25.1.12

+ Filmes

As indicações para o Oscar sairam ontem (com muitas supresas, boas e ruins), eu ainda não vi muitos na lista mas aqui estão mais alguns que assisti.

Drive

O melhor filme de ação do ano. Faz Velozes e Furiosos parecer filme feito para tv (Oh, wait...).

O Ryan Gosling faz um dublê de cenas de ação que envolvem carros, trabalha numa oficina mecânica, quer ser piloto de stock car e nas horas vagas faz bico de motorista de assaltos. E ele é metódico e muito bom nessa última função, por isso é requisitado (e cobra caro) para muitos serviços.

Acontece que ele foi se apaixonar pela vizinha (com um filho fofo) que....wait for it.... tem um marido que está na cadeia. A confusão está armada, mas surpreende.

O Ryan Gosling está excelente no papel do motorista, o Albert Brooks faz um mafioso dos melhores, a Carey Mulligan não faz muita diferença, mas tem o Bryan Cranston de Breaking Bad, Ron Pearlman de Sons of Anarchy e até a Christina Hendricks de Mad Men. A trilha sonora é excelente.

Eu queria dizer para o pessoal do Oscar que até entendo não terem indicado o Ryan Gosling, a lista de melhor ator está muito boa, mas o Albert Brooks poderia muito bem estar entre os coadjuvantes. E, sério que vocês deixaram Drive de fora dos 9 (nove!) candidatos a melhor filme? Olha, cavalo por cavalo eu prefiro os do motor do carro do Ryan Gosling. #prontofalei

A Tia Helo não ia gostar muito desse filme, provavelmente dira uns 317 "Ai, Jesus!", mas ia querer o Ryan Gosling de motorista (ela e todo mundo).


Tinker Tailor Soldier Spy (O Espião Que Sabia Demais)

Espionagem britânica na época da Guerra Fria. Sem o James Bond.

Os britânicos descobriram que um de seus espiões é um agente duplo e também dá uma forcinha do lado soviético. O Gary Oldman (indicado a melhor ator, estava na hora né?) faz um espião da alta cúpula que foi forçado a se aposentar depois de um incidente para tentar descobrir o tal agente duplo, mas é chamado de volta para continuar a investigação por fora.

É um filme que começa lento, mas os 10 minutos finais valem a pena, especialmente a trilha sonora que acompanha as cenas finais. É uma filme de sutilezas, cenas lentas, muitos olhares significativos, sorrisos falsos, muito não dito e muita gente moralmente flexível.

Além do Gary Oldman, tem o Colin Firth (ótimo!), e o Benedict Cumberbatch (o Sherlock Holmes moderno).

Eu gostei. A Tia Helo iria tirar uma soneca no meio desse filme, mas no fim diria uns 480 "Ai, Jesus!" seguidos.


A Separation

Um casal decide se separar e a esposa sai de casa. Acontece que, para cuidar do pai com Alzheimer, o marido tem que contratar alguém que fique o dia em casa enquanto ele trabalha e a filha estuda. A mulher contratada vai no primeiro dia, desiste depois de alguns pequenos problemas, pede para o homem contratar o marido dela, que não aparece no trabalho, e depois ela é quem fica cuidando do vovô.

Um dia ela precisa sair, amarra o vovô na cama, e quando chega o patrão já está meio enfurecido e a coloca para fora. Ela estava grávida e perde o bebê. Tudo isso vai parar no tribunal.

Pelo que entendi o sistema jurídico iraniano não tem advogados (ponto para eles!), pelo menos no que parece ser pequenas causas. As partes apresentam a causa e se acusam e se defendem e um juiz decide tudo. Parece almoço de família italiana. É curioso ver a relação das pessoas com a mentira, a verdade e até que ponto uma crença tem influência ou não numa decisão.

O filme iraniano, que é indicado a melhor filme estrangeiro no Oscar desse ano, se encaixa bem no bordão do Dr. House: "Everybody lies.".

É um filme muito bom. A Tia Helo diria uns 219 "Ai, Jesus!", especialmente para a mulher tentando limpar a casa com aquele lenço na cabeça que se estende para uma capa.


Um comentário:

  1. Vi apenas Drive e Ryan Gosling continua me encantando em todos os estilos. Gary Oldman em sua primeira indicação e o provável vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro. Boas pedidas para o começo deste ano.

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