21.3.19

+Filmes

Nós

Esse é um filme de terror (meio black mirror) que já no cartaz dá medo.



O filme é sobre uma família que vai passar uns dias de férias na sua casa beira lago. Depois de passar o dia na praia eles estão se preparando para dormir quando o filho mais novo diz que "tem pessoas do lado de fora da casa".

E aí a família descobre que existe doppelgangers do mal de cada um de seus membros. Os quatro estranhos vestem macacões vermelhos, se movimentam rápido e meio mecanicamente e todos tem tesouras. Bem afiadas. E como todo bom filme de terror começa com uma invasão da casa e desenvolve para uma perseguição.

Não vou contar mais para não dar spoilers, mas vou dizer que a trilha sonora é excelente (tanto a original quanto a de músicas conhecidas) e a Lupita Nyong'o está maravilhosa fazendo as duas Addys. Aliás, todos os atores estão muito bem fazendo os dois papéis, a menina que faz a filha da Lupita tem a doppleganger mais assustadora de todos.

É daqueles filmes que você demora um pouco para entender o que acabou de acontecer e gera bons debates.

A Tia Helô iria querer aquela tesoura super afiada. 618 "Ai, Jesus!" para Ophelia, a Alexa genérica do filme.



Triple Frontier

Esse filme da Netflix tem um elenco para arrancar emoji com coração nos olhos de qualquer um. Tem: Oscar Isaac, Pedro Pascal, Garret Hedlund, Charlie Hunnam e Ben Affleck.



Os 5 formam um grupo de amigos ultra especializados em táticas de guerra (infiltração e recuperação de qualquer coisa). Eles estão aposentados do exército e cada um levando a vida como dá. O Oscar Isaac trabalha para uma empresa de segurança privada e está atrás de um traficante sul americano. Oscar Isaac descobre onde o homem se esconde e que tem uma pilha de dinheiro na casa. Ele vai e chama as amigues para "recuperar" o dinheiro e de quebra da um fim ao traficante.

Os amigos que estavam entediados aceitam e lá vão eles para algum lugar que tem fronteira com o Brasil.

Seria um ótimo filme de ação, mas não é. A parte de achar o traficante, dar um fim nele e pegar o din din é até rápido, acontece que o filme foca na amizade dos caras e aí não rolou química. Ben Affleck foi um erro nesse filme, mas faltou alguma coisa para que eu me importasse com a amizade do resto.

Com tanto homem bonito como é que faltou tesão nesse filme?

A Tia Helô não iria entender como tantos homens aparentemente inteligentes fazem tanta burrice. 178 "Ai, Jesus!" para o bromance que não foi.

9.3.19

Capitã Marvel

E seguimos na saga dos filmes da Marvel. Esse é o vigésimo filme nessa série (3 filmes do Homem de Ferro, 3 do Capitão América, 3 do Thor, 3 dos Vingadores, 2 do Homem Formiga, 2 dos Guardiões das Galaxias, 1 do Dr. Strange, 1 do Pantera Negra e 1 do Spiderteen, nem incluí o do Hulk), e eu não abandono uma série.


E porque a Capitã Marvel só apareceu agora? Quem é ela? O que ela come? Como vive? O que faz? Na falta de um Globo Reporter sobre ela, finalmente temos um filme.

Eu nem sabia da existência dela e muito menos quem é ela na fila das canetadas do Stan Lee. Quando na cena extra dos Vingadores Guerra Infinita o Nick Fury deixa cair o pager com um símbolo tive que perguntar para o nerd do lado que símbolo era aquele.

Então fui ver esse filme sabendo só do que vi no trailer, que é quase nada.

Gostei da Capitã Marvel. Ela é uma espécie de soldado num grupo de força especial de algum planeta com alienígena que se acham a polícia do universo. Inicialmente ela tem um poder que solta uns blasts das mãos e luta muito bem.

