12.11.05

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Elizabethtown

Esse filme é do Cameron Crowe, ou seja, história pessoal com ótima trilha sonora.
Dessa vez o elfo/pirata/príncipe-de-Tróia/cavaleiro-das-cruzadas Orlando Bloom atualiza o guarda roupa e vira um designer de sapatos esportivos que dá um prejuízo de um bilhão de dólares na empresa. Aí ele decide se matar de uma maneira muito original e provavelmente dolorosa quando recebe um telefonema dizendo que seu pai morreu e ele tem que ir até a tal cidade do título pegar o corpo. No avião ele conhece uma aeromoça interessante, interessada e insistente. Ao chegar na cidadezinha ele encontra a família que ele desconhecia, típica do sul do EUA (barulhentos e cafonas), vê como seu pai era querido lá e como ele não conhecia bem o pai. Sentindo-se só ele liga pra aeromoça e falam h-o-r-a-s sobre tudo. Aí ela decide ajuda-lo a lidar com a morte do pai (eu disse que ela era insistente) e, de quebra, dar uns beijos na boca (no Orlando Bloom eu também queria). Bem, a festa de despedida do morto é o que há de melhor e o discurso da viúva é o mais engraçado do filme. Aí o designer-quase-suícida resolve levar as cinzas do pai para um road trip até a Califórnia. A aeromoça dá a ele um book com mapas, fotos, direções, roteiros turísticos e cds, muitos cds, 40 horas de música. Não vou contar o fim, adivinhem.

Eu achei um filme legal, não é tão bom quanto Quase Famosos, mas eu adoro comédias românticas, ainda mais com uma boa trilha sonora.

A Tia Helo ia gostar desse filme. É sobre família e tem música do segundo cantor preferido dela o Elton John (o primeiro é o Freddie Mercury). Para esse filme ela diria “ai, Jesus!” só 23 vezes.

Marcas da Violência

Só pelo título já da pra saber que a Tia Helo não ia gostar desse filme. E nem tem tanta violência assim, mas quando tem é bem executada e mais do que no contexto da história. Na verdade o filme é meio lento e faz com que se espere que algo aconteça, então quando acontece alguma coisa violenta sacia a expectativa. Não dá pra contar muito sobre esse filme sem ter um spoiler (uma pena porque teve uma cena que eu adorei), então vou deixar meus 5 leitores curiosos.
Eu gostei do filme, o Rei da Terra Média Viggo Mortensen está muito bem, uma das melhores expressões de arrependimento/depressão que eu vi ultimamente. A Tia Helo diria uns 187 “Ai, Jesus!” para esse filme.

Jardineiro Fiel

O Fernando Cidade de Deus Meirelles conseguiu fazer de uma história sobre conspiração internacional no mundo farmacêutico em uma linda história de amor. Palmas pra ele! O Ralph Fiennes faz como ninguém um gentleman inglês que vive de olhos fechados tanto para os acontecimentos políticos como para as supostas traições de sua esposa. Ele é um diplomata na África que só tem atenção para suas plantas. Quando sua esposa morre, em circunstâncias duvidosas, ele parte para entender o mundo dela (que era ativista). O filme vai e vem com flasbacks, muitas cenas com câmera na mão, muito realismo em solo africano e um fim de fazer chorar. Eu gostei muito desse filme. Já a Tia Helo acho que não ia gostar muito...muita gente pobre sofrendo...ela diria “Ai Jesus!” 100 vezes.

Os 2 Filhos de Francisco

Eu tinha dito que só ia ver esse filme em dvd mas a Beth me convenceu a ir no cinema, e eu gostei. A primeira parte do filme é muito bem feita, com aquele interior de Goiás dos anos 70, as pessoas eram pobres mas eram felizes. É uma história boa que faz com que qualquer pessoa se identifique. E não se deixe enganar pelo seu Francisco, ele foi importante, mas como diz a mãe no fim “enquanto você sonhava eu criei os filhos acordada”....A Tia Helo ia gostar desse filme, acho que ela ia sentir falta da influência religiosa (afinal eles moravam no interior) porque em hora nenhuma ninguém vai na igreja, nem reza, nem aparece um padre. Para esse filme acho que ela diria só 12 “Ai, Jesus!”.

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