21.1.11

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The King's Speech

Como essa família real britânica tem história boa para contar, né? Shakespeare que o diga.

Tem filme de quase todos os monarcas mais conhecidos, Henrique VIII, as duas Elizabeths, George III, Victoria, Edward VIII, Richard I, Richard III e por aí vai. Dá até para fazer um top ten filmes da categoria (fica para um próximo post).

Chegou a vez do George VI ganhar um filme só seu. George VI era conhecido como Príncipe Albert, segundo na linha do trono, depois de seu irmão, o Príncipe David.

Albert tinha um problema. Ele era gago. Albert pegou exatamente a época em que os discursos começavam a ser transmitidos por rádio e causava vergonha alheia nos súditos de seu pai quando tinha que fazer qualquer discurso. Ele e sua esposa Elizabeth (que depois ficou conhecida como Rainha Mãe) buscaram todos os especialistas na área, e alguns métodos eram verdadeiras torturas.

Um dia, Elizabeth (Helena Bonham Carter) fica sabendo de Lionel Logue (Geoffrey Rush), um ator australiano, que teve muita experiência com os soldados que voltavam da guerra e tinham problemas de fala. Os métodos de Lionel eram mais treinamento, técnica e adaptação. E um pouco de psicologia.

Tudo isso não seria tão importante se o irmão do Albert, David, não fosse "aquele rei que abdicou do trono por uma mulher divorciada". Sim, David veio a ser o Rei Edward VIII, quando seu pai, George V, morreu.

Então, se teve uma única coisa que não gostei nesse filme foi como retrataram o Rei Edward VIII. Ficou parecendo um adolescente apaixonado que só faltou dizer '"Não, desliga você. Ok vou desligar. Ah, você não desligou...". Argh.

Com essa paixonite toda pela Wallis Simpson, o Rei Edward decidiu largar o trono e viver feliz na França. Transferiu o trono para um relutante Albert.

Albert se tornou George VI (sim, os reis podem escolher um de seus 500 nomes para ser o definitivo), e com isso teria que fazer muitos discursos para seu súditos, ainda mais durante a segunda guerra.

Apesar da gagueira, que foi minimizada por Lionel, o Rei George VI foi um dos mais carismáticos e populares. Conseguiu manter a moral britânica durante a guerra contra Hitler.

Colin Firth está fan-tás-ti-co como o Rei George VI. O Globo de Ouro já é dele e provavelmente o Oscar será.

Esse filme é muito bom. Acho que até a Tia Helo gostaria. Só 12"Ai, Jesus!" pelos palavrões que George VI fala para não gaguejar.


72 Horas


Pelo trailer, esse filme está mais para Bruce Willis do que Russell Crowe, mas, felizmente, o filme é diferente do trailer.

Russell Crowe faz um professor universítario, ou melhor, de um Community College, casado e com um filho. Um dia sua esposa é presa e condenada por assassinato e vai para a prisão.

A vida do Russell fica difícil, ele tem que cuidar do filho, dar aulas, e convencer o advogado da esposa que ela é inocente e merece todos os recursos possíveis.

Um dia, a esposa tenta suícidio e diz que não vai aguentar os 20 ou mais anos que restam na prisão. De quebra dizem que vão transferí-la para outra prisão, mais longe do marido e filho.

Russell Crowe tem então 72 horas para arranjar um jeito de tirar a esposa da prisão e fugir.

Só pela surpresa de ser diferente do trailer, eu já gostei desse filme. A Tia Helo não seria tão legal com o Russell Crowe. Ela diria 312 "Ai, Jesus!" para 72 horas.


Além da Vida

Não se deixe enganar por esse título cafona em português, o filme do Clint Eastwood (diretor e macho-que-é-macho) é bom.

O que vai acontecer a todos nós depois da morte é uma curiosidade universal. Cada religão explica de um jeito, filósofos de outro e cada um acredita no que quer.

Nesse filme vemos três pessoas que lidam com a morte de diferentes maneiras. Matt Damon é um homem que, depois de sofrer diversas paradas cardíacas na infância, se tornou sensitivo/paranormal/whatever. He sees dead people. E fala com elas. Ele tinha um negócio e usava essa habilidade (parece coisa de filme de super heroi) para ajudar pessoas e ganhar um dinheirinho (ou dinheirão, segundo seu irmão). Acontece que o Matt vê que ao lidar com os mortos ele não estava vivendo e passa a ter uma vida mais pacata como operário de uma fábrica.

A francesa Marie (Cécile de France) é uma sobrevivente do tsunami que devastou a Tailândia. Uma das melhores cenas do filme. Marie teve uma experiência pós-morte e passa a questionar o que aconteceu. Como jornalista ela busca o lado prático/científico para escrever um livro sobre o assunto, e descobre que nem todos se interessam.

Os gêmeos Marcus e Jason tentam viver com a mãe viciada em heroína e convencer os assistentes socias que está tudo bem. Um dia Jason morre e Marcus busca respostas para o que aconteceu.

É um tema que tinha tudo para ser um filme cheio de sentimentalismo, mas não é. Clint leva tudo com sobriedade. Eu gostei. A Tia Helo, como boa católica, devia acreditar em céu e inferno. 463 "Ai, Jesus!" para Hereafter (que é um título mais digno do que Além da Vida).

Um comentário:

  1. O discurso do rei se tornou meu favorito. Filme redondinho, perfeitinho, aula de atuação!
    No conjunto, acho melhor que A rede Social.
    Bj

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