24.4.13

Analisando a música: Can't Hold Us (Macklemore & Ryan Lewis)

Hoje é aniversário do Ney e é para ele o analisando a música. Apenas.


Uns dias atrás, no Whatsapp, o Ney disse que não conseguia parar de escutar Macklemore & Ryan Lewis, uma dupla de hip hop que eu só descobri recentemente lendo um post do Luiz.

Confesso que não sei a diferença entre Rap e Hip Hop, as vezes acho que um é mais leve que o outro, ou tem mais ritmo, um fala mais palavrão, acho que ambos fazem fortes críticas sociais, só sei que tem que rimar e ter muitas referências, mas acho tudo igual. Isso não quer dizer que não gosto, não é o meu gênero musical preferido, não conheço bem, mas gosto de várias músicas e artistas: Eminem, Azealia Banks, Nicki Minaj, Jay Z, Kanye Imma Let You Finish West, etc (se bem que criaram um tal de Urban Contemporary para esses dois últimos).

Quando estive em Seattle, em 2009, meu amigo disse que a cena do grunge tinha acabado (há alguns anos) e que na época a maioria os bares eram lugares de hip hop. Quem diria que a capital do grunge também produziria hip hop? Pois é, Macklemore (que se chama Ben Haggerty) e Ryan Lewis são de Seattle. Ryan Lewis começou como fotografo e depois de juntou ao Macklemore, que já cantava (rappeava?), para fazer música.

Em 2012 lançaram seu primeiro album, The Heist, que tem a música analisada da vez, Can't Hold Us, um hit instantâneo.

Como nada, nem ninguém, segura o Ney vou tentar analisar essa música.

Return of the Mac, get 'em
What it is, what it does
What it is, what it isn't
Looking for a better way to get up out of bed
Instead of getting on the internet and checking out who hit me, get up
Thrift shop, pimp strut walking
Little bit of humble, little bit of cautious
Somewhere between like Rocky and Crosby
Sweater game nope nope y'all can't copy
Yup. Bad, moonwalking
This here is our party
My posse's been on Broadway
And we did it our way
Throne music
I shed my skin and put my bones into everything I record to it
And yet I'm on
Let that stage light go and shine on down
Got that Bob Barker suit game and plinko in my style
Money, stay on my craft and sick around for those pounds
But, I do that to pass the torch and put on for my town
Trust me. On my I-N-D-E-P-E-N-D-E-N-T shit hustlin'
Chasing dreams since I was 14 with the four track bussing
Halfway cross that city with the backpack
Fat cat, crushing labels out here
Nah, they can't tell me nothing
We give that to the people
Spread it across the country
Labels out here
Nah, they can't tell me nothing
We give it to the people
Spread it across the country

Pelo que li na internet o Macklemore teve problemas com drogas, ficou sobrio, e, justamente com esse album, está de volta. Acho que essa música é um pouco da história dele.
Ele já começa a música perguntando o que está rolando, mas quem se importa? Tem que achar uma maneira melhor do que levantar da cama do que acordar já olhar nas redes sociais para ver que cutucou. (Ney, estou começando achar que essa música tem tudo a ver com você)
Vai no brechó, anda com atitude (de cafetão), mas com um pouco de humildade e cuidado. (Thrift Shop é também outro sucesso da dupla) Num estilo que mistura a determinação do Rocky Balboa e o humor do Bill Crosby (que mix hein?). Ou veste um sweater mesmo. (Importante é ter o tênis certo, né Ney?)
Aí temos referências a Michael Jackson (Bad, moonwalking), e ele diz que a festa é nossa. Yeah! A turma/galera/gangue dele esteve na Broadway (que é uma avenida no bairro alternativo de Capitol Hill em Seattle, mas várias cidades americanas tem uma Broadway, até Canoa Quebrada tem uma). E, numa possível alusão ao Frank Sinatra, fizeram do jeito deles.
Pelo o que entendi, os dois fizeram tudo independente de gravadoras, correram atrás do sucesso, faziam um pouco de tudo pela música, e tudo na própria cidade, sem ter que se deslocar para Los Angeles ou New York, onde o cenário do hip hop/rap deve ser maior. Seattle é boa para seus músicos.
Ele diz que persegue os sonhos desde os 14 anos, atravessava a cidade no busão com um gravador (four track) na mochila. Não quer ser marionete de grandes gravadoras e vai ser autônomo promover sua música, dar a música para as pessoas, atravessando o país. (Can't Tell Me Nothing é uma música do Kanye West)
Dito isso, Bob Barker foi o apresentador do the Price is Right e devia usar uns ternos bem curiosos.

