13.11.11

A pele que habito



O Pedro Almodovar é capaz de pegar um possível dramalhão mexicano de 200 capítulos e transformar em um filme de arte.

Dessa vez não foi diferente, mesmo explorando um genero que não costuma ser o seu (ficção científica e suspense), ele manteve a atenção nas relações pessoais e introspectivas.

O Antonio Banderas é um médico, cirurgião plástico, que está fazendo experiências com uma pele sintética, mas isso é só o pavio para a explosão que vem pela frente. É baseado no livro Tarantula de Thierry Jonquet, não li, mas pela sinopse é mais bizarro do que of filme (obviamente tem mais detalhes).

O médico é uma espécie de Dr. Frankenstein que cria o monstro e a noiva. E no meio de tudo isso tem drama familiar como o Almodovar gosta.

Confesso que pouca coisa no filme me surpreendeu, ainda mais depois de ver algumas temporadas de Nip/Tuk, mas traz uma reflexão interessante sobre vingança e aceitação do corpo, porque, afinal de contas, é só a pele que habitamos e não, necessariamente, quem somos.

A Tia Helo diria 517 "Ai, Jesus!" para o homem fantasiado de tigre.

Um comentário:

  1. Ainda ansioso para ver esse filme. Ainda mais agora depois dessa sua postagem...

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