2.2.12

Analisando a música: Basket Case (Green Day)

O Green Day é uma banda de pop punk (porque, vamos combinar, o punk rock ficou mesmo nos anos 1970 com os Ramones e Sex Pistols), que se formou no fim dos anos 1980, quando ainda eram adolescentes. No início dos anos 1990, com o boom das garage bands, do grunge, (Nirvana, Peral Jam, etc) o Green Day conseguiu se firmar e Basket Case (de 1994) é um single do terceiro album da banda.

Basket Case é um termo, uma gíria, em inglês que indica pessoa ou coisa que não funciona propriamente, ou seja, um caso perdido (mentalmente ou não), ou louco de pedra. A origem (segundo a internet) não é nem um pouco agradável, e até ofensiva, vem lá da primeira guerra mundial quando os soldados que perdiam as pernas e os braços eram carregados em cestas (baskets).

Tentando tirar essa imagem da cabeça, dizem que o Billy Joel (o vocalista da banda) escreveu essa música enquanto tentava lidar com sua ansiedade. Faz sentido. Então vamos analisar a música que é sobre a loucura, drogas, sexo (ou a falta de), num ritmo alucinante.


Do you have the time
To listen to me whine
About nothing and everything
All at once
I am one of those
Melodramatic fools
Neurotic to the bone
No doubt about it

A música já começa com uma guitarra num riff constante, num ritmo preciso, como se a mente estivesse sobrecarregada, funcionando a mil por hora. Guardem essa informação para uma estrofe futura.
Eu acho essa primeira frase ótima: "Você tem tempo de me escutar enquanto reclamo de nada e de tudo ao mesmo tempo". Quantas pessoas não são assim? Falam, falam, falam, e quem escuta tem que pescar as partes importantes. Ser psicologo/psiquiatra/amigo não é fácil.
Pelo menos ele é um idiota-neurótico-melodramático assumido. 

Sometimes I give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me
It all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid?
Am I just stoned?

Claro que essa combinação neurótico-melodrámatico ia ser creepy, estranha, assustadora, né? Uma das piores coisas que pode acontecer a alguém é a própria mente ficar de sacanagem fazendo você acreditar em coisas fantasiosas, e, para o cara da música, essas coisas ficam fazendo sentido. Ele acha que está a beira da loucura e pergunta: "só estou paranóico ou apenas viajandão?" É uma pergunta retórica? (Cara, conselho amigo, larga essa drogas. As lícitas e as ilícitas também.) 

I went to a shrink
To analyze my dreams
She says it's lack of sex
That's bringing me down
I went to a whore
She said my life's a bore
So quit my whining cause
It's bringing her down

Aí ele vai num psiquiatra/psicólogo analisar os sonhos (eu também tenho uns sonhos bem bizarros). A analista diz que o mal dele é falta de sexo (Oh, really? Acho que muitos problemas podem ser resumidos a isso). E o que ele faz? Vai numa prostituta, óbvio. Acontece que a profissional do sexo diz: "Cara, seu problema é tédio. Para de reclamar que quem está ficando deprimida sou eu!". Ok, tenho que adicionar prostitutas aos que ficam escutando reclamações chatas.

Lembram do ritmo da guitarra no início da música? Pois é, além da mente que não para, acho que é indicativo do que ele faz para resolver o problema apontado pela analista. Se é que vocês me entendem.

Sometimes I give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me
It all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid?
Uh, yuh, yuh, ya

Grasping to control
So I better hold on

E temos o refrão outra vez. Paranóico e doidão. 

O que importa é que ele está tentando manter o controle.

Então vamos correr, pedalar, pular, fazer muita bateria imaginária, porque soltar adrenalina sempre é bom! 

(Coloquei uma versão ao vivo, o youtube não deixou colocar aqui o video oficial - feito num sanatório, tem que ver lá)



Nenhum comentário:

Postar um comentário