O The Cure vem a o Brasil em abril, não vou ao show (só Rio e SP, infelizmente), mas gosto muito dessa banda e aqui vai um analisando a música de uma das melhores canções dos anos 1980.
O The Cure é uma banda britânica formada em 1976, o primeiro album foi lançado em 1979, e veio ao mundo numa leva de bandas excelentes como The Smiths, Joy Division (seguido do New Order), Siouxsie and the Banshees, Echo and The Bunnymen, Culture Club, Duran Duran, Depeche Mode e vou parar por aqui ou vai ser um post inteiro só com nome de bandas.
O som do The Cure é considerado Gothic Rock, whatever that means. Eu acho que de gótico mesmo eles só tem a aparência: roupas pretas, capas longas, botas militares, cabelos com laquê e batom vermelho (Oi?). Sim, a banda tem músicas melancólicas, mas acho que o Robert Smith, no fundo daquele cabelo alto e cara pálida, é um fofo. A banda é cheia de hits românticos como: Boys Don't Cry (ai, o amor adolescente), Pictures of You (adoro!), Friday I'm in Love (pelo menos na sexta ele está apaixonado), The Love Cats e Love Song (que ele compôs como presente de casamento para futura esposa).
Confesso que parei de seguir o que o The Cure estava fazendo depois de 1989, quando lançaram o album Desintegration (que tem Pictures of You e Love Song), que é muito bom, mas o meu preferido ainda é The Head on The Door (1985). É que entrei na onda grunge, mas isso fica para outro dia.
A ótima Just Like Heaven, mais uma na lista das românticas, é do album Kiss me, Kiss me, Kiss me, de 1987. Será uma música sobre aquele momento que você se apaixona? Ou será um sonho? Vamos descobrir.
"Show me, show me, show me how you do that trick
The one that makes me scream." she said
"The one that makes me laugh" she said
And threw her arms around my neck
"Show me how you do it and I promise you,
I promise that I'll run away with you
I'll run away with you"
Essa música começa com uma introdução instrumental de 50 segundos, quase 1/3 do total. O que eles estavam fazendo até ele começar a narrar a história eu não sei, mas pela empolgação dela só pode ser coisa boa. Ela quer saber como que truque é esse que a faz gritar e rir. É tão bom que ela o abraça e promete que vai fugir com ele. Eu também quero saber! É o canguru perneta? Moves like Jagger? Conta aí Robert Smith!
Numa entrevista ele disse que essa música é sobre hiperventilação, beijar e desmaiar no chão. Traduzindo: respiração ofegante, e beijar até perder os sentidos. A idéia de que uma noite intensa assim vale por mil horas enfadonhas. O amor é lindo.
Spinning on that dizzy edge
I kissed her face and kissed her head
And dreamed of all the different ways I had
To make her glow
"Why are you so far away?" she said
"Why won't you ever know that I'm in love with you
That I'm in love with you"
Aí leva mais 30 segundos instrumentais até o início dessa segunda estrofe, que eu acho significativo, um bom tempo para mais alguns amassos. Ele ficou tonto, deus uns beijos nela e entrou no mundo da imaginação bolando maneiras diferentes de a fazer brilhar intensamente. Olha Robert, nem precisava porque na estrofe anterior ela já estava disposta a fugir com você. O que acontece? Ele deve ter ficado distante, sonhando, ou desmaiou mesmo, ela notou, pergunta por que ele está tão distante e por que ele nunca saberá que ela está apaixonada. Também, desfalecendo toda vez que se beijam, ele não vai saber de nada mesmo.
You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Strange as angels
Dancing in the deepest oceans
Twisting in the water
You're just like a dream
Essa parte da música eu acho que é nos sonhos dele (alguém sonha quando desmaia?). Ele também está apaixonado, ela é delicada e única, mas fica só no mundo da imaginação por isso ela é estranha como os anjos dançando nos oceanos profundos. Ela é como um sonho, idealizada.
Daylight licked me into shape
I must have been asleep for days
And moving lips to breathe her name
I opened up my eyes
And found myself alone, alone, alone above a raging sea
That stole the only girl I loved
And drowned her deep inside of me
Começa essa última estrofe com essa metáfora genial para acordar: "a luz do dia me lambeu até eu ficar em forma". Ele dormiu um bocado, abriu os olhos e estava sozinho. Ela obviamente se mandou, e também sumiu do sonho quando ele acordou. "O mar raivoso roubou a única garota que ele amou e a afogou dentro de mim". Hã? Minha interpretação dos fatos: eles estavam juntos, tudo lindo, intenso, aí ele kataploft, depois despertou, ela tinha ido embora e tudo que ele estava sonhando se perdeu, mas como uma pessoa apaixonada está tudo lá, afogado dentro dele. O momento intenso (real e no sonho) deve ter valido a pena porque ele termina essa música de forma magnífica:
You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Just like heaven
Você, delicada e única, perdida e solitária, é como o paraíso: perfeita.
Não deixe o vídeo com esses góticos indiferentes de preto e maquiagem pesada na beira do precipício te enganar, a música é bonita e animada.