Acontece que ela não tem memória. Segundo o chefe dela (o Jude Law com uns olhos amarelos) ela sofreu um acidente e ela perdeu a memória, mas que não interessa o passado porque deram a ela o poder de soltar raios de energia pelas mãos.

Um dia eles vão tentar recuperar um espião e a Capitã Marvel (que nesse ponto de chama Vers) é capturada pelos Skrulls, que são uns alienígenas que tem o poder de se transformar em qualquer pessoa (ser) até o DNA. E parece que eles são os vilões porque tentam recuperar as memórias da Capitã Marvel. Aparentemente ela sabe de algum babado mas esqueceu.

No meio tempo ela se solta, bate em vários Skrulls e vai parar numa Blockbuster na Terra dos anos 1990.

E é aqui que ela conhece o Nick Fury jovem. Palmas para o CGI de rejuvenescimento do Samuel L Jackson, ficou perfeito.

Os dois vão atras de saber quem é a Doutora Lawson que apareceu numa memória da Capitã Marvel e se metem em muitas confusões (além de achar um gatinho, que é ótimo!).

Daí pra frente Capitã vai recuperando as memórias e nem tudo é o que parece. Ela muda a cor do uniforme e seu poder atinge o todo o potencial, o que faz dela um dos seres mais poderosos do universo.

E tem que ser já que mandaram um pager para ela e é esperada no próximo filme dos Vingadores, o Endgame, que vai dar continuidade aos acontecimentos de Guerra Infinita.

Não vou nem tentar adivinhar o que ela pode fazer contra o Thanos (ou para reverter o que ele fez), mas que ela tem poder para isso, tem. Em abril saberemos. Capitã Marvel é girl power.

A Brie Larson esta bem, ela consegue dar aquele ar de quem sempre está querendo saber o que esqueceu e a química dela com o Samuel L. Jackson é boa. Só acho que falta ela um pouco de timing cômico, mas nas cenas de drama ela é muito boa.

E tem muitas referências a Top Gun, algumas acho que intencionais (afinal, Carol Danvers era piloto de aviões - não é spoiler porque está no trailer) outras nem tanto.

A trilha sonora é um apanhado clássico dos anos 1990. De Garbage a Hole. De Nirvana a No Doubt.

A Tia Helô iria gostar da Capitã Marvel, 419 "Ai, Jesus!" para tanta energia dentro uma uma só pessoa.

7.3.19

Book Report: Bad Blood - John Carreyrou

O sub-título desse livro é: Fraude Bilionária no Vale do Silício, o que resume bem o conteúdo do livro, mas nem precisava porque o trocadilho com sangue ruim é ótimo.


O livro conta a história da start up Theranos e sua fundadora Elizabeth Holmes. Aos 19 anos a Elizabeth Holmes queria começar a ganhar dinheiro e teve uma idéia que veio de um medo seu. Como ela tinha medo de agulhas pensou que seria genial se os exames de sangue pudessem ser feitos a partir de gotas de sangue tiradas da ponta do dedo. Só um furinho e pronto. Ela abandonou a universidade (Stanford) e foi vender sua idéia. Inicialmente ela conseguiu um milhão de dólares de um vizinho para começar.

Além de fazer os exames só usando gotas de sangue ela queria uma máquina portátil que fizesse isso. E ela queria que fosse abrangente, coisa de 200 tipos de exames. Ela queria o iPhone dos exames de sangue. Ela queria ser Steve Jobs (e se vestia como ele, e chegou a contratar designers da Apple). Elizabeth devia ser muito boa em vender sua idéia porque as pessoas estavam dando dinheiro para ela.

Aqui vale dizer que ela vem de uma família influente com algumas conexões.

Já o desenvolvimento do produto não estava andando. A máquina não conseguia fazer os exames então a Theranos comprou outras máquinas existentes no mercado para fazer os exames. Havia o problema de ter que diluir o sangue para fazer os exames e isso aumentava a margem de erro.

