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Pequena Miss Sunshine
Que ninguém é normal todo mundo sabe, mas que os outros são estranhos, ah, isso eles são.
O filme é sobre uma família de pessoas estranhas, mas normais. A mãe preguiçosa que gosta de servir o jantar, que ela trouxe num balde de papelão, em pratos descartáveis e copos que ela ganha nas promoções do McDonald’s. O pai é um otimista que se preocupa tanto em ser um vencedor que acaba sendo um loser. O tio é um gay suicida que foi abandonado pelo namorado, e ainda é um expert em Proust. O avô é viciado em heroína, e por ser velho acha que tem todo direito. O filho não fala há nove meses, se comunica por um caderninho e é fã de Nietzsche. A filha é uma fofa, uma garotinha pançudinha de óculos fundo de garrafa que quer ser miss, e não enche o saco de ninguém.
É por ela que a família faz um road trip numa kombi. Olive (a garotinha) tem que ir a Califórnia participar do tal Miss Sunshine. A mãe tem que ir com ela, e o avô também porque foi ele que criou a coreografia da garotinha. Só que os três não cabem no carro pequeno. Aí o pai diz que vai dirigindo a kombi, mas a mãe não quer deixar o tio suicida com o filho mudo. Então vão todos.
Tudo acontece nessa viagem, mas eles chegam ao destino e no meio daquelas meninas maquiadas, com cabelos cheios de laquê (mini freaks), Olive dá um show – pelo menos pra mim foi impagável, adorei!
E esse filme é que nem essa família, é o que é, e é diversão garantida.
A Tia Helo diria 63 “Ai, Jesus!” para esse filme. Ela não ia gostar muito do avô decadente, mas ia adorar a garotinha.
A Fonte da Vida
Novo filme de Darron Aronofsky, o mesmo de “Réquiem para um sonho” (filme muito bom sobre drogas).
Nesse filme ele conta a história de Thomas (Hugh Wolverine Jackman) um médico neurocirurgião cuja esposa, Izzy (Rachel Weisz), está morrendo com um tumor no cérebro. Tommy tem dificuldades em aceitar a morte da esposa (me parece que essa é uma dificuldade comum entre os médicos, vide o Doutor Jack do Lost que não aceita a morte de ninguém) e perde o tempo que poderia estar com ela buscando uma cura.
Izzy, que sabe que vai morrer e aceita seu destino, escreve um livro sobre um conquistador espanhol (também Hugh) que busca a árvore da vida (que dá imortalidade) a pedido da rainha Isabel (também Rachel). O conquistador encontra a pirâmide escondida, mas tem um obstáculo pela frente, e Izzy não termina sua história antes de morrer.
Pelo o que eu entendi, Tommy testa os efeitos de uma nova droga feita com de uma planta da América Central (entenderam? A tal árvore da vida) primeiro num macaco, e depois nele mesmo porque ele aparece no futuro boiando numa bolha com uma árvore dentro, indo em direção á uma nebulosa (xibalba ou shibalba para os maias). Nesse futuro o passatempo dele é comer pedacinhos da planta e fazer tatuagens que, pra mim, eram círculos no braço indicando tempo de vida, com uma árvore.
Ou seja, ele demorou 1000 anos (entre o conquistador espanhol e o buda careca do futuro) para aceitar a morte.
Hugh Jackman, australiano macho-que-é-macho, está muito bem, nenhuma lembrança dele como o mágico do Grande Truque ou mesmo do Wolverine.
Só não gostei muito dos efeitos anos 70 da nebulosa, sei lá, ficou muito hare krishna.
A Tia Helo não ia gostar desse filme. Bom, pensando bem, talvez ela gostasse do inquisidor espanhol. Mas seriam pelo menos 153 “Ai, Jesus!” nesse filme.
eu adorei a pequena miss sunshine, apesar da coisa "férias frustradas" naquela parte do avô e o momento "about a boy" da família no palco. é ótimo, mesmo assim.
ResponderExcluirsobre fonte da vida, estou pensando seriamente em ir ver de novo. na internet, cada crítica que vejo entende o filme de uma forma diferente.
sobre o hugh "ai minha nossa senhora achiropita" jackman, não precisa dizer mais nada, né?
besos, kaká