23.2.10

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The Lovely Bones (Um Olhar do Paraíso)

Susie é uma garota que, aos 14 anos, é assassinada pelo vizinho. Seu corpo nunca é encontrado e seus pais, no início, acham que ela está desaparecida, mas a polícia encontra um gorro no milharal e dão as buscas por encerradas. Susie fica numa espécie de limbo (que as vezes parece o desktop do windows) observando sua família, seus amigos e até seu assassino.

Eu li Uma Vida Interrompida em 2005, e o que mais lembrava sobre a história não eram detalhes sobre a morte da menina, nem como era o limbo onde ela fica depois de morta, e sim como cada personagem reagiu a essa morte. Lembro do pai super obcecado, a mãe que tem um caso com o policial e depois vai viver na California abandonando a família, a irmã que a muda a vida, o irmão pequeno que tenta entender o que aconteceu, o namoradinho que ainda gosta dela, a colega da escola que sente sua presença e a avó excêntrica.

No filme tudo isso passa um pouco desapercebido, parece que o Peter Jackson estava mais preocupado com o limbo. Mark Whalberg não foi uma boa escolha para o pai desesperado, Rachel Weiss ficou um pouco apagada, o irmãozinho some depois de um tempo. Susan Sarandon é uma das melhores coisas do filme como avó excêntrica. A irmã de Susie é a única que vemos mudando a vida, ela vira atleta, arranja namorado e ajuda o pai na busca pelo assassino.

O assassino é de dar medo. Palmas para o Stanley Tucci que caprichou no serial killer. As melhores cenas do filme são com ele. Ele só não leva Oscar esse ano porque tem o Christoph Waltz (Bastardos Inglórios) na parada.

Como eu não tenho mais o livro, recorri ao meu caderno de anotações de livros e vi que o filme foi fiel a quase todos os detalhes da morte da menina e ao resto da história. É um bom filme, as cenas do limbo são bonitas, a fotografia anos 70 é bem feita, só faltou um pouco mais de emoção.

Momento trilha sonora. Quando Peter Jackson usa o rock progressivo dos anos 70 tudo vai bem, mas quando ele resolveu colocar a Enya....me tirou do sério. Tem coisa mais chata que a Enya? #prontofalei

A Tia Helo não gostaria muito desse filme. Stanley Tucci assustador. 315 "Ai, Jesus!" para The Lovely Bones.


Crazy Heart

Bad Blake já foi sucesso da musica country um dia, hoje ele é só mais um bebum que vai de bar em bar, ou de boliche em boliche, fazendo pequenas apresentações.

Seu agente, e seu pupilo Tommy Sweet (Colin Farrel), que faz mais sucesso que Blake, querem que ele componha mais músicas, mas Blake resite a idéia.

Um dia, num dos bares da vida, numa cidade qualquer, Blake conhece Jean, uma jornalista, mãe solteira, de quem ele gosta muito, dela e do filho. Acontece que Blake é um ser autodestrutivo, já foi casado inúmeras vezes, não fala com o filho há 25 anos, bebe mais do que come, e dirige embriagado. A diferença de idade é grande, mas eles se dão bem, até que Blake faz besteira e ela o deixa. (não vou contar mais para não estragar o final)

Jeff Bridges está excelente nesse papel. Dá para sentir o cheiro de bebida com cigarro do lado de cá da tela. E canta bem. Ele podia ter dado um pouco dessa emoção para o Mark Whalberg, só um pouquinho.

A Tia Helo ia ficar com nojinho do estilo de vida do Blake, 217 "Ai, Jesus!" para o mundo country.


The Hurt Locker (Guerra ao Terror)

Já faz um tempinho que vi esse filme, mas só agora lembrei de escrever.

Um esquadrão especializado em desarmar bombas está a serviço no Iraque. O filme já começa com uma das melhores cenas ever de uma bomba explodindo. E Guy Pierce já era (não se engane com o nome dele no cartaz, só aparece 5min). Mandam o Sargento James (Jeremy Renner) para substituí-lo nos 30 dias que faltam para todos voltarem para casa (cada vez que vão é um ano).

O Sgt. James é macho-que-é-macho, está ali para qualquer negócio e gosta do que faz.

Vemos como os locais tratam os soladados americanos, como não querem aqueles homens ali e por isso se dão ao trabalho de colocar bombas por toda parte. Até onde a invasão dos americanos é aceitável? O choque de culturas é muito grande, todo mundo fala gritando o tempo todo. A impressão que eu tenho é que é melhor deixar que os locais resolvam entre eles.

Anyway, o Sgt. James cumpre sua missão (com alguns probleminhas no meio) e volta para casa. Ele é casado com a Kate de Lost e mora no meio do nada. Sua vida fora da guerra é um tédio, e na primeira oportunidade ele volta para o Iraque.

Eu gostei. Parece que está todo mundo perdido ali, os motivos são diferentes para cada soldado, os locais vivem como podem, e, as vezes, o vício na adrenalina vence.

Guerra, bombas, árabes, soldados, sangue, nem preciso dizer o que a Tia Helo ia achar desse filme né? 578 "Ai, Jesus!" para a câmera nervosa de Katherine Bigelow.

2 comentários:

  1. Adorei o estilo de cotação "Ai Jesus" hahaha Só fikei na dúvida se pode ser usado qdo o filme é bom (Ai Jesus q maravilha)ou ruim (Ai Jesus q bomba)

    Mesmo com mta gente falando mal do LOVELY BONES, ainda kero ver. Abs

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  2. Oi Anderson!
    Não tem muito a ver com a qualidade do filme. Geralmente o "Ai, Jesus!" depende se tem muita cena de violência, sexo, escatologia, etc. Quanto mais disso, maior a quantidade de "Ai, Jesus!". Só que as vezes ela também diria "Ai, Jesus!" para pessoas bonitas, cenas românticas e tal, e aí o número é menor.

    É uma explicação meio doida né? Mas a Tia Helo era assim. :)

    Abs!

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