21.11.16

Aachen



A minha amiga Rossana mora em Aachen, uma cidade que fica na fronteira com a Holanda e Bélgica, tanto que tem bairro holandês e bairro belga.

Tem gente que a casa fica na Alemanha e a garagem na Holanda. Coisas de tríplice fronteira.

alemanha/bélgica/holanda
dá para ficar nos 3 ao mesmo tempo


Aachen é uma cidade universitária com muitos jovens. E é bem maior do que eu pensava. Não sei porque esperava uma cidade pequena, mas Aachen é bem grande, tem 2 estações de trem além da central e isso na Alemanha indica cidade grande.

Aachen é uma cidade com histórico de águas termais que vem dos tempos dos Romanos. Se procurar por Aachen no Google em português vai aparecer Aquisgrana.

É a cidade natal do Carlos Magno. (E, segundo o Wikipedia, foi palco de 32 coroações de imperadores depois do Carlos Magno até a cerimônia ser transferida para Frankfurt.)

Só queria dizer que o nome do Carlos Magno em alemão é muito mais interessante: Karl der Große

A Catedral de Aachen não é grande e é muito bonita, tem mosaicos maravilhosos. Começou a ser construída em 790.



A prefeitura também é um prédio interessante.



Todo o centro antigo da cidade é bonitinho.



Eu gostei das diversas fontes de água que tem por toda cidade.

essa fonte abria e fechava


Em Aachen é produzido o printen: um biscoito de mel, e as vitrines das padarias são lindas.



E na cidade tem uma fábrica de chocolates Lindt com loja para a gente encher a mala.



E o outono, claro.






20.11.16

Lübeck


Lübeck fica perto de Hamburgo, só 40 minutos de trem, e dá para fazer um day trip.

A cidade fica numa ilha pequena, em um dia dá para andar tudo umas duas vezes, e é cheia de cantos interessantes.


Nós saímos de Hamburgo animadas com o sol que apareceu pela manhã, mas assim que chegamos em Lübeck a chuva começou e não parou mais. Como somos turistas profissionais a chuva foi chata mas não parou nosso passeio e a cidade é bonita, faça sol ou chuva.


Lübeck era a segunda cidade mais importante na Liga Hanseática e é patrimônio mundial da UNESCO.


A cidade é cheia de torres que num dia de sol deve ter um skyline interessante, mas com chuva só vimos algumas através das nuvens.


O portão de entrada é bonito.


A rua principal tem muitas lojas e nas laterais alguns restaurantes. Lübeck também é a cidade do marzipan, mas como não sou fã desse doce de amendoas e açúcar não fui atrás dos lugares onde são vendidos.

outono

16.11.16

Hamburgo




De Colônia peguei um trem e encontrei minha amiga Rossana em Aachen (a qual terá um post). De Aachen fomos para Hamburgo.

Hamburgo é uma cidade portuária, e o porto de lá é enorme! É o segundo maior porto da Europa, fica atrás do de Rotterdam na Holanda.

É também cheia de história, foi a cidade principal da Liga Hanseática (que dominou o comércio no Báltico e Mar do Norte dos séculos 15 a 19), foi quase que completamente distruída na Segunda Guerra Mundial e é a cidade onde os Beatles tocaram no início de carreira.

Como chegamos a noite na cidade o primeiro lugar que fomos foi no bairro St Georg procurar um restaurante para comer. O bairro é cheio de prédios antigos e perto do lago Auster. A Lange Reihe é uma rua cheia de restaurantes. Depois de ser enganada por vários letreiros dizendo Hamburger e nenhum era de sanduíches (afinal Hamburger é que é de Hamburg né?) sentamos num café hispter de comida vegetariana que estava cheio de gente e a comida era muito boa.

o lago

Na volta para o hotel descobrimos que tinha um ótimo restaurante do lado, Pane e Tulipani, e paramos lá para uma cerveja, e no outro dia jantamos e a comida é muito boa. (o dono é italiano, o cozinheiro é chileno e o garçom era um alemão que parecia vir de um filme dos anos 1970)

Claro que comi um hamburger em Hamburgo, afinal o nome do sanduíche vem da cidade. Originalmente era só a carne, sem o pão, mas hoje até em Hamburgo, o hamburger vem com pão.

classico de hamburgo:
sanduíche de peixe

Fizemos um walking tour que foi muito bom para saber a história da cidade de todas as épocas. Começamos na bonita Rathaus (a prefeitura), seguimos por alguns pontos principais da cidade até chegar no Speicherstadt.


