10.2.22

Beijing 2022

Estamos de volta ao modo Olimpiadas, dessa vez as de inverno. E repetindo o que postei em 2018:

Adoro as Olimpíadas, de verão e inverno. Confesso que conheço pouco dos esportes de inverno, por motivo de: moro no nordeste do Brasil e, vamos combinar, o máximo de esporte de inverno que vejo por aqui é arremesso de cubos de gelo.
Mesmo assim acompanho quase tudo pela TV. Adoro as roupas tecnológicas coloridas (e coladas), bochechas rosadas e de ver a neve branquinha enquanto suo de calor. Como disse antes: gosto de todos os esportes. Da velocidade do esqui, das manobras do snowboard, das coreografias da patinação, da testosterona do hockey e até da precisão do curling.

A abertura das Olimpiadas de inverno em Beijing foi bem minimalista se comparada a das Olimpiadas de verão em 2008. Dessa vez nada de tambores e milhares de pessoas no centro do Ninho do Pássaro. Tinha público, mas bem reduzido. Usaram bem os efeitos visuais com as telas e projeções no campo. As delegações também foram reduzidas mas o besuntado de Samoa apareceu.

Teve bastante fogos de artifício mas senti falta de drones (que os japoneses usaram lindamente em Tóquio 2021)

o tema era floco de neve

esse óleo deve ser melhor que qualquer casaco

Já tem uma semana que começou e muita coisa aconteceu.

No Snowboard Slope Style a kiwi Zoi Sadowski Synnott ganhou a primeira medalha de ouro em jogos olímpicos de inverno para a Nova Zelândia. Essa modalidade é um skate park gigante com obstáculos e rampas numa descida ingreme. É lindo de ver.



No Snowbard Halfpipe a americana Chloe Kim, aos 21 anos, foi BI-campeã olímpica. Ela foi a sensação em Pyeongchang 2018 com 17 anos e voltou para mostrar que faz aquelas rotações como poucos.



O tri-campeão olímpico Shaun White está lá em sua quinta olimpiada (ele foi ouro em 2006, 2010 e 2018). 

Vi menos curling mas consegui ver a competição com duplas mistas. Continua divertido ver as varridas no gelo.

A patinação de velocidade teve uma competição mista que foi muito interessante.

O Brasil tem uma delegação com 10 atletas nos seguintes esportes: esqui alpino, cross country e freestyle, bobsleigh e skeleton (os trenós). Até agora só vi a Sabrina Cass no esqui freestyle, que foi bem mas não se classificou para a final.

A Russia continua competindo disfarçada (pero no mucho) de ROC (o comitê olímpico russo).

Mas vamos a patinação artística.

Na competição por equipes o ROC (risos) ganhou medalha de ouro, em segundo ficaram os americanos e em terceiro os japoneses. Nessa competição as equipes tem que apresentar atletas em todas as categorias: programa curto (masculino e feminino), programa livre (masculino e feminino), duplas (curto e livre) e dança em pares no gelo (ritmo e livre).

A russa Kamila Valieva, de 15 anos, fez toda a diferença para a equipe do ROC. É uma patinadora leve, ágil, com força para os saltos. 


Ainda vai ter a competição feminina.

A entrega das medalhas da competição por equipes foi adiada e tem uma treta aí, mas como não saiu nada oficialmente vamos aguardar. (Não seria patinação artística olímpica sem uma treta, sou da época da Tonya Harding x Nancy Kerrigan)

Na patinação artística masculina, o Japão trouxe um dream team liderado pelo Yuzuru Hanyu que foi campeão em Pyeongchang 2018 e Shoma Uno que foi prata.

Mas o americano Nathan Chen veio com sangue nos olhos, ou melhor, com as lâminas afiadas para vencer e foi perfeito tanto no programa curto (ao som de La Boheme) quanto no programa livre (ao som de Elton John). Ele inclusive bateu o recorde de pontos no programa curto (que era do Yuzuru Hanyu). A única critica que tenho é a roupa dele, que camisa era aquela? E foi design da Vera Wang (inserir emoji cringe).

A apresentação do programa livre do Nathan Chen é uma coisa linda. Ele é muito elegante, fez sei lá quantos saltos quádruplos, e acertou na sincronia da coreografia com a música de um jeito que foi aplaudido de pé por quem estava na arena. Gostei que, além de um mix de Goodbye Yellow Brick Road com Rocket Man (versões do filme), ele inseriu um mash up de Benny and The Jets com hip hop que deixou a apresentação animada e jovem.

O outro patinador que achei que trouxe criatividade para o gelo foi o francês Adam Siao Him Fa que fez o programa curto com a música de Star Wars (com efeitos sonoros de sabre de luz) e o programa livre com um mix de músicas do Daft Punk. Ele ficou em 14, até as roupas dele eram mais modernas.

O patinador mexicano Donovan Carrillo foi sucesso nas redes sociais. Ele chegou nas Olimpiadas com muita força de vontade e é muito simpático. 

O Yuzuru Hanyu é um patinador muito sofisticado, leve e expressivo. Tentou um salto quadruplo dificílimo mas não acertou e caiu. Ele liderou o programa livre até a apresentação do outros dois japoneses.

No fim: Nathan Chen ficou com a medalha de ouro, e dois japoneses, Yuma Kagiyama com a medalha de prata e Shoma Uno com a medalha de bronze. O Yuzuru Hanyu ficou em 4.

Ainda tem esqui, snowboard, hóquei, curling e patinação.


(A segunda semana de Beijing 2022)


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