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A vida dos outros
Esse filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro ano passado. Eu tinha achado uma injustiça com o Labirinto do Fauno, mas agora que eu vi esse, achei justíssimo.
A história se passa na Alemanha Oriental no começo da década de 80. Nessa época as pessoas ou eram investigadas pelo governo, ou eram delatores. O capitão Wiesler é um mestre na arte de entrevistar suspeitos, e é dado a ele a função de investigar a vida de Christa-Marie e Georg, uma atriz e um autor que vivem juntos. Acontece que Christa é amante (meio a contra gosto) do ministro da cultura, e este quer decobrir alguma coisa contra Georg para prende-lo e assim se livrar da concorrência.
Georg é um autor patriótico, para ele a vida com mordomias na Alemanha Oriental era boa. Mas seus amigos começam a ser perseguidos e ele se vê numa encruzilhada.
O capitão Wiesler leva uma vida oposta a de Georg. Ele mora num apartamento genérico, só tem sexo se pagar (e ainda divide a prostituta com os vizinhos), ou seja, ele não vive. Por isso ao escutar as conversar de Georg ele passa a viver através do casal. Mas é tudo muito contido.
Ele se torna o anjo da guarda de Georg, mas não consegue salvar Christa do seu final digno de Nelson Rodrigues.
A tia Helo não ia gostar nada desse negócio de ficar bisbilhotando vida alheia, ainda mais artistas e comunistas. 214 “Ai, Jesus!” para a vida dos outros.
Beowulf
Beowulf é um antigo poema inglês e primo mais velho do Senhor dos Anéis.
No filme Beowulf (viking macho-que-é-macho) chega a um reino na Dinamarca (parece até coisa de Shakespeare) para ajudar a dar um fim no demônio Grendel que sofre do mal de escutar bem demais e não suporta o barulho das festinhas organizadas pelo rei.
Beowulf enfrenta o bicho e consegue derrota-lo, mas esqueceram de avisar que Grendel tinha mãe. E essa mãe é uma bruxa poderosa que seduz os homens oferecendo reinados e vitórias em batalhas. O Beowulf cai nessa.
Esse filme é todo feito na técnica de cobrir gente com efeitos digitais. E fica muito bom, ainda mais nas partes de muita fantasia. O dragão é ótimo!
A Tia Helo não gostava nada dessas coisas fantasiosas, e não ia gostar nada quando o Beowulf do filme disse que “O tempo dos heróis morreu, o deus cristo o matou deixando nada além de mártires se lamentando, medo e vergonha”. A lenda nórdica leva 317 “Ai,Jesus!”
Mas a melhor definição de Beowulf eu li no Uma dama não comenta: Ogro deficiente auditivo é morto pelo tataravô do Jack Bauer. Hahahahaha!
Conduta de Risco
Esse título parece filme do Steven Segal, mas felizmente é com o George Clooney.
Clooney (macho-que-é-macho de carteirinha) faz o advogado Michael Clayton, que trabalha numa grande firma que está perto de concluir um caso importante. Acontece que o principal advogado do caso tem uma crise de consciência (além de ter deixado de tomar seus remedinhos) e resolve mudar de lado e ajudar quem está processando a grande empresa que ele defendia.
É aí que entra Michael Clayton o resolve-tudo da firma. A função dele é buscar o tal advogado e fazer com que ele volte a si. Mas essa tarefa não é tão fácil assim. Além de tudo Michael tem problemas com agiotas e está devendo uma grana.
É um filme com diálogos certeiros e muitas intrigas.
Eu gostei muito, ainda mais no fim que somos premiados com quase 10 minutos de George olhando para a tela.
Talvez a Tia Helo gostasse desse filme. Do George Clooney ela ia gostar muito, ainda mais com aqueles cabelos grisalhos e o ar preocupado. 47 “Ai, Jesus!” para Michael Clayton.
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