Here we go back, this is the moment
Tonight is the night, we'll fight till it's over
So we put our hand up like the ceiling can't hold us
Like the ceiling can't hold us

Quem canta essa parte da música é o Ray Dalton que com a voz macia e no ritmo mais balançado faz um ótimo contratempo ao rap veloz do Macklemore. E esse é o momento que a galera se junta levanta os braços como se o teto não pudesse os segurar. Catarse.

Now can I kick it? Thank you
Yeah I'm so damn grateful
I grew up, really wanted gold fronts
But that's what you get when Wu-Tang raised you
Y'all can't stop me
Go hard like I got an 808 in my heart beat
And I'm eating at the beat like you gave little speed to a great white shark on shark week
Raw. Time to go off. I'm gone!
Deuces goodbye. I got a world to see, and my girl she wanna see Rome
Caeser will make you a believer. 
Nah, I never ever did it for a throne
That validation comes from giving it back to the people
Nah, sing a song and it goes like
Raise those hands, this is our party
We came here to live life like nobody was watching
I got my city right behind me, if I fall, they got me
Learn from that failure, gain humility and the we keep marching ourselves

"Posso mandar a real? Obrigado." Ele é agradecido por tudo, pelos fãs e conta que cresceu e que queria gold fronts - aqueles aparelhos dourados de dente - e explica que é isso que dá ser criado pelo Wu-Tang (um grupo de Rap/Hip Hop de NY famoso nos anso 1990 que ele provavelmente escutava muito). O Macklemore é um cara animado, e diz logo que ninguém o para, que o coração dele bate forte como um 808 - uma bateria eletrônica.
Ele faz o rap tão rápido que come o ritmo como se tivesse dado mais um pouco de velocidade a um tubarão branco na Shark Week - programação sobe tubarões no Discovery. (Tenho certeza que dessa parte da música o Ney não gosta nem um pouco, xô tubarões!)
"Fui! Tenho um mundo para ver e minha namorada que ir a Roma." (essa parte da música o Ney aprova com estrelas de ouro). Devoto de Cesar, que venceu na vida e chegou a imperador. Ele nunca fez nada pelo trono, não quer ser rei, que a única comprovação que ele precisa vem de retornar/devolver as pessoas. Então vamos cantar, levantar as mãos, essa é nossa festa e vamos viver como se ninguém estivesse olhando (ou seja, pagar mico a vontade). E ele volta a falar da sua cidade (e fãs) que independente do que acontecer vai apoiá-lo. A dica do Macklemore é aprender com os erros e bola para frente!

Here we go back, this is the moment
Tonight is the night, we'll fight till it's over
So we put our hand up like the ceiling can't hold us
Like the ceiling can't hold us

E vamos levantar o teto!

Na na na na na na na
And all my people say

Na na na na na na na
Feliz aniversário Ney!
\o/\o/\o/\o/\o/

O video da música foi criado pela dupla junto com os amigos, foi dirigido pelo Ryan Lewis e filmado por vários lugares em 3 meses. Tem camelo. Tem canguru. Tem até navio pirata. Gosto das cenas no Alaska (ou talvez Nova Zelândia?) e em Seattle.



No fim do video eles colocaram um pouco a mais na letra:
Let the night come
Before the fight's won
Some might run against the test
But those that triumph
Embrace the fight 'cause
The fear is there to prove courage exists
Hope

2 comentários: