30.9.17

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Feito na América

Nesse filme o garoto de Negócio Arriscado fez um curso com o Maverick de Top Gun e foi parar em Narcos.

Baseado numa história real.

O Tom Cruise faz Barry Seal, um piloto de aviação comercial que é recrutado pela CIA para sobrevoar a America Central e tirar fotos dos grupos rebeldes que se organizavam por lá (início dos anos 1980).

Barry começou fazendo esse trabalho para a CIA e um belo dia teve que abastecer seu avião na Colombia e para sair vivo de lá foi convencido por Pablito and friends a traficar algumas quantias de cocaína de volta para os EUA.

E assim viveu Barry, entre os dois mundos. Claro que ele se mete em muitas confusões. O filme conta como ele fazia para levar as drogas (e armas) nos aviões e também como a CIA armou e treinou (ou pelo menos tentou) alguns grupos rebeldes.

É um assunto pesado mas feito de forma divertida. Achei o Tom Cruise ótimo nesse filme, você fica sem saber se o Barry é um idiota útil ou se ele foi muito esperto no que ele fez para sobreviver.

E sim, o Tom Cruise pilotou os aviões. Não tem nada que ele não faça.

Eu continuo sem entender quem é que consome toda essas drogas porque as quantidades são em toneladas e os traficantes tem tanto dinheiro que enterram nos quintais.

A Tia Helô não ia se deixar enganar pelos olhos verdes do Tom Cruise, 517 "Ai, Jesus!" para cada rasante que ele dá.


Mãe!

O filme polêmico da temporada. Ame ou odeie.

Nem amei nem odiei. É pretencioso pacas, mas tem algumas coisas que gostei (a edição sonora é ótima!), outras não entendi, e outras achei chatas mesmo (aquela camera atrás da cabeça da J.Law).

Esse filme tem mais alegorias do que 10 alas de escola de samba.

Ao contrário da Tia Helô, que era carola, eu não entendo nada da Bíblia, mas consegui identificar algumas coisas do meio para o fim do filme. Depois escutei um podcast onde apontaram todas as referências bíblicas no filme e aí consegui ver um pouco mais sentido.

Pelo que depois entendi é como se todo o babado principal da Bíblia se passasse dentro de uma casa. (da criação do mundo, Adão e Eva, Caim e Abel, o dilúvio indo até Jesus). Javier Bardem é um poeta/Deus, J.Law é a Mãe/natureza (que fica tentando deixar a casa habitável, bonita, mas as pessoas insistem em destruí-la). Deus está ali para ficar pensando em poemas (afinal ele é o criador) e a Mãe faz todo o resto. Ed Harris é o Adão sem costela (adorador do deus), Michelle Pfeiffer é a curiosa e provocadora Eva, os filhos deles chegam brigando e depois que um mata o outro a casa de enche de gente. As pessoas que chegam não respeitam a casa, tentam mudar, tiram pedaços e aí vem o dilúvio. Tudo fica calmo, poeta e Mãe se entendem, ela fica grávida até o dia que o poeta consegue terminar um poema, chegam os fãs e daí pra frente só confusão....até que a mãe natureza não aguenta mais.

Então o filme tem todas essas alegorias bíblicas, mas também dá para associar a outras coisas como relações amorosas, pais e filhos, culto a celebridade/divindade, misoginia, destruição da natureza, gente cara de pau, etc.

Revirei os olhos um bocado vendo esse filme, especialmente nos diálogos finais que conseguiram ser piores do que os de 50 Tons de Cinza. Pode até ser que esses diálogos sejam cafonas intencionalmente (pelo menos o Javier Bardem consegue dizê-los sem rir) mas eram muito ruins.

A Tia Helô iria entender tudinho que se passa naquela casa mas não iria gostar de como retrataram essas histórias, 813 "Ai Jesus!" para Mãe que não conseguia dizer não, para o poeta convencido e para todas aquelas pessoas sem noção.


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