse vai até osaka)

Hiroshima tem bondes. Adoro bonde só usei bonde mas tem ônibus também. E tem a balsa que leva até Miyajima Island que pode usar o IC card. 


Em Fukuoka usei mais ônibus e são ótimos. Usei também trem e metrô.

Em Osaka só usei metrô e trem.

Em Kanazawa usei ônibus.

Para Naoshima peguei um ônibus de Okayama até Uno e de lá uma balsa e na ilha usei uma bicicleta elétrica.


Dito tudo isso, o transporte público no Japão é excelente mas não são cidades para quem tem mobilidade reduzida. As estações tem escadas e nem sempre são escadas rolantes, e as vezes onde tem elevador é longe da saída onde você quer ir. Tem calçadas só nas avenidas e ruas maiores mas nas menores a calçada é uma faixa pintada no chão. As ruas são intencionalmente estreitas para que os carros não circulem com velocidade já que tem que dividir espaço com pedestres e bicicletas. 

Nos sinais todos esperam a luz ficar verde, mesmo sem carros passando, mas nas ruas menores que não tem sinal é cada um por si e cuidado com as bicicletas.


Mais Japão

9.10.22

Momento Transporte Público: Coréia do Sul

No primeiro post que escrevi sobre Seoul disse que o transporte público merecia um post próprio.

Em resumo: É excelente.

Não só o transporte público de Seoul como o de Busan, Jeonju e Gyeongju. E não só transporte público urbano mas o interurbano também.

Mas vamos por partes.


Comunicação. As placas estão em coreano e no alfabeto latino/romano. Algumas placas tem também em inglês. Os coreanos mais jovens falam inglês, do básico ao fluente. Os mais velhos quase não falam inglês mas são muito prestativos e mimica sempre ajuda. 


a entrada/saída do metrô
em coreano, inglês, chinês e japonês

O Google Translator é ótimo e a função que tira foto e traduz ajuda muito, especialmente nos restaurantes.

É bom conhecer o alfabeto coreano e o som das letras. Fiz aulas no Duolingo e no começo achava que não ia conseguir aprender o alfabeto mas depois que consegui aprendi várias palavras e facilitou ler algumas placas e cardápios.

Também é importante saber dizer oi (anyeonghaseyo) e obrigado (kamsahabnida), sempre acompanhados de uma reverencia leve com a cabeça.


A primeira coisa para usar o transporte público: comprar o T-Money Card. É um cartão que você carrega com o valor que for precisar e é aceito no metrô, ônibus, taxi (só em Seoul), em algumas lojas de conveniência e até para pagar entrada dos palácios.

3000 wons o t-money básico

O T-Money serve também em outras cidades, usei no metrô e ônibus em Busan, e nos ônibus urbanos de Jeonju e Gyeongju.

O T-Money pode ser comprado em máquinas, no aeroporto ou nas estações de metrô, ou em qualquer loja de conveniência. Os cartões não são padronizados então tem vários tipos e preços (tem com fotos do BTS para os fãs) e as vezes nem são cartões de fato, eu vi uns que são bonequinhos.

t-money bonequinho

Para carregar o T-Money pode ser nas máquinas no metrô ou nas lojas de conveniência mas atenção: tem que ser em dinheiro.

Claro que pode pagar o ticket unitário do metrô ou no ônibus mas o T-Money facilita muito a vida do turista.

maquinas para carregar o t-money
ou comprar ticket unico

É preciso bater o cartão na entrada e saída do metrô ou ônibus.


Os mapas. Na Coréia do Sul o Google Maps funciona bem para metrô e ônibus mas não serve para andar. O Google Maps indica o metrô ou ônibus ou a combinação dos dois, dá as melhores opções mas na parte que precisa caminhar não funciona, mostra uma linha reta.