O Speicherstadt era a área portuária da cidade onde tinha os armazéns e os navios paravam lá para carregar e descarregar. A área foi toda destruída na guerra e depois foi reconstruída como era, mas não tinha mais utilidade depois que o container apareceu na parada. Então o bairro virou residencial e de negócios. Hoje ainda tem outra parte, Hafen City, que foi totalmente renovada com prédios modernos e é lá que está o novo símbolo da cidade: a filarmônica.

beira rio de hafen city
prédio que parece pilha de containers

A Elbphilarmonie foi construída no meio de muita polêmica mas está pronta, vai ser inaugurada em janeiro, e eu achei o prédio lindo. Visto do rio Elba é ainda mais bonito (foto do início do post).


Depois do walking tour pegamos, no Landungsbrucken, o barco número 62, que é um transporte público (usa o mesmo cartão que vale para o metrô) que dá uma volta no rio Elba.

praia de hamburgo
mercado de peixe
o porto

No Landungsbrucken também fica o Alt Elbtunnel que é um túnel que atravessa o rio Elba. Tem 426m e foi construído de 1907 a 1911. Na época os ferries já não davam conta da população que atravessava o rio para trabalhar e atrapalhavam o fluxo dos navios. Uma ponte foi cogitada mas não seria prática, então os alemães fizeram um túnel. Tem um elevador enorme que leva até a entrada do túnel (que fica a 12m embaixo d'água), mas também tem escadas e não achei nada claustrofóbico.



Ali perto tem um bairro de portugueses, espanhóis e italianos.

O outono na cidade estava bonito e muitas árvores coloridas.


Fomos na Reeperbahn, uma rua que fica no bairro de St. Pauli, onde fica a Beatles Platz, uma praça dedicada aos 5 rapazes de Liverpool. Sim, isso mesmo, cinco. Quando os Beatles tocaram em Hamburgo eles eram John, Paul, George, Pete Best e Stuart Sutcliffe. Pete Best depois foi substituído por Ring Starr (que também tocou em Hamburgo na época mas em outra banda) e Stuart saiu da banda, ficou em Hamburgo e morreu em 1962. Um filme bom sobre essa história é Backbeat, de 1994.

beatles platz


Em frente a praça tem a Große Freiheit que é a rua cheia de inferninhos, strip bars e outras coisas do gênero. Nessa rua ficavam alguns bares que os Beatles tocaram.


Ali perto tem uma área hipster cheia de restaurantes e bares. Nós comemos no Marend, um restaurante de comida tirolesa, indicado por uma local, e a comida estava uma delícia.

uma casa-barco

Gostei muito de Hamburgo, achei uma cidade divertida com um people watching interessante e fácil de se locomover. Teve dia nublado, chuva, sol, pouco frio e muito frio, ou seja, tudo que a gente esperava do clima de Hamburgo.


11.11.16

Köln



Em outubro fui ver o outono colorido da Europa e passei duas semanas na Alemanha. Dessa vez fui para um lado do país que não conhecia.

Primeira parada foi Colônia, ou Köln para os locais.

Colonia é uma cidade universitária, cheia de jovens. Fiquei perto da Rudolfplatz num bairro que me pareceu hipster e tinha ótimos restaurantes perto (um vietnamita na esquina foi o melhor).

É uma cidade com ótimo transporte público (como todas as cidades alemãs) mas fiz quase tudo a pé. Para quem gosta de andar, como eu, deu para fazer toda a parte central a pé, mesmo com o tempo ruim (gosto do frio, mas chuva e vento dificilmente é agradável).

A Catedral gótica é realmente impressionante. Tudo ao redor foi reduzido a pó na segunda guerra e só restou a Catedral, que é a atração turística mais visitada da Alemanha. Essa catedral começou a ser construída em 1248 mas só terminaram uns 400 anos depois.