Qualquer pessoa que já fez um exame de sangue sabe que tiram pelo menos 2 tubinhos daqueles direto da veia. Além disso, são vários métodos de analise de sangue: por reação química, por luz, por calor...Só com essa informação já dá para perceber que o que ela queria seria dificílimo.

Acontece que as pessoas querem acreditar. E o que ela oferecia era revolucionário e uma solução ótima para quem tem quem fazer vários exames constantemente, para quem tem medo de agulhas e para crianças. Elizabeth também dizia que era uma forma de enfrentar a grande industria farmaceutica e baixar os gastos dos pacientes.

No início Elizabeth estava só convencendo gente rica a dar dinheiro para ela, mas em algum momento ela teria que mostrar resultados. Como boa ambiciosa que era foi atrás de colocar sua máquina (que não funcionava) nas lojas da Walgreens (rede de farmácias dos EUA) e Safeway (rede de supermercados). O dono da Walgreens foi alertado por um de seus consultores da área de saúde que era roubada investir nisso mas ele preferiu acreditar na Elizabeth. Ela é boa vendedora, sabe convecer as pessoas, fala numa voz mais grave de propósito (tem videos no youtube, a voz é muito estranha).

Elizabeth conseguiu captar 700 milhões de dolares em investimentos. Ela inclusive foi capa da Forbes e da Fortune. Primeira mulher bilionária do Vale do Silício, a empresa dela estava valendo 9 bilhões e ela, Elizabeth, 4 bilhões de dólares. (Esse mundo da especulação financeira é bizarro.)

E aí a empresa começou entrar numa zona perigosa. Os exames davam resultados errados, muitas pessoas foram prejudicadas. Enquanto isso dentro da Theranos a rotatividade de funcionários era altíssima, Elizabeth despediu seu chefe de financeiro (ele percebeu as enganações e roubos) no início e nunca mais contratou outro. Tudo na Theranos era segredo absoluto, até os laboratórios. As equipes trabalhavam sem interagir umas com as outras e quem coordenava o escritório era o sócio de Elizabeth (e seu namorado) Sunny Balwani.

Tudo veio abaixo quando um ex-chefe de laboratório da Theranos decidiu contar tudo para John Carreyou, jornalista do Wall Street Journal. E no livro ele também conta como fez toda a pesquisa para escrever o artigo que deu início ao desmascaramento da enganção que era a Theranos.

A leitura é ótima, vale a pena. É uma história que tem até detetive particular quebrando vidro de carro para pegar papéis, muitas ameaças aos ex-funcionários e ao jornalista, advogados do mal, até general do exercito americano e ex-secretário de estado caíram no golpe. Melhor que a ficção.

As empresas do Vale do Silício que são avaliadas acima de um bilhão de dólares são chamadas de unicórnios. A Elizabeth Holmes queria muito ser um unicórnio, ela queria ser rica e queria poder. Acontece que ela esqueceu que não dá para mexer com saúde humana sem saber o que está fazendo, as consequências podem ser graves, não é como criar uma rede social ou uma app de caronas pagas ou uma engenhoca de busca.

A HBO vai lançar um documentário sobre esse babado e parece que vai ter um filme baseado no livro com a Jennifer Lawrence fazendo a Elizabeth Holmes. 

5.3.19

Enquanto isso no Carnaval...

Esse ano não me dediquei ao carnaval. Quer dizer, depende do ponto de vista, não me dediquei a folia mas me dediquei ao feriado.

Ao contrário dos outros anos, não me animei nem para ir no pré-carnaval que esse ano foi bem animado em Fortaleza. Vi tudo pelos stories alheios. Na verdade nem gosto tanto assim de carnaval, mas gosto de ver as fantasias e fazer um people watching.