Os coreanos usam o Naver Maps ou Kakao Maps. Eu usei o Naver Maps porque funciona melhor em inglês. O Naver Maps indica a entrada do metrô, o melhor vagão para sair perto da saída ou para trocar de linha, a saída mais perto de onde você vai (tem estação que tem 12 saídas). No ônibus o Naver Maps diz o horário do ônibus, quantos pontos falta para ele chegar e no ônibus diz quantos pontos (e os nomes dos pontos) até descer. O Naver Maps também diz quanto vai custar o transporte. E o Naver Maps indica todo o caminho a pé.

várias opções
mostra as estações
e as linhas pela cor

Acontece que muitos lugares no Naver Maps estão só em coreano então eu usei um mix de Google Maps com Naver Maps. Olhava o nome do lugar no Google Maps, via onde era e ia no correspondente no Naver Maps (que achei melhor para andar pela cidade).

O Naver Maps também é melhor para encontrar os endereços já que muitos prédios não tem números e muitas vezes os lugares podem ser em andares nos prédios, nem todos os comércios e restaurantes estão no nível da rua.

Para ver as linhas do metro usei a app Subway Korea.


O metrô. O metrô de Seoul é impressionante. É enorme e cobre toda a cidade. Toda mesmo. São mais de 20 linhas. As linhas tem cores e as estações tem nomes e números para facilitar. O metrô tem partes subterrâneas e partes em elevados. 

Cada estação tem várias entradas/saídas e é bom saber qual fica mais perto de onde você quer ir porque as vezes sair do lado errado significa andar muito mais.

A maioria das estações tem muitas lojas antes de chegar nas catracas. E lojas de tudo: comida, roupas, meias, coisas k-pop, capinha de celular, eletrônicos, etc. Algumas são verdadeiros shoppings subterrâneos.

vende tudo na estação do metrô

As estações tem elevadores mas nem sempre na saída/entrada mais perto de onde você precisa ir. Nem todas as saídas tem escadas rolantes. 

As estações que tem várias linhas são tão grandes que você pode andar 10 minutos no subterrâneo para trocar de linha.

Todas as estações de metrô tem banheiro. TODAS. As vezes depois da catraca mas quase todas que fui era antes. Na Coréia do Sul ninguém passa perrengue de banheiro.

algumas estações, especialmente
na área de compras, tem
lockers

Onde espera o trem tem, em cima da porta, a estação anterior e a estação que você está com uma seta para a estação seguinte. Tem uma marcação no chão que indica o numero do vagão (que o Naver te indica) e onde você deve esperar para entrar no vagão (é na lateral porque quem sai do vagão sai pelo meio).

a cor laranja é da linha 3
e os numeros das estações
estão nos circulos.
o 2-1 é o numero do vagão 
as setas nas laterais é onde a pessoa
deve esperar e fazer fila para entrar no
vagão. a seta azul indica que o vagão
tem lugar para idosos.

Tem um painel que diz quantos minutos faltam e até mostra um trenzinho andando para você saber se está perto de chegar. E quando o trem vai chegar toca uma música que varia de estação para estação (em Busan era barulho de gaivotas).

tem o mapa das principais linhas
tem na coluna as estações da linha
e paraqual lado você deve pegar
o trem
as estações da linha

No vagão tem outro painel anunciando a próxima estação em coreano e inglês, também é anunciado no alto falante. dentro do vagão é muito silencioso, estão todos olhando para seus celulares. As vezes tem um grupo de idosos conversando mas é raro. 

painel dentro do vagão

Tem lugar para idosos e grávidas e todos respeitam.

Algumas linhas tem o trem expresso que não para em todas as estações, só nas principais.

Vi dois ambulantes dentro do vagão mas falavam muito baixo e super discretos, até porque deve ser proibido. Um vendia óculos de grau e o outro vendia uns doces.


Ônibus. Os ônibus são ótimos e, além de ver a cidade, muitas vezes eram a melhor opção para chegar em vários lugares. Dependendo de onde você quer ir pode ser um ônibus direto ou um combo de metrô + ônibus.

Nas avenidas principais tem corredores de ônibus que faz com que transitem mais rápido. 

