20.2.22

Beijing 2022 (2)


Na segunda semana das Olimpiadas em Beijing teve:

A brasileira Nicole Silveira conseguiu ir até a final no skeleton e ficou em 13. No bobsled de duas pessoas o Brasil ficou em 29, na frente da Jamaica e atrás de Trinidad Tobago. No bobsled de 4 o Brasil chegou na final e ficou em 20.

Teve uma competição mista de snowboard cross que achei ótima. Primeiro era a bateria dos homens e depois as mulheres saiam de acordo com os tempos de chegada dos homens. Tinha umas ultrapassagens emocionantes e estava nevando muito. O USA ficou com ouro, Italia com a prata e Canada com o bronze.

Shaun White se despediu das Olimpiadas (foi sua quinta) com o quarto lugar no Snowboard Halfpipe e foi aplaudido. O japonês Ayumu Hirano foi medalha de ouro, na última volta ele acertou uma manobra dificílima e arrancou o primeiro lugar do australiano Scotty James. Em terceiro ficou o suíço Jan Scherrer.

Não vi nada do hóquei porque passava no meio da madrugada mas a Eslováquia ganhou dos USA nos penaltis e os americanos ficaram fora da competição. Na semifinal a Eslováquia perdeu para Finlandia, a final foi Finlandia x ROC e os finlandeses ficaram com o ouro.

E as canadenses venceram as americanas na final do hóquei feminino.

No Esqui Combinado Nordico (que é salto com cross country) de 10km os atletas estavam esquiando com temperaturas de 20 abaixo de zero. O japonês estava na frente o tempo todo mas no fim os dois noruegueses passaram dele. A Noruega domina essa modalidade. Aliás, a Noruega domina as olímpiadas de inverno, foi primeira no quadro de medalhas.

No esqui alpino combinado (downhill e slalom) a suíça Michele Gisin foi a campeã. Essa modalidade me dá muita aflição de ver porque a velocidade no downhill é impressionante, vai a mais de 100km/h e depois tem o slalom que vão desviando das bandeirinhas.


Na patinação de velocidade teve o Speed Skating Mass Start que é uma modalidade que iniciou em PeyongChang 2018. Geralmente a patinação de velocidade é feita em com duas ou 4 ou 6 pessoas no gelo e os tempos são comparados. Na Mass Start 24 atletas largam juntas para 16 voltas e ganha quem chega primeiro. É emoção até o fim e tem muitas quedas (que é perigoso, imagina aquela lâmina afiadíssima). Vi a prova feminina e a holandesa Irene Schouten ficou com o ouro depois que ultrapassou a canadense Ivanie Blondin no último passo. A italiana Francesca Lollobrigida ficou com o bronze. A Irene Schouten foi medalha de ouro em 3 provas nessa olímpiada: 3000 metros, 5000 metros e Mass Start e ainda foi bronze por equipes. A Holanda domina esse esporte.

Vamos a patinação artística.

Teve a dança no gelo, que acho meio sem graça porque não tem saltos, nem piruetas radicais, nem aqueles arremessos de patinadora, mas tem as melhores músicas e alguns levantamentos interessantes. A dupla francesa foi campeã, seguida da dupla do ROC (risos) e dos americanos.

Na patinação de duplas, que tem saltos, arremessos e piruetas da morte, os chineses foram impecáveis e levaram a medalha de ouro. Prata e bronze para os atletas do ROC (risos).

A Kamila Valieva foi autorizada a patinar depois de toda a treta com o doping. Terminou o programa curto em primeiro lugar e chorou no fim da apresentação. 

A treta do doping continuou, se a Kamila Valieva tivesse ficado no pódio não ia ter cerimônia da medalha e as atletas só iriam receber as medalhas depois do julgamento. A medalha da competição por equipes ainda não foi entregue, também aguardando o fim desse imbróglio. 

No programa livre a Kamila Valieva (de apenas 15 anos, vamos lembrar disso) foi a última a patinar e sentiu a pressão. Ela terminou a competição em quarto lugar. Em primeiro ficou Anna Shcherbakova (ROC) que patinou lindamente, não errou uma pirueta nem salto. Em segundo outra atleta do ROC, Alexandra Trusova que fez 5 saltos quadruplos (errando a finalização de alguns) e bateu recorde de pontos técnicos. Em terceiro a fofa da Kaori Sakamoto.

Antes do pódio teve a maior torta de climão, a Alexandra Trusova se revoltou com o segundo lugar, chorou, reclamou, achou que seus saltos quádruplos valiam mais, disse que odiava o esporte. (Segundo a comentarista da Sportv foi "um chilique olímpico") Essas são meninas de 17 anos e a pressão é grande porque, segundo a comentarista da Sportv, o ROC (risos) não leva atletas com mais de 19 anos para as olimpíadas na patinação artística. De acordo com os padrões russos, a Kamila Valieva ainda pode ter outra olimpíada mas Trusova e Shcherbakova não.

Não é patinação artística olímpica sem uma treta.

anna shcherbakova

A apresentação de gala da patinação foi bem animada. Os atletas patinam mais soltos e as coreografias são bem mais criativas.

Para quem fica perguntando porque coloco (risos) depois de ROC:


(Post do que aconteceu na primeira semana)

Acabou. 

Até (Milão) Cortina D'Ampezzo 2026.

Acabou não, ainda tem as Paralimpiadas de Inverno em março.

2 comentários:

  1. Eu só vejo as Olimpíadas de Inverno por causa da patinação artística. Ainda estou vendo no YouTube os vídeos da Copa do Mundo, que foi cerca de um mês depois, sendo que competição junior foi agora na Semana Santa. É só dar uma olhada no canal da ISU Figure Skating...

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    1. Oi Matheus! Vou dar uma olhada no canal da ISU e conhecer os futuros patinadores olimpicos. Obrigada :)
      Confesso que quase sempre só vejo a patinação artística nas olimpiadas.

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