20.5.25

Lisboa

Na ida para o Marrocos fiquei um dia em Lisboa e na volta fiquei três dias.

Adoro Lisboa. Já escrevi aqui no blog outras vezes que sempre vale a parada e de preferência na volta ao Brasil. A última vez que passei por aqui foi em 2017 e foi tão rápido que nem fiz um post.

Nos últimos anos Lisboa se tornou um destino turístico e fiquei impressionada com o tanto de gringos na cidade. O clima é ótimo nessa época do ano, tem muita coisa para ver e fazer, tem museus interessantes e muita comida boa. Descobri que os que os gringos gostam mesmo é de pegar sol, de preferencia na beira da piscina do hotel. 

Na ida fiz um passeio pelo Parque da Nações que foi uma área revitalizada para a EXPO de 1998. Estive nessa EXPO e foi ótima, cheia de gente. A área ficou muito agradável com muitas árvores, tem o oceanário (aquário), tem um bondinho, tem um shopping muito bom, vários restaurantes e tem a estação de trem. Do aeroporto para lá são 10 minutos no metrô, porta a porta.

o incrível vão do pavilhão de portugal
oceanário
estação de trem do oriente

Na volta fiquei num hotel perto do Marques de Pombal numa área muito boa que é perto do burburinho da baixa mas não é no meio da confusão.

Fui no MAAT, Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia que fica na beira do Rio Tejo. Em 2017 tinha visitado a construção contemporânea que é uma galeria de arte e dessa vez visitei também a parte que fica dentro de uma antiga estação termoelétrica. Um ingresso para os dois prédios.

É muito bom para crianças ou par quem não tem idéia de como a energia chega nos lugares. Reformaram o prédio (a estação foi desativa nos anos 1970)  mas o maquinário todo ainda está lá e virou uma exposição sobre energia.

Em uma parte do prédio tem exposições de arte, quando fui estava um artista chamado Rui Moreira.

No edifício contemporâneo tinha uma exposição do fotografo canadense Jeff Wall.

Andei até o Monumento dos Descobridores e o Mosteiro dos Jerónimos.

No outro dia andei pelo Parque Eduardo VII e depois toda Av da Liberdade até a baixa. 

av. da liberdade arborizada

Gosto de andar nessa parte da cidade porque é onde me lembra mais cidades como Rio de Janeiro e Salvador. Pela primeira vez subi no alto do Arco da Rua Augusta e a vista de lá é muito boa.

boa tarde fernando pessoa

Fui no Museu do Design (MUDE) que tem uma exposição boa de produtos, roupas e móveis de 1900 a 2020. A exposição é boa mas achei a reforma do prédio mais interessante.

Fora esses poucos passeios turísticos, encontrei amigos queridos (família portuguesa) e jantamos e almoçamos em ótimos restaurantes portugueses.

Também dei uma passadinha na IKEA, no Colombo e no El Corte Ingles, mas ninguém precisa saber.

18.5.25

Marrocos (4)

E chegamos em Marrakech.

Primeira parada: uma lojinha que vendia óleo de argan e depois a principal mesquita da cidade, a Kotoubia.


Marrakech é uma cidade grande, e toda da mesma cor: um terracota bonito. O contraste dessa cor com o verde das árvores e palmeiras é muito interessante. A cidade fica padronizada na cor mas as edificações tem detalhes diferentes (arquitetônicos ou decorativos como portas). No Marrocos os exteriores são simples mas os interiores são elaborados (mosaicos, tapetes, lanternas).

Em Marrakech nenhum prédio pode ser mais alto que o minarete das mesquitas, especialmente da Kotobia que tem 74 metros de altura.