Alguns bairros que fui tinha o ônibus circular do bairro (Gangnam, Jongno) que geralmente é um ônibus menor que vai pelas avenidas menores e algumas ruas.

No ponto do ônibus tem um painel que diz quantos minutos faltam para o ônibus chegar. Dentro do ônibus tem outro painel que avisa a parada seguinte a a próxima. O aviso é em coreano mas, dependendo da parada, também tem em inglês. É no ônibus que eu acho que saber o alfabeto coreano ajuda mais. 

painel dentro do ônibus
ponto de onibus em seoul
também tem os cobertos
no ponto tem a placa com
todas as linhas

Em Busan usei mais ônibus do que o metrô. As distancias lá eram tão grandes que os assentos dos ônibus eram de ônibus intermunicipal/estadual. Lá também tem corredores de ônibus e os circulares de bairros (Gamcheon Village).

dentro do ônibus em Busan

ponto de ônibus em Busan

Em Jeonju e Gyeongju só andei de ônibus e todos no mesmo esquema com paineis nos pontos e dentro dos ônibus.


Ônibus entre cidades. Fui de Busan para Gyeongju e de Gyeongju para Seoul. Escolhi o ônibus para Gyeongju porque a rodoviária era no centro da cidade e perto do hotel e de Busan era só uma hora. E fui de lá para Seoul também de ônibus porque a rodoviária principal de Seoul ficava mais perto de onde ia ficar do que a estação de trem. O ônibus para Gyeongju era normal, muito confortável e chegou rápido. Para Seoul fui num leito (4 horas de viagem) e foi muito agradável. Comprei as passagens na hora. O único porém é que os ônibus não tem banheiro (na viagem de 4 horas parou uma vez).


Trem. Usei o trem duas vezes: De Seoul para Jeonju e de lá para Busan. Fui no KTX, o trem bala, que é excelente e muito rápido. Usei a app do KTX para pesquisar os horários mas comprei as passagens na estação de trem no primeiro dia em Seoul e foi tranquilo conseguir lugar no trem com uma semana de antecedência. Assim como o metrô, o numero do vagão está no chão da plataforma e na porta do vagão.


Taxi. Só usei uma vez para ir até a rodoviária de Busan. Os coreanos usam o aplicativo do Kakao Taxi mas dá para chamar um taxi na rua. É bom ter o endereço do destino em coreano. 


Do Aeroporto de Incheon para Seoul: tem metrô, trem expresso (AREX), ônibus e taxi. Depende muito de onde vai ficar. Tanto o metrô quanto o trem expresso vão até a Seoul Station (a estação central de trem). A diferença é que o metrô para em várias estações (é mais barato e pode usar o t-money) e o expresso vai direto e tem lugar marcado. De Seoul Station, se a hospedagem for no norte do Rio Han (Myeongdong, Jongno), dá para pegar o metrô ou onibus ou taxi. 

Se a hospedagem for sul do Rio Han (Gangnam) ou se as malas forem muito grandes, o ônibus ou o taxi talvez sejam opções melhores para vir do aeroporto para a cidade.


Bicicletas. Seoul tem o sistema de bicicletas compartilhadas mas não tem uma rede de ciclovias fora das margens do Rio Han. Na parte central de Seoul até vi muitas bicicletas nas áreas universitárias mas sem ciclovias. As poucas ciclovias que vi eram daquelas que vão de nenhum lugar para lugar nenhum, então as pessoas que usam as bikes pedalam nas calçadas. 

As ciclovias na beira do Rio Han são excelentes, são estradas com sinalização e até rotatórias. O coreano ainda vê a bicicleta como exercício e não um meio de transporte. Saindo de Seoul tem ciclovias ótimas paralelas as estradas e dá para ir entre cidades.

todas as pontes tem ciclovias

Busan tem zero ciclovias e nem na orla de Haeundae e Gwangali vi bicicletas. Gyeongju tinha muitos ciclistas urbanos mas todos nas calçadas já que também não tem ciclovias.

em Gyeongju


Depois de ter falado tão bem do transporte público tenho que dizer que Seoul e Busan ainda são cidades para carros. E como tem carros e engarrafamentos.