Fortaleza é ótima para quem quer tranquilidade e um pouco de carnaval. Se quiser carnaval todos os dias também tem. A cidade é na verdade um mar de tranquilidade com alguns oasis carnavalescos. O Centro Dragão do Mar sempre tinha algum bloco (esse ano não fui), o aterro da Praia de Iracema teve shows, a pracinha da Gentilândia tinha muita animação e alguns outros lugares.

E o que eu fiz esse ano? Fui na praia, li (um livro chamado Bad Blood que até farei book report), andei no calçadão, vi filmes, assisti DUAS escolas de samba na TV, dormi um bocado, vi os amigos nos carnavais em Recife, Rio e Salvador pelas redes sociais, e até saí do sofá e fui num bloco.

Peguei a minha fantasia caseira de BB-8 que, incrivelmente, ainda resiste e fui para folia. Fui no carnaval de rua da Vila Pita e foi bem animado. Lá tem um palco armado onde tocam DJs e bandas. Esse ano tinha quase o triplo de gente que tinha no ano passado e tinha bastante gente fantasiada. A fantasia mais usada esse ano foi de Lady Gaga e Bradley Cooper de Nasce Uma Estrela ou da cerimônia do Oscar. Shallow em ritmo de forró foi sucesso.

fantasia since 2016 (e volta ano que vem)

Foi isso: tranquilidade com uma pitada de folia.

2.3.19

Analisando a música: True Faith (New Order)

Uma das primeiras músicas que analisei foi Bizarre Love Triangle, as músicas do New Order são ótimas! Até hoje tenho o vinil do Substance, uma coletânea que eles lançaram em 1987 e escutei muito.

dois discos: cada um com 6 músicas
3 de cada lado
faixas enormes = músicas com muitos minutos

Além de Bizarre Love Triangle, tem Blue Monday, Perfect Kiss, Procession e True Faith. Todas muitos tocadas na época em todos os lugares. E tocam até hoje.

Aí mês passado a Calvin Klein lançou uma propaganda com os millenials da vez (o namorado da internet Noah Centineo, o fofo do Shawn Mendes, a Kendall Jenner e mais alguns) mostrando toda sua juventude na tela ao som de....wait for it...True Faith. E como eu disse no post de Don't Stop do Foster The People: propaganda é a alma do negócio, e quando é bem feita rende para todos os lados. Quando acertam na trilha sonora é sucesso garantido. Então temos: jovens seminus em todo seu tédio millenial ao som de New Order.

Acho que, desses millenials (alguns acho que já são geração Z), nenhum era nascido quando essa música foi lançada, o que mostra o quanto as músicas do New Order resistiram bem ao tempo.

No post de Bizarre Love Triangle disse que o New Order foi a banda que surgiu com o fim do Joy Division. E no post de Love Will Tear Us Apart (do Joy Division) contei a trágica história do Ian Curtis. O som do Joy Division era um pós-punk melódico e já o New Order abraçou os sons eletrônicos da década de 1980 e praticamente lançou um gênero.

Mas sobre o que é True Faith que está na boca desses xóvens?

Muitas pessoas no forum acham que essa é uma música sobre drogas. Sempre acham isso, e dessa vez talvez tenham razão.

O Peter Hook, baixista da banda, disse numa entrevista que: "True Faith é uma das melhores letras do New Order, na minha opinião, mas não, não é sobre heroína que é algo que nenhum das letras de nossas músicas menciona. Acho que é fácil de ver que a letra reflete estar sob alguma influência." Já o Bernard Sumner, guitarrista da banda, disse em outra entrevista que é sim sobre dependência de drogas, ele diz que quando escreveu a música imaginou o ponto de vista de um viciado.

Como influência, dependência e vício podem vir de várias coisas, inclusive drogas (legais e ilegais), vamos analisar a música.


