8.10.17

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Blade Runner 2049



O primeiro Blade Runner é de 1982 mas a história se passa em 2019. É baseado no livro do Philip K. Dick Do Androids Dream of Eletric Sheep? (ótima pergunta). O filme tem algumas linhas gerais do livro mas é bem diferente.

No primeiro filme o Harrison Ford faz Deckard, um caçador de andróides (como no título nacional), uma espécie de policial que vai atrás de replicantes fugitivos para "aposentá-los". Nesse futuro distópico, os andróides foram criados para trabalharem nas colônias fora do mundo em funções perigosas e como escravos mesmo. São robôs cópias perfeitas de seres humanos (por isso são chamados de replicantes) mas com tempo de vida de 4 anos. Acontece que os replicantes adquirem uma certa vontade de viver e de "ser mais humano que humanos", fazem uma revolução e são proibidos na Terra. Alguns conseguem fugir e vem para Terra buscar uma solução para o seu problema de vida de 4 anos. Aí acontecem muitas conversas filosóficas em Los Angeles no meio de um cenário distópico, escuro e que chove muito.

No fim desse primeiro filme (spoiler?) Deckard vai embora com a Rachael para um futuro indefinido.

De 2019 para 2049 a Tyrell (empresa que fabricava os replicantes) faliu, teve um blackout e os novos replicantes são menos filosóficos e mais trabalhadores. Só que ainda existem alguns modelos antigos circulando (que tiveram tempo de vida indefinido além dos 4 anos), ainda estão a fim de uma revolução e são perseguidos. E é nesse Blade Runner 2049 que o K (Ryan Gosling) trata de ir atrás deles, na mesma Los Angeles distópica, escura e com neve.

K também é um replicante, a gente fica sabendo disso no início do filme (ao contrário do Deckard do Harrison Ford que até hoje discutem se ele é ou não um robô). K é um modelo mais novo que sabe que suas memórias foram colocadas ali (ou não).

K descobre um corpo enterrado que gera um mistério e ele passa o filme juntando as peças do quebra-cabeça. Entre uma investigação e outra ele passa tempo com Joi, uma espécie de sistema operacional igual no HER, mas que tem um holograma.

Jared Leto faz o Wallace, que é o novo criador e produtor de replicantes. Ele comprou a Tyrell e desenvolveu novos modelos, mas ele quer saber como pode aumentar essa produção e o segredo está no que o K achou. Ele tem um braço direito, a Luv, que é super eficiente.

O Deckard aparece, isso não é spoiler porque ele está no cartaz do filme. Harrison Ford retoma o ranzinza Deckard muito bem e todas as ligações com o primeiro filme são feitas.

Aliás, esse Blade Runner 2049 é um filme para os fãs. A gente agradece. A fotografia magistral (como definiu um amigo) respeita a original e ao mesmo tempo a deixa mais atual. O design de cenários é sensacional. É o filme mais bonito que vi esse ano, cada frame é um flash.

O som é muito bom. Falaram muito da falta da trilha do Vangelis, mas para ser sincera lembro que era cheia de sintetizadores e lembro muito daquela música de depois virou tema de abertura do Fogo No Rabo (Tv Pirata, sim sou velha). A trilha do Hans Zimmer é um pouco mais pesada, mas é muito boa.

É para ser visto no cinema, numa tela grande com som bom.

Eu gostei muito desse filme, achei longo, mas é lindo de ver.

Acho que nós humanos temos que pensar bem ao criar inteligência artificial e androides tão parecidos conosco. O que Blade Runner (A.I., HER, Ex-Machina e outros) mostra é que eles vão ganhando humanidade a medida que nós vamos perdendo. Tem muita gente que não gosta de ficção científica mas depois não vem reclamar que ninguém avisou quando o mundo for dominado por macacos.

A Tia Helô ia ficar muito confusa com esse negócio de replicantes, só mais gente falsa para ela ficar desconfiada. 317 "Ai, Jesus!" para o caçador de andróides.



Kingsman: Circulo Dourado

Achei o primeiro filme divertido então fui ver essa segunda aventura do Eggsy e seus amigos Kingsman.

Eggsy está com a vida ganha, mora numa Mew em Londres com sua namorada a princesa sueca. Ele ainda vai comer bolo e beber com os amigos mas seu trabalho continua exigindo um certoo jogo de cintura.

Logo no início tem uma sequência ótima ao som de Let's Go Crazy do Prince e acho que essa foi a primeira vez que uma música do Prince tocou num filme (que o Prince não participa).

Eggsy se safa dessa perseguição mas logo depois todos os Kingsman são explodidos (inclusive a sede). Sobra Eggsy e o Mark Strong (esqueci o nome dele no filme). Os dois descobrem que existe uma agência de espiões americana chamada Statesman que é que vai ajudá-los.

Os Statemen tem: Canning Tatum, Jeff Bridges, Halle Berry e o nosso querido Pedro Pascal (também conhecido como Oberyn e Agente Peña).

A vilã do filme é uma traficante de drogas que adora um moedor de carne e quer que as drogas sejam legalizadas porque ela não quer mais viver escondida na mata do Camboja. Ela coloca um virus em seus produtos que deixa um bom número de pessoas doente e só vai dar o antidoto se o presidente americano assinar a legalização.

A melhor coisa desse filme é Sir Elton John. Mais não digo.

Gostei mais do primeiro filme, tinha mais novidade. Esse filme tem uma cena que poderia ser dispensada (mesmo, foi ridícula) mas é divertido, é colorido e se leva muito menos a sério.

A Tia Helô ia acha tudo besteira, mas acho que ela iria gostar de ver Elton na tela. 415 "Ai, Jesus!" para os homens do rei e do estado.

2 comentários:

  1. Sou um fanático pelo estilo Cyber Punk, não tive a oportunidade de viver o movimento em seu auge. =D

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    1. Acho o cyberpunk muito interessante, high tech, low life. Para mim é a ficção científica mais interessante. ainda mais se considerarmos que pode ser uma realidade bem próxima.

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