As avenidas são largas, as vezes 10 faixas para carros, as ruas são estreitas e sem calçadas, e tem muitos viadutos e vias expressas. Calçadas só nas avenidas grandes. 

Não são cidades para quem tem mobilidade reduzida. Tem muitas escadas e ladeiras, muitas mesmo, você está sempre subindo ou descendo. No metrô muitas das saídas nem tem escada rolante e elevador só em uma ou duas. E os ônibus não são adaptados para pessoas com deficiência e nem para cadeiras de rodas.

UPDATE 03/2024: Agora tem um cartão chamado Climate Card que você paga um valor fixo para usar por 30 dias. Se a estadia em Seoul for mais de 15 dias vale a pena. MAS esse cartão não funciona fora de Seoul, aí para outras cidades o T-Money é melhor.

Mais Coréia do Sul: 

Seoul (1)
Seoul (2) Muralha da cidade, 
Seoul (3) Palacios, 
Seoul (4) Parques, 
Seoul (5) Tour do Vincenzo, 
Seoul (6) Museus, 
Seoul (7) Bairros, 
Jeonju

26.11.16

AquaRio


O aquário do Rio inaugurou esse mês e fui lá conhecer.

Confesso que não sou fã de aquários. Acho um pouco claustrofóbico, tenho um pena dos peixes que tem que ficar nadando em voltas naquele espaço pequeno quando poderiam estar na imensidão do mar.


Dito isso, achei a visita do aquário muito organizada.

Comprei o ingresso online e na hora da compra você marca dia e hora. A entrada é organizada por horários, então de seu ingresso é para 10 da manhã, pode entrar entre 10 e 10:59.

No térreo tem uma bilheteria e uma lanchonete.

A visita começa no terceiro andar do prédio. São várias janelas com os peixes, crustáceos, planctons, corais, etc. Em cima de todas as janelas tem uma tela explicando o que você está vendo (em português e inglês).


Tem vários painéis interativos explicando sobre o mar (porque é azul, porque é salgado, como é a luz no mar, etc).

As crianças adoram, afinal podem ver nemos, dorys e tubarões.


Aí você vai andando pelo aquário (que não é muito grande) e chega no maior tanque que tem várias janelas enormes em volta e ainda um túnel de vidro que passa no meio. O túnel é o ponto alto da visita.


Tem uma música de fundo tocando o tempo todo, as vezes é agradável e as vezes não.

Na saída fica o gift shop, que por sinal achei uma péssima idéia colocar a loja num lugar onde só pode comprar quem visita o aquário.

Explico: para entrar e sair tem que passar pelas catracas com o ingresso e a loja fica antes da catraca de saída, ou seja se você quiser ir lá só comprar um cavalo marinho de pelúcia não pode, tem que pagar entrada também.

Falando na entrada: custa R$80 a inteira, R$60 para moradores do Rio de Janeiro ou pessoas nascidas no estado (pedem comprovante na entrada) e R$40 a meia. Para crianças com menos de 3 anos é grátis.

Achei caro, não dá para visitar várias vezes nesse preço. Eles oferecem um passaporte anual, mas aí tem que gostar muito de ver peixe em aquário.



Momento transporte público:

Para chegar no aquário, sem ser de carro (tem um estacionamento dentro do prédio), a melhor maneira é no VLT, tem uma parada na porta do AquaRio.

Para usar o VLT tem que ter o Riocard que pode ser comprado e carregado na estação do VLT ou nas estações de metrô (mas não em todas). Se você vai usar o VLT pela primeira vez e não tem o cartão, tem que comprar o cartão que custa R$3 e mais o valor da passagem R$3,80, ou seja, essa primeira volta sai por R$6,80. E é um cartão para cada pessoa, e guarda esse cartão que pode ser carregado e usado nos outros transportes (metrô, onibus, barca).

Se você já tem o cartão e está carregado é só encostar na maquina dentro do vagão.