Depois de ver a Catedral (que dei sorte de ter um coro cantando lá dentro), fui andando pela parte mais antiga da cidade até a beira do Rio Reno.



Andei pela beira rio que é muito bonita, arborizada (no outono estava lindo), até uma área da cidade que foi toda renovada recentemente, a Rheinauhafen. Era a área portuária de Colônia e foi toda renovada com prédios novos, imponentes, que parecem guindastes (mas de perto tive a impressão de serem estruturas bem leves).



Ali tem dois museus: o dos esportes (que não entrei) e o do chocolate que entrei, óbvio.



O museu do chocolate é legal, conta história do cacau (tem até uma estufa com plantas), depois mostra como é o processo até chegar nas barras. Tem um espaço para ensinar crianças a fazer chocolate e outro que você pode comprar uma barra de chocolate personalizada (você escolhe o que quer nela e as crianças lá estavam animadas com M&M's e marshmallows).



Aí passa por toda parte de marketing (embalagens, máquinas de vendas, etc) e no fim tem um gift shop, claro. A única coisa que não tinha nesse museu era cheiro de chocolate.

Fui num dos restaurantes tradicionais comer schweineschniztel (conhecido como carne de porco a milanesa) e tomar cerveja.

E para quem gosta de compras tem a Hohe Strasse e arredores. A Neumarkt também tem muitas lojas. Para quem gosta de museu tem vários (não só de chocolate), mas como passei pouco tempo na cidade não deu tempo de ir a outro.

Não atravessei para o outro lado do rio Reno, mas isso fica para uma próxima vez.


5.11.16

+ Filmes

Dr. Estranho

Aqui temos mais um herói da Marvel para aumentar o número de filmes para poder entender tudo que acontece. E gostei do Dr. Estranho.

Para começar vou chama-lo de Dr. Strange mesmo porque esse é o sobrenome do Stephen Strange, neurocirurgião fodão (e muito arrogante) que basicamente lasca as mãos num acidente de carro (don't read text and drive kids!). O Dr. Strange não conformado com sua situação decide fazer bully com outros cirurgiões para ajudá-lo e de quebra gasta todo seu din din. Aí ele fica sabendo de um cara que estava paralisado e depois de uma temporada no oriente voltou a andar.

Dr. Strange vai até o Nepal bater na porta da Anciã para saber como curar as mãos. Acontece que a Anciã ensina muito mais para o Dr. Strange.

Resumindo: o Dr. Strange se torna uma espécie de feiticeiro que domina as leis do tempo e espaço.

O vilão desse filme é o Dr. Hannibal Lecter com outro nome e os dois quando se encontram tem a melhor cena do filme.

Os efeitos especiais são excelentes (uma coisa meio Inception elevada ao quadrado enfiado num caleidoscópio) e o filme é divertido.

Já sei que o Dr. Strange vai se meter co Thor e amigos. Aguardo.

A Tia Helô ia ficar confusa com esse negócio do Dr. Strange usar o filtro reverso do Snapchat. 391 "Ai, Jesus!" para o doutor.


A Garota no Trem

Rachel passa o dia viajando de trem entre o subúrbio e NYC, e no meio do caminho ela observa (para não dizer stalker) algumas casas na beira dos trilhos.

Em uma das casas mora um casal lindão que Rachel fantasia serem perfeitos. Duas casas depois mora o ex-marido da Rachel com sua nova esposa e filha.

Ah, e nesse tempo todo que a Rachel passa indo e vindo no trem ela bebe. Muito. Alcoolatra mesmo.

Um dia a Rachel vê a mulher do casal com outro homem, desce do trem no ponto e vai saber que sacanagem é essa com a fantasia dela. Só que Rachel, bebum que é, acorda toda cheia de sangue em casa sem se lembrar de nada. Quem nunca?

Aí ela descobre que a mulher do casal está sumida. Mistério.

Li esse livro e achei divertido especialmente porque a Rachel é uma protagonista não muito legal. A Emily Blunt está ótima como Rachel, mas para mim faltou um pouco do humor que tem no livro. Como tinha lido o livro o mistério não funcionou para mim, mas achei o filme bom.

Tia Helô diria 527 "Ai, Jesus!" para Rachel e sua vodka na garrafinha de água.