O The Cure é uma banda britânica formada em 1976, o primeiro album foi lançado em 1979, e veio ao mundo numa leva de bandas excelentes como The Smiths, Joy Division (seguido do New Order), Siouxsie and the Banshees, Echo and The Bunnymen, Culture Club, Duran Duran, Depeche Mode e vou parar por aqui ou vai ser um post inteiro só com nome de bandas.
O som do The Cure é considerado Gothic Rock, whatever that means. Eu acho que de gótico mesmo eles só tem a aparência: roupas pretas, capas longas, botas militares, cabelos com laquê e batom vermelho (Oi?). Sim, a banda tem músicas melancólicas, mas acho que o Robert Smith, no fundo daquele cabelo alto e cara pálida, é um fofo. A banda é cheia de hits românticos como: Boys Don't Cry (ai, o amor adolescente), Pictures of You (adoro!), Friday I'm in Love (pelo menos na sexta ele está apaixonado), The Love Cats e Love Song (que ele compôs como presente de casamento para futura esposa).
Confesso que parei de seguir o que o The Cure estava fazendo depois de 1989, quando lançaram o album Desintegration (que tem Pictures of You e Love Song), que é muito bom, mas o meu preferido ainda é The Head on The Door (1985). É que entrei na onda grunge, mas isso fica para outro dia.
A ótima Just Like Heaven, mais uma na lista das românticas, é do album Kiss me, Kiss me, Kiss me, de 1987. Será uma música sobre aquele momento que você se apaixona? Ou será um sonho? Vamos descobrir.
"Show me, show me, show me how you do that trick
The one that makes me scream." she said
"The one that makes me laugh" she said
And threw her arms around my neck
"Show me how you do it and I promise you,
I promise that I'll run away with you
I'll run away with you"
Essa música começa com uma introdução instrumental de 50 segundos, quase 1/3 do total. O que eles estavam fazendo até ele começar a narrar a história eu não sei, mas pela empolgação dela só pode ser coisa boa. Ela quer saber como que truque é esse que a faz gritar e rir. É tão bom que ela o abraça e promete que vai fugir com ele. Eu também quero saber! É o canguru perneta? Moves like Jagger? Conta aí Robert Smith!
Numa entrevista ele disse que essa música é sobre hiperventilação, beijar e desmaiar no chão. Traduzindo: respiração ofegante, e beijar até perder os sentidos. A idéia de que uma noite intensa assim vale por mil horas enfadonhas. O amor é lindo.
Spinning on that dizzy edge
I kissed her face and kissed her head
And dreamed of all the different ways I had
To make her glow
"Why are you so far away?" she said
"Why won't you ever know that I'm in love with you
That I'm in love with you"
Aí leva mais 30 segundos instrumentais até o início dessa segunda estrofe, que eu acho significativo, um bom tempo para mais alguns amassos. Ele ficou tonto, deus uns beijos nela e entrou no mundo da imaginação bolando maneiras diferentes de a fazer brilhar intensamente. Olha Robert, nem precisava porque na estrofe anterior ela já estava disposta a fugir com você. O que acontece? Ele deve ter ficado distante, sonhando, ou desmaiou mesmo, ela notou, pergunta por que ele está tão distante e por que ele nunca saberá que ela está apaixonada. Também, desfalecendo toda vez que se beijam, ele não vai saber de nada mesmo.
You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Strange as angels
Dancing in the deepest oceans
Twisting in the water
You're just like a dream
Essa parte da música eu acho que é nos sonhos dele (alguém sonha quando desmaia?). Ele também está apaixonado, ela é delicada e única, mas fica só no mundo da imaginação por isso ela é estranha como os anjos dançando nos oceanos profundos. Ela é como um sonho, idealizada.
Daylight licked me into shape
I must have been asleep for days
And moving lips to breathe her name
I opened up my eyes
And found myself alone, alone, alone above a raging sea
That stole the only girl I loved
And drowned her deep inside of me
Começa essa última estrofe com essa metáfora genial para acordar: "a luz do dia me lambeu até eu ficar em forma". Ele dormiu um bocado, abriu os olhos e estava sozinho. Ela obviamente se mandou, e também sumiu do sonho quando ele acordou. "O mar raivoso roubou a única garota que ele amou e a afogou dentro de mim". Hã? Minha interpretação dos fatos: eles estavam juntos, tudo lindo, intenso, aí ele kataploft, depois despertou, ela tinha ido embora e tudo que ele estava sonhando se perdeu, mas como uma pessoa apaixonada está tudo lá, afogado dentro dele. O momento intenso (real e no sonho) deve ter valido a pena porque ele termina essa música de forma magnífica:
You
Soft and only
You
Lost and lonely
You
Just like heaven
Você, delicada e única, perdida e solitária, é como o paraíso: perfeita.
Não deixe o vídeo com esses góticos indiferentes de preto e maquiagem pesada na beira do precipício te enganar, a música é bonita e animada.
Gostei da interpretação. Essa música na verdade cumpre o papel de ser como o paraíso. Da vontade de sair rodando de olhos fechados ... sonhando ... com o humor pra cima.
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