Fomos no maravilhoso Jardim Majorelle, um jardim de cactos espetacular e onde tem a única casa azul da cidade. A casa azul é o muséu berbere Pierre Berger. Majorelle foi um pintor francês que cehgou por acaso no Marrocos e gostou. Ele morreu num acidente de carro e anos depois o Yves Saint Laurent comprou a casa e reformou o jardim (o paisagista foi o americano Bill Willis). Depois que o YSL faleceu a casa foi doada para a cidade.

não tem foto que consiga passar
o que é ver esse jardim ao vivo
rua YSL

Ao lado do Jardim Majorelle tem o museu YSL que é pequeno e tinha algumas roupas feitas por ele.

fachada do museu YSL

Fomos ao famoso Palácio Bahia que foi inaugurado em 1900 para a esposa favorita do visir. Os mosaicos são lindos e os riads também. O palácio estava em obras porque ficou prejudicado depois do terrremoto de 2023.


Andamos pelo Jardim Menara que é uma plantação enorme de oliveiras em volta da cidade. De lá dava para ver as montanhas com picos nevados.

reservatório de água do jardim menara

Também fomos no Jardim Secreto, um jardim lindo no meio da medina que tem uma torre (mais baixa que os minaretes que deu para ver a cidade do alto).

jardim secreto

Um dos lugares mai bonitos que entramos foi o Dar El Bacha - Musee des Confluences, um palácio de 1910 que virou um museu. Tinha uma exposição sobre as madeiras marroquinas. Lá dentro tem um café lindo que no dia seguinte voltamos para comer lá.


E claro que fomos na praça Jemaa El Fnaa que é apenas o lugar mais confuso e louco da cidade. Tem de tudo: barraquinha de comida, feira, objetos, cobras, macacos, músicos, jogos, motos, bicicletas, tuk tuks e tudo mais que possa imaginar. É muito barulhenta. Subimos num rooftop para ver o por do sol e a praça mudar com o anoitecer. Na hora que chamam para a reza o barulho diminui consideravelmente mas depois volta com vontade. A noite a praça fica muito mais cheias e os gringos de arriscam nas barraquinhas de comida.

se foto tivesse cheiro e som...

A medina de Marrakech é grande mas o google maps funciona e dá para se achar, entrar e sair. Dentro da medina passa carro em alguns lugares mas nas ruas mais estreitas passa moto (na velocidade) e tuk tuk tudo junto com os pedestres. Sobe muita poeira, fumaça das motos, e pelo de gato. Porque se tem uma coisa que tem muito em Marrakech é gato. Tem gato até na área de embarque do aeroporto (que por sinal é muito bonito).

muralha da medina

O hotel ficava fora da medina numa área de prédios novos, vários hotéis e um shopping. Perto também ficava a  Avenue M, uma rua de pedestres com lojas de marcas de luxo, hotéis 5 estrelas e vários restaurantes.

dromedário art na avenue M

Em Marrakech fiz um hammam. Hammam é um banho bem dado, com sauna e massagem, e já tinha feito na Turquia e amei. Acontece que o hammam marroquino tem uma esfoliação que não curti, e também não gostei do lugar que fomos, mas saí limpinha e massageada.

a famosa palmeira fake que é antena

Marrakech é super turística, inclusive é a capital do turismo do Marrocos, então tudo lá é para o turista. Acho que é o lugar mais seguro para mulheres, não sozinhas mas pelo menos em dupla dá para ficar tranquila.

a bonita fachada do aeroporto


Essaouira

Fizemos um day trip para Essaouira, uma cidade beira mar que fica umas 3 horas de Marrakech. 

Antes de chegar em Essaouira paramos para ver umas cabras comendo em cima das árvores de argan.

Essaouira foi colonizada por portugueses e a arquitetura é muito familiar. A medina fica dentro de um forte, e se tem uma coisa que os portugueses sabiam fazer era forte. 


As ruas da medina são cheias de lojinhas, restaurantes e galerias de arte.


Teve cena de Game of Thrones filmada em Essaouira.

Tem uma beira mar agradável mesmo com vento. O pessoal do kite surf estava lá.

Em Essaouria tem muitos barcos que pescam sardinhas (só saem a noite) e muitas gaivotas que podem mirar a sua cabeça com um cocô.

Achei Essaouira fofa.




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