22.10.09
+ Filmes
Inglorious Basterds
Quentin Tarantino faz o que quer nos seus filmes. E nesse, então, muda até a história.
Ele conseguiu fazer um filme sobre a segunda guerra com nazistas e judeus que mais parece um western. Sério. A trilha sonora é digna de qualquer western spaguetti com o Clint Eastwood (com David Bowie no meio cantando Cat People - Putting Out The Fire), e é ótima. E tem muita violência, afinal é um Tarantino.
O Coronel Hans Landa (Christoph Waltz) é o melhor do filme, ele é simpático e cruel da mesma forma, e é poliglota. O Coronel sabe ser agradável e meter medo tudoaomesmotempoagora. E tem as melhores falas.
O filme começa com a visita do Coronel Landa a uma família francesa que está escondendo judeus embaixo do assoalho. Depois de uma conversa regada a leite, e muitos tiros, Shosanna consegue fugir. Se bem que o Coronel a deixa fugir. Anos depois ela é dona de um cinema em Paris.
O Brad Pitt (hilário, ainda mais falando italiano) faz o Tenente Aldo Raine, comandante dos tais bastardos inglórios, um grupo de judeus americanos que estão no front para matar nazistas. E os nazistas tem medo deles, já que o Ten. Aldo sabe fazer o seu marketing.
Em Paris um soldado, herói de guerra da Alemanha, que virou ator, paquera a Shosanna e consegue convencer o Goebbels a fazer a premiere do seu filme no cinema da moça.
Só que Shosanna tem um plano. E dos bons. Acontece que os ingleses tem um plano parecido e para isso usam a atriz alemã Bridget Von Hammersmark, um agente inglês (lindo!) que fala alemão fluente (mas com um sotaque estranho) e dois dos bastardos. A cena deles na taberna é muito boa.
Nesse filme se fala em 4 linguas: inglês, alemão, francês e italiano. Fiquei impressionada com os alemães falando francês, especialmente o Soldado Zoller (Daniel Brühl de Adeus Lenin). Nessa horas eu queria falar alemão, tenho certeza que perdi muita coisa nas legendas.
Como disse a Lola, Inglorious Basterds é um filme sobre cinema, desde os filmes homenageados, aos personagens (tem diretor, ator, crítico, e dona de cinema). O Tarantino é um artista das falas, e nesse filme tem muitas excelentes, divertidas, cruéis e verdadeiras.
Eu gostei. Já a Tia Helo falaria uns 357 "Ai, Jesus!", e um bem alto na cena que o Cel. Landa indica com um gesto certeiro onde a Bridget Von Hammersmark deve colocar o pézinho.
The Brothers Bloom (Os Vigaristas)
Stephen e Bloom são dois irmãos que desde crianças aplicam golpes. Stephen (Mark Ruffalo) é a cabeça da dupla, ele bola os planos; e Bloom (Adrien Brody) o coração, mas se dá mal porque sempre acredita na parte que tem que atuar.
Bloom se cansa da vida de con man, mas Stephen diz que eles ainda tem um golpe e promete que será o último.
O golpe será em cima da herdeira Penelope (Rachel Weiz), uma fotógrafa epilética que gosta de destruir Lamborghinis. Ela mora só, numa mansão, e vê em Bloom a chance de uma vida de aventura, e acompanha os irmãos por uma volta pela Europa.
Como todo filme de vigarista tem reviravoltas e nada é o que parece; e por isso é bom. A história se passa nos dias atuais, mas os irmãos, seus associados e a Penelope parecem envoltos numa aurea fantasiosa, como se vivessem numa história em quadrinhos dos anos 30. A japonesa Bang Bang, assistente dos irmãos, sem dá um palavra, é genial.
Achei legal, também tem uma trilha sonora boa. A Tia Helo diria 63 "Ai, Jesus!", os irmãos Bloom são golpistas, mas são bons meninos.
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Falou e disse, Karine. Você destacou os pontos principais do Inglorious Basterds: Brad Pitt falando italiano, a atuação do Christoph Waltz, os diálogos e "Cat People" na trilha sonora. Muito bom, mas de tanto auê que fizeram sobre o filme, confesso que esperava um pouco mais.
ResponderExcluirOuvi muitas pessoas falando que odiaram Inglorious Basterds, mas na verdade são pessoas que não gostam de Tarantino, pq pra mim que adoro os filmes dele, adorou o filme.
ResponderExcluirAdorei os seus comentários.