I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
I don't care 'cause I'm not there
And I don't care if I'm here tomorrow
Again and again I've taken too much
Of the things that cost you too much

Então temos uma pessoa se sentindo extraordinária, como se algo estivesse segurando (dando segurança). A sensação é de estar em movimento e de liberdade. Essa pessoa não se importa porque não está lá (está viajando na sensação) e também não se importa se não estiver aqui amanhã. Como diria a The Strokes, jovens de outra geração: YOLO, só se vive uma vez.
E repetidamente vem tirando muito das coisas que custam caro a outro. (Se for sobre um drogado essa é uma forma poética de dizer que está roubando)

Para começar temos alguém se sentindo a última coca-cola do deserto (gíria bem novinha) sem querer saber do amanhã e roubando coisas. Vamos colocar os cães para farejar.

I used to think that the days would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun

E aí temos uma pessoa que nunca achou que sentiria prazer na sombra do sol matinal. Aí ele explica que o sol matinal pessoal dele é essa droga que o faz chegar mais perto da infância perdida que foi substituída pelo medo. E nunca achou que chegaria o dia que a vida iria depender desse sol da manhã para encarar a realidade.

O comercial da Calvin Klein usa a primeira estrofe e esse refrão na propaganda. Que dentro do conceito de vender a marca para jovens que não se preocupam muito com o que pode acontecer, dizer que usar aquelas cuecas justinhas dá sensação de liberdade faz todo sentido. E ainda tem esses millenials/geração Z que são super nostálgicos com infância (e mal sairam dela). Tio Calvin sabe das coisas além de frequentar a praia de Ipanema.

When I was a very small boy
Very small boys talked to me
Now that we've grown up together
They're afraid of what they see
That's the price that we all pay
And the value of destiny comes to nothing
I can't tell you where we're going
I guess there was just no way of knowing

Nosso narrador diz que quando era um menino, outros meninos falavam com ele. Agora que cresceram eles tem medo do que vêem. Será que os amigos tem medo de vê-lo nessa situação de junkie?

Nessa parte o Bernard Sumner disse que a frase original era "Now that we've grown up together, they are taking drugs with me" mas o produtor pediu para mudar porque com essa frase não seria um hit. Ou seja, os amigos foram de se drogar com ele para terem medo dele.

Mas ele diz que esse é o preço que todos pagamos, que destino é superestimado, afinal não tem como saber para onde vamos. Filosofou. É amigo, mas ainda assim temos que fazer escolhas apesar da incertezas.

I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun

E temos o refrão outra vez com as delícias da sombra do sol nascente. Essa droga que o traz mais perto da infância perdida para o medo. Ele nunca achou que chegaria o dia que a vida dele iria depender desse sol nascente para sobreviver. A busca pela anulação do medo.

I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
The chances are we've gone too far
You took my time and you took my money
Now I fear you've left me standing
In a world that's so demanding

E ele continua se sentindo fora do normal, como se algo tomasse conta dele com aquele sentimento de liberdade. MAS as chances são que tenham (aqui ele usa o plural que pode ser ele e outra pessoa ou ele e as drogas) ido longe demais. E aí ele fala para esse alguém (ou alguma coisa): "Você levou meu tempo e meu dinheiro, e agora temo que você me deixou em um mundo que é muito exigente.".

Bem vindo ao mundo real.

I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun

Vício é difícil. Mesmo com a constatação que, apesar de se sentir extraordinário e livre, roubou, os amigos tem medo dele, ficou sem dinheiro, perdeu tempo da vida e ficou com medo que foi abandonado nesse mundo exigente, ele ainda vê o deleite da sombra e depende do morning sun. É quase uma caçada por um prazer de instantes.


Mesmo com o tema triste, essa música tem umas frases ótimas e uma batida que faz a gente querer dançar.

Acho video ótimo. É bem 1980 nas cores e conceito, adoro a coreografia e os tapas na cara na batida da música.




A propaganda para quem não viu. (mas esses millenials/geração Z gostam das roupas com a marca estampada)




George Michael gravou uma versão dessa música em 2011.