26.2.14

Na Ilha

Sou noveleira. Fato. Sempre acompanho pelo menos uma das novelas, até as ruins. Acontece que Em família eu não estou conseguindo, não me apeguei a ninguém, os diálogos são péssimos, os atores afetados, nenhum personagem é carismático, não tem vilão digno, etc.

Já fiz aqui no blog (com ajuda de amigos) um esboço de trama baseado em outra novela do Manuel Carlos (Páginas da Vida) que tem o título de A Escolha, então agora vou fazer outro que se chamará Em Família: Na Ilha.

Aguardo contribuições.

Para manter a tradição a personagem principal se chamará Heloisa, ou melhor, Heloise já que a ação passa numa ilha na Escandinávia (para ter a dificuldade do clima, morar em ilha tropical é fácil).

Heloise é uma mulher do mundo, cosmopolita, executiva de uma multinacional, morou em várias cidades, Londres, NYC, Madrid, São Paulo, etc. Quando estava numa temporada em Copenhague, conheceu o Lars e se apaixonou. Ali ela decidiu que "chega dessa vida de globetrotter e vou seguir com meu amor.". Ela tinha dinheiro suficiente guardado e resolveu experimentar um novo modo de vida.

O Lars é um enfermeiro que cuida de idosos e pessoas com deficiência física. Ele estava fazendo um curso na capital, mas era de uma ilha no norte da Dinamarca. Para chegar até a ilha: 2 horas de trem mais uma hora de balsa até uma ilha maior e mais meia hora num barquinho até a ilha onde morava a família dele. Como é uma ilha pequena, o número de habitantes é quase fixo: apenas 113, e muitos são parentes. A maior parte dos moradores é de pessoas acima dos 45 anos, crianças só nos feriados com visitas dos netos e jovens voltando da universidade. A escola da ilha fechou. O Lars era o único jovem que ainda morava na ilha (e mesmo assim já estava nos 30 e muitos).

Não tem casas para alugar nem comprar, tem que esperar alguém morrer. Assim que chegou na ilha Heloise morou com a sogra, mas a gente sabe que isso não dá muito certo, então ela comprou um veleiro que ficava ancorado e ali era o seu lar.

O veleiro era útil para quando eles queriam ir até a capital, mas era apertado para o dia a dia, e Heloise as vezes se sentia confinada. Queria mesmo era morar numa casa com janelas e não escotilhas.

Anyway, o Lars trabalhava no esquema de rotação: 15 dias com o paciente (em outra ilha) e 15 dias em casa. No início era tudo novidade para Heloise, mas depois de 2 meses ela já estava se coçando para agitar alguma coisa na ilha. Quando o inverno chegou os dias se arrastavam numa paisagem branca. Os moradores eram muito resistentes a qualquer mudança (ou melhoria) e não gostavam muito da Heloise, apenas poucos simpatizavam com ela. A sogra não ia muito com a cara da Heloise porque ela e o Lars decidiram não ter filhos e a sogra queria ser vovó.

Um dia um dos moradores, primo da sogra, aparece morto. Kaput dentro de casa. O corpo foi para a geladeira até que o filho lindão do defunto, que mora na Noruega, resolvesse quando ia fazer o enterro. Nesse meio tempo a Heloise já fez sua proposta para a compra da casa, ela não via a hora de dormir numa cama que não balançava e a casa tinha um terreno enorme, bonito, cheio de arvores e nem dava para ver o vizinho mais próximo. Andres, o filho do morto, vendeu a casa, afinal ele já tinha feito sua base em Oslo.

Heloise já estava encaixotando seus pertences quando chegou a notícia na ilha que Andres tinha pedido para fazerem uma autópsia antes do enterro. Segundo ele, seu pai era muito forte e dificilmente teria um enfarte. Na demora para o exame sair, Heloise e Lars se mudaram para seu novo lar.

Três meses depois (até na Dinamarca o processo é lento) saiu o resultado da autópsia. Envenenamento.

A ilha não tinha nem delegacia, só um homem que servia de policial local, os escandinavos são muito civilizados (até que...). Os moradores não demoraram a apontar seus dedinhos para Heloise, afinal ela era a novata no pedaço e tinha motivo.

E agora? Quem são os moradores da ilha? Quem matou o dono da casa? Heloise vai ter que voltar para o barco? Ela é inocente? Lars é muito apegado a mãe? Andres pode ser um novo interesse amoroso para Heloise? Ou amor antigo do Lars? Quem vai investigar esse crime? Será que outras pessoas morreram envenenadas e passou como causas naturais? Serial killer? Como fica reunião do book club que estava lendo O Homem Que não Amava as Mulheres?

Quem quiser dar pitaco e melhorar essa história é só deixar aí nos comentários. Ou manda um email.

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